sábado, 24 de novembro de 2018

EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO NA COMUNICAÇÃO


A última conferência do Seminário Mídias Educação e Espaço Público apresenta experiências que alinharam 
práticas educativas com mídias


No dia 29 de novembro o Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil realiza a última conferência do XII Seminário Anual com o tema "Mídias, Educação e Espaço Público". Para encerrar as atividades do ano convidamos dois projetos que atuam na cidade de Belo Horizonte e para além dela. O Coletivo Terra Negra e a Associação Imagem Comunitária (AIC). Convidamos esses projetos para compartilharem um pouco da experiência e dos desafios da elaboração de iniciativas que se estabelecem na relação entre educação e comunicação fazendo uso das mídias tradicionais e digitais, além de debatermos sobre os desafios da presença desses projetos em meio a outras instâncias educativas como a própria escola. Venha debater conosco na conferência Experiências de educação na comunicação: o desafio da construção de projetos no cenário público. 
O Coletivo de Professores Terra Negra tem o objetivo de ultrapassar as barreiras da sala de aula e proporcionar uma experiência de aprendizagem diferenciada e eficiente. Formado pelos professores de Geografia João Marcelo Torres Madureira, Juninho Lopes, Percy Fernandes e Vitor Augusto, o Terra Negra tomou a iniciativa de encurtar as distâncias entre o que os professores explicam e discutem em sala de aula e o que os estudantes efetivamente têm acesso. Foi justamente dentro do ambiente escolar, em alguns casos mais parecidos com caixas do que com locais de formação intelectual, que o coletivo identificou um grande problema. Salas de aula do séc. XIX, com professores ministrando aulas do séc. XX, e os alunos do séc. XXI. A decisão de produzir conteúdo áudio visual gratuito para a internet levou à incorporação de outros professores interessados em sair da zona de conforto e substituir as férias por expedições de cunho educacional. Para conversar conosco sobre o Terra Negra receberemos Percy Fernandes Vieira e Vitor Augusto Ferreira
Desde 1993 a Associação Imagem Comunitária (AIC) busca promover o direito à comunicação e à expressão além da valorização da diversidade cultural, do exercício da cidadania e da democracia. A iniciativa fomenta o acesso público aos espaços midiáticos e desenvolvendo processos educativos emancipatórios. Dentre as várias ações que a entidade já desenvolveu, destacam-se as parcerias com coletivos populares, entidades culturais e movimentos juvenis que trabalham pela promoção da cidadania, realizando produções audiovisuais, impressas, para rádio e web, sempre de forma colaborativa. É importante ressaltar também os processos formativos no campo da educação midiática e da produção em mídias comunitárias. Jéssica Kawaguiski, Mila Barone e Jessica Caldeira estarão conosco para falar sobre as experiências de educomunicação pautadas na colaboração, na valorização da identidade e da cultura locais e no protagonismo juvenil, onde destacarão os aprendizados e desafios na mediação de processos educativos a partir da produção de materiais de comunicação e de peças midiáticas.
A conferência terá transmissão ao vivo pelo canal do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil no YouTube.
A Conferência “Experiências de educação na comunicação: o desafio da construção de projetos no cenário público” do Coletivo Terra Negra e Associação Imagem Comunitária, acontece no dia 29 de novembro, às 19 horas, no Auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação (FaE/UFMG), Campus da UFMG - Pampulha, avenida Antônio Carlos, 6627.
Outras informações em www.pensaraeducacao.com.br, pensar@ufmg.br,Facebook e pelos telefones (31)3409-5355 e (31) 98212-5621.

sábado, 17 de novembro de 2018

CINEHOMENAGEM A GERALDO VELOSO




Durante mais de dois anos, primeiro na Imprensa Oficial e depois no MIS Cine Santa Tereza, o crítico e cineasta Geraldo Veloso manteve o programa Cinema Falado, constituído da exibição e conversa sobre um filme, o cinema, a poesia, a política e outros assuntos da cultura brasileira.
Geraldo nos deixou no final de setembro. Em sua homenagem, o Cinema Falado deste mês vai exibir "O Tempo do Corte", curta de Fábio Carvalho, em que Veloso dialoga consigo mesmo como autor, e "Perdidos e Malditos", seu primeiro longa-metragem, que ele escreveu, dirigiu, montou, atuou e produziu em 1971.
Os filmes serão exibidos na próxima terça-feira, dia 20 de novembro, às 19h30, no MIS Cine Santa Tereza (praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza), agora Sala Geraldo Veloso.
Cinema Falado é um projeto do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais (CEC-MG) e do Instituto Humberto Mauro, com o apoio do Museu da Imagem e do Som (MIS), do jornal O TEMPO e da rádio SUPER FM.

JORNALISTAS E CONFLITOS INTERNACIONAIS


CIA acredita que príncipe saudita ordenou morte de jornalista, dizem fontes

WASHINGTON (Reuters)* 

A CIA acredita que o príncipe saudita Mohammed bin Salman ordenou a morte do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, disseram na sexta-feira fontes que acompanham o tema, complicando assim os esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de preservar os laços com um importante aliado norte-americano.
As fontes afirmaram que a CIA comunicou a outros setores do governo dos EUA e também ao Congresso a sua avaliação, que vai de encontro às declarações do príncipe de que ele não estaria envolvido.
A conclusão da CIA, relatada primeiramente pelo Washington Post, é a avaliação norte-americana de maior importância até agora, ligando o governante de fato da Arábia Saudita com a morte.
A embaixada saudita em Washington rejeitou a alegação.
“As afirmações nessa suposta avaliação são falsas”, disse uma porta-voz da embaixada via um comunicado. “Nós continuamos a ouvir várias teorias sem ver os fundamentos primários para tais especulações.”
Em visita à Papua Nova Guiné, o vice-presidente Mike Pence disse à imprensa que ele não comentaria informações confidenciais.
“O assassinato de Jamal Khashoggi foi uma atrocidade. Também foi uma afronta a uma imprensa livre e independente, e os Estados Unidos estão determinados a responsabilizar todos aqueles responsáveis ​​por esse assassinato”, disse ele, acrescentando que Washington queria preservar seu relacionamento com a Arábia Saudita.

* Por Mark Hosenball, com reportagem adicional de David Alexander e Jeff Mason

sábado, 10 de novembro de 2018

CINEMA DE QUALIDADE E DE GRAÇA

"Moscou", em Mateus Leme



O cineclube da Casa de Cássia vai apresentar neste sábado, 10.11, às 17h, o filme "Moscou", de Eduardo Coutinho, com o grupo Galpão, de Belo Horizonte.
O filme documenta a experiência da construção da montagem de uma encenação teatral da peça "As Três Irmãs", de Anton Tchekhov, na qual três irmãs, vivendo na província, sonham em voltar para Moscou, deixando de viver o presente.
Domingo, 12.11, às 17h, o cineclube exibe o filme "Fúria do Desejo" (Ruby Gentry), de King Vidor, com Jennifer Jones, Charlton Heston e Karl Malden. Produção de 1952, o filme aborda as relações de uma moça branca pobre e sulista com a sociedade de uma cidadezinha, depois que ela, rejeitada pelo namorado, se casa com um homem rico e este morre num acidente de carro.
O cineclube funciona na Associação Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, Rua Meyer, 105. Vila Suzana, em  Mateus Leme, M.G. Maiores informações pelos telefones: (31)3535-1721 e (31)99247-6574.


PRIORIDADES ECONÔMICAS DO BRASIL


Brasil tem prioridades além das privatizações, diz ministro da Fazenda de Temer


O Brasil tem prioridades mais importantes do que a agenda ampla de privatizações que foi uma das bandeiras de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), proposta por seu futuro "superministro" da Fazenda, Paulo Guedes, como mecanismo para melhorar a governança das estatais e reduzir a dívida pública.
A avaliação é do atual titular da pasta, Eduardo Guardia, para quem o novo governo deve aproveitar a vantagem do capital político elevado de que os presidentes gozam em início de mandato para aprovar a reforma da Previdência e encaminhar a reforma tributária.
"Eu acho que tem outras prioridades antes dessa, que é aprovar a Previdência, aprovar reforma tributária, acertar o relacionamento com Estados e municípios. Tudo isso demanda negociações políticas complicadas", afirmou à BBC News Brasil nesta sexta-feira.
"Na minha perspectiva, não haverá uma agenda forte de privatização no início do governo além dessas que nós já estamos tocando", ele acrescenta, referindo-se, por exemplo, à Eletrobras - cuja proposta foi enviada em janeiro deste ano ao Congresso - e a distribuidoras de energia e empresas de saneamento que estão sendo negociadas em diferentes Estados.
O governo Temer propôs dezenas de privatizações nos últimos dois anos. Parte não saiu do papel e o restante está sendo encaminhado pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Para continuar lendo a matéria de Camilla Veras Mota para a BBC News Brasil, clique aqui.



segunda-feira, 5 de novembro de 2018

INCENTIVO A ESCOLAS PRIVADAS E DIMINUIÇÃO DE INVESTIMENTOS EM UNIVERSIDADES


‘Vouchers’, ensino à distância e universidade paga, 
os planos na mesa de Bolsonaro

Foto: Daiane Mendonça (SECOM/Rondônia)

“Eu vou mudar tudo isso daí, tá ok?”. Se Jair Bolsonaro, eleito presidente com quase 58 milhões de votos, levar ao pé da letra o bordão de campanha, seu mandato pode marcar um ponto de inflexão na educação brasileira com uma guinada conservadora, baseada em sua cruzada contra "doutrinação de esquerda" e veto ao debate de gênero, e pautada por diretrizes de mercado. O plano de governo é pouco detalhado, mas pressupõe a inversão da pirâmide de investimentos, transferindo recursos da educação superior para a básica (infantil, fundamental e médio). Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil gasta três vezes mais com estudantes universitários do com alunos dos ensinos fundamental e médio.
Para Anna Helena Altenfelder, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), trata-se de uma “preocupação pertinente” a do investimento maior em educação superior, ainda mais num contexto de grave crise fiscal. Entretanto, a pedagoga observa que a conta mais alta do ensino superior é influenciada por gastos com pesquisa e extensão, como hospitais universitários. “A questão principal não é transferir recursos de um para o outro, mas sim priorizar o ensino básico.”
Bolsonaro diz se inspirar em modelos de países asiáticos, a exemplo de Japão e Coreia do Sul, onde professores recebem quase quatro vezes mais que os brasileiros – cujos salários equivalem à metade da média dos países avaliados pela OCDE. Em seu plano, ele prevê investir em qualificação e melhorar a remuneração dos professores, mas não explica como nem de onde proverá verbas para valorizá-los. Apenas ressalta que “é possível fazer muito mais com os atuais recursos” – o Brasil investe aproximadamente 5% do PIB em educação.
Para preservar recursos do Ministério da Educação (MEC), uma das ideias do partido de Bolsonaro, o PSL, e já mencionadas por homens fortes de sua equipe, incluindo o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, é o “voucher educação”. A proposta, que também era bandeira do candidato derrotado à presidência João Amoêdo (NOVO), estipula a distribuição de vales para as famílias escolherem um colégio privado e matricularem seus filhos. Com maior participação de instituições privadas, o governo, segundo a tese dos defensores do modelo, economizaria dinheiro com a manutenção de escolas e a folha de pagamento dos professores.
Diferentemente de Japão e Coreia do Sul, que conduzem a educação básica por meio de escolas públicas, o modelo tem inspiração em fórmulas já testadas em países como Estados Unidos e Chile, que adotou os vouchers durante a ditadura de Augusto Pinochet, na década de 80. Apesar de apresentar melhores resultados em análises de desempenho que o Brasil e outros países latino-americanos, a educação chilena ainda está distante do nível apresentado por países desenvolvidos no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “Os vouchers cumpriram um papel importante para incluir alunos nas escolas, mas hoje não têm melhorado a qualidade da educação no Chile”, afirma Olavo Nogueira Filho, diretor do movimento Todos Pela Educação.
Para continuar lendo o texto de Breiller Pires para a edição brasileira do El País, clique aqui.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

COMEÇA A BATEÇÃO DE CABEÇA DA EQUIPE DO PRESIDENTE ELEITO


Ainda não está decidida fusão de Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, diz Nabhan Garcia


Tatiana Ramil 
Reuters


O presidente eleito Jair Bolsonaro ainda não decidiu se vai juntar os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, disse seu aliado Luiz Antônio Nabhan Garcia nesta quarta-feira, um dia após o futuro chefe da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmar que as pastas seriam unificadas.
“Existe a possibilidade de seguirem separados e existe a possibilidade de seguirem com uma fusão. Não tem nada decidido ainda, pelo menos foi o que o presidente me disse”, declarou Nabhan Garcia a jornalistas no Rio de Janeiro, após se reunir com Bolsonaro.
Nabhan Garcia é líder da União Democrática Ruralista (UDR), entidade que se notabiliza pela defesa da propriedade rural e combate a movimentos de sem-terra, como o MST.
Na terça-feira, Onyx anunciou que as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente seriam unificadas sob um único ministério, depois de Bolsonaro ter afirmado que estaria aberto à sugestão de setores do agronegócio que defendiam a manutenção da separação das duas pastas.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, posicionou-se de maneira frontalmente contrária à proposta de fusão das pastas, afirmando que a decisão “trará prejuízos incalculáveis ao agronegócio brasileiro”.
O atual ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, também criticou a medida. Em nota, disse que o superministério teria “dificuldades operacionais” que poderiam prejudicar as duas agendas e resultar em retaliação comercial por parte de países importadores de produtos agropecuários.
(Fonte: Reuters Brasil)