domingo, 25 de dezembro de 2011

É NATAL ! ...



Vai chamar-Se Filho do Altíssimo [...] e reinará eternamente


Prudêncio*


Mostra-Te, doce criança,



Trazida ao mundo por mãe tão casta,



Que deu à luz sem ter conhecido homem;



Mostra-Te, Mediador, em ambas as Tuas naturezas.






Ainda que nascido no tempo, da boca do Pai,



Engendrado pela Sua palavra (Lc 1,38),



Já habitavas no seio do Pai (Jo 1,2)



Ó Sabedoria eterna (1Co 1,24).






Tu és a Sabedoria que tudo criou (Pr 8,27),



Os céus, a luz e todas as coisas.



Tu és o Verbo poderoso que fez o universo (Heb 1,3)



Porque o Verbo é Deus (Jo 1,2).






Tendo ordenado o curso dos séculos



E fixado as leis do universo,



Este artesão do mundo, este construtor,



Permaneceu no seio do Pai.






Mas, quando se cumpriu o tempo,



Passados milhões de anos,



Desceste a visitar



Este mundo há muito pecador. [...]






Cristo não suportava a queda



Dos povos que se perdiam;



Não podia aceitar que a obra do Pai



Se dissolvesse em nada.






Revestiu-Se de um corpo mortal



A fim de que a ressurreição da nossa carne



Quebrasse as cadeias da morte



E nos conduzisse ao Pai. [...]






Não sentes, ó nobre Virgem,



Apesar dos dolorosos pressentimentos,



Que esse glorioso nascimento



Faz aumentar o brilho da tua virgindade?






Teu seio puríssimo contém o fruto bendito



Que encherá de alegria toda a criatura.



Por ti nascerá um mundo novo,



Aurora de um dia brilhante como o ouro.



* poeta em Espanha

("Emerge, dulcis pusio", extracto do hino de Natal "Quid est quod artum circulum")

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