terça-feira, 28 de junho de 2011
SÓ ACONTECE NA ESPANHA
sábado, 25 de junho de 2011
CRESCE A VULNERABILIDADE DAS FAMÍLIAS
No Brasil, segundo dados, preliminares, do Censo 2010, 1.082.239 mulheres são chefes de família sem renda. O Rio Grande do Sul reúne 3,5% destas mulheres. A Região do Vale do Rio dos Sinos tem 5.350 mulheres chefe de família, ou seja, 0,09% das mulheres gaúchas. Destaca-se que 98% dos domicílios chefiados por estas mulheres estão em área urbana.
Outro dado que necessita ser considerado para a análise, avaliação e projeção das políticas públicas, especialmente dirigidas às crianças e adolescentes, é que somam 5.893 brasileiras responsáveis por domicílios, que têm entre 10 e 14 anos. Ou seja, crianças e adolescentes, que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA são prioridade absoluta e que necessitam ser protegidas, estão protegendo seu grupo familiar. Gaúchas nesta mesma faixa etária são 38.602 e no Vale do Rio dos Sinos são 28 crianças e adolescentes chefiando suas famílias.
Mulheres acima de 70 anos é a faixa etária de maior número no Brasil, 111.674. No Estado são 4.411. Sendo que 16,8% destas mulheres estão no Vale, coincidindo com a faixa etária com o maior percentual de mulheres chefe de família na região. Trata-se de mais uma evidência de desproteção, já que os idosos, assim como as crianças e adolescente, necessitam ser protegidos, conforme garantido no Estatuto do Idoso.
Constata-se que estes grupos familiares chefiados por mulheres necessitam ser radicalmente protegidos por um conjunto de políticas, em vista do seu fortalecimento e garantia de cidadania.
Os indicadores socioeconômicos contribuem para esta análise. O Censo 2010 apresenta muitas informações para ampliar e qualificar este quadro de realidade. O ObservaSinos comprometido com a publicização das informações e com a formação para este acesso e análise, realizará no dia 24 de agosto a Oficina sobre os dados censitários 2010. (Fonte: site do IHU - Instituto Humanitas Unisinos)
quarta-feira, 22 de junho de 2011
RECICLAGEM NUCLEAR NA EUROPA
domingo, 19 de junho de 2011
OS BENS DEVEM SER PÚBLICOS OU PRIVADOS?
"Dezenas de milhares de estudantes, professores e funcionários de escolas saíram às ruas esta semana no Chile para protestar contra a crescente privatização da educação no país. Na Europa, outras dezenas de milhares de jovens, trabalhadores de diversos setores e desempregados estão nas ruas na Grécia, na Espanha, na República Tcheca e em outros países contra os planos de austeridade do FMI e do Banco Central europeu que representam maior arrocho para os assalariados, privatização de empresas e serviços públicos e impunidade para os responsáveis pela crise. Por todo o mundo, cresce a resistência à ofensiva do grande capital que quer resolver a crise econômico-financeira iniciada em 2008, transferindo os custos, mais uma vez, para os bolsos de quem vive do trabalho. A Carta Maior destaca essa situação neste fim de semana, sugerindo a leitura de alguns artigos e reportagens de dois Especiais, Desordem Financeira e As Ruas do Mundo, que ajudam a entender o atual cenário internacional e seus possíveis impactos na América Latina e no Brasil."
quinta-feira, 16 de junho de 2011
OS ESPINHOS DA FLOR
choro palavras
domingo, 12 de junho de 2011
ECONOMIA SOLIDÁRIA
Entrevista especial com Clara Marinho Pereira
quinta-feira, 9 de junho de 2011
CAPITALISMO TEM SEUS DIAS CONTADOS
O Brasil assiste a um terceiro ciclo de expansão capitalista. Após o modelo nacional-desenvolvimentista encabeçado por Vargas a partir dos anos 30 que resultou no início das bases da industrialização brasileira; do modelo de industrialização associado ao capital transnacional encetado por Juscelino Kubitschek nos anos 50 que, com a vinda do capital de fora, acelerou o crescimento econômico; temos agora o modelo neodesenvolvimentista, iniciado por Lula e continuado por Dilma Rousseff.
Esse modelo [neodesenvolvimentista] em substituição ao modelo neoliberal levado a cabo por Fernando Henrique Cardoso retoma as bases dos modelos anteriores ? período Vargas e JK ? e vem reorganizando o capitalismo brasileiro. As bases do modelo neodesenvolvimentista se fazem a partir da recuperação do papel do Estado como indutor do crescimento econômico. Um Estado que alavanca a infraestrutura para assentar as cadeias produtivas do capital privado.
Uma das pontas de lança do modelo em curso é a hiper-exploração de uma das últimas fronteiras do país: a Amazônia legal. A região já foi palco de um primeiro ciclo de exploração, nos anos 70, a partir da tese da geopolítica de segurança dos militares que decidiram ocupá-la com o projeto de transferência de populações para a região. O ciclo desenvolvimentista em curso na região nesse momento, entretanto, é incomparavelmente maior e o aumento da violência e dos impactos ambientais e sociais na região está relacionado a essa nova dinâmica.
Ainda mais grave, e na raíz da tensão dos acontecimentos sociais e ambientais, está o fato de que o modelo de exploração é exógeno à região e implantado a custa das riquezas e populações locais. Os grandes projetos que chegam à região estão voltados para interesses externos. Por um lado, se tem a exportação de madeira, da soja, da carne, de ferro-gusa e alumínio, sobretudo para países que não querem arcar com os custos socioambientais dessas atividades que são pesados; por outro, e para viabilizar essa lógica econômica, se tem os grandes investimentos em projetos de infraestrura energética ? hidrelétricas ? e de apoio logístico ? rodovias e hidrovias. A região presta-se ainda à expansão dos interesses do agronegócio ? soja, etanol e pecuária.
Uma plataforma de exportação. É nisso que vem se transformando a Amazônia legal, uma região que produz commodities ? primarização da economia ? para outros países e para o consumo do Brasil desenvolvido, a região sudeste. É nesse contexto que se insere a construção de mega-hidrelétricas ? Belo Monte, Complexo Madeira, Complexo Tapajós ?, abertura de rodovias e hidrovias, ampliação da exploração de madeira e minérios, expansão da pecuária e das monoculturas da soja e da cana-de-açucar. A reforma do Código Florestal também se compreende a partir dessa dinâmica, o agronegócio quer liberdade de exploração, sem amarras e restrições.
Simultâneamente ao anúncio da licença de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e a aprovação da Reforma do Código Florestal, o país tomou conhecimento do recrudescimento da violência na região amazônica brasileira ? cinco mortes em cinco dias. Esses fatos, aparentemente isolados, relacionam-se a partir da dinâmica expansionista do capitalismo brasileiro na região Norte do país.
Aprovação da flexibilização do Código Florestal, construção de mega-hidrelétricas, linhões de transmissão, abertura de rodovias, ampliação de hidrovias, intensificação da pecuária, monocultura da soja, chegada da cana-de-açucar, exploração da madeira e de minérios exercem enorme pressão sobre as populações locais, ribeirinhos, posseiros, extrativistas, pequenos agricultores, indígenas e desaguam em violência, devastação ambiental e impactos sociais.
domingo, 5 de junho de 2011
FLAGRANTE DE UM ATO DE CORAGEM EM FAVOR DA PAZ
(Foto: Reuters)
quarta-feira, 1 de junho de 2011
POPULAÇÃO DA CIDADE DE SANTA LUZIA PEDE SOCORRO
Comunicólogo
Freqüento Santa Luzia há mais de 20 anos. Em 1989 comprei, em um distrito da cidade, um pequeno terreno que, pretensamente, chamo de sítio, em razão desse viver confinado em apartamento.
Nascido no sertão das Gerais, mas vivendo em BH desde 1981, vendi o apartamento na capital e aluguei um imóvel em Santa Luzia pra ficar mais perto do terreno onde pretendo construir e para lá me mudar. No primeiro sábado na nova moradia, a igreja ao lado, fez um barulho dos infernos. Os fiéis gritavam tanto que eu, afeito à oração meditativa e silenciosa, me perguntei se Deus teria algum problema de audição. Na segunda-feira, me dei conta de que a construtora que edificou o prédio que eu moro, iria construir outro, igualzinho, ao lado. E, tome serra elétrica, marretadas, vergalhões jogados nos madeirames, caminhões de concreto e muita falação, em altos decibéis, a partir de seis e meia da manhã, quando os trabalhadores chegam.
A única operadora de telefonia fixa e internet na cidade é a Oi que, por falta de concorrência, pinta e borda com os clientes. Embora as atendentes do call center da empresa prometessem que em 48 horas o telefone seria ativado, fiquei sem o serviço 28 dias e a internet só foi ativada 55 dias depois do pedido.
Como se não bastasse, dez dias depois de fixar residência na cidade, a ponte da BR-381, sobre o Rio das Velhas caiu, e, Santa Luzia é quem paga o pato. Ônibus, carretas, vans e automóveis de todos os tipos invadiram a cidade e fazem buracos nas ruas, derrubam meios-fios, empoeiram tudo e provocam engarrafamentos quilométricos. A rodovia MG-020 que era horrível, mas foi recuperada nos últimos anos, está sendo literalmente destruída. A agressividade da “3-8-1”, conhecida como rodovia da morte, foi transferida para cá. Caminhões de 30, 40, 50 toneladas, trafegam irresponsavelmente, em alta velocidade, colocando em risco a vida de pedestres, ciclistas e de motoristas de automóveis particulares, impondo aos seus usuários a mesma lógica do tráfego assassino da BR-381.
Já é grande o número de acidentes contabilizados na região, desde que foi feito o tal desvio. E por aqui não se vê nenhum guarda de trânsito militar, nem a Polícia Rodoviária Estadual ou Federal. A precária guarda municipal de uma prefeitura que, a despeito de sua alta arrecadação, mal dá conta da coleta de lixo e de capinar as ruas cobertas de ervas daninhas, é que sofregamente tenta disciplinar o caos em que se transformou o trânsito da pacata cidade histórica mineira.
Esses desmandos todos seriam porque os olhos da santa que dá nome à cidade, foram perversamente arrancados? Se não há governo, municipal, estadual ou federal que enxergue a situação e dê um jeito nela, certamente, Santa Luzia que ouve as preces dos seus devotos, intercederá. Nem que seja inspirando a população a fazer uma manifestação ainda mais impactante do que a queima de pneus que bloqueou a estrada recentemente.