quarta-feira, 25 de março de 2020

COMO SE NÃO BASTASSE O VÍRUS...


Coronavírus: postura de Bolsonaro coloca União e Estados em enfrentamento direto

Bolsonaro (centro) criticou as restrições impostas pelos governadores João Doria (esq.) e Wilson Witzel
(Foto: ABR)

Em meio às decisões administrativas sendo tomadas nos Estados para conter a disseminação do novo coronavírus, governadores disseram nesta quarta-feira (24/03) terem sido pegos de surpresa pelo pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite anterior, pedindo que o país "volte à normalidade" e criticando o fechamento de escolas e comércios.
Bolsonaro chamou o coronavírus de "gripezinha ou resfriadinho", acusou a imprensa de causar "histeria" e criticou abertamente os governadores pelas medidas de isolamento — que até então vinham também sendo recomendadas pelo Ministério da Saúde.
Até agora mais de 2 mil pessoas foram oficialmente diagnosticadas com o vírus que causa a covid-19 e 47 mortes foram confirmadas.
Para ler na íntegra a matéria da BBC News Brasil, clique aqui.

sexta-feira, 20 de março de 2020

ECONOMIA BRASILEIRA



Governo corta a zero projeção para crescimento do PIB em 2020

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia anunciou nesta sexta-feira o corte na projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a 0,02%, ante alta de 2,1% indicada há dez dias, numa mostra da rápida deterioração das expectativas em meio ao avanço do coronavírus e seu dramático impacto na economia.
Para a inflação, o time econômica agora vê alta de 3,05% do IPCA neste ano, contra percentual de 3,12% antes. Já a projeção para o preço médio do petróleo Brent caiu a 41,87 dólares por barril, contra patamar de 52,70 dólares divulgado na semana passada. Para o dólar em final de período, a estimativa agora é de 4,35 reais, sobre 4,20 reais antes.
(Fonte: Reuters)

domingo, 15 de março de 2020

TODO CUIDADO É POUCO


Coronavírus: por que é fundamental 'achatar a curva' 
da transmissão no Brasil

(Foto: Getty Images)

À medida que o coronavírus se espalha cada vez mais pelo mundo, autoridades de saúde têm tentado evitar o aumento acelerado do número de casos. "Achatar a curva", como se diz, é uma medida crucial para evitar a sobrecarga dos serviços de saúde e limitar o número de mortes.
A Itália, com mais de 17 mil casos e 1.266 mortes, é o principal exemplo de país que está sofrendo para achatar essa curva. O Brasil, com menos de 100 casos confirmados, ainda está longe disso, mas já discute como evitar o mesmo cenário para não sobrecarregar o sistema.
Mas o que significa essa expressão, que chegou ao topo dos assuntos mais discutidos em redes sociais, e quão adequada ela é à realidade brasileira, que já registrou 77 casos da doença?
"Achatar a curva" significa desacelerar a disseminação do vírus para que o número de casos se espalhe ao longo do tempo em vez de haver picos no início.
O gráfico abaixo resume o cenário. Há uma "curva acentuada", causada por um pico acelerado de infecções, em oposição a uma "curva achatada", com casos mais distribuídos ao longo do tempo.
Para ler a matéria da BBC News Brasil, na íntegra, clique aqui.

terça-feira, 10 de março de 2020

3º BEAGÁ PSIU POÉTICO



Psiu Poético 2020 presta homenagem a Marielle Franco


            Belo Horizonte terá a terceira edição do Beagá Psiu Poético, que, neste ano, presta homenagem a Marielle Franco. O objetivo do evento é a celebração e difusão das diversas manifestações artísticas, a partir da arte poética. Com entrada franca para todas as apresentações, o evento começa no sábado, 14/3, às 9h, com intervenção na entrada do Mercado Central (avenida Augusto de Lima, 744, Centro). Haverá saraus, lançamentos de livros, performances e shows musicais: de 14h às 17h, na Casa da Rua Silva Ortiz, 78; a partir das 19h, a programação será no Ursal Bar, que fica na avenida do Contorno 3.479, bairro Santa Efigênia.
            No domingo, 15/3, às 9h, será a vez de Sabará, com o Grupo Arautos da Poesia & Convidados, na Casa de Cultura Borba Gato – rua Borba Gato, 71, Centro. Em BH, a partir das 19h, ocupação literária na Casa Socialista, avenida Bernardo Guimarães, 60, Floresta, com cinema, intervenções poéticas e lançamentos de livros.
            Na segunda-feira, 16/3, às 9h, Poesia Circular na Escola Municipal Israel Pinheiro; 11h, Sarau Poético Musical na Câmara Municipal; 15h, Intervenção Poética no Metrô; às 19h, Ocupação Literária na Asa de Papel, rua Piauí, 631, Santa Efigênia, com lançamentos de livros e performances.
            Na terça-feira, 17/3, às 9h, Poesia Circular na Escola Estadual José Mendes Júnior; 14h, Ocupação Poética no Terminal Rodoviário no Centro da cidade; às 16h, no Centro de Arte Popular, rua Gonçalves Dias, 1.608, Lourdes, haverá projeção de filmes e lançamentos de livros; às 20h, sarau e performances no Ursal Bar.
            Na quarta, 18/3, último dia do evento, às 9h, Poesia Circular em solidariedade à luta dos Professores mineiros; de 12 às 13h, sarau e lançamento de livro no Teatro da Assembleia Legislativa, rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho; 16h, no Centro de Arte Popular, Roda de Conversa sobre “A Experiência da Poesia Contemporânea no Espaço Urbano”, seguida de lançamentos de livros e performances; 21h, encerramento no Ursal Bar, com sarau, shows e performances.
           
           Oficinas de teatro, videoarte e poesias

No 3º Beagá Psiu Poético, serão oferecidas três oficinas: Inicialização Teatral, Vídeo Arte Poesia e Poesia e Cidade. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail psiupoetico@gmail.com até a próxima sexta-feira, 13/3/2020. São 20 (vinte) vagas para cada oficina.


O projeto é realizado há mais de 30 anos, em Montes Claros (MG). Em 2020, será realizada a sua 3ª edição BH, com a participação de poetas de diversas partes do país. Fique por dentro: facebook.com/psiupoeticomoc. Mais informações pelo telefone (38) 98412-4749 – Aroldo Pereira; (31) 99206-2958 – Sidneia Simões.

quinta-feira, 5 de março de 2020

MOEDA AMERICANA DISPARA NO BRASIL


Dólar sobe pelo 12° pregão consecutivo e supera R$4,60 com expectativa de corte de juros


O dólar superou o patamar de 4,60 reais contra o real logo após a abertura desta quinta-feira, subindo pelo 12° dia consecutivo em meio a expectativas de corte de juros pelo Banco Central devido aos riscos econômicos do coronavírus.
Às 9:07, o dólar avançava 0,42%, a 4,5997 reais na venda, enquanto o dólar futuro de maior liquidez avançava 0,34%, a 4,6075 reais.
Na quarta-feira, o dólar interbancário registrou salto de 1,55%, a 4,5806 reais na venda, décimo recorde histórico consecutivo alcançado em um fechamento.
O Banco Central ofertará neste pregão até 20 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020.
Para continuar lendo a matéria de Luana Maria Benedito para a Reuters, clique aqui.

domingo, 1 de março de 2020

A ECONOMIA É IMPORTANTE DEMAIS PARA SER DEIXADA SOMENTE PARA OS ECONOMISTAS


Refundar o capitalismo (outra vez)

(Ilustração de Pep Boatella)

Uma longa década depois de os políticos terem antecipado a ideia, economistas, filósofos e sociólogos buscam suprimir os excessos e abusos do mercado para que ele sobreviva.
Poucos dias depois da falência do Lehman Brothers, o gigantesco banco de investimentos dos EUA, em setembro de 2008, um acovardado presidente francês, o conservador Nicolas Sarkozy, fez célebres declarações que ressoaram em todo o mundo: “A autorregulação para resolver todos os problemas acabou: le laissez-faire c'est fini. Precisamos refundar o capitalismo (...) porque passamos a dois dedos da catástrofe”.
Aquele momento crítico em que tudo parecia possível, incluindo a falência do sistema, foi superado. O setor financeiro, aos trancos e barrancos, emergiu da crise dando braçadas e braçadas na ajuda pública (na forma de dinheiro, endossos, garantias, compras de ativos ruins, liquidez quase infinita a preços muito baixos, etc.), e aqueles verbos conjugados com boa vontade de vez em quando —refundar o capitalismo, reformar o capitalismo, regular o capitalismo, refrear o capitalismo etc— foram esquecidos. Da Grande Recessão se passou a uma época de "estagnação secular" (Larry Summers), que é o que estamos vivendo.
Da primeira, os cidadãos, na maioria, saíram mais pobres, mais desiguais, muito mais precários, menos protegidos e com duas características políticas que explicam em boa parte o que está acontecendo diante de nossos olhos: mais desconfiados (dos Governos, dos partidos, dos Parlamentos, das empresas, dos bancos, das agências de classificação de risco ...) e menos democratas. O resultado foi a explosão de populismos de extrema direita e a decomposição do sistema binário de partidos políticos que saiu da Segunda Guerra Mundial, e uma concepção instrumental (não de princípios) da democracia: apoiarei a democracia enquanto resolver meus problemas; se não, sou indiferente.
Depois desse parêntesis de quase uma década, e quando já começa a existir uma distância temporal suficiente para se analisar os efeitos da Grande Recessão como uma sequência de eventos que levaram a uma gigantesca redistribuição negativa da renda e da riqueza no sentido inverso nos âmbito dos países (o chamado efeito Matthew: “Ao que mais tem, mais será dado, e do que menos tem será tirado para ser dado ao que mais tem”), são os acadêmicos e não os políticos que multiplicam as teorias sobre as características do capitalismo do primeiro quarto do século XXI. E eles protagonizam um grande debate extremo entre si: se o capitalismo está ferido de morte porque não funciona; ou, pelo contrário, se, mais uma vez na história está passando por uma mutação em sua natureza, e essa transformação o levará a ser de novo o sistema político-econômico mais forte e único. Há duas coincidências na maioria dos livros publicados: o capitalismo se espalhou por todos os espaços geográficos do planeta e direções (não há alternativa) e se aninha em qualquer atividade e mercado, incluindo a política.
O capitalismo é agora o único sistema socioeconômico do planeta (antes isso era chamado de imperialismo) e quase não existem vestígios do comunismo como uma possibilidade substitutiva, como ocorria na primeira metade do século XX. A esta característica central se soma o reequilíbrio do poder econômico entre os EUA e a Europa, por um lado, e a Ásia, por outro, por causa do boom experimentado pelos principais países desta última região. O domínio planetário exercido pelo capitalismo foi alcançado por meio de suas diferentes variantes. Alguns autores distinguem entre o capitalismo meritocrático liberal, que vem se desenrolando gradualmente no Ocidente nos últimos 200 anos, e o capitalismo político ou autoritário exemplificado pela China, mas que também existe em outros países asiáticos (Cingapura, Vietnã ...) e alguns da Europa e África (Rússia e os caucasianos, Ásia Central, Etiópia, Argélia, Ruanda ...).
Para continuar lendo a matéria de Joaquín Estefanía para o El País, clique aqui.