quarta-feira, 26 de setembro de 2018

BOLSONARO X HADDAD


Não existem dois extremos

Eugênio Magno


É forçar muito a barra vender para a população brasileira a ideia de que nestas eleições existe uma polarização entre a extrema direita e a extrema esquerda. Nada mais falacioso.
Na verdade, o que temos é a disputa entre um projeto que pretende recuperar conquistas sociais e recolocar a classe trabalhadora entre as prioridades de governo contra uma proposta de ampliação dos cortes das políticas sociais, em nome de uma ordem subjetiva e do capital. De um lado, a extrema direita, representada militarmente, inclusive, por um capitão que tem como vice um general. Do outro lado, um grupo político que já esteve no poder e que, ao longo de 14 anos de governo, jamais adotou qualquer agenda extremista.
 O PT, embora tachado pelas elites como partido radical, se comporta de forma bastante moderada, muito mais próximo da chamada centro esquerda. A escolha, portanto, não é entre dois extremos, mas entre um grupo cuja orientação é claramente radical e um campo democrático – com acento no social – que defende a soberania popular, o funcionamento republicano das instituições e o estado democrático de direito.
É importante que o eleitorado se dê conta do medo que está sendo imposto à população por uma fatia mínima da sociedade que controla a mídia e o capital e é formada pelos setores mais conservadores e atrasados do país.
A sensatez, o equilíbrio e o reposicionamento do Brasil entre os países mais importantes do mundo, assegurando dignidade aos mais pobres e garantias democráticas, não depende de nenhuma terceira via. Até porque essa maluquice de que “o Brasil poderá se tornar uma Venezuela ou Cuba” é uma estupidez. A grande imprensa tem que parar com essa orquestração desafinada e não esconder a real: o maior risco que corremos é de nos tornar uma Argentina, de Macri, se o país cair em mãos erradas e as reformas neoliberais se aprofundarem por aqui.
Recolocar o país nos trilhos do desenvolvimento e avançar nas reformas que garantam à população o direito a ter direitos, regule as relações comerciais, incentive a geração de trabalho e renda e salvaguarde a dignidade da vida humana é dever de Estado e obrigação dos governantes.
Haddad não representa nenhum risco à institucionalidade do país e, dentre os presidenciáveis, é o único com chances reais de fazer parar a força reacionária que semeia o ódio, tem promovido grande estrago nas relações humanas e sociais e pode levar o Brasil do caos às trevas.
Não acredito que pessoas de bem, com um mínimo de informação, cometerão o voto envergonhado, de cidadão acuado, refém do medo. Elas sabem que a pátria pode sangrar e que suas consciências irão gritar.
Diante do quadro eleitoral que se formou, quero crer que as lideranças mais sensatas do país terão lucidez suficiente para contribuir com Fernando Haddad para que ele possa ser bem-sucedido na repactuação da democracia e em seu projeto de retomada do desenvolvimento e crescimento econômico com justiça social.
Apesar do terrorismo de mercado e da ação nefasta das aves agourentas da mídia hegemônica e do reacionarismo da classe política conservadora, o bom senso prevalecerá.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

ESQUERDAS LATINO-AMERICANAS PRECISAM FAZER DEVER DE CASA


PT deveria realizar 'comissão da verdade' 
para examinar seus erros, 
diz Noam Chomsky


Considerado um dos mais importantes linguistas do mundo, o filósofo e ativista de esquerda americano Noam Chomsky afirma que o PT deveria estabelecer "uma espécie de comissão da verdade" para analisar os erros cometidos pelo partido.
"Eles tiveram tremendas oportunidades. Algumas foram usadas em benefício da população, outras foram perdidas. É preciso perguntar por que isso ocorreu, e fazer isso publicamente. E realizar reformas internas que impeçam que aconteça outra vez", considera Chomsky, em entrevista à BBC News Brasil.
Conhecido por seu forte ativismo de esquerda, Chomsky tem saído em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assinou manifesto a favor do petista e participou, na última sexta-feira, em São Paulo, de um seminário organizado por Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores de Lula, na Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.
Para ler na íntegra a matéria de Júlia Dias Carneiro para a BBC, clique aqui.
(Fonte: BBC News Brasil)

TRAGÉDIA DO ENSINO É FABRICADA POR GRUPOS DE INTERESSE


Inventar o fracasso escolar e culpar a escola para impor reformas

(Imagem: GERJ)

Semana passada comentamos em Editorial três tragédias que caíram sobre nós nos últimos dias, trazendo dolorosas perdas para o Brasil e o seu povo: a aprovação, pelo STF, da terceirização irrestrita de todas as etapas do processo produtivo, que produzirá precarização radical do mundo do trabalho; a decisão do Supremo Tribunal Eleitoral, de desacatar tratados internacionais assinados pelo Brasil para cassar direitos políticos de Luiz Inácio Lula da Silva; e a destruição do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, um crime de lesa-pátria contra a memória e a história do Brasil, e da humanidade.
Havia uma quarta tragédia em curso naqueles mesmos dias, essa na Educação Pública. Uma falsa ‘tragédia’, aliás, fabricada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), vinculado ao Ministério da Educação: a invenção de um fracasso escolar na educação brasileira. A decisão de elevar a nota de corte dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB/Prova Brasil), produziu uma avaliação artificial da educação pública, totalmente descolada da realidade.
Veja-se a opinião de um ex-presidente do INEP, José Francisco Soares, professor da UFMG e membro do Conselho Nacional de Educação, dos mais entendidos em avaliação escolar: “as escolhas de pontos de corte que definiram os níveis produziram uma mudança drástica no diagnóstico da realidade educacional brasileira. Experiências consideradas exemplares até 2015 se tornaram fracassos com a nova metodologia. Por exemplo, a cidade de Sobral, que era considerada exemplo nacional, passou a ter apenas 13,4% dos alunos com aprendizado adequado em língua portuguesa, ao invés de 79,8 % em 2015. Na realidade não ocorreu nenhum desastre educacional nos últimos dois anos, mas apenas a introdução de uma forma equivocada de sintetizar os dados da Prova Brasil.”
Sugerimos a leitura de seu texto a respeito, com críticas à metodologia empregada para se chegar aos resultados do SAEB 2017, que mostrariam o tal ‘fracasso’ da escola.
Em síntese, ele defende a necessidade de “usar evidências empíricas em relação aos resultados educacionais (acesso, permanência na escola e aprendizado, assim como indicadores das condições das escolas)”, o que “exige a criação de consensos baseados em análises compartilhadas dos dados”. Não se trata de desconsiderar que “o sistema educacional brasileiro tem sérios problemas no aprendizado de seus estudantes, assim como de condições”, mas ele pondera que “uma mudança abrupta de metodologia não ajuda no debate.”
Concordamos com ele que “o governo federal deveria usar a oportunidade para não só corrigir o diagnóstico apresentado como também para iniciar um processo público de definição dos níveis de referência oficiais para a análise dos dados de aprendizado obtidos pela Prova Brasil.”
A respeito, Luiz Carlos de Freitas, da Unicamp, reconhecido pesquisador em avaliação escolar, escreveu: “O órgão (INEP) se defende dizendo que foi um grupo de especialistas que definiu as novas regras. Mas, de fato, a credibilidade do órgão que já vinha sendo desafiada pelos seus dirigentes, 
acabou. Não se faz uma mudança dessa sem um amplo debate. De fato, as divulgações do INEP sobre esta rodada do SAEB estão marcadas por um claro desejo de promover o caos para justificar apoio às reformas do governo Temer.” Nenhuma novidade, portanto.
Também Andressa Pellanda, coordenadora de políticas educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, recomenda cautela ao considerar os resultados do SAEB, pois não estão sendo consideradas as desigualdades regionais nem as condições de trabalho dos profissionais de educação e das escolas: “A culpa desse resultado acaba injustamente recaindo sobre o estudante que realizou a prova e do professor que ensinou aquele aluno”, pondera, em entrevista ao Portal EPSJV/Fiocruz. E completa: “Nós entendemos que a aprendizagem dos alunos só pode ser avaliada considerando as condições de oferta da educação. Não se pode comparar um aluno que está em zona urbana estruturada, que recebe financiamento para suas escolas, com um aluno que está em área rural, onde o número de profissionais da educação é escasso e os recursos são menores. As condições de partida desses dois são totalmente diferentes.”
Há sempre que perguntar: esse fracasso escolar inventado, a quem pode interessar? Não cabe aqui a ingenuidade. Já sabemos bem a quem serve essa narrativa.
Desqualificar a Educação Pública, seus sujeitos e suas práticas, é projeto já de longa duração de certo pensamento brasileiro, retomado, atualizado e praticado pelo ilegítimo governo Temer. A estratégia é evidente: culpar a escola pelo fracasso e impor as reformas de ensino por ele pretendidas (especialmente a Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Ensino Médio), sem discussão, e que atendem aos interesses daqueles que fazem da educação um grande negócio.
O fracasso não é da escola pública, tampouco de seus sujeitos: ela e eles são vítimas de todo e qualquer governo que não faz da educação pública prioridade política absoluta porque crucial para o desenvolvimento do País. É esse o fracasso a ser combatido.
Felizmente, em registro bem distinto, uma outra tragédia para a Educação foi evitada essa semana, e sobre a qual comentamos recentemente aqui: o Supremo Tribunal Federal decidiu no dia 12 de setembro que é a Escola o lugar de formação acadêmica sistematizada da infância e da juventude, definindo que as famílias não têm direito de ensinar a seus filhos exclusivamente em casa, a chamada educação domiciliar (ou homeschooling). Os juízes, com a triste exceção de Luiz Roberto Barroso, afirmaram ser necessária e obrigatória a frequência de crianças e jovens à escola, lugar de experiência importante para o acesso ao conhecimento sistematizado em ambiente que promova a sociabilidade entre estudantes, e deles com outras gerações. A Constituição, segundo o STF, estabelece que o dever de educar exige cooperação entre Estado e família, mas não dá aos pais o direito de retirar seus filhos da escola para educá-las exclusivamente no espaço privado da casa. Saiu derrotado por 9×1 o Juiz Barroso, que tem se esmerado, por sinal, em obedecer ditames da grande mídia e do empresariado. Importa destacar e comemorar esse placar tão expressivo: a instituição escola restou fortalecida em sua responsabilidade social de formação das pessoas. É esse lugar que precisa ser cada vez mais reconhecido e afirmado, com investimentos públicos que garantam as melhores condições para a realização de boas práticas educativas.
Defender a escola pública do fracasso inventado por um governo fracassado. Afirmar a escola como lugar de formação pública cidadã. Estão aí dois compromissos políticos inarredáveis. Para enfrentar fabricantes de tragédias.
(Fonte: Pensar a Educação em Pauta)

sábado, 15 de setembro de 2018

ANTÔNIO DAS MORTES NO CINEMA FALADO



Glauber radicaliza seu cinema alegórico em 
"O Dragão da maldade contra o Santo Guerreiro"

Como se fosse uma continuação de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", o matador de cangaceiros Antônio das Mortes é contratado para mais uma empreitada pelas elites políticas e econômicas da época de Lampião, mas se converte quando entende que é o povo oprimido que se rebela através do último cangaceiro.
Narrado como um cordel e uma ópera, o filme aprofunda o modo de narrar alegórico do cineasta ao abordar episódios da história do Brasil e, em seguida, do Terceiro Mundo, como se verificou em filmes como "O Leão de Sete Cabeças", filmado na África, "Cabeças Cortadas", feito na Espanha,  e sobretudo "A Idade da Terra".
"O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", filme de 1969 de Glauber Rocha, com Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos e Jofre Soares, é o programa do Cinema Falado, com Geraldo Veloso e convidados, da próxima terça-feira, 18 de setembro,  às 19h30, no MIS Cine Santa Tereza (praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza).


HADDAD E CIRO EMPATADOS


Segundo pesquisa Datafolha, divulgada no último dia 14, teremos Ciro e/ou Haddad contra Bolsonaro no segundo turno


(Foto: poder360.com.br)

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, segue na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto, agora com 26 por cento, apontou pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, que também trouxe o candidato do PT, Fernando Haddad, empatado na segunda posição com 13 por cento.
O levantamento do instituto divulgado na segunda-feira mostrou o candidato do PSL com 24 por cento da preferência do eleitorado.
O candidato do PDT, Ciro Gomes, aparece logo atrás de Bolsonaro, com 13 por cento, mesmo patamar da sondagem de segunda-feira, e empatado com Haddad, que também soma 13 por cento, ante 9 por cento na pesquisa de segunda-feira.
Geraldo Alckmin (PSDB) aparece com 9 por cento, contra 10 por cento na pesquisa anterior, e Marina Silva (Rede) tem 8 por cento, ante 11 por cento.
Assim, Alckmin está tecnicamente empatado com Ciro e Haddad, no limite da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais, e Marina tem empate técnico com o tucano.
Haddad foi anunciado na terça-feira como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa.
Alvaro Dias (Podemos) tem 3 por cento, contra 4 por cento na pesquisa de segunda-feira, enquanto Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) mantiveram os 3 por cento que tinham na pesquisa anterior.
O Datafolha apontou que 13 por cento dos entrevistados declararam voto branco ou nulo e 6 por cento não souberam responder.
De acordo com a pesquisa, Bolsonaro segue como candidato mais rejeitado pelo eleitorado, com 44 por cento de rejeição, ante 43 por cento na pesquisa anterior.
Marina é a segunda mais rejeitada, com 30 por cento, ante 29 por cento, seguida de Haddad, que tem 26 por cento de rejeição, contra 22 por cento na pesquisa de segunda-feira. Alckmin é rejeitado por 25 por cento, contra 24 por cento na sondagem anterior, e Ciro tem 21 por cento de rejeição, contra 20 por cento.
Para continuar lendo a matéria de Eduardo Simões para agência Reuters Brasil, clique aqui.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

SOCORRO! FOGO!!!




Nota do Pensar a Educação, Pensar o Brasil sobre o incêndio 
no Museu Nacional


O Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil (1822/2022), em sintonia e solidariedade com toda a comunidade científica brasileira, lamenta profundamente a tragédia anunciada ocorrida na noite de 02 de setembro de 2018, que levou à destruição do monumental acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, patrimônio histórico do povo brasileiro, construído e organizado por gerações e gerações de pessoas que a ele dedicaram suas vidas, desde sua criação há 200 anos, em 1818.
Perda irreparável para o Brasil, e para o mundo. Mais um crime de lesa-pátria contra a ciência e a educação brasileiras.
Muito da riqueza de nossa história até aqui, e também de nosso futuro como País, se foram no fogo. Fogo ateado pela incúria e pelo descaso do governo federal com as Universidades públicas e seu patrimônio científico e cultural.
Em um País que se encontra em processos de auto-destruição permanente, esse é mais um ato criminoso, que se segue a outros tantos cometidos contra a população e seus direitos.


É já um resultado perverso – e previsto – do congelamento imposto por esse governo ilegítimo a investimentos em áreas fundamentais para o desenvolvimento do País, como são a educação, a cultura, a ciência, a pesquisa e a tecnologia. Por inacreditáveis 20 anos! O que mais sucederá conosco até lá, se essa política de ‘austeridade’ continuar? 200 anos de trabalhos destruídos em quatro horas. As consequências são tantas e tão dolorosas, que se tornam mesmo indizíveis.
Como Projeto que se ocupa da história, do presente e do futuro do país, o PEPB considera essa tragédia um ato criminoso. Já eram do conhecimento do governo federal todas as precárias condições em que se encontrava o Museu Nacional. Sua destruição poderia ter sido evitada. Mas não se importaram com os inúmeros gritos de socorro vindos do Museu. Sequer compareceram às celebrações de seus 200 anos, em junho passado.
O Museu Nacional é da UFRJ. Como todas as universidades federais, ela também teve seu orçamento reduzido nos últimos anos. A verba para o Museu vem caindo desde 2013, chegando a um valor irrisório para este ano. Até “vaquinha” pública estava sendo feita para a população ajudar em sua manutenção. Vergonha nacional.
Agora, cabe perguntar: quantos museus mais precisarão ir à ruína para que se valorize a preservação de nosso passado, condição para a construção de nosso futuro?
A luta pela memória e pela história de nosso povo sofreu um grande golpe, ontem.
Mas, é tempo de reunir forças para seguir adiante, e colocar novamente o Museu Nacional de pé.
Essa luta para trazê-lo de volta é a maior homenagem que podemos prestar àqueles e àquelas que o fizeram ser a maior entidade científica do País.

Pensar a Educação, Pensar o Brasil
Belo Horizonte, 03 de setembro de 2018

(Fonte: Boletim Pensar a Educação em Pauta, Ano 6, Nº 212, 6 de setembro de 2018)

FUTEBOL, POLÍTICA E RELIGIÃO NÃO SE DISCUTE (???)


Se somos sujeitos históricos, conscientes de nosso lugar social, 
essa não é hora de nos calarmos

A alienação que o dito popular "futebol, política e religião não se discute" produz ao longo do tempo é inenarrável. Misturaram esporte competitivo com credo, fé - coisa do transcendente, com o imanente, atividade que em última instância define nossas vidas, em vários aspectos, com o estúpido propósito de nos deixar na escuridão da ignorância. Em tempos de polarização política e ideológica, reproduzo aqui o texto abaixo, que circula nas redes sociais e é atribuído a Luís Fernando Veríssimo.

Não acabo amizade por causa de política


Luís Fernando Veríssimo


Não acabo amizade por causa de política.

Se você concorda que os portugueses não pisaram na África e que os próprios negros enviaram seus irmãos para nos servir, acabo a amizade pelo desconhecimento da História.

Se você concorda que de 170 projetos, apenas 2 aprovados, é o mesmo que 500, acabo a amizade por causa da Matemática.

Se você concorda que o alto índice de mortalidade infantil tem a ver com o número de nascimentos prematuros, acabo a amizade por causa da Ciência.

Se você concorda que é só ter carta branca para que a PM e a Civil matem quem julgarem merecer, acabo a amizade por causa do Direito.

Se você concorda que não há evidências de uso indevido do dinheiro público, mas acha que é mito quem usa apartamento funcional "pra comer gente", acabo a amizade pela Moral.

Se você concorda que Carlos Brilhante Ustra não foi torturador e que merece ter suas práticas exaltadas, acabo a amizade por falta de Caráter.

Se você concorda que o Bolsonaro participou, aos 16 anos, da perseguição ao Lamarca, acabo a amizade por falta de Verossimilhança.

Se você concorda que não temos dívida social com um povo que foi arrancado do seu mundo pra servir a outro e que diferenças de tratamento étnico-racial é historinha, acabo a amizade por Racismo.

Se você concorda que as mulheres devem ganhar menos por gerar vidas e que são frutos de fraquejadas, merecendo serem estupradas ou não, de acordo com a sua aparência, acabo a amizade por Misoginia.

Se você concorda que não há possibilidade das pessoas viverem sua sexualidade livremente, com direitos e deveres como qualquer cidadão ou cidadã, mas que devam apanhar para aprender o que é certo, acabo a amizade por Homofobia.

Como vocês podem ver, não acabo a amizade por causa de política.

Acabo pela ignorância, truculência e pelo desrespeito que acompanha quem diz que não se acaba amizade por causa de política.

O fascismo não se discute, se combate.

(Fonte: Divulgado nas Redes Sociais)

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

CANTORA CHILENA EM MATEUS LEME


Cecília Concha-Laborde 
na Casa de Cultura Cássia Afonso Almeida



A cantora e instrumentista chilena Cecília Concha-Laborde é mais uma atração internacional do Circuito de Música Dércio Marques, o Dandô, que chega neste mês na Casa de Cássia, em Mateus Leme. Ela se apresenta neste sábado, 8 de setembro,  a partir das 17 horas. O Dandô acontece em várias cidades do Brasil, por onde passam artistas de diversas regiões da América Latina, sendo recebidos por artistas locais. Cecília Concha-Laborde será recebida pelo músico mateus-lemense D'Fernandes.
A contribuição mínima custa R$ 10,00 e a Casa de Cássia fica na rua Meyer, 105, bairro Vila Suzana, telefones: (31) 3535-1721 e 99622-1090.

PROGRAMAÇÃO DE SETEMBRO DO CURTA DEGUSTAÇÃO


Cinema na hora de almoço

Às terças-feiras, antes ou depois do almoço, meia hora de filmes de curta-metragem para sua recreação e reflexão. Antigos e modernos, brasileiros e estrangeiros, de ficção, documentários, de animação e experimentais.

11/9/2018 - 13h
Dos Amores que o Vento Levou
Ni Resende. Brasil, 2014, documentário, cor, 19 min.
Três mulheres contam suas histórias de amor e como a vida mudou após a
partida de seus companheiros.
Deus
André Miranda, com Andrade Júnior. Brasil, 2011, ficção, cor, 12 min.
Um frango precisou morrer para entender o sentido da vida.

18/9/2018 - 13h
Praça Walt Disney
Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira. Brasil, 2011, documentário, cor, 22 min.
O cotidiano de uma praça localizada no bairro de Boa Viagem, no Recife.
Dois Pássaros (Two Birds)
Fábio Andrade, com Lucy Kaminsky e Alexandra Viter Arturo.
Brasil/Índia/EUA, 2016, ficção, cor, 8 min.
Após anos sem se verem, duas ex-colegas de quarto passam um dia do inverno
num apartamento em Nova York, que é invadido pelo passado, pelo presente e
pelo mundo exterior.

25/9/2018 - 13h
Pouco Mais de um Mês
André Novais e Arnore Oliveira, com André Novais Oliveira e Elida Silpe.
Brasil, 2013, ficção/documentário, cor, 24 min.
André e Élida namoram há pouco tempo na vida real. Aos poucos, fica
evidente o estranhamento ainda presente na relação dos dois e as
inseguranças e receios típicos do início de um relacionamento.
Le Déserteur (O desertor)
Olivier Coulon, Aude Dauset, Paolo De Lucia, Ludovic Savonnière. França,
2001, anim., cor, 8 min.
Um homem se nega a participar da guerra e prepara seu canário para lhe
trazer as notícias do mundo exterior.

O Curta Degustação é um projeto do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais e do Instituto Humberto Mauro, com apoio do jornal O Tempo, rádio Super, e Contorno Áudio & Vídeo. As sessões de cinema acontecem na Avenida Augusto de Lima, 270 - Centro - Belo Horizonte e a Classificação indicativa é de 14 anos.
Maiores informações pelos telefones:  (31)3237-3497/ (31)99247-6574 / (31)98432-0924 ou pelos e-mails:  cecmg1951@gmail.com e institutohumbertomauro@gmail.com.

sábado, 1 de setembro de 2018

TODO O MUNDO CIVILIZADO COMENTA PERSEGUIÇÃO A LULA


Jornalista Douglas Herbert analisa 
perseguição a Lula: 
"Há uma parte enraizada que quer 
impedi-lo de concorrer"

O comentarista de Relações Internacionais, Douglas Herbert, analisou a perseguição política que Luís Inácio Lula da Silva vem sofrendo no Brasil no Canal France 24. Confira o comentário do jornalista no vídeo abaixo: