sexta-feira, 28 de junho de 2019

EDUCAÇÃO: TRADIÇÕES DEMOCRÁTICAS OU AUTORITÁRIAS?


Miguel Arroyo: 
"A injustiça não será superada sozinha"

(Miguel Arroyo e Luciano Mendes F. Filho - Foto: Eugênio Magno)

O projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil, coordenado pelos professores, Luciano Mendes de  Faria filho e Tarcísio Mauro Vago, homenageou ontem à noite, no auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação (FaE/UFMG), o professor emérito da FaE, Miguel Gonzáles Arroyo.
Arroyo recebeu tripla homenagem: da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) e do Pensar a Educação, Pensar o Brasil (FaE/UFMG).

(Da esquerda para a direita: os professores Tarcísio M. Vago, Dayse Cunha, Cláudia Mayorga, Luciano Mendes, a deputada estadual Beatriz Cerqueira e o vereador Arnaldo Godoy - Foto: Eugênio Magno)

(Professora Shirley Miranda - Foto: Eugênio Magno)

Após as homenagens que contou também com um pronunciamento que fez menção ao pensamento, a obra e a importância de Miguel Arroyo para a Educação e a História Social do Brasil, da professora da FaE, Shirley Miranda, Arroyo palestrou, brilhantemente, por cerca de uma hora e foi aplaudido de pé pelo qualificado público que o prestigiou.
Para ter acesso à cobertura completa do evento, clique aqui.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

"EDUCAÇÃO NO BRASIL - TRADIÇÕES AUTORITÁRIAS?"


Miguel Arroyo discute autoritarismo na educação e no Brasil e recebe homenagem na UFMG



O Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil realizará a quarta conferência da programação do XIII Seminário Anual que apresenta como tema “Educação no Brasil, tradições democráticas“ no dia 27 de junho. Recebemos o professor Miguel Gonzalez Arroyo que discutirá a Educação no Brasil na conferência “Educação no Brasil – Tradições Autoritárias?”.
O professor propõe uma reflexão dos tempos atuais e as faces do autoritarismo que emergem neste cenário. Além disso ele propõe uma comparação entre as características autoritárias com princípios democráticos na educação, como a inclusão. Ele questiona que possibilidades de educação, humanização temos em tempos de vidas ameaçadas e quais são exigências políticas-éticas para a educação e para a docência.
Na ocasião o Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil realizará homenagem ao professor Miguel Arroyo por sua inestimável contribuição para a Educação Democrática e para o pensamento brasileiro. A homenagem contará com uma fala da professora Shirley Miranda destacando a vida e o trabalho realizado pelo professor.
Miguel Gonzalez Arroyo possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestrado em Ciência Política pela mesma instituição e doutorado em Educação pela Stanford University. É Professor Titular Emérito da Faculdade de Educação da UFMG. Já foi Secretário Adjunto de Educação da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, coordenando e elaborando a implantação da proposta político-pedagógica Escola Plural. Acompanha propostas educativas em várias redes estaduais e municipais do país.
O evento acontece no dia 27, quinta-feira próxima, às 19 horas no Auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação (FaE/UFMG), Avenida Antônio Carlos, 6627, Campus da Pampulha, em Belo Horizonte.
A conferência terá transmissão ao vivo pelo canal do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil no youtube. 
Maiores informações no site www.pensaraeducacao.com.br.

sábado, 15 de junho de 2019

A SEPARAÇÃO DE UMA FAMÍLIA PELO GOLPE DE 64 E SUA REUNIÃO 17 ANOS DEPOIS


Cinema Falado: "Cabra marcado para morrer"

(Foto do Cartaz: Contexto Livre)

Uma equipe planeja filmar a história de um líder camponês assassinado, mas é impedida pelo golpe de Estado. 17 anos depois, o trabalho é retomado.
"Cabra Marcado para Morrer", o documentário premiado de Eduardo Coutinho, é o programa do Cinema Falado da próxima terça-feira, 18 de junho, às 19h30, na Sala Geraldo Veloso do MIS Cine Santa Tereza (praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza).
Oportunidade para um encontro com críticos e cineastas para ver este filme e conversar sobre cinema, poesia, política e outros assuntos da cultura brasileira. O filme será apresentado pela historiadora Renata de Oliveira.
Cinema Falado é um projeto do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais (CEC-MG) e do Instituto Humberto Mauro, em memória do crítico e cineasta Geraldo Veloso, com o apoio do Museu da Imagem e do Som (MIS), do jornal O TEMPO, da rádio SUPER FM e da Contorno Áudio & Vídeo.

MORRE DIRETOR DE CINEMA ITALIANO


Cineasta italiano Franco Zeffirelli morre aos 96 anos

(Foto: Santaportal)

Morreu hoje (sábado, 15 de junho), na sua residência, em Roma, o cineasta Franco Zeffirelli. Nascido em Florença, em 1923, o cineasta dirigiu mais de 20 filmes que foram sucesso no mundo inteiro. Dentre os quais destacam-se Romeu e Julieta, Hamlet e A megera domada.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

VAZAMENTOS DA LAVA JATO


De 'fato muito grave' a 'não tem nada ali', as reações ao vazamento de supostas mensagens entre Moro e Dallagnol

                                               (Fonte: Reuters)                              (Fonte: Câmara dos Deputados)

No fim da tarde do domingo (9), o site Intercept Brasil publicou reportagens baseadas em supostas conversas vazadas do procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR). O ministro Sérgio Moro também aparece nas conversas, que teriam ocorrido no aplicativo Telegram.
A série de quatro reportagens é baseada em supostas trocas de mensagens entre o procurador da República Deltan Dallagnol, outros integrantes da força-tarefa da Lava Jato e com o então juiz federal Sérgio Moro, que era responsável por julgar os casos da Lava Jato na 1ª Instância da Justiça em Curitiba (PR), onde a investigação começou.
A BBC News Brasil não conseguiu confirmar de maneira independente a veracidade das mensagens reproduzidas pelo The Intercept, mas a série de reportagens tem movimentado autoridades e políticos desde a noite de domingo.
Segundo os textos publicados pelo Intercept, as conversas de Dallagnol mostrariam "motivações políticas" que teriam guiado a atuação dos investigadores da Lava Jato. Em nota publicada na madrugada desta segunda-feira (10), a força-tarefa disse que sua atuação "é revestida de legalidade, técnica e impessoalidade".
"A imparcialidade da atuação da Justiça é confirmada por inúmeros pedidos do Ministério Público indeferidos, por 54 absolvições de pessoas acusadas, e por centenas de recursos do Ministério Público".
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) comentaram o assunto ainda no domingo.
Para Gilmar Mendes, as alegações contidas nas reportagens precisam ser apuradas. "O fato é muito grave. Aguardemos os desdobramentos", disse o ministro em mensagem de texto à reportagem da BBC News Brasil.
Mendes faz parte da Segunda Turma do STF que analisa um pedido de suspeição de Sérgio Moro. Em dezembro do ano passado, Mendes pediu vista para se debruçar sobre o caso.
No pedido, a defesa do ex-presidente Lula (PT) alega que Moro não teria condições de julgar o petista; pede a nulidade de todos os atos processuais praticados pelo ex-juiz e a libertação de Lula.
O assunto também foi comentado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF. Segundo ele, as supostas mensagens colocam em xeque a imparcialidade esperada da Justiça.
"Apenas coloca em dúvida, principalmente ao olhar do leigo, a equidistância do órgão julgador, que tem que ser absoluta. Agora, as consequências, eu não sei, Temos que aguardar", disse ele ao jornal Folha de S. Paulo.
"Isso (relação entre juiz e investigador) tem que ser tratado no processo, com ampla publicidade. De forma pública, com absoluta transparência", disse.
Para continuar lendo a matéria de André Shalders da BBC News Brasil, clique aqui.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

A INDÚSTRIA DAS DOENÇAS


Pfizer ocultou indícios de que um de seus fármacos poderia prevenir o Alzheimer


(Foto: Getty)

Foi um achado surpreendente. Em 2015, depois de analisar centenas de milhares de reclamações de seguros, uma equipe de pesquisadores da Pfizer descobriu que um dos fármacos campeão de vendas da empresa, o Enbrel, um potente anti-inflamatório para o tratamento de artrite reumatoide, poderia reduzir o risco de Alzheimer em 64%. É o que revela The Washington Post em uma reportagem exclusiva, com base em documentos internos da empresa, aos quais teve acesso.
Acontece que a verificação desses efeitos do remédio exigiria um teste clínico caro. E, depois de um longo debate interno, a gigante farmacêutica decidiu não prosseguir com a pesquisa e não divulgar os resultados, como a empresa confirmou ao jornal.
"O Enbrel poderia potencialmente prevenir, tratar e retardar a progressão do mal de Alzheimer", dizia o documento em PowerPoint, de acordo com o Post, preparado por um grupo de pesquisadores da Pfizer para ser apresentado a um comitê interno da empresa em fevereiro de 2018. Esses especialistas, do departamento de doenças inflamatórias e imunologia, pediram à Pfizer que realizasse um ensaio clínico com milhares de pacientes e um custo estimado de 80 milhões de dólares (cerca de 320 milhões de reais).
Para continuar lendo a matéria de Pablo Guimón para o El País, de Washington, clique aqui.

sábado, 1 de junho de 2019

QUEREMOS EDUCAÇÃO, INCLUSIVE PARA OS DESEDUCADOS QUE COMANDAM O PAÍS


Quem é contra a educação?

(o crédito da foto foi identificado pelo "Pensar a Educação em Pauta" como Reprodução/Facebook)

A imagem acima se constitui num exemplo paradigmático dos tempos em que vivemos: ela retrata um grupo de manifestantes pró Bolsonaro retirando uma faixa em defesa da educação do prédio da Universidade Federal do Paraná. Diferentemente dos manifestantes dos últimos dias 15 e 30 de maio, os bolsonaristas foram às ruas no dia 26 em defesa de um conjunto de políticas de morte e, é evidente, contra a educação pública.
Ao atuarem contra a educação pública em todos os níveis, da educação infantil à pós-graduação, o governo Bolsonaro, seu Ministro da Educação e os minguados manifestantes que foram às ruas no último 26 estabelecem um novo paradigma de atuação do Estado e, mesmo, dos grupos conservadores brasileiros em relação à escola. Nunca, mesmo nos momentos em que as regras do Estado Democrático de Direito foram suprimidas, como no caso do Estado Novo e da Ditadura civil-militar, tivemos governos que estivessem publicamente contra a educação pública.
O novo paradigma estabelecido pelo governo Bolsonaro investe contra a escola pública e os sujeitos que cotidianamente a põem em funcionamento – alunas e alunos, professoras e professores e demais profissionais da educação. São os novos inimigos da pátria a serem combatidos. No entanto, se o paradigma é novo, as formas de atuação do governo Bolsonaro e seus aliados não o são. Como seus correlatos regimes nazifascistas, a mentira tem sido a principal arma do bolsonarismo para desclassificar os adversários e criar um clima social e político de que é necessário eliminá-los para o bem da Nação.
Não é sem razão que o bolsonarismo oficial que ocupa a Explanada dos Ministérios tem apontado as ciências sociais e a filosofia como áreas que não mais merecem apoio, incentivo ou financiamento sob o argumento de que são doutrinadoras de nossa ingênua juventude. Para o governo Bolsonaro e para os grupos que o apoiam, a simples possibilidade de que as crianças e a juventude sejam convidadas a pensar sobre o mundo é, já, uma ameaça que precisa ser combatida.
Defender a escola pública é fundamental. É a mais capilar e inclusiva das instituições republicanas. E é, em parte, por isso mesmo que ela tem sido sistematicamente atacada pelos bolsonaristas, ardorosos defensores dos privilégios de alguns e das desigualdades que sempre marcaram a sociedade brasileira. O que se quer evitar é que a escola se configure como, ainda que minimamente, uma ameaça ao status quo, seja pela inclusão dos “outros” que dela sempre estiveram alijados, seja pela possibilidade de crítica que a educação representa.
Mais uma vez convocados e convocadas, os defensores e as defensoras da escola pública ocupam as ruas do Brasil e reafirmam o direito inalienável das novas gerações a uma escola pública de qualidade e, inclusive, de qualidade porque é pública. Se o bolsonarismo é herdeiro daquilo que de pior tivemos em nossa história, nossa herança é outra: estamos ao lado de Nísia Floresta, da Pagu, de Maria Lacerda de Moura, de Anísio Teixeira, de Mário de Andrade, de Paulo Freire, de Florestan Fernandes, de Aparecida Joly Gouvea e de milhões de professoras e professores que, de forma anônima, silenciosa e contínua, fizeram e fazem a diferença na infância do/no mundo.
A política defendida pelos bolsonaristas é a política da destruição e da morte. É, de fato, uma antipolítica. E isto em todas as áreas e não apenas na educação. É por isso, também, que a reação ao que está acontecendo tem que ultrapassar o campo educacional e tomar o Brasil de ponta-a-ponta. E isto passa, sem dúvida, pela articulação de todos os setores e movimentos democráticos. É nessa direção que devemos avançar para derrotar não apenas o governo Bolsonaro, mas o bolsonarismo que ele representa.
(Fonte: "Pensar a Educação em Pauta" - Ano 7 – Nº 239/ sexta-feira, 31 de maio de 2019 - Editorial)