domingo, 28 de agosto de 2011

DEUS E A POESIA


Drummond e a ''re-significação'' de Deus na poesia.



"Para o ex-aluno dos jesuítas Carlos Drummond de Andrade, a transcendência só poderia existir na imanência, como salto qualitativo do existir diante da ‘pedra’ da impossibilidade. Aqui talvez seja o ponto mais próximo da poesia com a mística, de encontrar um Mistério em todas as coisas e que oferece sentido a todas elas."
A declaração é do teólogo Alex Villas Boas, na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line, ao refletir acerca de sua obra Teologia e Poesia – A busca de sentido em meio às paixões em Carlos Drummond de Andrade como possibilidade de um pensamento poético teológico (Sorocaba: Crearte Editora, 2011). Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

OLHOS DE OURO


Já se conhecia as lentes coloridas e aquelas em que a pupila dá a impressão de um olhar felino. Mas estas, decoradas com 18 diamantes num círculo de ouro de 5 gramas, são reservadas somente para grandes ocasiões: o par custa 11 mil euros. Uma loucura que se torna uma boa ação. Pois elas são fabricadas por um hospital indiano, especializado em cirurgias e próteses oculares, e o dinheiro adquirido com a venda financia a pesquisa da síndrome de Stevens-Johnson, uma doença grave e potencialmente mortal dos olhos. Fundada em 2007, em Bombaim, o Shekhar Eye Research é também conhecido por cuidar de doentes que não podem pagar.
(Foto: Chandrashekhar Chawan/REX/SIPA)

domingo, 21 de agosto de 2011

"EU" E EU



Eu



Eugênio Magno



de trincheira


do ego


promovo a


minha voz


a cascata



do Eu


(Do livro IN GÊ NU(A) IDA DE - versos e prosa, 2005)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DOCUMENTARISTA FALA DA SUA CARREIRA




Silvio Tendler, um cineasta contra a maré


Sílvio Tendler. Ao fundo, grafite da vídeo instalação do Poema Sujo no Espaço Oi, Rio de Janeiro. Acusado por analistas do Fundo Setorial Audiovisual, do Ministério da Cultura (MinC), de não saber fazer roteiro e de que seus filmes têm bilheterias pífias, o cineasta chuta o balde e mostra que, além de conquistar as maiores plateias do mercado brasileiro de documentários – O mundo Mágico dos Trapalhões (1 milhão e 800 mil espectadores), Jango (1 milhão) e Anos JK (800 mil) –, seu Utopia e Barbárie é um dos filmes mais vistos em exibições alternativas.
O ”Sr. Documentário” fala da carreira, projetos e do cinema engajado com a luta pela utopia de Silvio Tendler. Fala também da relação do cinema com a literatura e da batalha que continua a ser fazer filmes no Brasil. Para ler a matéria completa do jornalista e escritor, Oswaldo Faustino, com direito a entrevista e tudo, acesse o site http://www.cineclubebrasil.com.br e procure a revista nº 4, 2011.

domingo, 14 de agosto de 2011

O CRISTIANISMO É MAIOR DO QUE AS IGREJAS



Alento aos desolados com a Igreja


Leonardo Boff
Teólogo e escritor



Atualmente há muita desolação com referência à Igreja Católica institucional. Verifica-se uma dupla emigração: uma exterior, pessoas que abandonam concretamente a Igreja e outra interior, as que permanecem nela mas não a sentem mais como um lar espiritual. Continuam a crer apesar da Igreja.
E não é para menos. O atual Papa tomou algumas iniciativas radicais que dividiram o corpo eclesial. Assumiu uma rota de confronto com dois importantes episcopados, o alemão e francês, ao introduzir a missa em latim; elaborou uma esdrúxula reconciliação com a Igreja cismática dos seguidores de Lefebvre; esvaziou as principais intuições renovadoras do Concílio Vaticano II, especialmente o ecumenismo, negando, ofensivamente, o título de “Igreja” às demais Igrejas que não sejam a Católica e a Ortodoxa; ainda como Cardeal mostrou-se gravemente leniente com os pedófilos; sua relação para com a AIDs beira os limites da desumanidade. A atual Igreja Católica mergulhou num inverno rigoroso. A base social de apoio ao modelo velhista do atual Papa é constituída por grupos conservadores, mais interessados nas performances mediáticas, na lógica do mercado, do que propor uma mensagem adequada aos graves problemas atuais. Oferecem um “cristianismo-prozac”, apto para anestesiar consciências angustiadas, mas alienado face à humanidade sofredora.
Urge animar estes cristãos em vias de emigração com aquilo que é essencial ao Cristianismo. Seguramente não é a Igreja que não foi objeto da pregação de Jesus. Ele anunciou um sonho, o Reino de Deus, em contraposição com o Reino de César, Reino de Deus que representa uma revolução absoluta das relações desde as individuais até as divinas e cósmicas.
O Cristiansimo compareceu primeiramente na história como movimento e como o caminho de Cristo. Ele é anterior a sua sedimentação nos quatro evangelhos e nas doutrinas. O caráter de caminho espiritual é um tipo de cristianismo que possui seu próprio curso. Geralmente vive à margem e, às vezes, em distância crítica da instituição oficial. Mas nasce e se alimenta do permanente fascínio pela figura e pela mensagem libertária e espiritual de Jesus de Nazaré. Inicialmente tido como “heresia dos Nazarenos” (At 24,5) ou simplesmente “heresia” (At 28,22) no sentido de “grupelho”, o Cristianismo foi lentamente ganhando autonomia até seus seguidores, nos Atos dos Apóstolos (11,36), serem chamados de “cristãos.”
O movimento de Jesus certamente é a força mais vigorosa do Cristianismo, mais que as Igrejas, por não estar enquadrado nas instituições ou aprisionado em doutrinas e dogmas. É composto por todo tipo de gente, das mais variadas culturas e tradições, até por agnósticos e ateus que se deixam tocar pela figura corajosa de Jesus, pelo sonho que anunciou, um Reino de amor e de liberdade, por sua ética de amor incondicional, especialmente aos pobres e aos oprimidos e pela forma como assumiu o drama humano, no meio de humilhações, torturas e da execução na cruz. Apresentou uma imagem de Deus tão íntima e amiga da vida, que é difícil furtar-se a ela até por quem não crê em Deus. Muitos chegam a dizer: “se existe um Deus, este deve ser aquele que traz os traços do Deus de Jesus”.
Esse cristianismo como caminho espiritual é o que realmente conta. No entanto, de movimento, ele muito cedo ganhou a forma de instituição religiosa com vários modos de organização. Em seu seio se elaboraram as várias interpretações da figura de Jesus que se transformaram em doutrinas e foram recolhidas pelos atuais evangelhos. As igrejas, ao assumirem caráter institucional, estabeleceram critérios de pertença e de exclusão, doutrinas como referência identitária e ritos próprios de celebrar. Quem explica tal fenômeno é a sociologia e não a teologia. A instituição sempre vive em tensão com o caminho espiritual. Ótimo quando caminham juntas, mas é raro. O decisivo é, no entanto, o caminho espiritual. Este tem a força de alimentar uma visão espiritual da vida e de animar o sentido da caminhada humana.
O problemátio na Igreja romano-católica é sua pretensão de ser a única verdadeira. O correto é todas as igrejas se reconhecerem mutuamente, pois todas revelam dimensões diferentes e complementares do Nazareno. O importante é que o cristianismo mantenha seu caráter de caminho espiritual. É ele que pode sustentar a tantos cristãos e cristãs face à mediocridade e à irrelevância em que caiu a Igreja atual.

(Fonte: Site do IHU - Instituto Humanitas Unisinos)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SBT: 30 ANOS DE LAÇOS COM O POVO


Assumidamente direcionada à classe C, emissora de Sílvio Santos comemora

três décadas com atrações especiais e interatividade com a audiência.

Para ler a matéria na íntegra é só clicar aqui.


Fundador, apresentador e principal ícone do SBT, Sílvio Santos conduz a trajetória da emissora, que sempre teve a Classe C como público alvo. Crédito: Divulgação/SBT
(Fonte:Site Meio & Mensagem)

domingo, 7 de agosto de 2011

ANIVERSÁRIO DO REPÓRTER ESSSO


70 anos do Repórter Esso - 70 anos do radiojornalismo no Brasil


No próximo dia 28 de agosto, às 12h55, será comemorado o aniversário de 70 anos da primeira transmissão do O Repórter Esso no Brasil, data que marca o início do radiojornalismo brasileiro.
Para garantir que esse momento histórico seja lembrado em todo o país, estamos propondo às emissoras brasileiras que veiculem matérias, programas e informações sobre o assunto. O Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom criou uma comissão que está produzindo material, ( texto e áudio) a ser disponibilizado gratuitamente, para que as emissoras de rádio de todo o país possam utilizar em suas programações entre 21 e 28 de agosto.
Além disso, os pesquisadores do grupo propõem a realização de uma cadeia informal de rádio em todo o país, com cada veículo transmitindo um programete de dois minutos sobre o assunto no domingo, 28 de agosto, exatamente às 12h55. O grupo de pesquisa vai disponibilizar também o programete pronto para ser transmitido.
Algumas entidades já se disponibilizaram em hospedar o material produzido, entre elas a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão – Abert (www.abert.org.br). A Agência Rádio2 (www.radio2.com.br) também oficializou parceria nesse sentido. Pelos sites, as rádios e demais interessados poderão baixar o conteúdo produzido pelo grupo, a partir da segunda quinzena de agosto, e aproveitá-lo da forma que julgarem mais viável.

Contatos com:


Maria Cláudia Santos
mariaclaudiasantos@yahoo.com.br
00 55 31 9757-8756
00 55 31 2127- 0216


e

Sônia Pessoa
www.soniapessoa.com.br
@soniapessoa
31 - 9175-1760 (Tim)
31 - 8402-7531 (Claro)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ACABAR COM A FOME ATÉ 2025


América Latina pode erradicar a fome até 2025,

afirma novo diretor-geral da FAO

Erradicar a fome até 2025 é uma meta viável para os países da América Latina, na avaliação do recém-eleito diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano.


A reportagem é de Yara Aquino e foi publicada na Agência Brasil de 03-08-2011.

A meta para o milênio [meta proposta pela Organização das Nações Unidas] é reduzir pela metade o número de famintos até 2015. Será muito difícil alcançar essa meta para boa parte dos países, sobretudo os mais pobres. A América Latina tem meta de erradicar a fome em 2025, o que acho perfeitamente viável, disse ao participar de reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Como representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, posto que assumiu em 2006, José Graziano conseguiu que os países da América Latina fossem os primeiros a assumir o compromisso de erradicar a fome até 2025.
Graziano observou que alguns governantes, em especial os de países onde não há um sistema democrático, não têm o interesse de acabar com a fome. Mudar a realidade nesses países é um dos desafios apontado por ele para sua gestão à frente da FAO, que começa em janeiro de 2012. Alguns países se assentam nessa exclusão social para manter o domínio de uma minoria, por isso que digo que acabar com a fome não interessa a todos, por que ela pode modificar governos. Acho que chegar a um sistema democrático também é uma pré-condição para acabar com a fome, disse.
A eleição de José Graziano para a diretoria-geral da FAO ocorreu em junho. Com o apoio do governo brasileiro, Graziano foi eleito com 92 dos 180 votos e ocupará o cargo no período de janeiro de 2012 a julho de 2015
Ele atribui a escolha de um brasileiro para o cargo à mudança na imagem que o Brasil adquiriu no exterior. Acho que essa foi a grande razão da vitória: a expectativa que o Brasil representa hoje no mundo de encontrar um novo caminho de desenvolvimento. O Brasil é visto como um país que pode fazer a ponte para os países que estão em desenvolvimento com uma proposta diferente dos que estão lá, os desenvolvidos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

EUA IRRADIA INSEGURANÇA POLÍTICA GLOBAL




Rendição de Obama ao arrocho fiscal inaugura

nova era da incerteza e sinaliza mais recessão:

bolsas despencam em todo o mundo



"Os mercados fazem gato e sapato de Obama. Depois do acordo fiscal leonino imposto ao democrata, que penaliza os pobres e poupa os ricos, precificam a instabilidade política e o agravamento recessivo que isso acarretará derrubando as bolsas de todo o mundo nesta 2º feira, horas antes da votação do pacote orçamentário. O capitalismo americano não iria acabar, fosse qual fosse o resultado do impasse fiscal no Congresso. Mas o desfecho esboçado nesta noite de domingo é quase uma rendição de Obama ao Tea Party, tendo merecido a repulsa da esquerda do partido Democrata. Formada por cerca de 70 parlamentares ela vocaliza os setores da sociedade que mais se engajaram na eleição de Obama. A proposta a ser votada nas próximas horas rompe as bases desse engajamento, põe em risco a reeleição democrata e fixa uma nova referencia de crise política dentro da crise financeira mundial. Obama não se mostrou uma alternativa histórica capaz de contrastar os interesses enfeixados pela supremacia das finanças desreguladas. Ao contrário de Roosevelt, em pleno colapso econômico, abraça um plano de arrocho fiscal que imobiliza o Estado e torna ainda mais incerta a recuperação americana e mundial. Pior que isso. A crise fiscal evidenciou a monopolização do sistema político norte-americano por uma direita extremista, filha da madrassa neoliberal ativada nas últimas décadas.Embebida em um laissez-faire rudimentar, indissociável de uma visão de mundo belicista, ela busca compensar a desordem intrínseca a sua ideologia com uma pregação moralista e religiosa de sociedade. Ao ceder em quase tudo o que exigia a ortodoxia extremista, Obama coloca a população pobre dos EUA na linha de tiro de cortes que podem chegar a US$ 3 trilhões em dez anos. Em contrapartida, seu plano de elevar a receita com maior imposto sobre os ricos foi engavetado. A rendição de Obama coloca o mundo à mercê de forças incapazes de exercer o poder americano com algum equilíbrio e discernimento. Ademais de irradiar instabilidade financeira, os EUA se transformam em fator de insegurança política global. A negociação orçamentária escancarou o que estava subentendido e consolidou uma dimensão atemorizante do passo seguinte da história. Os países em desenvolvimento devem extrair lições esse episódio. Mas, sobretudo, blindar sua agenda econômica e social contra os solavancos implícitos na nova era da incerteza."

(Fonte: Site Carta Maior)