sexta-feira, 25 de junho de 2021

AS PRIVATIZAÇÕES E OS PROBLEMAS ENVOLVENDO FORNECIMENTO E COBRANÇA DE ÁGUA E LUZ


A contradição entre o dia do mês e a data da leitura de consumo
(Foto: Eugênio Magno)


Cemig e Copasa: 
lucros cada vez maiores, serviços a cada dia piores

Duas empresas que quando estatais foram modelares na prestação de serviços aos consumidores e excelentes empregadoras vêm perdendo credibilidade junto ao público.
Contas de água e luz estão a cada dia mais caras e a aferição do consumo nem sempre é confiável. A imagem acima ilustra episódio ocorrido dois dias antes da publicação desta matéria. No dia 23 de junho de 2021 quando voltava de minha caminhada matinal avistei de longe o leiturista da Copasa que havia acabado de fazer a leitura do hidrômetro em minha residência deixar a conta na caixa de correio. Ao chegar em casa e consultar a fatura me dei conta de que a data da leitura e de apresentação da mesma estava adiantada em um dia no calendário, marcava 24.06.2021. Achei melhor não incomodar o leiturista, certamente ele iria dar razão para a máquina, como a maioria das pessoas e, principalmente, das empresas, tem feito na atualidade. No entanto, entendi que seria mais adequado fazer uma denúncia pública da forma que faço aqui neste espaço. Afinal, grande parte da população anda insatisfeita com esses serviços e com a forma como a tese da privatização das estatais brasileiras vêm sendo defendida pelos governos federal, estaduais e municipais e pela grande mídia. A privatização de serviços essenciais, de matrizes energéticas, abastecimento e saneamento é um grande equívoco para o qual são necessários alertas constantes.
A Cemig se tornou uma Companhia de capital aberto com mais de 140 mil acionistas em 38 países e suas ações são comercializadas nas bolsas de São Paulo, Nova York e Madri. Já a Copasa se constitui como sociedade de economia mista e, embora o Estado de Minas Gerais seja o maior acionista, a participação de outros acionistas já chega a 49,96%. 
As duas principais empresas de abastecimento de Minas Gerais, Cemig e Copasa, há tempos vêm terceirizando grande parte de seus serviços para empreiteiras. Com isso, os serviços de excelência, pelos quais tanto prezaram no passado, estão perdendo em qualidade e confiança, ao mesmo tempo em que proporcionam altos lucros aos seus acionistas e pesam cada vez mais no bolso dos consumidores.
Ao contrário do que sempre foi prometido e continua sendo alardeado pelos privatistas, os serviços dessas duas empresas só vêm piorando e encarecendo, à despeito dos lucros e dividendos pagos aos investidores. No caso da energia elétrica, por exemplo, já entramos na famigerada bandeira vermelha novamente e os gestores estão falando até em apagão, para defender o indefensável que é a privatização da Eletrobras e de outras empresas de energia, como se a privatização fosse a solução para os problemas econômicos brasileiros. 
Isso é um absurdo que precisa ser denunciado, especialmente em se tratando de empresas monopolistas, ou por acaso a população poderá escolher entre três ou quatro prestadoras de serviços para definir qual delas será sua fornecedora de água, luz ou coletora de esgoto?

domingo, 20 de junho de 2021

ATOS CONTRA BOLSONARO EM TODOS OS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E NO EXTERIOR

 

Manifestantes ocupam a Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o governo Bolsonaro no último sábado
 (Foto: Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas no último sábado, dia 19 de junho, em manifestações contra o desastroso governo de Jair Messias Bolsonaro.

Houveram manifestações em 25 capitais brasileiras e em mais de 100 cidades do interior, além de atos no exterior, realizados tanto por brasileiros residentes em outros países, quanto por estrangeiros que abominam o governo Bolsonaro. Todos os atos foram pacíficos e as pessoas foram às ruas usando máscaras. 

Ainda que tenha havido aglomerações, os atos se justificam em razão da incapacidade do atual governo de lidar com a pandemia que, justamente no dia das manifestações, atingiu a marca de 500 mil mortes por covid-19, de uma economia em frangalhos e do grande retrocesso no campo dos direitos humanos e sociais.


terça-feira, 15 de junho de 2021

FUTURO DE APOSENTADOS NAS MÃOS DO STF


O episódio # 15 Futuro dos aposentados nas mãos do STF chama a atenção da população para o que ocorre por trás da cortina de fumaça que está sendo orquestrada por parte da mídia que dá palco para o circo macabro do presidente Bolsonaro, enquanto Câmara, Senado e STF votam e aprovam matérias que ferram com os brasileiros. Um desses casos é a Revisão da Vida Toda, dos aposentados e pensionistas do INSS que está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF) e não tem merecido a atenção e a repercussão devidas.

O placar da peleja terminou na semana passada em 5 X 5 e o ministro Alexandre de Moraes é quem vai decidir a vida de muitos aposentados depois de amanhã (17.06.2021).

Tem que haver algum tipo de pressão, para que não tenhamos mais nenhum gol contra, se não, vamos para mais uma derrota...

Para ouvir o mais novo episódio do podcast Política com Fé, clique aqui.


quinta-feira, 10 de junho de 2021

BOLSONARO QUER DESOBRIGAR VACINADOS DE USAR MÁSCARA

 

(Foto de divulgação da solenidade no Palácio do Planalto)


Na contra-mão das recomendações dos especialistas, o presidente, Jair Bolsonaro, declarou em solenidade no Palácio do Planalto que solicitou ao ministro da saúde, Marcelo Queiroga, um parecer (estudo no entender do ministro) que desobriga o uso da máscara para vacinados e pessoas que já contraíram a doença. 
Isso num momento em que o Brasil está na marca dos 480 mil mortos por Covid-19, tendo registrado mais de 2 mil e 300 mortes, nas últimas 24 horas. Sem contar que menos de 12% da população tomou as duas doses da vacina e que seremos sede de um megaevento, a Copa América.
Esses fatos alarmantes estão sendo noticiados em todo o mundo.
Que país é esse?

sábado, 5 de junho de 2021

NOVO EPISÓDIO DO PODCAST "POLÍTICA COM FÉ"


Sinais de esperança na América Latina

Eugênio Magno

Aos poucos, a América Latina vai recuperando a liberdade e a participação popular avança em alguns países de nosso continente.

Depois de décadas de neoliberalismo e ditadura, o Chile empunha mais uma vez a bandeira da liberdade. O vai e vem entre esquerda e direita com dois mandatos de Michelle Bachelet, de 2006 a 2010 e de 2014 a 2018, entremeados por dois mandatos do candidato da direita, Sebastián Piñera que governou o país de 2010 a 2014 e é o atual presidente, parece apontar para uma nova forma de fazer política. Pelo menos é o que foi demonstrado nas últimas eleições para Delegados Constituintes, onde os candidatos independentes obtiveram uma grande e significativa vitória sobre os partidos tradicionais e, especialmente sobre a direita de Piñera que tem feito um governo desastroso e perdeu o apoio dos próprios eleitores, elegendo apenas 37 dos 155 delegados. Os resultados deixaram a direita chilena longe de um terço dos delegados, que seria o mínimo necessário para que tivesse a possibilidade de vetar artigos constitucionais. 

           No episódio: # 14 – SINAIS DE ESPERANÇA NA AMÉRICA LATINA, conto com a participação do meu colega, especialista em América Latina, o professor e historiador Felipe Zurita que fala diretamente de Santiago do Chile, sobre a derrocada da direita neoliberal nas eleições para a Constituinte e da nova força política que emerge do povo naquele país.

Para ouvir o podcast Política com Fé, clique aqui.

terça-feira, 1 de junho de 2021

POVO UNIDO NAS RUAS: "FORA BOLSONARO"


Manifestações pacíficas, com protocolos 

e sem palanques

Em várias cidades do mundo, não apenas no Brasil, houveram protestos contra o Governo de Jair Messias Bolsonaro. O povo nas ruas, usando máscaras, álcool em gel e mantendo distanciamento gritou em uníssono: "Fora Bolsonaro!", no último sábado, dia 29 de maio.


De forma pacífica, o povo gritou por vacina e denunciou as mais de 450 mil mortes por Covid-19. Haviam vários grupos de diversos segmentos sociais, mas todos unidos em torno de uma única causa: dar um basta ao Governo de Bolsonaro.


Apesar de milhares manifestando, em mais de 200 cidades em todos os Estados Brasileiros e em 14 países pelo mundo afora, as pessoas mantiveram distância e estavam de máscaras, dando exemplo de civilidade.


O povo foi às ruas de forma espontânea. Não houveram convocações partidárias, nem sindicais. Não havia militância partidária aguerrida, não teve palanque, tampouco discurso de quem quer que fosse, apenas palavras de ordem, muitos cartazes, bandeiras, camisetas, faixas, bandanas, máscaras temáticas, bonecos e bandas. 
As manifestações de 29 de maio, lotaram as ruas e repercutiram em todo o mundo. Isso é só o começo do que vem por aí, se o governo não atender às reivindicações da população e não tratar os cidadãos com o respeito e a dignidade que merecem. 

As fotos e o texto são de Eugênio Magno.