Como enfrentar as fake news
Para o bem e/ou para o mal, os meios de comunicação estão coalhados de fake news. O grande desafio é identificá-las, denunciá-las e evitar sua propagação.
A instantaneidade do digital deixa pouca margem para decodificar, apurar e refletir para depois agir. O estrago de reputações e a disseminação de mentiras, invenções, armações, picaretagens e até mesmo alertas, prevenções infundadas e esperanças falsas, tornaram-se fatos corriqueiros, principalmente nas redes sociais, mas também nos meios de comunicação tradicionais.
Existem plataformas especializadas em confirmar e apontar notícias falsas e aplicativos para ajudar o internauta na análise de fake news, assim como alguns (ainda que poucos) mecanismos para denunciar e excluir esse tipo de postagem nas principais redes sociais. O mais importante, entretanto, é que cada um se reconheça na sua expertise e não fique por aí brincado de comunicador ou jornalista. O mundo já está conturbado o suficiente para que atos impensados, ainda que bem intencionados, tragam ainda mais conflitos e turbulências para esta sociedade em desordem.
Veja, por exemplo, este vídeo, anunciado pelo seu autor como "de utilidade pública familiar" que circula pelas redes sociais (já há algum tempo) alertando a população para os perigos de se deixar medir a temperatura por termômetros infravermelhos apontados para a testa. Tendo em sua abertura a chamada "é melhor prevenir do que remediar", a primeira imagem do vídeo é o desenho de perfil uma cabeça humana, destacando o cérebro e colocando em evidência a glândula pineal.
Embora aqui esteja sendo citado esse vídeo, a informação circulou de forma escrita, como mensagem de áudio e também em outros vídeos, partindo de vários perfis em quase todas as mídias sociais.
No caso específico dessa informação, indico a matéria que Marion Lfévre, da agência de notícias AFP Argentina / Chile, realizou, cujo título é "Medir a temperatura com um termômetro infravermelho não danifica a glândula pineal".
Não espalhe notícias sem checar sua veracidade. Para ler a matéria da AFP, na íntegra clique aqui.
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