Não digam que não foram avisados
Na quarta-feira de "cinzas" da grande trapalhada bolsonarista, o day after do 7 de setembro - que começou com comemorações, pompa e circunstância nas trincheiras do radicalismo da extrema direita brasileira -, foi dia de chororô, xingamentos e desembarques da canoa que sempre esteve furada.
Os jornalistas compromissados com a verdade e com o país (não apenas com grupos econômicos), intelectuais e até mesmo pessoas com o mínimo de formação e informação política cansaram de alertar a população, familiares e amigos ingênuos sobre as ameaças que Jair Messias Bolsonaro representava para o país. Mas não foram ouvidos. Arrivistas e marinheiros de primeira viagem superlotaram com fervor juvenil a embarcação avariada de um ex-capitão que prometia enfrentar mares bravios e muitas emoções em uma rota suicida espetacular.
Sob todos os aspectos ele cumpre o que prometeu: por um lado, no campo da ação, destroçou o país nas esferas diplomática, econômica e institucional; sem contar o negacionismo que levou quase 600 mil brasileiros à morte na pandemia da covid-19. Por outro lado, no campo do palavrório populista, age como sempre agiu: dorme pensando em algo que possa afirmar de manhã para desmentir à tarde.
Não foi diferente no fatídico 7 de setembro de 2021. Portanto, como dizia o saudoso locutor esportivo, Fiori Gigliotti, "agora, não adianta chorar", todos foram avisados. É patético assistir esses marmanjos soluçando com lágrimas nos olhos, vociferando contra quem sempre seguiu à risca o seu script.
Só acredita em papai noel quem gosta do autoengano.
Quer um conselho? Não mande mais cartas para o bom velhinho. Vá à luta, companheiro!
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