quarta-feira, 26 de outubro de 2022

O BRASIL É DE TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS

 

(Imagem: "Bandeira Rachada" - Site Sindsep-PE)


O confisco de Deus e o sequestro da República

Eugênio Magno

Até as verdades bíblicas estão sendo truncadas e destroçadas por cristãos que preferem mitos à verdade de fatos protagonizados e narrados, diariamente, com soberba e sarcasmo pelo disseminador do ódio e sua seita de fanáticos.

O otimismo e a força que move o povo brasileiro sofrido deu origem à máxima “Deus é brasileiro”. Em tempos bolsonaristas, até isso foi retirado a quem só restava a fé e a esperança em dias melhores. Deus se tornou propriedade privada de uma turba de políticos aloprados que se dizem defensores da família e dos bons costumes, mas que carregam a bíblia em uma mão, uma arma de fogo na outra, a perversão nas entranhas, a maledicência na língua e a maldade no coração. O verdadeiro cristão, em seus louvores, reza com o salmista: O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas.

Acontece que tomaram de assalto, além de altares e púlpitos, também a república e os símbolos nacionais. A propósito do sequestro da Bandeira Nacional e da camisa da Seleção Brasileira, pelo atual governo, me veio a lembrança de quando criança, em Montes Claros, Sertão de Minas Gerais, costumávamos brincar de Rouba Bandeira, na rua onde morava.

A brincadeira era um jogo entre dois times. Cada um tinha a sua bandeira. O objetivo era entrar no território do outro time, roubar a bandeira e trazer para o seu território, sem ser pego pelos jogadores adversários. O jogo tinha muitas regras e nós as respeitávamos. As “bandeiras” eram pedaços de pano ou nossas próprias camisetas. No final, independentemente de quem tivesse vencido a competição, as camisetas eram devolvidas e até os pedaços de pano voltavam para as casas de onde saíram. Ora ganhávamos, ora perdíamos. De vez em quando surgia uma discussão, uma briga, mas não passava disso. Nos entendíamos. Não havia juiz e Deus não era propriedade de time algum, não jogava, nem torcia para nenhum lado.

Esses poucos dias que antecedem o segundo turno das eleições é tão decisivo para o futuro que não consigo deixar de trazer à memória o passado de uma geração que cresceu à sombra dos coturnos militares, viveu as agruras de um país subdesenvolvido que acreditou no progresso como milagre e construiu o futuro às custas do endividamento e do arbítrio. Compreender como nossa história vinha sendo escrita foi um grande desafio para a juventude desse período obscuro. Depois dos anos de chumbo, respiramos o ar da Nova República e ganhamos uma Constituição Cidadã em 1988. E o que era sonho logo se tornou pesadelo: superinflação no governo Sarney, confisco da poupança e escândalos no desgoverno Collor. Nos tornamos adultos imaturos e quase não percebemos que a inocente competição infanto-juvenil, limitada às brincadeiras e ao esporte, havia se transformado em descabida ambição, em meio a uma grave perpetuação dos privilégios de classe. Foi difícil para cada um de nós tomar seu rumo e achar sua nova turma.

Para os que optaram pela subserviência sobraram algumas migalhas em troca da mais indigna condição serviçal: a de capitães do mato.

Em meio a farra e os desmantelos do alagoano, que se autoproclamou “Caçador de Marajás”, os meninos e meninas, de origem proletária, nascidos no final dos anos 1950 e início da década de 1960 já não brincavam mais, trabalhavam. A abertura política e a nova carta constitucional iluminou o horizonte de alguns para a consciência de classe. Outros, muitos outros, se perderam no caminho, apesar de tantas canções, peças, livros e filmes.

Nos idos de 1990 muitas famílias novas se formaram e a luta para sobreviver mantendo coerência e dignidade se mostrou renhida. Afinal, desde os tempos coloniais, o Brasil só foi Pasárgada para uma minoria de endinheirados – grileiros do Estado.

Vivemos e testemunhamos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, a duras penas e, apesar das inúmeras concessões ao capital, sedimentarem as bases republicanas de um Estado Democrático de Direito. E contribuímos para que o país, a contrapelo dos vícios nas engrenagens dos poderes político e econômico vivesse, pelo menos, uma dúzia de anos de progresso econômico e social. No período de 2003 a meados de 2016 foi possível, entre outras realizações, acabar com a fome e gozar de grande prestígio internacional, com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Mas toda moeda tem seu lado reverso e as elites não se fizeram de rogadas. Mesmo com uma grande acumulação de riquezas, durante os governos petistas, os poderosos se incomodaram com as cotas nas universidades, as políticas de direitos humanos, as ações afirmativas e a mobilidade social promovidas por Lula e Dilma e cruzaram a linha da moral, da ética e da legalidade. Trataram de dar um golpe em Dilma Rousseff, maquiado pelo parlamento como impeachment. Arregimentaram um juiz arrivista, setores do judiciário e do Ministério Público se locupletaram e os barões da mídia orquestraram a encenação. Púlpitos neopentecostais – católicos e evangélicos – “abençoaram” a narrativa posta, e a deep web cuidou de infestar o país e dobrar a opinião pública com toda a espécie de sordidez. Lula, o maior líder popular brasileiro foi tirado da disputa eleitoral em 2018 e preso. Deu no que deu... Jair, (o falso Messias) Bolsonaro, foi eleito. Hoje, acuado, diante dos vários processos que cairão sobre ele se perder as eleições e a imunidade, joga o jogo mais vil, jamais visto em nossa história republicana, para permanecer no poder e garantir privilégios e o Sigilo de 100 Anos.

Não consigo dizer se é triste, decepcionante ou vergonhoso saber da existência de tanta gente – pobres, inclusive – e muitos outros, de várias classes sociais que apoiam a barbárie e àquele que se arvorou a sequestrar os bens mais preciosos do nosso país. As Forças Armadas, porque brasileiras e patrimônio da Nação, por exemplo, jamais poderão estar a serviço de governos, contra mais da metade do povo brasileiro, como quer o presidente-candidato. A nossa padroeira, Nossa Senhora Aparecida, seu templo e seus devotos ressentem, profundamente, a profanação sofrida pelos arruaceiros bolsonaristas e Jesus não pode continuar com uma arma apontada para a sua cabeça como refém de fariseus que ameaçam crentes esclarecidos e já decididos pelos valores do Evangelho.

Diante de tudo o que vivemos nos últimos quatro anos é inacreditável que o eleitor lúcido esteja com dúvida em quem votar. Repare que nem falamos de assassinatos de opositores, tentativas de homicídios, ameaças várias, bandidos aliados, recepção de policiais à bala, imobiliária e fábrica de chocolate operando com dinheiro vivo, rachadinhas, centrão, orçamento secreto, obsessão sexual de pastoras e pastores aliados, compra de votos, insinuações pedófilas, intolerância, misoginia, homofobia, racismo, 686 mil mortos na pandemia, indústria de fake news, o desastre econômico, ataque ao salário mínimo e aos aposentados... A lista é infindável.

Chega. A hora é de partir pra cima. Sem essa de cair no conto de líderes espirituais, pastores e vigários picaretas com suas chantagens diabólicas. Se somos um povo verdadeiramente religioso, dia 30 de outubro, vamos todos votar e votar pelo bem, pela paz. Só assim Deus mostrará a sua verdadeira face para todos os brasileiros e brasileiras.

Pela qualidade da nossa geração, vamos demitir o ódio, recuperar a paz, o respeito, a cidadania e a civilidade. Vamos pegar de volta a Amazônia, a Farmácia Popular e muito mais: a dignidade, o respeito, a democracia, nossas cores e a nossa bandeira.


sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O SUPLÍCIO DE UMA NAÇÃO

(Galeria de Imagens)

Brasil quer mudança urgentemente

 

Eugênio Magno

Falta apenas um dia para que essa terrível página da nossa história recente seja virada. Neste domingo, dia 2 de outubro de 2022, o povo terá nas mãos o poder de dar um novo rumo ao Brasil.

Nunca, na história desse país, houve uma tragédia de tão grandes proporções, em um espaço de tempo tão curto – menos de quatro anos. Décadas de lutas sangrentas e conquistas suadas foram ignoradas e o patrimônio público dilapidado. A porteira foi aberta e a boiada passou. O mais grave é que a tragédia foi previamente anunciada, patrocinada pelo capital, regida por um dos poderes da república, orquestrada pela grande mídia e chancelada pelos votos de milhões de eleitores de perfis variados. Se somaram aos votos dos extremistas radicais convictos outros, de protesto e ainda os dos liberais, dos antissistema, dos anarcocapitalistas e aqueles da grande massa de enganados pelas fake news e pelo cerco armado a partir da república de Curitiba.

A preocupação mais urgente de todas as cidadãs e cidadãos brasileiros de bom senso neste momento é impedir já qualquer chance de continuação do atual governante no poder. A disputa presidencial não pode ser arrastada para o segundo turno, se não quisermos ver e viver mais distopias, violência, perseguição e a agressão por parte dos ressentidos envergonhados que por teimosia não admitem que erraram e insistem em permanecer no erro e a defender seus mitos. Os atuais mandatários da nação e a família do presidente estão ameaçados de várias condenações em tribunais nacionais e internacionais, inclusive, por crimes contra a humanidade. Por essas e outras, usam de todos os expedientes – a maioria deles ilegais – para permanecer no poder e não perder suas prerrogativas de imunidade.

Desde o chamado impeachment que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, agora mais do que nunca provado que foi golpe, em razão dela ter sido julgada inocente diante da acusação de pedaladas fiscais que o capital e a extrema direita mundial articulada pelo trumpismo e pelo seu estrategista-mor, Steve Bannon, vem articulando esse assalto ao poder em nosso país. A fragilidade de nossas instituições, a mão invisível do mercado, a trava do parlamento, comandado pelo centrão – à época sob a égide de Eduardo Cunha –, a crise econômica mundial e o fim da exportação de nossas commodities, pavimentaram o caminho para que fosse inaugurado o desmantelo do Estado brasileiro e a implosão da república.

O governo Bolsonaro aparelhou os principais órgãos de Estado. Segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), foram empregados milhares de militares, da reserva e da ativa, em cargos civis. Entre os problemas identificados pelo levantamento estão remunerações que extrapolam o teto constitucional e a falta de amparo legal para exercer cargo de agente civil, além do acúmulo de funções. Várias estatais brasileiras foram entregues à inciativa privada, na bacia das almas, e o dinheiro utilizado para atender ao orçamento secreto administrado pelo centrão, de quem o executivo se tornou refém. Este governo que aí está e joga com todas as cartas para permanecer impôs a Lei do Sigilo de 100 Anos para 65 casos, dentre os quais as visitas que a primeira-dama, Michele Bolsonaro, recebeu no Palácio da Alvorada. Dois dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), foram escolhidos com base na fé que professam – são “terrivelmente evangélicos”. A Procuradoria Geral da República perde credibilidade a cada dia. Investigações de corrupção e de malversação dos recursos públicos estão sendo obstruídas e vários mecanismos de controle foram destruídos. A família do presidente é acusada de comprar 51 imóveis com dinheiro vivo e entra com recurso para tirar de circulação a matéria jornalística que denuncia o escândalo. O preço dos combustíveis foram manipulados ao sabor das alterações nas pesquisas de intenção de voto. Legislações de proteção ao meio ambiente foram quebradas. As funções das Forças Armadas vêm sendo desviadas, de aparato de Estado, para servir ao governo e à sua candidatura, sem falar do sequestro dos símbolos e datas nacionais. A estupidez negacionista deixa um saldo de 686 mil mortos durante a pandemia de covid-19 no país. O Brasil ocupa o vexatório segundo lugar em letalidade por covid, entre todos os países do mundo. Milhões de doentes ficaram sem vários remédios da Farmácia Popular. Reajuste do auxílio emergencial e ajuda para taxistas e caminhoneiros vêm sendo apontados como o maior crime eleitoral praticado no país.

E tem mais, muito mais. Num dos últimos debates, o presidente-candidato contou até com a linha-auxiliar de um falso-padre, já desmascarado. São inúmeros os abusos cometidos pelo candidato Bolsonaro e por esse governo que insiste em se manter no poder para liquidar o que resta de nossas riquezas e destruir as instituições republicanas. Sua política é de disseminação do ódio e de mentiras, truculência no trato com opositores e misoginia explícita, dentre tantos outros descalabros.

O que mais é necessário para convencer quem não tem vocação para extremista, mas que, por razões de acreditar mais no dogmatismo de pastores e padres sectários, do que em Cristo e em seu Evangelho, repete e cumpre cegamente os ditames e as palavras de ordem de impostores?

Um presidente eleito em clima de judicialização da política e politização da justiça, com as bênçãos da boa-fé do povo simples, aviltada por interesses econômicos de setores religiosos inescrupulosos, estribados em fake news, não tinha nenhuma chance de dar certo, como está provado que não deu.

Qualquer um dos candidatos à presidência da república é melhor para o Brasil do que Bolsonaro, mas só um é capaz de vencê-lo e já, no primeiro turno. A sociedade civil organizada e as principais lideranças de vários setores do país já declararam o voto a Lula. A eleição ainda não está ganha, mas se uma parcela dos eleitores de Ciro e Tebet optar pelo voto útil a fatura poderá ser liquidada neste domingo e é para isso que quem tem juízo e responsabilidade está trabalhando e torcendo.


quinta-feira, 10 de março de 2022

GUERRA MUNDIAL OU GUERRA GLOBAL (?)

 

(Imagem: Pixabay)


O conflito entre a Rússia e a Ucrânia está se transformando em uma guerra mundial de novo tipo

"Em nosso mundo globalizado e interconectado, um conflito da envergadura de uma guerra na Ucrânia obviamente tem consequências planetárias. Desde o início das hostilidades, em 24 de fevereiro, as duas hiperpotências nucleares do planeta iniciaram uma queda de braço muito perigosa. Washington, a União Europeia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e todos os seus aliados – incluindo as megacorporações digitais GAFAM (Google, Amazon, Facebook, Apple, Microsoft) – prometeram agora, em resposta à invasão da Ucrânia, esmagar a Rússia, isolá-la e desmembrá-la. Consequência: isso está se tornando uma guerra mundial de um novo tipo. Um hiperconflito híbrido que neste momento, em seu aspecto militar, está se desenrolando em um teatro específico e local: o território da Ucrânia. Mas que em todas as outras frentes – política, econômica, financeira, monetária, comercial, midiática, digital, cultural, esportiva, espacial etc. – transformou-se em uma guerra global e total."
Esse é o trecho inicial do artigo de Ignacio Ramonet, publicado no portal do Instituto Humanitas Unisinos. Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

(Fonte: IHU)

sábado, 5 de março de 2022

BEAGÁ PSIU POÉTICO 2022 DEDICADO AO POETA THIAGO DE MELLO


4º Festival de Arte Contemporânea 
Beagá Psiu Poético 2022


O Festival de Poesia que acontece em Montes Claros há 35 anos terá mais uma edição em Belo Horizonte, de 17 a 19 de março de 2022 nas redes sociais do Psiu Poético e das entidades parceiras. No dia 17 de março, às 20 horas, haverá abertura oficial virtual do evento; no dia 18 de março de 2022, de 19 às 22 horas, haverá o evento presencial “Sarau do Beagá Psiu Poético” na Casa Socialista; e no dia 19 de março de 2022, de 14 horas às 21 horas, haverá o evento presencial “Sarau e Livros” na Casa da Floresta, localizada na rua Silva Ortiz, 78, bairro Floresta, Belo Horizonte.

Tendo em vista o quadro de pandemia, serão observados os protocolos de saúde, como distanciamento, uso de máscaras e de álcool em gel, para a realização do evento presencial.

O 4º Festival de Arte Contemporânea Beagá Psiu Poético, caracterizado por acolher a pluralidade artística e promover o debate, está aberto a artistas interessados, independentes ou não.

As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de março. Mais informações pelo endereço eletrônico beagapsiupoetico@gmail.com - com cópia para psiupoetico@gmail.com - telefones (38) 98412-4749, (38) 2211-3800, (38) 2211-3374.


terça-feira, 1 de março de 2022

O MONOPÓLIO DOS GRANDES LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS


EUA ignoraram vacina sem patente e financiaram imunizantes de grandes marcas, diz pesquisadora

Apesar das seguidas tentativas de organizações internacionais e de alguns entes governamentais de quebrar as patentes das vacinas contra a covid-19 e facilitar sua aquisição por países que não dispõem de recursos, os monopólios dos grandes laboratórios farmacêuticos se impuseram ao bem comum.

Contudo, nadando contra a maré, uma equipe de cientistas do Hospital Infantil da Escola Baylor de Medicina de Houston, no Texas, Estados Unidos, desenvolveu uma vacina não patenteada contra a covid-19, a Corbevax.

Os cientistas criaram a fórmula do insumo, que pode ser distribuída a qualquer laboratório interessado. As células produtoras são como uma receita que permite produzir a vacina em uma escala de dez litros. Vários países, a maioria do sudeste asiático, já adquiriram a fórmula.

A pesquisadora da Escola Baylor de Medicina de Houston, Dra. María Elena Bottazzi é uma das criadoras da Corbevax. A cientista foi entrevistada pelo Portal Brasil de Fato.

Acesse a entrevista e leia a matéria completa de José Eduardo Bernardes para Brasil de Fato, clicando aqui.

(Fonte: Brasil de Fato)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

É GUERRA, DE GRANDE ESCALA

 

(Foto: Deutsche Presse-Agentur Gmbh)

Cerca de 800 soldados russos foram mortos em confronto, afirma Ucrânia


O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoly Tkach, confirmou hoje (25), em Brasília, o abatimento de 7 aviões, 6 helicópteros, mais de 30 tanques, 130 veículos blindados e aproximadamente 800 soldados russos.

Tkach confirmou ainda a informação de que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu para a população se armar para defender o país. "Exatamente o que eu comentei sobre a defesa territorial. São civis, homens e mulheres, que pegam em armas para proteger as suas casas dos invasores".

Ele afirmou que a Ucrânia impôs a lei marcial, que impede homens de 18 a 60 anos, naturalizados ou não, de deixarem o país e que, na capital, foram introduzidos toques de recolher.

"Neste momento estamos pedindo aos nossos parceiros para que imponham as sanções, incluindo expulsar a Rússia do Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais). Também pedimos que adotem as seguintes medidas: resoluções nos foros internacionais, apoio financeiro, apoio com armas defensivas para a Ucrânia, e condenação das ações da Rússia", afirmou Tkach.

Ele disse ainda que a atual situação é muito mais grave do que a anexação da Crimeia, em 2014. "Neste momento, a guerra é para ocupar todo o território ou alguns territórios do nosso país, é uma guerra de grande escala".

O encarregado ucraniano agradeceu o apoio "sem precedentes" recebido até agora e citou a Polônia, que emprestou quase US$ 1 bilhão à Ucrânia. Ele agradeceu também o apoio prestado pelo Canadá, pela Austrália, União Europeia, pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido e reforçou que os ucranianos estão precisando de ajuda humanitária e esperam sanções pesadas contra a Rússia. Ele disse ainda contar com o apoio do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Tkach afirmou que Chernobyl está intacta e que o aumento no nível de radiação se deu pela poeira levantada pelas máquinas pesadas que circulam na região.

(Fonte: Agência Brasil / EBC)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

NOVO APRENDIZADO


(Foto: Getty Images)


Inglaterra prepara fim de restrições contra pandemia e plano para 'conviver com covid'

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se prepara para anunciar nesta segunda-feira (21/2) o fim de todas as restrições referentes à pandemia de coronavírus na Inglaterra, como a obrigação de isolamento para pessoas que testam positivo para covid.

A previsão é que o primeiro-ministro deve se reunir com sua equipe pela manhã e anunciar o plano no Parlamento durante a tarde. Seu anúncio deve se restringir à Inglaterra, já que as outras três nações do Reino Unido — Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales — possuem alguma autonomia para definir suas próprias regras.

Johnson disse que o fim das restrições "marca um momento de orgulho à medida que começamos a aprender a viver com a covid".

Leia a matéria na íntegra no site da BBC News, clicando aqui.

(Fonte: BBC News / Brasil)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

A POLÍTICA, SEGUNDO FRANCISCO

 

(Capa da edição espanhola da encíclica "Fratelli Tutti")

Todos somos irmãos

Sinceramente, não sei se devemos ter pena ou desprezo por pessoas que aderem a princípios autoritários e fazem proselitismos até mesmo do nazismo e do fascismo, refutando tudo que diz respeito à democracia e aos direitos humanos, como se a única alternativa ao nazi-fascismo fosse um regime comunista totalitário, como o da União Soviética, de Stálin. 

Quanto delírio, hein!?

Tendo em vista colocar luzes sobre esse ensandecido ataque de salteadores sobre a república brasileira e a democracia no mundo, usando o cristianismo, evoco mais uma vez a sapiência do sumo pontífice, Francisco, destacando trechos de sua encíclica Fratelli Tutti, no episódio # 31 - TODOS SOMOS IRMÃOS, do podcast Política com Fé.

Acesse o podcast clicando aqui.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

CÂMARA FEDERAL E AGROVENENO

 

(Foto: Agência Câmara)


Relator do Pacote do Veneno recebeu R$ 380 mil de 10 empresários do agro na campanha de 2018

O deputado federal Luiz Nishimori (PL-PR), mesmo partido de Jair Bolsonaro e relator do chamado “Pacote do Veneno” (Projeto de Lei 6299/2002), foi “patrocinado” por ruralistas. Ele recebeu R$ 380 mil de empresários e executivos do agronegócio na campanha que o levou à Câmara dos Deputados, em 2018. O PL pretende flexibilizar ainda mais o uso de agrotóxicos no país.
Leia a matéria de Paulo Motoryn para o Brasil de Fato, clicando aqui.

(Fonte: Brasil de Fato)

sábado, 5 de fevereiro de 2022

ELEIÇÕES E ALIANÇAS

 

Brasil: poder e terras usurpadas. 'A repetição fiel da loucura capitalista'

“Neste ano de eleições presidenciais, a hipótese da esquerda que quer substituir o atual governo de extrema-direita por enquanto está ganhando. Parece um processo de maquiagem do realismo prudente da política como mera constatação dos interesses dos empresários e das demandas dos partidos”, escreve Flavio Lazzarin, padre italiano fidei donum que atua na Diocese de Coroatá, no Maranhão, e é agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em artigo publicado por Settimana News, 28-01-2022, com tradução de Luisa Rabolini.

Segundo ele, "para Lula, toda e qualquer aliança deve e pode ser usada para ganhar as eleições. Os partidos de esquerda poderiam ter proposto o impeachment do presidente bem antes de chegar aos 600 mil mortos por Covid, causados pelo negacionismo e pela negligência do governo federal, mas preferiram o caminho eleitoral, entendendo-o como a única garantia para retornar ao poder".

Para ler a íntegra do texto, clique aqui.

(Fonte: Instituto Humanitas Unisinos)

 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

PEQUENOS AVANÇOS E GRANDES RECUOS

 

(Imagem da Wikipédia)


Cidadania a porrete, é o título de um artigo do historiador José Murilo de Carvalho sobre o qual faço uma releitura no podcast Política com Fé.

O título do texto carrega o significado da agudez crítica do autor sobre essa nossa herança maldita que faz perpetuar práticas condenáveis. Se cidadania é a qualidade ou estado de cidadão, e cidadão, segundo o Aurélio, é o indivíduo no pleno gozo de seus diretos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este, e porrete é um cacete com uma das extremidades arredondadas, com a qual se bate, ou se apanha, juntar as duas palavras, é denunciar uma atitude de extrema perversidade. Cidadania a porrete nos convida a refletir sobre nossa trajetória histórica, marcada pelo arbítrio que martirizou tantos líderes populares nesses 522 anos de uma evolução sangrenta, que insiste em continuar vitimando tantos “brasileirinhos”.

Ouça o episódio clicando aqui.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

CASO ASSANGE


(Reprodução de foto da companheira de Assange, Stella Morris, anunciando a decisão da justiça diante da Corte)

Justiça britânica autoriza defesa de Julian Assange a pedir audiência para contestar extradição

A saga jurídica de Julian Assange teve nesta segunda-feira um capítulo comemorado como vitória pela defesa liderada por sua companheira, Stella Morris.
O Supremo Tribunal decidiu que o fundador do Wikileaks pode solicitar uma audiência ao mais alto tribunal do Reino Unido para apelar da decisão de dezembro, que deu aos EUA o direito de extraditá-lo para responder em solo americano pelo vazamento de segredos de guerra do país.
Os advogados de Assange agora têm 14 dias para fazer o pedido à Suprema Corte, e não há garantia de que a audiência será concedida. Por enquanto ele continua no Reino Unido.

Para continuar lendo a matéria de Luciana Gurgel para MediaTalks, clique aqui.
(Fonte: Uol/MediaTalks By J&Cia)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

ÔMICRON AVANÇA NO BRASIL


(Foto: Reuters)


Teste de covid: por que está tão difícil conseguir testagem no Brasil?


Pesquisa Datafolha aponta que mais de 8 mi de brasileiros não conseguiram se testar no último mês.

Histórias de pessoas peregrinando por farmácias, laboratórios ou unidades de saúde em busca - nem sempre bem-sucedida - por testes de covid-19 viraram comuns, em um momento que combina o avanço da variante ômicron com uma escassez de exames.
Por trás disso estão, segundo especialistas, tanto uma oferta global insuficiente de testes e insumos para atender o aumento da demanda, quanto problemas e limitações na estratégia de testagem do Brasil (veja mais abaixo), que bateu o recorde de 204 mil novos casos oficialmente conhecidos de covid-19 nesta quarta-feira (19/1).
Nas farmácias, foram feitos 482,1 mil testes entre 3 e 9 de janeiro - um recorde e um aumento de 70% em relação à semana anterior, informou em nota a Abrafarma, associação que reúne as 26 maiores redes farmacêuticas do país.
Tanto essa entidade quanto a associação de laboratórios alertaram que, no atual cenário, será necessário hierarquizar a realização dos testes, priorizando quem mais precisa.

Para ler, na íntegra, a matéria de Paula Adamo Idoeta para a BBC News Brasil, clique aqui.
(Fonte: BBC News Brasil)

sábado, 15 de janeiro de 2022

A CHUVA PAROU

 

O cachorro de rua, que apelidei de Fritz (homenagem ao cineasta Fritz Lang), paralisado, diante da 
inundação que interrompeu por dois dias o trânsito na rodovia MG-020
(Foto: Eugênio Magno)

Nunca fui amante de chuvas intensas, o que não quer dizer que eu não reconheça seu valor, sua importância, sua necessidade, ainda mais como morador da zona rural que atualmente sou. Como sertanejo então, nem se fala... 

Montes-clarense da gema, cresci ouvindo bendições à chuva, testemunhei peregrinações de romeiros – gente pobre do agreste – com latas d'água e pedras na cabeça, descalços, em penitência, rezando em romarias, visitando igrejas, cruzeiros, cemitérios e outros campos santos, implorando pelas chuvas que nunca vinham, mesmo no chamado tempo das águas. No entanto, agora, em janeiro de 2022, particularmente em algumas regiões dos Estados da Bahia e de Minas Gerais, está na hora de fazer preces pra chuva parar de nos castigar.


Esse é o tema do episódio # 29 - UMA PRECE, PRA CHUVA PARAR, do podcast Política com Fé. Clique aqui e ouça essa edição.


Para ter acesso a todos os episódios do podcast acesse: https://anchor.fm/eugenio-magno.

 


segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

CHOVE SEM PARAR

BR-040: Transbordamento de barragem de sedimentos Lisa, 
da mina de Pau Branco da empresa Vallourec
(Imagens: Site do Projeto Manuelzão - UFMG)

A natureza não perdoa

Eugênio Magno

Dia desses ouvi o papa Francisco dizer o seguinte: "Deus, perdoa sempre, o homem, às vezes perdoa. Mas a natureza não perdoa nunca".

Pois é, a mãe terra, a cada dia cobra, com juros mais altos, o que temos feito a ela.

Barragem da Vallourec
(Imagem: Gabinete de Crise da Sociedade Civil) 

A situação é dramática em Minas Gerais, estado rico em reservatórios subterrâneos, nascentes e rios que, dolorosamente, sangram os rejeitos minerados irresponsavelmente, fruto do esquartejamento progressivo de suas áreas mineráveis.

Rua do Comércio, Ponte sobre o Rio das Velhas e entorno - Centro de Santa Luzia, MG
(Imagens divulgadas pela Prefeitura Municipal de Santa Luzia)

Nos últimos dias, não só assistimos como alguns de nós estamos testemunhando in loco várias situações calamitosas em muitas localidades.


Eugênio Magno visita o Trevo de Pinhões: MG-020 - trecho interditado, 
em razão de transbordamento do Rio das Velhas

Para destacar apenas o que está mais próximo ao local onde resido - e no momento que escrevo essa matéria, ilhado -, seguem imagens de Pinhões, comunidade rural remanescente quilombola, próxima ao Convento de Macaúbas, a 10 quilômetros de distância do centro histórico de Santa Luzia, cidade pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte.





Enquanto os políticos acreditarem que obra subterrânea não dá voto, teremos problemas de saneamento básico e inundação nas cidades.


Há muito que as cidades, grandes ou pequenas, dão sinais de saturação. Há que se repensar o modelo. Enquanto isso é necessário que sejam feitas obras de recuperação e prevenção urgentemente em nossas cidades. E a população também deve ser educada para o exercício da cidadania.


O texto e as imagens sem crédito são de Eugênio Magno.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

CHOVE CHUVA

 

Imagem de Porto Seguro - BA (Isaac Nóbrega/PR)

Chuva dá trégua na Bahia, mas coloca 749 municípios de MG em alerta por possíveis temporais

As chuvas na Bahia deram trégua nos dois primeiros dias de 2022. Em novo balanço divulgado pelo governo estadual, o número de desabrigados pelos temporais caiu pelo 3º dia seguido. No domingo (2), os registros passaram de 32.737 para 32.594 – uma redução de 143.
Segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), as chuvas causaram 25 mortes e 517 feridos. O número total de atingidos chegou a 661.508 pessoas.
Para continuar lendo a matéria editada por Leandro Melito para o Brasil de Fato, clique aqui.

sábado, 1 de janeiro de 2022

ANO NOVO, VIDA NOVA


(Foto: Vatican News)
 

Louvado sejas, meu Senhor

Este ano de 2022 que está iniciando hoje será um ano de muitos debates políticos: partidários, eleitorais, ideológicos, muitas falas acaloradas. Um ano em que, muito especialmente, nós brasileiros, estaremos sendo convocados a uma maior politização, para que possamos redefinir os rumos do nosso país, compreender melhor as nuances da política e as implicações tanto do nosso voto e dos nossos posicionamentos quanto de nossa apatia ou neutralidade. Futebol, exceto para os grandes craques, técnicos e cartolas, não muda a vida de ninguém e, sinceramente, não sei se vale à pena discutir. Agora, política e religião necessitam ser debatidos intensamente e sabiamente, sem fundamentalismos e, de preferência, sem trazer a esdrúxula lógica da torcida futebolística para esse campo.

Com a pretensão de iniciarmos o ano com um pensamento que vá um pouco além da preocupação com nossos próprios umbigos, o episódio # 28 UNIDOS POR UMA PREOCUPAÇÃO COMUM, do podcast Política com Fé, destaca algumas palavras do papa Francisco, da  sua encíclica Laudato Si, sobre o cuidado da nossa casa comum: a terra, o planeta. 

Para acessar todos os episódios do podcast clique aqui.