segunda-feira, 25 de junho de 2018

ECONOMIA DE DESCARTE DOS SERES


Campos de migrantes prófugos e refugiados

No fundo, essa “economia que descarta, exclui e mata” – como diria o Papa Francisco– alia-se a uma extrema direita, não raro de orientação neofascista e xenófoba, que descrimina, rechaça e seleciona com rigor os que podem desfrutar dos benefícios da técnica e do progresso. Os demais estão condenados ao êxodo, ao exílio e à diáspora", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais.
Eis o artigo.
Se os séculos XVII, XVIII e XIX foram classificados, respectivamente, como Era da Razão, Era das Luzes e Era das Revoluções, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman propõe para o século XX a denominação de Era dos Campos de Concentração. Refere-se particularmente às máquinas de extermínio dos regimes totalitários de Hitler, como Auschwistz; e de Stalin, como Gulag (Cfr Bauman, Zygmunt. La vie en Miettes, expérience postmoderne e moralité, Ed. Pluriel, Paris, 2014, pag. 178-182). É por demais conhecido e notório como milhões de pessoas perderam a vida nessas antecâmeras do inferno.
Mas os campos de concentração não terminaram no ano 2000. Passadas quase duas décadas do século XXI, é possível identificá-los em diversos pontos do planeta. Certo, não consistem exatamente em campos preparados para um extermínio objetivo, preciso e calculado. Nem por isso deixam de abrigar, em condições precárias e desumanas, milhões de seres humanos sem pátria. Não falta os exemplos: o povo de origem Rohingya expulso de Myanmar e refugiado num campo de Bangladesh; os que se originam no Oriente Médio e na África subsaariana, amontoados nos campos da Líbia; os fugitivos da guerra da Síria, praticamente detidos em campos da Turquia; os venezuelanos que escapam da crise daquele país, retidos na fronteira com a Colômbiaou com o Brasil; os haitianos e hispano-americanos, convivendo com expatriados na fronteira entre Estados Unidos e México; os filipinos e indonésios na ilha de Batam, Indonésia, na esperança de alcançar o Eldorado de Singapura, e assim por diante.
Ainda sobre o mesmo tema, podemos retomar as palavras do filósofo alemão Jurgen Habermas na última década do século XX: “A Europa deve fazer um grande esforço para melhorar rapidamente as condições dos setores mais pobres da população, tanto na Europa central quanto oriental, sem o qual o continente será submergido por um fluxo de demanda de asilo e de imigrantes” (Cfr.: Habermas, Jurgen. Cidadania e união nacional, reflexão feita numa cúpula sobre o futuro da Europa, em abril de 1992). Como se pode ver, sua previsão segue mais válida do que nunca.
Da mesma forma que a economia, o fenômeno migratório também se globalizou. Tornou-se definitivamente planetário. Além dos campos supracitados, contam-se igualmente aos milhões o número de migrantes, prófugos e refugiados que continuam errando pelas estradas do globo. Deve-se isso, em parte, ao fato de que as migrações atuais diferem das chamadas migrações históricas. Estas últimas, durante o século XIX e início do século XX, tinham uma origem e um destino mais ou menos predeterminados. O desenraizamento no velho continente era compensado por um novo enraizamento nas terras novas da América, Austrália ou Nova Zelândia. Hoje as migrações se fazem por etapas. A terra natal é sempre o lugar de partida, evidentemente, mas ignora-se o lugar de chegada. Cada etapa representa, ao mesmo tempo, um o ponto de chegada e uma tentativa de fixação. Mas permanece aberta a possibilidade de retomar a estrada. O ponto de chegada pode converter-se em novo ponto de partida.
Disso resulta que os novos deslocamentos humanos são caracterizados, entre outros fatores, por um vaivém repetitivo e desordenado no complexo xadrez da geopolítica mundial. Se é certo que “as aves e as sementes migram nas asas do vento” – como escrevia Dom J. B. Scalabrini – é igualmente certo que os migrantes o fazem no rasto das migalhas e oportunidades oferecidas por uma economia cada vez mais globalizada. De outro lado, com a crescente dificuldade de obter os documentos para uma migração legalizada, devido à criminalização da mobilidade humana e dos migrantes, verifica-se uma erupção vulcânica nos territórios fronteiriços. Estes convertem-se em verdadeiras panelas de pressão prestes a explodir.
No fundo, essa “economia que descarta, exclui e mata” – como diria o Papa Francisco– alia-se a uma extrema direita, não raro de orientação neofascista e xenófoba, que descrimina, rechaça e seleciona com rigor os que podem desfrutar dos benefícios da técnica e do progresso. Os demais estão condenados ao êxodo, ao exílio e à diáspora. Resta-lhes caminhar sem trégua e bater às portas de mentes e corações cada vez mais cerrados e endurecidos.
(Fonte: IHU - Instituto Humanitas Unisinos)

quinta-feira, 21 de junho de 2018

PSIU POÉTICO 2018


Estão abertas as inscrições para os interessados em participar do Salão Nacional da Poesia – Psiu Poético 2018. Com o tema “Mákina”, o evento, que esse ano celebra 32 anos de existência, será realizado entre os dias 4 e 12 de outubro.
O Psiu Poético é considerado pela crítica literária como o maior salão de poesia do país. Os interessados em participar já podem inscrever até três poemas, que ficarão expostos durante a realização do evento. Além dos poemas impressos, também poderão participar produções voltadas para a mostra de poesia visual e arte-postal.
Muito mais que poemas, o Psiu Poético também é aberto para artistas que queiram participar com performances, recitais, esquetes teatrais, intervenções, debates, vídeos, filmes, músicas, danças, lançamento de livros, CDs e demais manifestações culturais.
As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de julho, diretamente no Centro Cultural Hermes de Paula. Se preferir, o interessado pode mandar, até a mesma data, as suas obras para o seguinte endereço: Centro de Educação e Cultura “Dr. Hermes de Paula” – Biblioteca Pública Municipal “Dr. Antônio Teixeira de Carvalho” – 32º Salão Nacional de Poesia Psiu Poético - Mákina – Praça Dr. Chaves, 32, Centro - Montes Claros/MG. CEP 39.400-005. 
Mais informações podem ser obtidas pelo email psiupoetico@gmail.com, ou através dos telefone  (38) 2211-3380 / 2211-3377. Os interessados também podem acessar o site do Salão Nacional de Poesia através do endereço www.psiupoetico.com.br.
O Salão Nacional de Poesia – Psiu Poético é promovido pelo grupo de literatura e teatro Transa Poética em parceria com a Prefeitura de Montes Claros, a Universidade Estadual de Montes Claros e a Fundação Genival Tourinho.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

VELHO HOMEM NOVO: 90 ANOS DE CHE GUEVARA


Como o amor pelos povos e por sua libertação guiou a trajetória andarilha do revolucionário


Foi itinerante, entre cidades, levado pela correnteza incartografável de um rio, que Ernesto "Che" Guevara nasceu há 90 anos. Ainda em deslocamento ininterrupto e com desprezo absoluto pelas fronteiras, Che viveu os 39 anos seguintes, fosse sobre a cinematográfica motocicleta La Poderosa II, com a qual percorreu paisagens e vivências latinoamericanas; à bordo do Granma, embarcação que devolveu a Cuba seus filhos exilados que fariam a Revolução; ou caminhando de vila a vila, na última campanha que faria antes de ser assassinado, na Bolívia.
A natureza errante do Che -- médico, jornalista, escritor, diplomata e líder revolucionário-- estava em perfeita sintonia com os valores e teorias internacionalistas que permeiam suas principais contribuições para a esquerda. Contribuições essas que, justamente por serem tão pautadas em experiências reais, foram ofuscadas, com o tempo e verniz próprio dos mártires, pela imagem única de guerrilheiro. Para muitos, no entanto, a prática intransigente do internacionalismo por parte de Guevara é exatamente o que torna seu legado filosófico tão sólido.
Para ler a matéria especial completa de Julia Dolce para o Brasil de Fato, clique aqui.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

ROBIN HOOD ÀS AVESSAS


A política Hood Robin de Temer!

Foto: Pedro Cabral

Nas últimas semanas, mais uma vez, o governo golpista de Temer e seu comparsas mostrou a que veio. Sem nem pensar em rever a atual política do petróleo e seus derivados, da qual resultou um aumento de quase 100% dos preços dos combustíveis nos últimos dois anos e a tentativa de desmonte da Petrobrás, o governo apresentou a proposta de subsidiar o preço do óleo diesel como solução para a greve das grandes empresas de transporte rodoviário e dos caminhoneiros autônomos. Com isso, decidiu que toda a população deve pagar para que as empresas e os caminhoneiros tenham um combustível mais barato.
De uma penada só, o grupo que tomou de assalto a República mostrou várias de suas faces. Uma delas, é aquela que retira recursos da parte mais pobre e vulnerável da população e os repassa para a população mais rica e para as grandes corporações nacionais e internacionais. Para buscar os recursos necessários ao subsídio estabelecido, a saída posta pelo governo foi realizar cortes nos orçamentos da Educação, da Saúde e da Ciência e Tecnologia, dentre outras áreas. Para ler, na íntegra, o editorial do Pensar a Educação em Pauta, clique aqui.

terça-feira, 5 de junho de 2018

A ORGIA DA PRIVATARIA ENTREGUISTA

Mercado saqueia Petrobras, mídia acoberta

Ilustração de Amorim

A paralisação dos caminhoneiros e a dos petroleiros demonstrou, de forma cabal, o abismo entre os interesses do mercado financeiro e os do povo brasileiro. Com o preço dos combustíveis nas alturas, a população teve um vislumbre do que significa, na prática, a privatização da Petrobras.
Os veículos de comunicação, por sua vez, esmeraram-se em acobertar o saque na estatal brasileira realizado pelos acionistas estrangeiros. Não apenas justificaram a adoção de preços internacionais para os combustíveis brasileiros, como legitimaram o repasse da conta à população, tecendo elogios a Pedro Parente.
Nenhuma análise, obviamente, sobre o desmonte da estatal; sequer as consequências da mudança. O que se viu na mídia, sobretudo, televisão e rádio, foi um festival de jargões neoliberais – “liberdade da Petrobras”, “independência do jogo político”, “autonomia da Petrobras” ante a “mão pesada do Estado” – regurgitados por especialistas do mercado e jornalistas convocados a “explicar” a crise para a população.
Para ler na íntegra a matéria de Tatiana Carlotti para Carta Maior, clique aqui.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

SAI PARENTE, ENTRA MONTEIRO


Temer escolhe Ivan Monteiro para presidir Petrobras e nega mudanças na política de preços

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Michel Temer o nome de Ivan Monteiro para substituir Pedro parente na presidência da Petrobras. Para saber mais sobre o tema, clique aqui.


CARTA DE BELO HORIZONTE DA CONAPE 2018


CONAPE/2018 ‘LULA LIVRE’: A EDUCAÇÃO COMO ESPAÇO DE RESISTÊNCIA. 

MANIFESTO: Carta de Belo Horizonte

No momento atual de crise que passa o Brasil, com o aprofundamento do golpe deflagrado em 2016, a partir da destituição do governo legitimamente eleito de Dilma Rousseff, a luta pela educação não pode estar desatrelada daquela em defesa da restauração do Estado Democrático de Direito. Os processos de ruptura democrática pelos quais passou o país guardam, em comum, a redução drástica dos direitos sociais, entre os quais a educação — um dos pilares inquestionáveis de qualquer democracia —, alvo de severos ataques políticos, econômicos e pedagógicos que visam desestruturar a possibilidade de formação crítica e cidadã. Foi assim com a instituição do Estado Novo, em 1937, que pôs fim aos avanços conquistados na Constituição democrática de 1934. Foi assim em 1964, com o golpe civil-militar que depôs João Goulart e enterrou a Carta de 1946. E é assim agora, com a série de medidas golpistas que buscam sepultar a Constituição de 1988 — incluindo seu artigo 205, que assegura a educação como dever do Estado e direito de cada cidadão — 30 anos após sua promulgação. Os acontecimentos dos últimos dias, com os movimentos atuais e a crise institucional provocada pela política equivocada e entreguista do governo golpista de Michel Temer na Petrobras, apontam para possibilidades sérias e preocupantes de acirramento ainda maior das consequências do golpe. A construção da falácia da suposta quebra da Petrobras, entregue a uma gestão feita por e para rentistas, interessa diretamente à política neoliberal repaginada cujo objetivo é a transformação dos direitos sociais, a educação incluída, em serviços e mercadorias. Lucra o capital financeiro, um dos suportes do golpe. Sofrem os/as trabalhadores/as, estudantes e todo o povo, submetidos não apenas à destruição de um patrimônio nacional imprescindível, que inviabiliza a implementação das políticas educacionais conquistadas após muita luta, nos últimos anos, como o próprio Plano Nacional de Educação (PNE), mas também sob a ameaça concreta de um rompimento democrático ainda mais profundo. A convocação da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), no ano passado, deuse como resposta direta ao autoritarismo que destituiu o Fórum Nacional de Educação (FNE) e descaracterizou a 3ª Conferência Nacional de Educação (Conae/2018) como um espaço democrático de debate. Agora, a realização da Conape só vem a reforçar a importância deste movimento de resistência em via dupla: de um lado, não é possível lutar pela democracia sem lutar pela educação pública, gratuita, laica, inclusiva e de qualidade social, desde a educação infantil até a pós-graduação, fundamental para a construção de outra realidade, mais justa e mais solidária; de outro, qualquer discussão sobre políticas educacionais só faz sentido e só terá efetividade a partir do momento em que se assegurar a restauração do Estado Democrático de Direito e a realização de eleições livres. As entidades que, reunidas em um Comitê Nacional em Defesa da Educação, decidiram romper com o FNE golpista, instalar o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) e propor a Conferência Nacional Popular de Educação, vêm se empenhando, há décadas, em discutir os rumos que possam permitir essa transformação essencial. Assim, foram organizadas as Conferências Brasileiras de Educação (CBEs), nos anos 1980 e início dos 1990, organizados os Congressos Nacionais de Educação (Coneds), a partir da década de 90 do século passado e começo dos 2000, e, posteriormente, a Conferência Nacional de Educação B fortalecimento da educação pública e a regulamentação do ensino privado, compromissos assumidos e detalhados em nosso PLANO DE LUTAS, construído democraticamente e aprovado na Conape 2018. Este espaço é primordial para traçar coletivamente os rumos da resistência, com o combate sem tréguas aos pesados retrocessos que o governo federal tem impingido à educação e às áreas sociais no Brasil. A luta pela educação democrática: desafios a enfrentar A mobilização social em torno da democratização dos direitos, e defesa da educação, tem uma pauta importante de lutas, que hoje ganha centralidade diante da intensificação dos ataques diretos aos serviços públicos e de favorecimento da privatização em todos os níveis e setores e consequente agravamento da conjuntura. Convocamos a população brasileira para juntos lutarmos: 1. pelo Estado Democrático de Direito e a realização de eleições livres e democráticas, contra a intervenção militar; 2. pela apuração dos assassinatos dos defensores de direitos humanos, contra o genocídio da juventude negra, contra toda violência, perseguição política e criminalização dos movimentos sociais; 3. pelo fim do congelamento dos investimentos em áreas sociais, conforme imposto em 2016 pela Emenda Constitucional 95 (EC 95/16), com a sua imediata revogação e a destinação de 10% do PIB e os recursos do Pré-sal para a educação pública; 4. pela defesa do PNE, à luz das deliberações das Conaes de 2010 e 2014, como centro das políticas públicas educacionais; 5. por um FUNDEB robusto e permanente, com creches e 50% de complementação da União; 6. pelo fim do financiamento público para investimentos privados na área da educação e pelo fortalecimento do ensino público; 7. pela regulamentação do ensino privado, sob as mesmas exigências legais aplicadas à escola pública, com a instituição do Sistema Nacional de Educação; 8. pela exigência de qualidade tanto no ensino a distância quanto nos cursos de curta duração, impedindo tentativas de tratar a educação como mercadoria e, também, contra a autorização de todo e qualquer curso de graduação da área da saúde e de formação de professores, ministrado totalmente na modalidade Educação a Distância (EaD); 9. pela garantia da implantação do Piso Salarial Profissional Nacional e de planos de carreira para os/as profissionais da educação das redes pública e privada, com a promoção da necessária valorização dos respectivos profissionais, superando-se as recentes propostas de ‘flexibilização’ dos critérios de seleção na área, bem como os agudos retrocessos que hoje acontecem no setor público e, em especial no setor privado; 10. pela escola democrática e autônoma, como espaço de liberdade e pensamento crítico de profissionais da educação, de famílias, de comunidades escolares e de estudantes e contra organizações e grupos fascistas como ‘Escola Sem Partido’ e suas correlatas ‘Leis da Mordaça”; 11. contra os cortes orçamentários, os contigenciamentos, os bloqueios e o sucateamento das Universidades e Institutos Federais e contra quaisquer ataques do poder político e do poder judiciário em relação à Autonomia Universitária; 12. contra a ‘Base Nacional Comum Curricular’ que exclui temas sociais importantes (como a discussão de gênero e identidade de gênero), homogeniza e engessa o currículo e, ademais, não considerou a opinião de profissionais da educação, de famílias, de comunidades escolares e de estudantes; 13. contra a ‘Reforma do Ensino Médio’, em curso, viabilizadas pela Lei nº 13.415/16 e Portaria MEC nº 727/17, que dificulta o acesso e a permanência de estudantes, torna tecnicista o ensino público, desvaloriza os/as profissionais da educação e promove o avanço privatista sobre a educação básica, além de atentar contra a soberania nacional, ao submeter questões estratégicas como formação docente e currículos à ingerência do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); 14. contra a aprovação de Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, apresentadas pelo governo do Golpe, que determinem a oferta de 40% na carga horária do Ensino Médio e 100% da carga horária da Educação de Jovens e Adultos à distância, bem como que contabilizem as horas de cursos de qualificação profissional e de tempo de trabalho voluntário na carga horária do Ensino Médio e suas modalidades; 15. contra a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, a Terceirização e todos os ataques aos direitos trabalhistas; 16. pelo fortalecimento dos cursos de formação de professores nas instituições/Universidades Públicas, com garantia da autonomia para a elaboração de seus projetos formativos, reafirmando a necessidade de implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada (Resolução CNE CP 02/15); 17. pela continuidade, ampliação e fortalecimento de todas as ações e políticas anteriores a 2016 que digam respeito às especificidades da educação do e no campo, educação quilombola, educação especial em uma perspectiva inclusiva, educação indígena, educação de pessoas em situação de itinerância, educação de jovens, adultos e idosos, educação de pessoas LGBTI e educação nas prisões, com políticas afirmativas que elevem a condição cidadã destes brasileiros e brasileiras historicamente marginalizados e impedidos de exercer seu direito constitucional à educação; 18. pelo fim da interferência do Ministério da Educação no Fórum Nacional de Educação, com a reconstituição de sua composição original; 19. Pela realização da Conape 2022. Resistir e avançar por uma educação democrática, pública, universal, laica, inclusiva, gratuita, democrática, de qualidade social, como direito do/a cidadão/ã e dever do Estado: esse é o compromisso de todas as entidades e de todos/as delegado/as e participantes que organizaram a CONAPE! 
Belo Horizonte - MG, 26 de maio de 2018. 
DELEGADOS E DELEGADAS DA CONAPE2018LULALIVRE! 
#CONAPE2018LULALIVRE! 
#CONAPEMARIELLEPRESENTE! 
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