MAL ESTAR
Eugênio Magno
Assim que acordei, vi que ela estava meio acabrunhada. Durante quase toda a manhã, ficou pelos cantos. Em alguns momentos eu a vi dormindo. Ou estaria apenas deitada? Não ousei perguntar. Ela não iria, nem poderia responder. Saí e não mais me preocupei com sua apatia. Aquela manhã reclamava muitos afazeres, compromissos e reuniões. Quando cheguei em casa para o almoço, já passava das 13:00 horas. Não a vi ao entrar. Contaram-me que ela ainda não havia almoçado. Enquanto aguardava a mesa ser servida alguém disse que ela não estava passando bem. Teria feito vômito, uma substância amarelada, pastosa, contendo alguns caroços que, olhando de perto, via-se que eram de arroz. Perdi o apetite e ela também. Nossa comida permaneceu intacta. (inédito)
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