terça-feira, 25 de dezembro de 2018

OS QUADROS DO NOVO GOVERNO


Ministros de Bolsonaro: quem são os nomes que irão compor o gabinete do novo presidente


No dia da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, 1º de janeiro, começam a trabalhar também os novos ministros e altos funcionários que farão parte de sua equipe de governo. Atualmente, o desenho da Esplanada divulgado pela equipe de transição conta com 22 ministérios.
Entre eles, há três generais da reserva do Exército e um almirante. Outros três ministros, Luiz Henrique Mandetta, Marcos Pontes e Wagner de Campos Rosário, passaram pelas Forças Armadas durante sua formação ou ocupando postos menores.
A esplanada de Bolsonaro também terá duas mulheres: Damares Alves, à frente do novo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e Tereza Cristina, comandando o Ministério da Agricultura.
Para saber mais sobre cada um deles, clique aqui.
(Fonte: BBC News Brasil)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

EM VEZ DE MAIS, MENOS MÉDICOS


Enfrentar a cheia sem médico, 
um drama no Amazonas sem os cubanos

Postos de saúde fluviais que atendem populações ribeirinhas na Amazônia
  (aGÊNCIA BRASIL)

Com só um quarto das vagas do Mais Médicos ocupadas por brasileiros, municípios do Estado temem pico de doenças comuns no período. Profissionais condicionaram ida a benefícios como TV a cabo.

Isolada no extremo oeste do Amazonas, a cidade de Japurá leva um mês sem nenhum médico trabalhando nos quatro postos de saúde mantidos pela prefeitura. A rede de atenção básica do município, onde só é possível chegar de barco ou avião, dependia integralmente dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, que deixaram o país após o Governo de Cuba discordar das condições do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para a continuidade do programa. Há semanas a prefeitura espera repor essas vagas, mas não conseguiu atrair o interesse dos médicos brasileiros, os únicos aptos a participar da primeira fase do edital lançado pelo Governo federal no dia 20 de novembro. Como o prazo de apresentação dos médicos formados no Brasil terminou na última terça-feira, a esperança agora é que a cidade consiga atrair os profissionais graduados no exterior. Em todo o país, 31% das 8.517 vagas deixadas pelos cubanos não foram substituídas por brasileiros, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, mesmo com todos os esforços da pasta em prorrogar os prazos de apresentação e contatar os milhares de profissionais inscritos para incentivá-los a efetivar a ocupação das vagas.
Para continuar lendo a matéria de Beatriz Jucá para o El País, clique aqui.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

CINEMA PARA TODOS


Filmes para todos os gostos



O cineclube da Casa de Cássia vai apresentar neste sábado, 15.12, às 17h, o filme "O  Caso dos Irmãos Naves" (Brasil, 1967, 1h32), de Luís Sérgio Person, com Juca de Oliveira, Raul Cortez e Anselmo Duarte. Durante a ditadura Vargas, na cidade mineira de Araguari, dois irmãos são acusados, torturados e condenados por um crime que não cometeram. Domingo, 16.12, às 17h, o cineclube exibe, em comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o filme "A Grande Ilusão" (La Grande Illusion) (França, 1937, 1h54), de Jean Renoir, com Jean Gabin, Pierre Fresnay e Erich von Stroheim. Soldados franceses tentam escapar de um campo de prisioneiros alemão na Primeira Guerra Mundial.
O cineclube Casa de Cássia funciona na Associação Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, na rua Meyer, 105. Vila Suzana, em Mateus Leme, M.G. Mais informações pelo telefone (31)99247-6574.


Já o Centro de Estudos Cinematográficos,na esteira da memória dos 50 Anos do AI-5 está com a seguinte programação:






segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

ESQUERDA, DIREITA, VOLVER!


México e Brasil 2018: a vitória da alegria 
e a tristeza dos ressentidos

Luciano Mendes de Faria Filho
Professor da Faculdade de Educação (FaE/UFMG) e
Coordenador do Projeto Pensar a Educação, pensar o Brasil


  Jair Messias Bolsonaro                    Andrés Manuel López Obrador

Tenho comentado com amig@s e colegas o quanto o México e o Brasil se parecem, tanto em suas qualidades quanto em seus defeitos. Em ambos os países a violência grassa, as desigualdades são imensas*, a presença do narcotráfico é ostensiva em várias regiões do país, a corrupção é enorme, a religiosidade é profunda, a alegria é contagiante, as belezas são imensas, as diversidades estão presentes em todas as partes, etc, etc, etc.
No entanto, hoje, 1o. de dezembro de 2018, Brasil e México, são países muitos diferentes. No México, no dia de hoje, dia da posse do Presidente Andrés Manuel Lopes Obrador, as ruas da capital do país estavam coloridas de rostos felizes e em festa. É grande a expectativa de que seja o início de um novo tempo para o país. E para melhor!
Não se trata apenas da vitória e, hoje, da posse de um governo de “esquerda” depois de décadas de domínio do PRI ou, eventualmente, muito eventualmente, do PAM. Trata-se um enorme voto de confiança no novo Presidente para enfrentar os grandes problemas do país. Algo que é compartilhado por boa parte da população, das crianças e jovens aos/às idos@s. Ao meu lado, na praça central da cidade do México, um homem gritava que, diferentemente dos putos presidentes anteriores, ele reconhecia a Lopes Obrador como seu “chefe”.
Na festa cívica na praça pública enquanto a multidão esperava a presença do Presidente, houve apresentação cultural de todos os estados da República. Neste momento a festa era dirigida por vári@s “apresentador@s”, uma das quais sempre falava “todos, todas e todxs”.
Quando o Presidente chegou à praça, quem tomou o comando da festa foram @s lideranças dos povos originários. Foi uma linda cerimônia em que 68 povos originários e representantes afromexicanos entregaram o Bastão de Mando a Lopes Obrador, uma cerimônia que não ocorrida há muito tempo. Foi uma grande reverência à ancestralidade e às suas crenças e modos de vida.
Num certo momento, muito emocionada, uma liderança, de joelho, tentava fazer um discurso, ao mesmo tempo em que tentava entregar um presente para o Presidente. Vendo a emoção da pessoa, Lopes Obrador se ajoelhou na frente dela e recebeu o que ela queria lhe entregar.
Esse gesto do Presidente Mexicano é parte do imenso contraste que existe hoje entre nossos países. No caso brasileiro, o Presidente eleito e sua “família” batem continência para os “americanos” e espezinham os povos originários. E isto é apenas uma das inúmeras mostras de como, no Brasil, a vitória dos ressentidos e do ressentimento joga o Brasil numa tristeza profunda e num cada vez mais profundo abismo.
Os ressentidos ganharam roubando, mentindo, enganando e querendo, é claro, se vingar. Por isso também não há alegria, nunca houve, na campanha e na vitória de Bolsonaro. E nisso também e, talvez, sobretudo, há um profundo contraste com a vitória “morenista” no México”.
Certamente Lopes Obrador terá grandes dificuldades de cumprir o que prometeu na campanha, e que foi reafirmado nos discursos de hoje. Os seus adversários, os adversários da democracia e de um país menos violento e menos desigual são muitos. Os problemas estruturais, imensos. No entanto, na dia de hoje, e oxalá isso se repita nos dias, meses e anos vindouros, boa parte da população mexicana acompanhou com muita alegra e positiva expectativa a posso de seu novo presidente. Duvido muito que isso venha ocorrer, no Brasil, no dia 01 de janeiro!

* Também no México, como no Brasil, as desigualdades têm cor: uma coisa que notei, na praça, é que havia uma nítida diferença entre a cor da pele das poucas pessoas que estavam sentadas no espaço reservados aos/às convidad@s – branc@s, quase tod@s – e a imensa maioria que estava de pé.
(Fonte: Boletim Pensar a Educação, Pensar o Brasil)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

"CENÁRIOS ECONÔMICOS: BRASIL 2019 - 2020"




O Conselho de Presidentes promoveu, no último dia 4 de dezembro, o evento "Cenários Econômicos: Brasil 2019 - 2020".
Compareceram ao auditório da Localiza, empresários e diretores de importantes empresas mineiras, para ouvir a economista da Icatu Seguros e professora da PUC-SP, Victoria Werneck. A palestrante, convidada de Júlio Miranda e Paulo de Vasconcellos Filho traçou um panorama dos últimos 12 anos da economia brasileira, destacando aspectos da política econômica dos Governos Lula (2º mandato), Dilma e Temer e fez projeções para o Governo que se inicia em 2019, com o capitão reformado, Jair Bolsonaro. Segundo a economista, a confiança do empresariado no novo governo é grande. 
Embora a fala de Victoria Werneck e de grande parte do empresariado ser de grande expectativa positiva em torno do futuro governo, os próprios números apresentados por ela, nem sempre coincidiam com a sua fala entusiasta. Um exemplo disso é a projeção extremamente tímida de crescimento do PIB, de apenas 2,5%  para os anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.
Outros dados que me chamaram a atenção foram os da Previdência. A palestrante apresentou números que apontam um déficit de R$90 mil/ano para cada militar e R$70 mil para cada funcionário público dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário). Já na iniciativa privada, o déficit da Previdência para cada trabalhador é de apenas R$7 mil por ano. 
As contas públicas do país devem fechar 2018 com um rombo bem próximo de R$150 bilhões e o Bolsa Família, programa que atende cerca de 15 milhões de famílias, tão criticado por alguns setores, não consome nem R$2,5 bilhões das despesas da União.
Senti falta, na fala da economista, de uma discussão das questões sociais, uma vez que, em se tratando de um país de grandes desigualdades e de IDH tão baixo como o Brasil, falar de economia sem preocupação com a agenda social, não faz o menor sentido.
Ainda no que diz respeito à Economia, um aspecto preocupante do Governo Bolsonaro que vem sendo tão celebrado pelo setor empresarial, é a falta de sinalização por parte de sua equipe e do próprio presidente eleito, da participação/interlocução de economistas com trabalhadores. Afinal, a campanha eleitoral já acabou e um presidente deve governar para todos. 
E mais, desenvolvimento econômico só se faz com a parceria empresa/trabalhadores e, nessa onda de euforia bolsonarista, não tenho visto nem ouvido por parte de empresários e do futuro governo, nenhuma intenção de promover um diálogo franco e producente entre os empresários e a classe trabalhadora, além da incômoda falta de representantes do mundo do trabalhado na equipe do novo governo.



sábado, 1 de dezembro de 2018

ANCINE DESVINCULADA DE AGENDA IDEOLÓGICA


Uma nova agenda para o audiovisual

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A indústria do cinema e do audiovisual no Brasil movimenta mais de 25 bilhões de reais por ano e emprega hoje cerca de 100.000 profissionais. Sua cadeia econômica é complexa e atravessa um processo de acelerada transformação, com o surgimento de novos modelos de negócios e oportunidades inéditas de geração de valor, criadas pela tecnologia digital. O próprio comportamento dos espectadores está mudando, à medida que se multiplicam os canais de distribuição e consumo de conteúdos audiovisuais.
O papel do Estado nesse processo também precisa ser constantemente aprimorado, principalmente como indutor do desenvolvimento. Como principal responsável pela execução das políticas públicas para o setor e como gestora do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), a Ancine (Agência Nacional do Cinema) enfrenta o desafio de criar as condições para o crescimento real e sustentado do mercado, com ênfase na tecnologia, na criação de propriedade intelectual e na atração de investimentos privados — sem prejuízo daqueles mecanismos de fomento direto e indireto de eficácia comprovada no uso responsável e estratégico de recursos públicos.
Para continuar lendo o texto de Christian de Castro para o El País, clique aqui.

PROGRAMAÇÃO DE CINEMA


Cinema de graça em Mateus Leme



O cineclube da Casa de Cássia vai apresentar neste sábado, 1º de dezembro, às 17h, o filme "Notícias de uma Guerra Particular", de Kátia Lund e João Moreira Salles. Premiado no festival de documentários É Tudo Verdade, o filme é um retrato da violência no Rio de Janeiro. Datado de 1999, ele mostra que até hoje aquela guerra não teve fim nem vencedores. Domingo, dia 2, às 17h, o cineclube homenageia o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, falecido nesta semana, com a exibição de seu filme "Assédio" (Besieged), com Thandie Newton e David Thewlis. Produção de 1999, o filme se fixa na vida de uma jovem mulher africana que se exila, por motivos políticos, em Roma, onde estuda medicina e trabalha como doméstica para um excêntrico pianista inglês.

A Associação Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, fica na Rua Meyer, 105. Vila Suzana, em Mateus Leme, M.G. Maiores informações pelos telefones: (31)3535-1721 e (31)99247-6574.

Cinema Falado e Curta Degustação


Em memória de Geraldo Veloso, o Cinema Falado - um encontro com críticos e cineastas para ver um filme e conversar sobre cinema, poesia, política e outros assuntos da cultura brasileira - prossegue suas atividades no mês de dezembro com a exibição do filme "Ganga Bruta", de Humberto Mauro, com  Durval Belline e Déa Selva. Produzido em 1933, o filme é considerado um marco do cinema brasileiro e será apresentado pelo crítico e cineasta Paulo Augusto Gomes, um dos estudiosos que melhor conhece a obra de Humberto Mauro.
O filme será exibido na próxima terça-feira, dia 4, às 19h30, na Sala Geraldo Veloso do MIS Cine Santa Tereza (praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza).


O Curta Degustação de dezembro apresenta uma programação constituída de meia-hora de filmes de curta-metragem antigos e modernos, brasileiros e estrangeiros, de ficção, documentários, de animação e experimentais, destinados à recreação e reflexão do público. Destaques na programação para os filmes "Metrópoles", sobre os cinemas de rua de Belo Horizonte, a animação "Meow" e o surrealista
"Um Cão Andaluz", de Luis Buñuel e Salvador Dali.
Os filmes serão exibidos nos dias 4, 11 e 18 de dezembro, às 13 horas, na sala da antiga Imprensa Oficial, na avenida Augusto de Lima, 270, no centro.

Cinema Falado e Curta Degustação são projetos do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais (CEC-MG) e do Instituto Humberto Mauro, com o apoio da Prodemge, do Museu da Imagem e do Som (MIS), do jornal O TEMPO, da rádio SUPER FM e da Contorno Áudio e Vídeo.
CEC-MG 67 Anos. Ajude a manter o CEC.


sábado, 24 de novembro de 2018

EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO NA COMUNICAÇÃO


A última conferência do Seminário Mídias Educação e Espaço Público apresenta experiências que alinharam 
práticas educativas com mídias


No dia 29 de novembro o Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil realiza a última conferência do XII Seminário Anual com o tema "Mídias, Educação e Espaço Público". Para encerrar as atividades do ano convidamos dois projetos que atuam na cidade de Belo Horizonte e para além dela. O Coletivo Terra Negra e a Associação Imagem Comunitária (AIC). Convidamos esses projetos para compartilharem um pouco da experiência e dos desafios da elaboração de iniciativas que se estabelecem na relação entre educação e comunicação fazendo uso das mídias tradicionais e digitais, além de debatermos sobre os desafios da presença desses projetos em meio a outras instâncias educativas como a própria escola. Venha debater conosco na conferência Experiências de educação na comunicação: o desafio da construção de projetos no cenário público. 
O Coletivo de Professores Terra Negra tem o objetivo de ultrapassar as barreiras da sala de aula e proporcionar uma experiência de aprendizagem diferenciada e eficiente. Formado pelos professores de Geografia João Marcelo Torres Madureira, Juninho Lopes, Percy Fernandes e Vitor Augusto, o Terra Negra tomou a iniciativa de encurtar as distâncias entre o que os professores explicam e discutem em sala de aula e o que os estudantes efetivamente têm acesso. Foi justamente dentro do ambiente escolar, em alguns casos mais parecidos com caixas do que com locais de formação intelectual, que o coletivo identificou um grande problema. Salas de aula do séc. XIX, com professores ministrando aulas do séc. XX, e os alunos do séc. XXI. A decisão de produzir conteúdo áudio visual gratuito para a internet levou à incorporação de outros professores interessados em sair da zona de conforto e substituir as férias por expedições de cunho educacional. Para conversar conosco sobre o Terra Negra receberemos Percy Fernandes Vieira e Vitor Augusto Ferreira
Desde 1993 a Associação Imagem Comunitária (AIC) busca promover o direito à comunicação e à expressão além da valorização da diversidade cultural, do exercício da cidadania e da democracia. A iniciativa fomenta o acesso público aos espaços midiáticos e desenvolvendo processos educativos emancipatórios. Dentre as várias ações que a entidade já desenvolveu, destacam-se as parcerias com coletivos populares, entidades culturais e movimentos juvenis que trabalham pela promoção da cidadania, realizando produções audiovisuais, impressas, para rádio e web, sempre de forma colaborativa. É importante ressaltar também os processos formativos no campo da educação midiática e da produção em mídias comunitárias. Jéssica Kawaguiski, Mila Barone e Jessica Caldeira estarão conosco para falar sobre as experiências de educomunicação pautadas na colaboração, na valorização da identidade e da cultura locais e no protagonismo juvenil, onde destacarão os aprendizados e desafios na mediação de processos educativos a partir da produção de materiais de comunicação e de peças midiáticas.
A conferência terá transmissão ao vivo pelo canal do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil no YouTube.
A Conferência “Experiências de educação na comunicação: o desafio da construção de projetos no cenário público” do Coletivo Terra Negra e Associação Imagem Comunitária, acontece no dia 29 de novembro, às 19 horas, no Auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação (FaE/UFMG), Campus da UFMG - Pampulha, avenida Antônio Carlos, 6627.
Outras informações em www.pensaraeducacao.com.br, pensar@ufmg.br,Facebook e pelos telefones (31)3409-5355 e (31) 98212-5621.

sábado, 17 de novembro de 2018

CINEHOMENAGEM A GERALDO VELOSO




Durante mais de dois anos, primeiro na Imprensa Oficial e depois no MIS Cine Santa Tereza, o crítico e cineasta Geraldo Veloso manteve o programa Cinema Falado, constituído da exibição e conversa sobre um filme, o cinema, a poesia, a política e outros assuntos da cultura brasileira.
Geraldo nos deixou no final de setembro. Em sua homenagem, o Cinema Falado deste mês vai exibir "O Tempo do Corte", curta de Fábio Carvalho, em que Veloso dialoga consigo mesmo como autor, e "Perdidos e Malditos", seu primeiro longa-metragem, que ele escreveu, dirigiu, montou, atuou e produziu em 1971.
Os filmes serão exibidos na próxima terça-feira, dia 20 de novembro, às 19h30, no MIS Cine Santa Tereza (praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza), agora Sala Geraldo Veloso.
Cinema Falado é um projeto do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais (CEC-MG) e do Instituto Humberto Mauro, com o apoio do Museu da Imagem e do Som (MIS), do jornal O TEMPO e da rádio SUPER FM.

JORNALISTAS E CONFLITOS INTERNACIONAIS


CIA acredita que príncipe saudita ordenou morte de jornalista, dizem fontes

WASHINGTON (Reuters)* 

A CIA acredita que o príncipe saudita Mohammed bin Salman ordenou a morte do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, disseram na sexta-feira fontes que acompanham o tema, complicando assim os esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de preservar os laços com um importante aliado norte-americano.
As fontes afirmaram que a CIA comunicou a outros setores do governo dos EUA e também ao Congresso a sua avaliação, que vai de encontro às declarações do príncipe de que ele não estaria envolvido.
A conclusão da CIA, relatada primeiramente pelo Washington Post, é a avaliação norte-americana de maior importância até agora, ligando o governante de fato da Arábia Saudita com a morte.
A embaixada saudita em Washington rejeitou a alegação.
“As afirmações nessa suposta avaliação são falsas”, disse uma porta-voz da embaixada via um comunicado. “Nós continuamos a ouvir várias teorias sem ver os fundamentos primários para tais especulações.”
Em visita à Papua Nova Guiné, o vice-presidente Mike Pence disse à imprensa que ele não comentaria informações confidenciais.
“O assassinato de Jamal Khashoggi foi uma atrocidade. Também foi uma afronta a uma imprensa livre e independente, e os Estados Unidos estão determinados a responsabilizar todos aqueles responsáveis ​​por esse assassinato”, disse ele, acrescentando que Washington queria preservar seu relacionamento com a Arábia Saudita.

* Por Mark Hosenball, com reportagem adicional de David Alexander e Jeff Mason

sábado, 10 de novembro de 2018

CINEMA DE QUALIDADE E DE GRAÇA

"Moscou", em Mateus Leme



O cineclube da Casa de Cássia vai apresentar neste sábado, 10.11, às 17h, o filme "Moscou", de Eduardo Coutinho, com o grupo Galpão, de Belo Horizonte.
O filme documenta a experiência da construção da montagem de uma encenação teatral da peça "As Três Irmãs", de Anton Tchekhov, na qual três irmãs, vivendo na província, sonham em voltar para Moscou, deixando de viver o presente.
Domingo, 12.11, às 17h, o cineclube exibe o filme "Fúria do Desejo" (Ruby Gentry), de King Vidor, com Jennifer Jones, Charlton Heston e Karl Malden. Produção de 1952, o filme aborda as relações de uma moça branca pobre e sulista com a sociedade de uma cidadezinha, depois que ela, rejeitada pelo namorado, se casa com um homem rico e este morre num acidente de carro.
O cineclube funciona na Associação Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, Rua Meyer, 105. Vila Suzana, em  Mateus Leme, M.G. Maiores informações pelos telefones: (31)3535-1721 e (31)99247-6574.


PRIORIDADES ECONÔMICAS DO BRASIL


Brasil tem prioridades além das privatizações, diz ministro da Fazenda de Temer


O Brasil tem prioridades mais importantes do que a agenda ampla de privatizações que foi uma das bandeiras de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), proposta por seu futuro "superministro" da Fazenda, Paulo Guedes, como mecanismo para melhorar a governança das estatais e reduzir a dívida pública.
A avaliação é do atual titular da pasta, Eduardo Guardia, para quem o novo governo deve aproveitar a vantagem do capital político elevado de que os presidentes gozam em início de mandato para aprovar a reforma da Previdência e encaminhar a reforma tributária.
"Eu acho que tem outras prioridades antes dessa, que é aprovar a Previdência, aprovar reforma tributária, acertar o relacionamento com Estados e municípios. Tudo isso demanda negociações políticas complicadas", afirmou à BBC News Brasil nesta sexta-feira.
"Na minha perspectiva, não haverá uma agenda forte de privatização no início do governo além dessas que nós já estamos tocando", ele acrescenta, referindo-se, por exemplo, à Eletrobras - cuja proposta foi enviada em janeiro deste ano ao Congresso - e a distribuidoras de energia e empresas de saneamento que estão sendo negociadas em diferentes Estados.
O governo Temer propôs dezenas de privatizações nos últimos dois anos. Parte não saiu do papel e o restante está sendo encaminhado pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Para continuar lendo a matéria de Camilla Veras Mota para a BBC News Brasil, clique aqui.



segunda-feira, 5 de novembro de 2018

INCENTIVO A ESCOLAS PRIVADAS E DIMINUIÇÃO DE INVESTIMENTOS EM UNIVERSIDADES


‘Vouchers’, ensino à distância e universidade paga, 
os planos na mesa de Bolsonaro

Foto: Daiane Mendonça (SECOM/Rondônia)

“Eu vou mudar tudo isso daí, tá ok?”. Se Jair Bolsonaro, eleito presidente com quase 58 milhões de votos, levar ao pé da letra o bordão de campanha, seu mandato pode marcar um ponto de inflexão na educação brasileira com uma guinada conservadora, baseada em sua cruzada contra "doutrinação de esquerda" e veto ao debate de gênero, e pautada por diretrizes de mercado. O plano de governo é pouco detalhado, mas pressupõe a inversão da pirâmide de investimentos, transferindo recursos da educação superior para a básica (infantil, fundamental e médio). Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil gasta três vezes mais com estudantes universitários do com alunos dos ensinos fundamental e médio.
Para Anna Helena Altenfelder, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), trata-se de uma “preocupação pertinente” a do investimento maior em educação superior, ainda mais num contexto de grave crise fiscal. Entretanto, a pedagoga observa que a conta mais alta do ensino superior é influenciada por gastos com pesquisa e extensão, como hospitais universitários. “A questão principal não é transferir recursos de um para o outro, mas sim priorizar o ensino básico.”
Bolsonaro diz se inspirar em modelos de países asiáticos, a exemplo de Japão e Coreia do Sul, onde professores recebem quase quatro vezes mais que os brasileiros – cujos salários equivalem à metade da média dos países avaliados pela OCDE. Em seu plano, ele prevê investir em qualificação e melhorar a remuneração dos professores, mas não explica como nem de onde proverá verbas para valorizá-los. Apenas ressalta que “é possível fazer muito mais com os atuais recursos” – o Brasil investe aproximadamente 5% do PIB em educação.
Para preservar recursos do Ministério da Educação (MEC), uma das ideias do partido de Bolsonaro, o PSL, e já mencionadas por homens fortes de sua equipe, incluindo o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, é o “voucher educação”. A proposta, que também era bandeira do candidato derrotado à presidência João Amoêdo (NOVO), estipula a distribuição de vales para as famílias escolherem um colégio privado e matricularem seus filhos. Com maior participação de instituições privadas, o governo, segundo a tese dos defensores do modelo, economizaria dinheiro com a manutenção de escolas e a folha de pagamento dos professores.
Diferentemente de Japão e Coreia do Sul, que conduzem a educação básica por meio de escolas públicas, o modelo tem inspiração em fórmulas já testadas em países como Estados Unidos e Chile, que adotou os vouchers durante a ditadura de Augusto Pinochet, na década de 80. Apesar de apresentar melhores resultados em análises de desempenho que o Brasil e outros países latino-americanos, a educação chilena ainda está distante do nível apresentado por países desenvolvidos no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “Os vouchers cumpriram um papel importante para incluir alunos nas escolas, mas hoje não têm melhorado a qualidade da educação no Chile”, afirma Olavo Nogueira Filho, diretor do movimento Todos Pela Educação.
Para continuar lendo o texto de Breiller Pires para a edição brasileira do El País, clique aqui.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

COMEÇA A BATEÇÃO DE CABEÇA DA EQUIPE DO PRESIDENTE ELEITO


Ainda não está decidida fusão de Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, diz Nabhan Garcia


Tatiana Ramil 
Reuters


O presidente eleito Jair Bolsonaro ainda não decidiu se vai juntar os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, disse seu aliado Luiz Antônio Nabhan Garcia nesta quarta-feira, um dia após o futuro chefe da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmar que as pastas seriam unificadas.
“Existe a possibilidade de seguirem separados e existe a possibilidade de seguirem com uma fusão. Não tem nada decidido ainda, pelo menos foi o que o presidente me disse”, declarou Nabhan Garcia a jornalistas no Rio de Janeiro, após se reunir com Bolsonaro.
Nabhan Garcia é líder da União Democrática Ruralista (UDR), entidade que se notabiliza pela defesa da propriedade rural e combate a movimentos de sem-terra, como o MST.
Na terça-feira, Onyx anunciou que as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente seriam unificadas sob um único ministério, depois de Bolsonaro ter afirmado que estaria aberto à sugestão de setores do agronegócio que defendiam a manutenção da separação das duas pastas.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, posicionou-se de maneira frontalmente contrária à proposta de fusão das pastas, afirmando que a decisão “trará prejuízos incalculáveis ao agronegócio brasileiro”.
O atual ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, também criticou a medida. Em nota, disse que o superministério teria “dificuldades operacionais” que poderiam prejudicar as duas agendas e resultar em retaliação comercial por parte de países importadores de produtos agropecuários.
(Fonte: Reuters Brasil)

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

COMO SERÁ A EDUCAÇÃO NO BRASIL A PARTIR DE 2019?


Eleições 2018: As falhas nos programas de Bolsonaro e Haddad, segundo especialistas em educação


Foto: Getty Images

Bolsonaro defende ensino à distância, inclusive para crianças, e quer evitar educação sexual nas escolas. Já Haddad propõe foco em educação em tempo integral e ações contra homofobia no ambiente escolar. Especialistas analisaram essas e outras propostas e apontaram alguns retrocessos.

Melhorar a qualidade do ensino no Brasil será um dos principais desafios do futuro presidente da República. Tanto Jair Bolsonaro (PSL) quanto Fernando Haddad (PT) afirmam, em seus programas de governo, que darão atenção especial à área da educação. Mas cada um tem ideias bem diferentes do que seriam melhorias nesse setor e dos caminhos a serem seguidos para alcançar um salto de qualidade.
Bolsonaro sugere que os atuais recursos aplicados em educação já dariam conta de melhorar o sistema de ensino. Já Haddad quer viabilizar a meta de destinar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação.
O candidato do PSL fala em foco no ensino fundamental, médio e técnico. E apresenta como uma das principais propostas abrir uma escola militar por capital. O do PT diz que a ênfase deve ser no ensino médio, com a transferência da gestão dos Estados para o governo federal.
Para ler a íntegra da matéria de Nathalia Passarinho para a BBC News Brasil, clique aqui.

domingo, 21 de outubro de 2018

OLIMPO TUPINIQUIM

Por que o Brasil sempre precisa ser governado por algum deus?

O novo deus militar, diante do qual a maioria dos brasileiros parece disposta a se ajoelhar, se parece mais com o Deus do Antigo Testamento, o do “olho por olho e dente por dente”


Abaixo, mais alguns trechos do artigo de Juan Arias para o El País:

Ao que parece, os brasileiros religiosos hoje preferem o Deus que castiga e mata. Preferem o que encarna o fariseu que, em pé, na primeira fila, no templo, se gabava: “Te dou graças, Senhor, porque eu não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros, nem como esse publicano”. Este, inclinando-se ao solo, “batia no peito dizendo: Deus, tenha piedade de mim, que sou um pecador”. O evangelho diz que o publicano saiu purificado e o fariseu, o justo, reprovado por Deus.
No verdadeiro cristianismo, o que mudou a vingança pelo perdão, deveriam caber justos e pecadores, crentes e ateus, ricos e pobres, sábios e ignorantes, reis e vassalos. Nele há espaço para todos, ainda que com preferência aos mais despossuídos e esquecidos pelo poder. Se o Brasil apostar dessa vez pelo deus da raiva, o da justiça sem misericórdia, temo muito que possamos voltar aos tempos sombrios em que a violência era bendita pela Igreja.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O DESTINO DO BRASIL NA MÃO DOS ELEITORES

A democracia tutelada pela farda
Luciano Mendes de Faria Filho
Professor da UFMG e Coordenador do Projeto
Pensar a Educação, Pensar o Brasil


Nestes últimos dias General da Reserva, Paulo Chagas, além de colocar em dúvida uma vitória de Hadad sem que haja fraudes, sem que o TSE, mais uma vez, se pronuncie. E bem ao estilo da "família bolsonoro" o General incita a "cólera das multidões" em caso de uma vitória do candidato petista. Disse ele lá em seu Twitter:
"Seria muito triste ver a verdade ser superada pela mentira e a Nação ser comandada de dentro da cadeia por Lula da Silva.
O desastre se completaria quando a Cólera das Multidões tomasse as ruas diante da ousadia de fazê-lo subir a rampa do Palácio do Planalto!"
A propósito disse, fiquei pensando lá nos idos de 1983/84 quando do movimento das Diretas Já! Ali, dupla derrota: tivemos eleições indiretas e a eleição do ex-presidente da Arena, partido da ditadura, José Sarney, como vice de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral. Resultado: o nosso primeiro presidente civil depois da ditadura nada mais era do que a principal liderança justamente da ditadura!
O movimento das Diretas Já desaguou no movimento pela Constituinte, que, a despeito de uma grande movimentação pelo país todo, resultou numa Constituição que manteve a tutela militar à democracia.
Os nossos acordos pelo alto, a ação sempre muito esperta e com uma boa dose de covardia de nossas elites políticas, vem desde pelo menos a Independência. Não nos esqueçamos de que o "artífice de nossa Independência" foi ninguém menos do que o herdeiro do trono português! E a República resultou de um golpe de Estado dado pelos militares!
Com uma tradição dessas, em que os "espertos de sempre" se unem aos militares para evitar qualquer tipo de avanço democrático ou de combate às desigualdades, não é de se estranhar o que temos visto: a subserviências das instituições republicanas às espertezas dos golpistas e a tutela militar à frágil democracia brasileira. É chegada a hora, de romper com este "destino das coisas”. Uma verdadeira democracia não pode ser tutelada por agentes fardados! Que o nosso voto no Hadad possa ser a explicitação de um movimento nessa direção e para evitar que a história se repita como tragédia.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

FAKE NEWS CONTINUAM INUNDANDO O PAÍS


Eleições 2018: o que o TSE está fazendo 

para combater mensagens falsas?


Foto: Roberto Jayme ASCOM/TSE

Na quinta-feira que antecedeu o fim de semana de votação no Brasil, um vídeo acusando fraude nas urnas foi extremamente difundido.
Teve 1,6 milhão de visualizações no YouTube e foi publicado diversas vezes em grupos de WhatsApp e no fórum Gab, rede social da alt-right (termo que se refere a "direita alternativa", que reúne grupos de extrema-direita) americana que tem adeptos brasileiros apoiadores do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O vídeo, de um canal gaúcho chamado Brasil Paralelo, entrevista o procurador Hugo César Hoeschl, de Santa Catarina, que cita "estudos com reconhecimento internacional" que indicam "que a probabilidade de fraude na última eleição presidencial brasileira foi de 73,14%", mas não especifica que estudos são esses.
Diante da disseminação desse vídeo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) publicou uma resposta em seu site na sexta-feira, dizendo não haver registro "de que o autor do vídeo tenha participado de qualquer evento de auditoria e transparência, a exemplo dos testes públicos de segurança realizados pelo TSE e da apresentação dos códigos-fonte".
Também afirmou que "há vinte e dois anos, as urnas eletrônicas têm sido utilizadas nas eleições brasileiras sem nenhuma comprovação efetiva de fraude. O resultado das Eleições Gerais de 2014 foi auditado de modo independente por iniciativa de partido político, sem que qualquer irregularidade fosse identificada". A BBC News Brasil tentou contato com os donos do canal Brasil Paralelo e com o procurador, mas não obteve respostas.
Para continuar lendo a matéria de Juliana Gragnani da BBC News Brasil, clique aqui.

sábado, 6 de outubro de 2018

HÁ QUE SE RESISTIR AO RADICALISMO


Historiadora prevê que o Nordeste vai resistir 
ao fascismo nas urnas

Foto: Ricardo Stuckert

Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, a historiadora e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Patrícia Valim, afirmou que a onda de apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) encontrará uma forte resistência na região Nordeste.
O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, escolheu a Bahia para encerrar a campanha presidencial neste sábado (6), ao lado do favorito para ganhar o governo do estado ainda no primeiro turno, o governador Rui Costa (PT). 
Segundo Valim, é preciso diferenciar a expressão do lulismo na região Nordeste e em outras regiões do país. “Em alguns estados do Nordeste o Haddad é predominante. O lulismo no centro-sul e aqui são coisas diferentes. E o golpe produziu esse surgimento dessas lideranças fascistas, mas sobretudo no centro-sul, no Nordeste não. Acho que o Nordeste sabe o que é, porque sente na pele. A primeira região que sentiu os efeitos das medidas do governo Temer foi o Nordeste”.
De acordo com dados do Ibope, o candidato do PT ganha em sete dos nove estados da região. Ciro Gomes lidera a intenção de voto em seu estado, o Ceará. “As pesquisas têm mostrado que os candidatos do campo progressista, incluindo o Ciro, têm predominância, destaca”.
Valim afirma que as manifestações do dia 29 de setembro contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) contribuíram, por um lado, para que os apoiadores do candidato se empoderassem para responder ao seu modo, mas por outro, devem seguir pautando as eleições até o segundo turno. 
“O #EleNÃO é um movimento que foi muito forte no Nordeste. Aqui em Salvador, fizemos uma manifestação com 100 mil mulheres. Nacionalmente, foram mais de 3 milhões de mulheres. E somos mais da metade dos eleitores. Não há projeto que não passe pelas demandas do 29 de setembro”. 
Para a historiadora, a tarefa de ganhar as ruas passa pela capacidade de unidade dos setores democráticos e progressistas para derrotar o fascismo. “Eu acho que era preciso construir uma frente antifascista agora, no primeiro turno. Mas eu espero que na segunda-feira a gente possa ver Haddad, Ciro, Manuela, Boulos, todos juntos numa campanha bonita. A gente precisa ter uma frente boa e forte”.
(Fonte: Site Brasil de Fato, 06 de outubro de 2018)

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O VALOR DO PROFESSOR


Salários altos, prestígio, apoio ao estudo: as lições dos países que tratam bem seus professores


Foto: Solstock/Getty Images 

No Vietnã, um professor é perguntado nos primeiros dias de trabalho sobre as metas que deseja alcançar na carreira. Quer trabalhar na linha de frente com as crianças e adolescentes? Almeja um cargo de gestão? Ou gosta mesmo de pesquisar e desenvolver técnicas e metodologias de ensino? A partir disso, professor e diretor da escola atuam em conjunto para estruturar a carreira de acordo essas preferências.
No Japão, bônus salariais, a possibilidade de acelerar promoções e a ideia de desafio tornam atrativo dar aulas nas escolas mais pobres do país. Na Estônia, a forte evolução salarial nos últimos anos e a autonomia para aplicar métodos criativos de ensino fazem da carreira de professor uma das mais cobiçadas.
Na Coreia do Sul, o alto status social dos professores combina estabilidade, bons salários e rigorosos requisitos de admissibilidade na carreira. Já na Finlândia, o salário não é dos mais altos quando comparado à média das demais profissões; mas o prestígio, sim.
O que esses cinco países têm em comum?
A contratação de professores é seletiva, a profissão é valorizada e, mais importante, a carreira é estimulante, o que atrai bons profissionais para as salas de aula. E esse foco na qualidade dos professores se reverteu em bons resultados no influente ranking Pisa, organizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que avalia o desempenho de jovens de 15 anos em ciências, matemática e leitura em 75 países.
Nesses quesitos, o Brasil está longe de ser exemplo. Numa pesquisa da OCDE com 100 mil professores do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos), o Brasil aparece no topo de um ranking de violência em escolas.
Para ler a matéria completa de Nathalia Passarinho para a BBC News Brasil, clique aqui.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

BOLSONARO X HADDAD


Não existem dois extremos

Eugênio Magno


É forçar muito a barra vender para a população brasileira a ideia de que nestas eleições existe uma polarização entre a extrema direita e a extrema esquerda. Nada mais falacioso.
Na verdade, o que temos é a disputa entre um projeto que pretende recuperar conquistas sociais e recolocar a classe trabalhadora entre as prioridades de governo contra uma proposta de ampliação dos cortes das políticas sociais, em nome de uma ordem subjetiva e do capital. De um lado, a extrema direita, representada militarmente, inclusive, por um capitão que tem como vice um general. Do outro lado, um grupo político que já esteve no poder e que, ao longo de 14 anos de governo, jamais adotou qualquer agenda extremista.
 O PT, embora tachado pelas elites como partido radical, se comporta de forma bastante moderada, muito mais próximo da chamada centro esquerda. A escolha, portanto, não é entre dois extremos, mas entre um grupo cuja orientação é claramente radical e um campo democrático – com acento no social – que defende a soberania popular, o funcionamento republicano das instituições e o estado democrático de direito.
É importante que o eleitorado se dê conta do medo que está sendo imposto à população por uma fatia mínima da sociedade que controla a mídia e o capital e é formada pelos setores mais conservadores e atrasados do país.
A sensatez, o equilíbrio e o reposicionamento do Brasil entre os países mais importantes do mundo, assegurando dignidade aos mais pobres e garantias democráticas, não depende de nenhuma terceira via. Até porque essa maluquice de que “o Brasil poderá se tornar uma Venezuela ou Cuba” é uma estupidez. A grande imprensa tem que parar com essa orquestração desafinada e não esconder a real: o maior risco que corremos é de nos tornar uma Argentina, de Macri, se o país cair em mãos erradas e as reformas neoliberais se aprofundarem por aqui.
Recolocar o país nos trilhos do desenvolvimento e avançar nas reformas que garantam à população o direito a ter direitos, regule as relações comerciais, incentive a geração de trabalho e renda e salvaguarde a dignidade da vida humana é dever de Estado e obrigação dos governantes.
Haddad não representa nenhum risco à institucionalidade do país e, dentre os presidenciáveis, é o único com chances reais de fazer parar a força reacionária que semeia o ódio, tem promovido grande estrago nas relações humanas e sociais e pode levar o Brasil do caos às trevas.
Não acredito que pessoas de bem, com um mínimo de informação, cometerão o voto envergonhado, de cidadão acuado, refém do medo. Elas sabem que a pátria pode sangrar e que suas consciências irão gritar.
Diante do quadro eleitoral que se formou, quero crer que as lideranças mais sensatas do país terão lucidez suficiente para contribuir com Fernando Haddad para que ele possa ser bem-sucedido na repactuação da democracia e em seu projeto de retomada do desenvolvimento e crescimento econômico com justiça social.
Apesar do terrorismo de mercado e da ação nefasta das aves agourentas da mídia hegemônica e do reacionarismo da classe política conservadora, o bom senso prevalecerá.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

ESQUERDAS LATINO-AMERICANAS PRECISAM FAZER DEVER DE CASA


PT deveria realizar 'comissão da verdade' 
para examinar seus erros, 
diz Noam Chomsky


Considerado um dos mais importantes linguistas do mundo, o filósofo e ativista de esquerda americano Noam Chomsky afirma que o PT deveria estabelecer "uma espécie de comissão da verdade" para analisar os erros cometidos pelo partido.
"Eles tiveram tremendas oportunidades. Algumas foram usadas em benefício da população, outras foram perdidas. É preciso perguntar por que isso ocorreu, e fazer isso publicamente. E realizar reformas internas que impeçam que aconteça outra vez", considera Chomsky, em entrevista à BBC News Brasil.
Conhecido por seu forte ativismo de esquerda, Chomsky tem saído em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assinou manifesto a favor do petista e participou, na última sexta-feira, em São Paulo, de um seminário organizado por Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores de Lula, na Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.
Para ler na íntegra a matéria de Júlia Dias Carneiro para a BBC, clique aqui.
(Fonte: BBC News Brasil)