da Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, em Mateus Leme
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
DIA INTERNACIONAL DA ANIMAÇÃO
da Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, em Mateus Leme
domingo, 23 de outubro de 2011
"PRIMEIRO AS PESSOAS, NÃO AS FINANÇAS"
(Site Adital)
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
MORRE MAIS UM DITADOR
"Quatro semanas de bombardeios intensos dos caças da Otan precederam a captura e morte de Kadafi, nesta 5ª feira, na Líbia. Sirte, a cidade nuclear no centro das operações, foi reduzida a ruínas. Mais de 100 pessoas morreram nos últimos 10 dias. Há centenas de feridos e encarcerados. A violência não se limita aos combates.Um relatório da Anistia Internacional, de 13 de outubro, Detention Abuses Staining the New Libya, denuncia a persistencia de prisões arbitrárias, sem julgamento, por parte de milícias incorporadas ao governo provisório rebelde. A prática da tortura é generalizada nas prisões, seja por vingança, seja como método sancionado de coleta de informação. Se o Conselho Nacional de Transição (CNT) não der mostras de uma ação firme e imediata, diz o Relatório da Anistia, a Líbia corre um risco real de ver algumas tendências do passado repetirem-se.
domingo, 16 de outubro de 2011
"SS"
Silêncio
Eugênio Magno
Sendo
Somente
aSSim
Serei
Sempre
aSSim
Somente
(Do livro IN GÊ NU(A) IDA DE - versos e prosa, 2005)
FLAGRANTE DE PREPARATIVOS PARA CELEBRAÇÃO NA ÍNDIA
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
A TÃO BUSCADA LIBERDADE PODE EXPRESSAR OBEDIÊNCIA CEGA E MAIS OPRESSÃO
Palavra: força e fraqueza
Ricardo Lengruber
As palavras são mais do que meras portadoras de significado. Por meio delas, conseguimos tornar a aparente desorganização das coisas em algo minimamente compreensível e, por conseguinte, domável.
Mesmo entre os grunhidos dos nossos ancestrais mais distantes, já estava presente essa busca por fazer a realidade circundante menos selvagem. As pinturas de Lascaux, entre tantos exemplos, revelam que, desde há muito, a busca humana por significar tem por instrumento essencial a palavra, mesmo que sob códigos ainda muito rudimentares.
Essa é razão pela qual a Bíblia, ao menos em dois momentos angulares, faz referência à palavra. A Palavra pela qual o mundo fora criado e a Palavra que se fez carne e armou uma tenda entre os homens. Na narrativa da Criação, em Gênesis 1, "disse Deus: haja luz; e houve luz!" No evangelho de João, capítulo 1, há uma longa reflexão sobre o fato de a mesma palavra criadora – logos – ser aquela que ilumina o mundo e mora entre os homens.
Por meio da Palavra, a Teologia judeu-cristã conseguiu exprimir a absurda diferença entre Deus e os homens, mas, ao mesmo tempo, e por paradoxal que seja, a mais profunda solidariedade e comunhão entre os dois. O totalmente Outro é, agora, por meio da Palavra, um Próximo, semelhante.
A palavra que, ao mesmo tempo, distancia e aproxima (e que é instrumento no gesto criador divino) é emprestada ao ser humano para sua empreitada de nomear e significar seu jardim recém criado. Essa aparente contradição revela que a Palavra parece ter vida própria ou, então, que não pertence a esse ou aquele.
A religião é uma colcha de palavras que pretende significar o mundo que mora dentro das pessoas. Os desafios que o mundo de fora empreende para com o mundo de dentro fizeram com que os homens procurassem um abrigo para se salvaguardar das ameaças tantas. As religiões são formas de enxergar a realidade, mas, acima de tudo, de interpretá-la. Daí o uso mais que instrumental da palavra. Em matéria de religião, a palavra torna-se Palavra e, como tal, ganha caráter sagrado e sacramental.
Dois registros pelos quais a religião se movimenta são baseados na palavra. Tanto o mito quanto o rito da palavra dependem e dela sabem usufruir. Se, por um lado, o mito é a narrativa sobre as profundezas da alma empreendida pela palavra; por outro, o rito é a celebração que a mesma palavra empreende sobre si. Mesmo quando só há o silêncio, a palavra se faz presente exatamente por conta de sua ausência.
Os operadores dos cultos religiosos revelam-se tanto mais eficientes quanto mais capazes são de conduzir e administrar a palavra. A palavra criadora e a palavra que mora entre os homens é aquela que sacralizada no culto religioso e se torna capaz de consolar ou culpar, de confortar ou instigar, de pacificar ou guerrear.
Essa talvez seja a questão na qual residem problemas sérios no mundo das religiões. Como há centralidade da palavra e como os sacerdotes são os seus articuladores, o uso que dela é feito é sempre com vistas à obtenção de determinados resultados. Via de regra, o resultado que se espera é a condução por uma experiência autêntica de encontro do ser humano com o significado de sua existência, mas há que se ter clareza que entre o mundo real e o ideal existe um largo e profundo abismo.
Minha intuição é que isso ocorre porque a vida das palavras nasce da experiência que elas são capazes de impulsionar em seus protagonistas. Palavras ditas e ouvidas que não foram geradas de uma autêntica experiência não conseguem empreender nada em quem as fala ou em quem as ouve. No mundo da religião, todavia, há uma busca séria e legítima por experiência e os sacerdotes conseguem manipular bem essa demanda. Conseguem, por exemplo, ser porta-voz de uma massa imensa que não quer ou não consegue se expressar e, ao invés de ajudá-la a superar tal limitação, a torna cativa de seu discurso e a estimula a mimeticamente seguir seus passos meramente rituais. Isso é o que tem feito a religião ser recorrentemente acusada de ser o “ópio do povo”.
É urgente que se aprenda a observar melhor o conteúdo do discurso em detrimento de sua forma e que não se permita ser conduzido pela força do rito e das emoções que esse gera no coração humano. A potência das palavras – sobretudo as palavras religiosas – emerge quando elas são ditas a partir de um autêntico encontro com seu significado.
Sempre que se permitir ser conduzido por outro, o homem abdica de sua identidade e se torna mero repetidor alienado. Isso ocorre mesmo quando se tem a ilusão de liberdade que o culto religioso pode fazer crer que se experimenta.
A beleza da religião está no fato de conseguir ser o suspiro da criatura oprimida e conseguir nela estimular a busca por liberdade.
Curioso, entretanto, é que esses vocábulos (libertação, cura, vitória, realização etc) fazem parte do dia-a-dia dos templos e sermões, mas não significam exatamente o que essas palavras podem expressar. As palavras dependem de seu contexto, mas, acima de tudo, fazem com que seu meio signifique isso ou aquilo. Assim, no discurso religioso, liberdade expressa obediência e, por meio dela, o suspiro dos oprimidos apenas se emudece.
* O autor é professor de História, Filosofia e Teologia. Doutor pela PUC do Rio de Janeiro
(Fonte: Site do jornal Fórum século XXI)
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
RECITAL-PALESTRA DO INSTITUTO GURDJIEFF DE MG
terça-feira, 4 de outubro de 2011
USP CHAMA GOLPE DE REVOLUÇÃO (???)
Placa na USP chama golpe militar de 'revolução de 1964'
A obra, na Cidade Universitária da USP, é parte de parceira entre a universidade e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. Ela é patrocinada pela Petrobras e tem custo de R$ 89 mil.
O termo revolução é usado por militares que negam que tenha havido uma ditadura no país de 1964 a 1985.
Na tarde de ontem, o termo revolução foi riscado e a palavra golpe foi escrita.
A obra faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade, que inclui a criação da Comissão da Verdade.
Considero o termo utilizado um absurdo. Farei contato com o reitor para mudar imediatamente a inscrição, disse a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
A reitoria da USP diz que houve falha na confecção e que o erro será corrigido o mais rápido possível. A Scopus Construtora, responsável pela obra, não se pronunciou.
sábado, 1 de outubro de 2011
25 ANOS DE PSIU POÉTICO
Aroldo Pereira
Poeta e Curador do Salão Nacional de Poesia Psiu Poético
Na década de 80 do século passado, o Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética, com Renilson Durães, Gabriel Cardoso, Aroldo Pereira, numa 1ª fase, depois com Mirna Mendes, Helena Soares, Mauro Lúcio, dando sequencia ao trabalho iniciado, apresentava recitais e teatro-clip-poético em bares, cinemas, asilos, circos, praias, faculdades, praças, metrôs, ônibus e nos espaços mais inusitados e diferentes. Era um jeito de não deixar a poesia só nos livros e estantes. Nós tirávamos a poesia do quadro estático em que os poetas conservadores haviam lhe confinado. A poesia demonstrava alegria, vitalidade e desejo de vida no meio do povo e nas mesas de bares. Com o Grupo Transa Poética, a poesia foi para a rua, caiu na vida.
No Brasil de uma forma ou de outra, a poesia sempre desafiou o coro dos contentes. Na época da coroa, contrapondo o império português, tivemos em Minas Gerais, um levante, uma revolução cultural que contou com as participações dos poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa, lutando e conspirando pela libertação do nosso país. E essa luta não tem fim, cada poeta que ergue sua voz, contamina a tirania com os ventos e cores da liberdade.
Temos médicos, empresários, políticos, caminhoneiros, babalorixás, padres, pastores, professores, estudantes, cientistas, desenhistas eletrônicos, bailarinos, escritores, reitores, jornalistas, músicos, garis, juízes, entre muitos outros profissionais sem nenhuma aptidão ou sensibilidade para a poesia escrita e a poesia humana. O poeta mexicano Otávio Paz disse: “Um homem rico em poesia pode ser mendigo. E os poemas não podem ser economizados para uma poupança: eles têm que ser gastos”.
O Grupo Transa Poética, buscando 01 dialogo permanente com a humanidade, criou e mantém, de forma permanente, um evento que congrega e abre espaço para todos os poetas em movimento. O Salão Nacional de Poesia Psiu Poético que agora completa 01 quarto de século, em uma comemoração continuada no decorrer de todo ano de 2011. O Psiu Poético não hierarquiza os poetas, apresenta seus versos e inquietações, aproximando seus trabalhos e verves para um conhecimento mútuo.
No início de tudo, a arte, a poesia, a filosofia, foi sendo repassada, transmitida de forma oral e desenhos rupestres, permanecendo entre os povos, dando sentido e encantamento a vida. Hoje um grande número de pessoas tem acesso e recebe informações permanentes e simultâneas de todo o mundo. Estão interligadas, conectadas com a “quase totalidade”, via internete. Mas quem lê poesia? Quem conhece e convive com as tradicionais e novas dicções dos poetas, nesse mundo do vil metal, nesse mercado permanente de futilidades?
Para você que se dar o direito de pensar, refletir ,experimentar diferentes sensações, esse livro é 01 achado, com muitas e variadas dicções,cada uma com sua intensidade e grau de invenção. Experimente, VAI FUNDO.