Um Plano Collor requentado em forno mineiro
O
economista Edmar Bacha, um dos formuladores do PSDB, apontado
como interlocutor credenciado do presidenciável Aécio Neves, resumiu em
debate promovido esta semana pelo jornal Valor, algumas prioridades
tucanas na eventual volta ao poder. São elas: a) retomar a Alca; b)
supressão robusta das tarifas que protegem a indústria local; c) redução
do tamanho do Estado, com desmonte da Previdência, por exemplo; d) fim
das políticas indutoras de industrialização, a exemplo do conteúdo
nacional imposto às encomendas da Petrobrás. O suposto é que isso,
associado a forte desvalorização cambial, injetará eficiência à
indústria brasileira, hoje cambaleante. Faltou dizer quantas unidades
fabris e de emprego sobreviverão a esse Plano Collor de bico longo,
agora requentado em forno mineiro. O importante a reter é a coerência do
PSDB. O partido quer voltar ao poder para terminar o que começou nos
anos 90: o desmonte completo do papel do Estado na agenda do
desenvolvimento. Para fortalecer seus alicerces, trouxe ao Brasil, Vito
Tanzi, ex-FMI, 'amigo' do país desde a crise da dívida, nos anos 80.
Tanzi veio demonstrar, em carne e osso, como a ideologia não muda.
Independente dos vexames de sua prática. E por uma razão muito forte:
por trás das ideias, melhor dizendo, à frente delas, caminham os
interesses. Felizmente há quem discorde deles. E com decibéis
intelectuais suficientes para evidenciar que, subjacente à gororoba do
contracionismo-expansionista, defendida pelos Rogoffs, Tanzis e
similares locais existe um déficit. Não propriamente fiscal. Mas de
coordenação estatal da economia. Quem explica é o professor Luiz Gonzaga
Belluzzo, o interlocutor de Bacha, no debate promovido pelo Valor. Para ler a matéria completa do postada no site cartamaior.com.br, clique aqui.
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