terça-feira, 25 de junho de 2013

POVO BRASILEIRO NAS RUAS


A grande oportunidade

O Brasil está diante de uma grande oportunidade diante da iniciativa da presidenta Dilma, que reconheceu a energia democrática que vinha das ruas. Esse movimento pode ser o motor do aprofundamento da democracia no novo ciclo político que se aproxima. Caso contrário, a direita tudo fará para que o novo ciclo seja tão excludente quanto os velhos ciclos que durante tantas décadas protagonizou. E não esqueçamos que terá a seu lado o big brother do Norte, a quem não convém um governo de esquerda estável em nenhuma parte do mundo. Para ler na íntegra o artigo do sociólogo português, Boaventura de Sousa Santos, clique aqui.

terça-feira, 18 de junho de 2013

CORRUPÇÃO SERÁ COMBATIDA


Empréstimo de US$ 18 milhões para combate à corrupção

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado autorizou a União a contratar empréstimo de US$ 18 milhões (cerca de R$ 38,6 milhões) junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De acordo com a Mensagem 43/2013, os recursos destinam-se ao financiamento parcial do Programa de Fortalecimento da Prevenção e Combate à Corrupção na Gestão Pública Brasileira (Proprevine), que visa a aumentar a capacidade institucional da Controladoria-Geral da União (CGU) na prevenção e no combate à corrupção.
De acordo com o relator Francisco Dornelles (PP-RJ), estão previstos gastos totais no montante de US$ 30 milhões, a serem desembolsados em cinco anos. Além dos recursos provenientes do empréstimo de US$ 18 milhões, o Programa contará com contrapartida do Tesouro Nacional no valor de até US$ 12 milhões.
(Fonte: Agência Senado)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

CINEMA NA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFMG




Cineasta chileno na Faculdade de Educação (UFMG)

A Faculdade de Educação – FAE / UFMG o evento “Cinema Documental e Educação Linguagem e leitura do mundo (encontros com Ignacio Aguero cineasta e professor chileno)”.
A programação é a seguinte:
DIA 19 DE JUNHO - 17:00 - HALL DE EXPOSIÇÃO DA FAE/ PRÉDIO ANTIGO - ABERTURA DA EXPOSIÇÃO "A ESCOLA E O CINEMA ABRAÇAM AS ARPILHEIRAS".
DIA 19 DE JUNHO 19:00 ÀS 22:30 HORAS AUDITÓRIO NEIDSON RODRIGUES CRIANÇAS ESPERANDO UM (CHILE 1988). Exibição do documentário e conversa com o diretor Ignacio Aguero.
DIA 20 DE JUNHO 8:30 ÀS 11:30 HORAS - AUDITÓRIO NEIDSON RODRIGUES: EXIBIÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS E CONVERSA COM IGNACIO AGUERO.
DIA 20 DE JUNHO: 15 ÁS 18 HORAS AUDITÓRIO LUIZ POMPEU: CINEMA DOCUMENTAL E EDUCAÇÃO: LINGUAGEM E LEITURA DE MUNDO - PALESTRA E DEBATE COM IGNACIO AGUERO.

"Cien niños esperando um tren" (Cem crianças esperando um trem), de1988 é um documentário chileno que Ignacio Aguero realizou a partir do trabalho de Alicia Vega, em um lugarejo do Chile. Um belo trabalho com crianças, iniciando-as na linguagem do cinema.
Ignacio Agüero nasceu em 1952, no Chile. É professor adjunto da Universidad de Chile e diretor de arte com especialização em cinema na Escola de Artes da Comunicação da Pontífica Universidade Católica do Chile. Seus trabalhos mais conhecidos são "No olvidar" (1982), "Sueños de hielo" (1993), "Aquí se construye" (2000), “La mamá de mi abuela Le conto a mi abuela (2004) El diário de Agustin” (2008).

As atividades são gratuitas e serão concedidos certificados mediante presença regular.

A promoção do evento é do Grupo de Pesquisas sobre Condição e Formação Docente (PRODOC), Projeto da vida, telas da docência: os professores e o cinema, com apoio do Cenex/FAe / Doutorado Latino-americano em Educação do PPGE/FaE/UFMG, Observatório da Juventude e NEPEI - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Infância e Educação Infantil.

terça-feira, 11 de junho de 2013

ECONOMIA SOCIOAMBIENTAL


Em vez de desperdício, um reino de abundância

Ricardo Abramovay* 

Um mundo de abundância, em que a concepção criativa e o uso adequado dos produtos representam o caminho para superar as fronteiras em que o desenvolvimento sustentável está hoje enclausurado. Um mundo em que cidades funcionam como florestas, recuperando o que é comumente tratado como lixo, em que a melhor energia é a que vem do sol, do vento, e onde as emissões fósseis ainda remanescentes convertem-se em alimentos para nutrientes biológicos e não em aquecimento global. Uma economia que não se restringe a reduzir danos, a fazer menos mal, mas tem como objetivo central regenerar os ecossistemas degradados e, por aí, oferecer novas fontes de dinamismo às sociedades humanas, cultivando aquilo que Emerson, o precursor americano do ambientalismo contemporâneo, chamava de profusão calculada. Em suma, um mundo em que a matéria, a energia e os recursos bióticos dos quais dependemos não respondem a uma lógica linear (extrair-produzir-usar-jogar), nem mesmo a uma lógica circular de ciclo fechado, mas a um movimento em espiral em que a atividade econômica resulta num conjunto de nutrientes técnicos e biológicos para a produção de novos bens e serviços.
O arquiteto americano William McDonough e o químico alemão Michael Braungart tornaram-se ícones do movimento socioambiental global por uma expressão célebre, que dá título a seu primeiro livro, publicado em 2002. "Do Berço ao Berço - Refazer o Modo como Fazemos as Coisas" ("Cradle to Cradle - Remaking the Way We Make Things"). O conceito é usado por oposição à rota convencional, que vai do berço à sepultura e que as políticas de resíduos sólidos, em todo o mundo, tentam superar. Só que, para fazê-lo, a trajetória não pode mais limitar-se à famosa tríade: reduzir, reusar, reciclar. É muito mais promissor o horizonte de redesenhar, renovar e regenerar.
A reciclagem, por exemplo, de garrafas PET para a fabricação de tecidos apoia-se, quase sempre, no emprego de materiais químicos tão poluentes que só podem, uma vez descartados, destinar-se aos aterros ou à incineração. Essa reciclagem corresponde, na verdade, a uma espécie de subciclagem ("downcycling"). O desafio é, ao contrário, inserir materiais e energia num ciclo que permita sua revalorização, e não a degradação. O mais complicado, quando se trata dessa revalorização, são os produtos complexos, como automóveis, telefones celulares, computadores ou lâmpadas fluorescentes: empregam imensa quantidade de recursos minerais, ligas metálicas e compostos químicos, cuja separação torna-se muitas vezes impossível. Esse desperdício de recursos deve ser enfrentado não quando o produto é descartado e sim quando é concebido.
Quem oferece bens e serviços não pode limitar-se a saber se "alguém quer ou alguém vai comprar". A pergunta central é: e depois? O que será feito dos componentes biológicos e técnicos dos produtos, uma vez consumidos? Vão entupir os aterros, alimentar os caríssimos incineradores, ou poderão ser a base para novos processos produtivos, propiciando, assim, menos exploração mineral e solos nutridos por elementos que até então iam para o lixo?
A responsabilidade pós-consumo, a logística reversa (estratégicas, por exemplo, na Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada no Brasil em 2010) só podem ir além da remediação efêmera se forem pensadas no design do produto, não como forma de atenuar seus danos. A expressão "what's next" forma a espinha dorsal do "Upcycle". Ir além da sustentabilidade, como propõe o subtítulo do livro, significa imaginar e propor bens e serviços sempre a partir do princípio de que suas partes integrantes nada mais são que ingredientes para novos bens e produtos capazes de, por sua vez, fecundar a biosfera (e o que os autores chamam de tecnosfera) com elementos destinados a enriquecê-la.
Não se trata de ignorar as leis da termodinâmica, nem, é claro, de suprimir a entropia inerente ao uso de energia e materiais por parte das sociedades humanas. Mas o grau de desperdício atual é tanto e tão generalizado que abre um espaço extraordinariamente grande para esse reino da abundância. Aí a contribuição de McDonough e Braungarté decisiva: a abundância a que se referem não corresponde a celebrar simplesmente a minimização dos danos, como se faz, na maior parte dos relatórios socioambientais do mundo corporativo atual. Ao contrário, é necessário transformar radicalmente não só a maneira como são produzidos os bens e serviços, mas, sobretudo, seu próprio sentido social.
Por isso, o ponto de partida dos tomadores de decisão sobre os recursos de que dispõem não pode estar nas métricas a respeito de seus impactos. O começo de tudo são valores, ou seja, o que se quer com aquilo que é oferecido à vida social. Dos valores nascem princípios, daí resultam objetivos, estratégias, táticas e somente então é que as métricas têm lugar. Reduzir emissões, melhorar o uso da energia ou poluir menos não servem como parâmetro para julgar a maneira como se comportam os agentes econômicos. Mais importante é o que os autores chamam de intencionalidade, que se exprime justamente na capacidade de imaginar e realizar produtos, obras, edificações, estradas, plantações e cidades não apenas por suas oportunidades de ganho econômico, mas mas pelo conjunto de seu ciclo de vida e pelos benefícios que ao longo do tempo vão produzir para a vida social, para os ecossistemas e, em função disso, para as empresas.
Não podemos continuar na roleta russa de introduzir componentes químicos e materiais desconhecidos na biosfera, para depois tentar reduzir seus efeitos perniciosos. Temos que reconstruir a saúde dos solos e isso não se consegue com mais agrotóxicos, associados a sementes melhoradas. "Upcycle" oferece fundamentos técnicos persuasivos a essas afirmações e sua mensagem chega hoje a algumas das mais importantes corporações (Philips, Ford, Puma, Walmart, Steelcase, entre outras) e aos governos de municipalidades da importância de Chicago e Pequim, por meio de "Cradle to Cradle" (C2C), que se tornou uma certificação global.
* Professor titular do departamento de economia da FEA/USP 
e coordenador do Núcleo de Economia Socioambiental (NESA)

(Fonte: Site do IHU: Instituto Humanitas Unisinos)


domingo, 2 de junho de 2013

O EUROCENTRISMO REINA DESCARADAMENTE

 
Brasil e Reino Unido:
o duplo tratamento do Financial Times
 

Em um editorial sobre a economia brasileira, o Financial Times qualifica uma série de dados aparentemente positivos como uma “mera fachada” que esconderia um pobre crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e medidas equivocadas do governo de Dilma Rousseff que estariam paralisando a economia. Surpreende a aplicação de critérios tão inapeláveis para o Brasil quando os graves problemas da política econômica britânica são tratados com indulgência. Por Marcelo Justo, de Londres. Para ler na íntegra a matéria de Marcelo Justo, clique aqui.