quarta-feira, 21 de maio de 2025

NO PRÓXIMO SÁBADO TEM POESIA NA FLORESTA



Persona Paradoxo tripulando Asas Sonoras

Eugênio Magno

O poeta norte mineiro, Renilson Durães, estará em Belo Horizonte, no próximo sábado, dia 24 de maio, a partir das 17 horas, na Casa da Floresta – Rua Silva Ortiz, 78, bairro Floresta –, para o lançamento do seu novo livro de poesia, Persona Paradoxo.

Além dos tradicionais autógrafos, Renilson brinda o público com o sarau Asas Sonoras. No programa, recitação de poemas de sua autoria com a participação de vários poetas. Amanna Brito, Biláh Bernardes, Brenda Marques Pena, Carlos Barroso, Eugênio Magno, Helena Soares, José Edward, Rogério Salgado e Wagner Rocha, já confirmaram presença. O sarau contará ainda com a participação especial dos músicos Macim Soares, Nélio Torres, Sérgio Geleia e Victor Mantovani.


Persona Paradoxo saiu pela Ventura Editora e teve lançamento de estreia no início deste ano de 2025, na Taberna do Glória, no Rio de Janeiro, com a presença de vários autores da cena poética carioca como Márcio Catunda, Tchello d’Barros, Luiz Otávio Oliani, Val Mello, Jorge Ventura, dentre outros. No mês passado, o lançamento foi em Montes Claros, no Festival Literário do Autor Montes-Clarense (FLAM); e agora é a vez de BH receber a obra de Renilson Durães.

O livro homenageia o filósofo e poeta, Antônio Cícero, o teatrólogo e dramaturgo, José Celso Martinez Corrêa e o compositor montes-clarense, Elthomar Santoro Júnior. Esta é a terceira publicação solo de Renilson Durães que também é autor de Dourado e Rubro (poesia), Essa Tal Felicidade (desenvolvimento pessoal), e é participante de várias antologias poéticas, desde os anos 1970, como ativista da poesia marginal e da geração mimeógrafo.

A revista mimeografada, Espaço de Prática Poética, criada por ele, Aroldo Pereira, Gabriel Cardoso, Nadir Antônio Cunha e Zacarias Mercal, é um dos marcos iniciais na trajetória de Renilson Durães. A publicação deu origem ao Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética, do qual fizeram parte também vários atores e poetas, dentre eles, Helena Soares, Mauro Lúcio e Mirna Mendes. Nos anos 1980, o Grupo lançou o primeiro Psiu Poético que caminha para 40 anos de existência ininterrupta e, de Montes Claros, abriu itinerâncias para Belo Horizonte e para o Rio de Janeiro.

O autor de persona Paradoxo já prepara outro livro, ainda sem data prevista de finalização e lançamento. Enquanto isso, busca apoio para dar segmento ao espetáculo poético-musical Navio de Cruzar Deserto, com os músicos Macim da Gaita, Bob Marcílio e o poeta, professor e filósofo Wagner Rocha. A proposta de Renilson Durães é percorrer o Brasil com sua trupe, espalhando sons e poesia.



(As fotos são de divulgação do livro de Renilson Durâes)

quarta-feira, 14 de maio de 2025

O PIBÃO E OS POBREZINHOS



O Brasil não é nenhuma Shangri-La


Eugênio Magno
(Texto e fotos)

A insistência em basear a saúde econômica do país na manutenção do superávit primário, cumprimento do teto de gastos, defesa intransigente do famigerado arcabouço fiscal e a fantasia da alta do PIB e do crescimento da economia não se sustentam.

Em poucos minutos de caminhada pela principal avenida do centro comercial de Belo Horizonte, uma das mais importantes capitais brasileiras, é possível deparar com uma realidade estarrecedora. O número de pessoas em situação de rua cresceu assustadoramente e o comércio de rua se mostra em franco declínio, para dizer o mínimo. Este quadro não é exclusividade da capital mineira, tampouco do estado de Minas Gerais. O país inteiro sofre as consequências do aprofundamento das políticas econômicas neoliberais que não se mostram diferenciadas, tanto em governos de direita, quanto de esquerda.

Com exceção dos muito ricos, do alto escalão do governo, da classe média alta e de alguns setores da burocracia estatal, os brasileiros da média classe média para baixo estão em queda-livre, abandonados à própria sorte.

Há mais de duas décadas quem tem juízo e consciência crítica alerta para o perigo do pragmatismo excessivo e dos projetos de poder a qualquer preço.

Palavras, mesmo as mais carregadas de significado e imagens não têm sido ouvidas, muito menos lidas. Ainda que, também, desgastadas pelo seu uso indiscriminado, esta matéria se completa com instantâneos de uma crua e ignorada realidade, reiteradamente falseada pelos donos do poder.