terça-feira, 28 de maio de 2013

MOTOS TERÃO FAIXA EXCLUSIVA



Projeto cria faixa exclusiva para motos 
em vias urbanas com muito tráfego

A Câmara analisa projeto que obriga os órgãos municipais de trânsito a reservar faixa ou pista exclusiva para a circulação de motocicletas nas vias com tráfego pesado. O texto altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) e também aumenta o rigor da punição contra quem transitar na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo. Pela proposta (PL 5007/13), a infração que hoje é tratada como leve, passará a ser considerada média.
No caso do trânsito de motocicleta fora da faixa exclusiva, onde houver, a infração será considerada grave e o condutor ainda será punido com multa. “Soluções desse tipo são fundamentais para conter a escalada dos acidentes envolvendo automóveis e motociclistas nos principais corredores das grandes cidades”, defendeu o senador Jorge Viana (PT-AC), autor da proposta.
O projeto foi apensado ao PL 1517/11, do deputado Newton Lima (PT-SP), e ambos serão analisados em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O PL 1517 proíbe o trânsito de motocicletas entre as faixas. Íntegra da proposta: PL-1517/2011; PL-5007/2013
(Fonte: Agência Câmara)

terça-feira, 21 de maio de 2013

PENTEADO AFRO


Em Cali, na Colômbia, uma mulher mostra o seu penteado durante a nona edição do meeting organizado pela Associação "Tejiendo esperanzas", um evento que visa o reforço da identidade cultural e étnica da comunidade afro-colombiana.


(Foto: Christian Escobar Mora - EPA)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

TRILOGIA DA NOITE


Noite - 1

Eugênio Magno

Ventos endiabrados sopram contra a ferida exposta. O sangue corre, escorre, turva a visão e cobre a face. O silêncio e a escuridão. Fragmentos de loucura sobrepõem a razão - em tons sombrios. Miragens fantasiosas de trilhas inacabadas remetem ao nada. Sobre os ombros a chuva fria fura como espinhos. O corpo no barro e o barro no corpo são lamas da mesma tempestade.

(Do livro IN GÊ NUA) IDA DE - versos e prosa, 2005)

domingo, 12 de maio de 2013

O PARADOXO DO CRISTIANISMO


Tornar-se cristão, o núcleo do pensamento de Kierkegaard 
 
“O tornar-se cristão não é um tema entre outros na obra de Kierkegaard, mas o núcleo de seu pensamento, o fio vermelho, por assim dizer, que atravessa toda a sua obra”, pondera o filósofo Jonas Roos* na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line. Nesse pensador, a fé “é entendida como um processo que envolve dois movimentos complementares, o de resignação, o abandono da realidade finita e temporal, e o de retomada da finitude e temporalidade. A fé só se realiza na conjunção dos dois movimentos, de modo que não é entendida como negação do finito e temporal, mas sua ressignificação”.
Contudo, questiona Roos, como é possível “chegar a uma construção de sentido que tenha um valor eterno para o indivíduo, mas que esteja fundamentada em relatos históricos como são, por exemplo, os evangelhos?”
E acrescenta: “O paradoxo do cristianismo é justamente o de que a verdade eterna irrompe na história e na finitude. Neste entendimento a verdade não é um conceito, mas uma pessoa, uma vida; a verdade cria corpo, é encarnação. Este é o sentido de Jesus Cristo, a rigor o único paradoxo do Cristianismo”. Para ler a entrevista clique aqui.

*Jonas Roos é graduado em Filosofia pela Unisinos, mestre e doutor em Teologia pelo Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Teologia com a tese Tornar-se cristão: o paradoxo absoluto e a existência sob juízo e graça em Soren Kierkegaard, com pós-doutorado em Filosofia pela Unisinos. É professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF e autor de Razão e fé no pensamento de Soren Kierkegaard: o paradoxo e suas relações (São Leopoldo: Editora Sinodal; Escola Superior de Teologia, 2006).

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A TV FALA MAIS ALTO QUE O CINEMA NO SISTEMA AUDIOVISUAL BRASILEIRO


Em busca de (bons) contadores de histórias
Em entrevista à Folha de S. Paulo, na semana passada, o cineasta e sócio da produtora O2, Fernando Meirelles, declarou que “a TV é hoje mais interessante do que o cinema”. Segundo o diretor de seis longas (dois dos quais acumulam oito indicações ao Oscar), a televisão é um espaço “onde a inventividade é mais possível”. “A TV ainda não paga a qualidade (de produção) que o cinema paga. Mas acho que é por pouco tempo”. A constatação de Meirelles acontece em um momento crucial no mercado de produção publicitária brasileira. Por conta da nova lei da TV por assinatura, em vigor desde setembro, a obrigatoriedade da cota de produção nacional irá gerar uma demanda de 7,6 mil horas de conteúdo inédito por ano nos diversos canais pagos em operação no País. Esse processo representa uma injeção de nada menos do que aproximadamente R$ 2 bilhões no mercado audiovisual brasileiro. Uma verdadeira corrida ao ouro que, como sempre acontece em qualquer disputa, privilegia os mais preparados.
Ao longo das últimas décadas, as produtoras tiveram na publicidade a sua maior fonte de receita e por algum tempo, ainda o será. No entanto, com essa janela de oportunidade que se abre com a nova lei, há grandes chances de o perfil de negócios das empresas do setor sofrer modificações e a produção de conteúdo para TV ganhar um peso inédito. Contudo, levará ainda algum tempo para que isso de fato se concretize. E o maior gargalo para que haja oferta no mercado para atender a essa demanda está na essência dessa indústria. Faltam boas histórias e, principalmente, quem saiba contá-las. Nunca antes os roteiristas foram tão valorizados como agora.
Fazemos parte de um mercado cuja presença da TV aberta é absoluta a ponto de ditar uma linguagem que influencia o próprio cinema. Ao mesmo tempo (e até por conta disso) a grande escola de redatores publicitários está no comercial de 30 segundos. E o que mais se vê atualmente nos breaks comerciais são anúncios visuais, filmes sem grandes locuções, ideias cheias de truques nas quais se reproduz uma cultura rasa e ciclotímica da Archive.
Ou seja, há uma grande avenida a ser ocupada por contadores de história que ainda serão formados. Profissionais que não virão necessariamente, como se pode imaginar, nem da publicidade nem da TV aberta, mas que terão perfis mais autorais e que saibam lidar com um meio que está em mutação, sob forte influência de outras telas e dos desdobramentos transmídia.
Estimativas do mercado dão conta de que para cada 25 diretores de cena disponíveis, haja apenas um roteirista. É um número que representa uma realidade muito peculiar do Brasil: sua alta capacidade de realização. E a publicidade é uma grande escola nesse sentido.
O salto que se espera que aconteça agora é mais profundo. Exige uma volta às origens, quando os recursos eram mais escassos, e o essencial fazia a diferença. Algo que a escola argentina aprendeu na marra por conta de toda a crise que tem enfrentado ao longo das duas últimas décadas. Isso explica também por que o cinema brasileiro nunca levou um Oscar. Se este é o grande momento da TV, como diz Fernando Meirelles, espera-se que seja também uma grande oportunidade para reverter essa situação.
(Fonte: Blog da Regina Augusto no Site de Meio & Mensagem)

sábado, 4 de maio de 2013

PSDB-2014

Um Plano Collor requentado em forno mineiro 

O economista Edmar Bacha, um dos formuladores do PSDB, apontado como interlocutor credenciado do presidenciável Aécio Neves, resumiu em debate promovido esta semana pelo jornal Valor, algumas prioridades tucanas na eventual volta ao poder. São elas: a) retomar a Alca; b) supressão robusta das tarifas que protegem a indústria local; c) redução do tamanho do Estado, com desmonte da Previdência, por exemplo; d) fim das políticas indutoras de industrialização, a exemplo do conteúdo nacional imposto às encomendas da Petrobrás. O suposto é que isso, associado a forte desvalorização cambial, injetará eficiência à indústria brasileira, hoje cambaleante. Faltou dizer quantas unidades fabris e de emprego sobreviverão a esse Plano Collor de bico longo, agora requentado em forno mineiro. O importante a reter é a coerência do PSDB. O partido quer voltar ao poder para terminar o que começou nos anos 90: o desmonte completo do papel do Estado na agenda do desenvolvimento.  Para fortalecer seus alicerces, trouxe ao Brasil, Vito Tanzi, ex-FMI, 'amigo' do país desde a crise da dívida, nos anos 80. Tanzi veio demonstrar, em carne e osso, como a ideologia não muda. Independente dos vexames de sua prática. E por uma razão muito forte: por trás das ideias, melhor dizendo, à frente delas, caminham os interesses. Felizmente há quem discorde deles. E com decibéis intelectuais suficientes para evidenciar que, subjacente à gororoba do contracionismo-expansionista,  defendida pelos Rogoffs, Tanzis e similares locais  existe um déficit. Não propriamente fiscal. Mas de coordenação estatal da economia. Quem explica é o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, o interlocutor de Bacha, no  debate promovido pelo Valor.  Para ler a matéria completa do postada no site cartamaior.com.br, clique aqui.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

MEIA-ENTRADA PARA ESTUDANTES E IDOSOS


CCJ aprova regulamento da meia-entrada

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 4571/08, do Senado, que regulamenta a meia-entrada para estudantes e idosos em cinemas, teatros, competições esportivas e espetáculos culturais. Pelo texto, a concessão do direito é assegurada a 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.
O deputado Ademir Camilo (PSD-MG) apresentará um recurso para que o projeto seja analisado pelo Plenário. Ele já obteve 125 assinaturas de apoio, muito mais do que os 10% necessários para que o recurso seja acatado.
O deputado Esperidião Amin (PP-SC), que apresentou um dos destaques à proposta, acredita na ação do Executivo para alterar o projeto. Ele lembrou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República foi contra a limitação do direito à meia-entrada para idosos em 40% do total. O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) não prevê limite para a aquisição de meia-entrada por idosos.
A CCJ rejeitou os destaques para retirar os idosos do projeto, entre eles o de Amin. “Estamos reduzindo em 60% a possibilidade de o idoso exercer um direito que ele tem”, disse o parlamentar. Íntegra da proposta: PL-4571/2008
 (Fonte: Agência Câmara)M