sábado, 27 de junho de 2009

O MELHOR DO DOCUMENTÁRIO ETNOGRÁFICO



RETROSPECTIVA JEAN ROUCH
[DE 22 DE JUNHO A 19 DE JULHO DE 2009]

O Cine Humberto Mauro recebe, até o dia 19.07, a Retrospectiva Jean Rouch. A mostra, considerada a maior retrospectiva do cineasta no país, que começou no dia 22 de junho, irá exibir cerca de 77 filmes realizados por Rouch e outros 14 sobre ele, e conta com a curadoria do filósofo e ensaísta de cinema Mateus Araújo Silva, e do antropólogo italiano Andrea Paganini, ambos radicados em Paris. Engenheiro de formação, titulado doutor em etnologia pela Sorbonne em 1953, Jean Rouch filmou em pelo menos uma dezena de países, primordialmente no continente africano. O "antropólogo-cineasta" é tido como uma das principais referências do grupo de intelectuais da Nouvelle Vague e como um dos ícones do cinema documentário moderno. A mostra está estruturada em dois programas diferentes e complementares (A e B): um que organiza sua obra cronologicamente, outro que a trata por uma perspectiva temática.
O projeto foi desenvolvido pela Associação Balafon, conta com a coordenação de Juliana Araújo e faz parte das comemorações do Ano França Brasil.
RETROSPECTIVA JEAN ROUCH: ENTRADA FRANCA COM RETIRADA DE INGRESSOS MEIA HORA ANTES DA SESSÃO. Confira a programação das sessões clicando aqui.

terça-feira, 23 de junho de 2009

BH TERÁ SUA PRIMEIRA ESCOLA DE FÉ, POLÍTICA E CIDADANIA

No último dia 6 de junho, estiveram reunidos, no Instituto Santo Tomás de Aquino, em Belo Horizonte, um grupo de representantes de diversos segmentos sociais, no Seminário Preparatório para a criação da Escola de Fé, Política e Cidadania Oscar Romero, a primeira no gênero em Belo Horizonte.
A iniciativa é dos ex-alunos do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara – CEFEP-DF, residentes em Belo Horizonte, Adriano Ventura, Carlos José, João Paulo Rezende, Maria Aparecida de Jesus e Rodrigo Marzano, mobilizados por Eugênio Magno, também ex-aluno e atualmente assessor do CEFEP-DF, que através de uma aliança com o frei Carmelita, Gilvander Moreira, pároco da Igreja Nossa Senhora do Carmo, fizeram uma primeira reunião em 24 de março deste ano, dia em que se comemorava os 29 anos de martírio de Oscar Romero, bispo de El Salvador. Esta reunião, que contou com a presença de diversas lideranças locais e teve o privilégio de receber o coordenador pedagógico do CEFEP-DF, Antônio Geraldo Aguiar, indicou a necessidade da realização de um seminário preparatório com a participação de representantes de um número maior de representantes dos vários setores da sociedade interessados nessa questão.












Nesta primeira reunião foi criada uma comissão de coordenação, formada por Carlos José, ex-aluno do CEFEP-DF, Dirlene Marques, economista e ativista do FSMMG Eugênio Magno, comunicólogo, ex-aluno e assessor do CEFEP-DF, frei Gilvander Moreira, pároco da igreja do Carmo e assessor da CPT, Rodrigo Castelo, relações públicas e ativista de confissão Batista e Rodrigo Marzano, ex-aluno do CEFEP-DF e assessor parlamentar. A partir das propostas surgidas nessa primeira reunião a comissão passou a se reunir com regularidade, tanto de forma presencial, como virtualmente, para organizar o seminário preparatório. Foram convidadas cerca de 90 pessoas entre as quais, lideranças da Igreja Católica e outras igrejas cristãs, conselhos ecumênicos, partidos políticos, CEFEP-DF, pastorais, movimentos sociais e órgãos ligados à Arquidiocese de Belo Horizonte. Ao seminário, compareceram 36 pessoas, entre eles, políticos, com e sem mandato, educadores, comunicólogos, padres, pastores, agentes de pastorais, economistas, assessores parlamentares, sindicalistas, representantes de partidos políticos e movimentos sociais, além de leigos representantes de órgãos ligados à Arquidiocese de Belo Horizonte, como o Vicariato para a Ação Social Política e o NESP: Núcleo de Estudos Sócio-Políticos da PUC-MG / Arquidiocese de BH. Este último, um dos apoiadores do evento, juntamente com a Editora Paulinas, a Mixpel Rede de Papelarias e o ISTA.



Na abertura do seminário, às 08:45 hs, o frei Gilvander Moreira conduziu uma mística onde abordou situações de desrespeito aos direitos humanos, trabalho escravo e depredação do meio ambiente. Ele concluiu a mística de abertura evocando a memória do patrono e inspirador da escola, Dom Oscar Romero, arcebispo de San Salvador, através de apresentação audiovisual, que contou com a interação dos presentes.










A palestra de abertura do painel introdutório ficou a cargo do membro da comissão de coordenação e organização do seminário, Carlos José dos Santos que apresentou uma conceituação de Fé e Política, ancorada em textos bíblicos, encíclicas papais e na Doutrina Social da Igreja.
Na seqüência, Frederico Santana Rick, Economista, militante das Assembléias Populares e representante da Cáritas, fez uma exposição sobre conjuntura política e econômica. E finalizou com uma proposta sintetizada em 05 (cinco) pontos que chamou de “’desafios’ centrais para a escola, e que podem se constituir como diretrizes”.













Maria Aparecida de Jesus, ex-aluna do CEFEP-DF e chefe de Gabinete do deputado estadual Durval Ângelo fez uma breve análise de conjuntura a partir da via institucional, com um olhar dos partidos políticos e do PT, em particular, na condição de Governo: situação.
Eugênio Magno, ex-aluno, atual assessor do CEFEP-DF e membro da comissão de coordenação e organização do seminário, fechou o painel introdutório apresentando o histórico e o perfil do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara – CEFEP-DF, instituição inspiradora da Escola de Fé, Política e Cidadania Oscar Romero e fez um relato de toda a trajetória da iniciativa de criação da Escola, desde o fim do curso do CEFEP, até aquele momento. Magno apresentou a proposta do seminário preparatório, fez uma exposição sobre um ideal normativo para a escola, ancorado em ética, linguagem e democracia, apresentou uma proposta de temas para formação da grade curricular e alguns princípios norteadores para a escola.

No segundo painel, o ex-deputado federal, Sérgio Miranda deu o ponta-pé inicial para a problematização, traçando perspectivas sobre o que deveria ser e o que não deveria ser a escola, destacando o atual momento histórico de mudança de paradigma. Segundo ele temos a tendência de olhar o mundo somente a partir do que está à nossa volta e esse comportamento nos afasta de um maior aprofundamento, em razão de ficarmos apenas na superficialidade, que é consequência da subjetividade do nosso individualismo. Falou que precisamos criar um curso que seja pensado e realizado de dentro da política e não apenas com uma visão da política enquanto objeto de estudo e, portanto, distanciada da realidade vivida. Destacou que as coisas vão ser e devem ser diferentes e que estamos vivendo a queda do mito da globalização e o início de um novo ciclo, que representa a derrocada de toda uma forma de pensar e realizar as coisas.
Continuando a problematização, o professor José Luiz de Magalhães fez uma espécie de síntese de tudo que foi dito e chamou a atenção para questões importantes que não haviam sido colocadas nas exposições anteriores. Ele destacou o que pode ser chamado de a nova cultura “solidária”, onde existe uma maior aproximação das pessoas e dos povos: gêneros, nacionalidades e etnias, compartilhando e trocando experiências. Falou sobre a necessidade de conhecermos mais e melhor sobre os Estados Plurinacionais, sobre a Teoria do Estado (a Teoria da Construção do Estado) e reiterou de forma mais aprofundada a questão levantada por Eugênio Magno sobre linguagem e matrizes simbólicas, salientando a necessidade de se investigar o encobrimento da ideologia por meio do simbólico, a partir do olhar da psicanálise.
Depois de um breve intervalo para almoço, os grupos temáticos discutiram os seguintes temas: Leitura da relação Fé e Política na Bíblia; Ensino Social da Igreja: princípios básicos; Espiritualidade, Ética e Democracia; Economia Política: história do pensamento econômico, dinâmica do capitalismo; História da formação social, política, econômica e cultural do Brasil; Propostas para a construção do novo no Brasil: a proposta dos movimentos sociais e dos partidos políticos; A Constituição de 1988; Cidadania e direitos humanos, nos últimos 50 anos e a contribuição da Igreja neste processo; Comunicação, Linguagem, Cultura e Política. O trabalho comum a todos os grupos foi: Como trabalhar estes temas como conteúdos dos cursos da escola e quais outros temas devem ser contemplados? Desenvolver uma Proposta para viabilização, subvenção e manutenção da escola; Escolher dois representantes do grupo temático (um para integrar o Comitê Gestor e outro para o Conselho Educacional da Escola).
Após um tempo de discussão entre os grupos, estes voltaram à plenária para apresentarem suas proposições. Nesta exposição, os grupos ressaltaram a importância da escola se orientar pelo ecumenismo, mas ancorada pelas propostas de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida”. “Eu vim para os pobres”. A partir dessa ótica, não perder de vista que a práxis de Jesus carregava uma conotação política e, com isto, trazer a Bíblia para mais próximo da nossa realidade, aproveitando as várias metodologias existentes, como uma leitura popular desta, a exemplo do que faz as CEB’S. Outra forma de se trabalhar os conteúdos bíblicos sugerida foi através da reconstrução dos fatos políticos bíblicos, retratando como foi construída a história política do povo na Sagrada Escritura. Os grupos identificaram a necessidade de se trabalhar estes temas com o propósito de capacitar o cristão para identificar e fortalecer as ações que realmente são transformadoras.
Os grupos destacaram também a necessidade da escola atuar de forma ecumênica, Insistindo em um espaço de formação que seja múltiplo, diverso. Tanto em sua estruturação como no conteúdo de seus cursos, disciplinas e pedagogia de ensino, atendendo assim às várias demandas da população no que diz respeito a modalidades de temas, formatos e horários. Formar indivíduos para viver coletivamente de forma solidária, respeitando a diversidade. Adotar uma metodologia de ensino diferenciada que inclua artes, passeios e reflexões que permitam interações e trocas mais participativas e solidárias, fugindo do modelo educacional tradicional e tendo em vista uma pedagogia de busca pela autonomia que ensina ao aluno a pensar e descobrir o conhecimento de forma livre e crítica. Ter um espaço físico de referência, uma sede fixa, mas também cursos itinerantes. Considerar as demandas dos diversos movimentos sociais, inclusive na busca de parcerias para a realização de atividades conjuntas e a troca de experiências. Elaborar projetos para conseguir recursos, sem, todavia, perder o horizonte de ser auto-sustentável através de colaborações militantes e voluntárias. Buscar parcerias com entidades, que poderão ter como contrapartida vagas nos cursos. Não buscar fontes de financiamento e subvenção que nos “amarrem” e não se constituir como correia de transmissão de nenhum grupo, instituição e/ou interesse político, religioso ou econômico. Criar uma “Associação de Amigos da Escola”, que poderão contribuir para a manutenção da escola.
Dando continuidade aos encaminhamentos das proposições, os grupos apresentaram o resultado de suas eleições para escolha dos respectivos representantes para os conselhos: Gestor e Educacional. Para o Conselho Gestor foram eleitos João Paulo, Frederico Santana, Alexandre Braga e Maria Solene, e para o Conselho Educacional, Adilson Drummont, Maria da Consolação e Pastor Lúcio. Houve também um processo de votação com opções para mudar a Comissão de Coordenação (provisória), retirar e/ou acrescentar novos nomes à mesma. A plenária, entretanto votou pela manutenção e permanência da comissão que agora será permanente e permanecerá com sua formação original que é a seguinte: Carlos José, Dirlene Marques, Eugênio Magno, Frei Gilvander Moreira, Rodrigo Castelo e Rodrigo Marzano.








O frei Gilvander Moreira manifestou sua satisfação com os resultados que o seminário apontava e fez uma síntese das proposições do grupo, acentuando e acrescentando os pontos que julgou mais importantes segundo sua visão, como: a necessidade da escola adotar uma pedagogia de busca de autonomia, com linguagem a partir dos pequenos; que o funcionamento da escola seja a partir dos nossos próprios pés. Não buscar fontes que nos “amarrem”. Primeiro consolidar a Escola, depois buscar parceiros. Buscar “assuntos” de interesse público, tendo em vista a demanda dos movimentos populares. Oferecer diferentes tipos de cursos, oficinas e seminários (livres, com tópicos especiais), em diferentes horários (tarde, final de semana). Que a escola seja ecumênica, mutante, múltipla, e que envolva as artes em sua metodologia. Temos que trabalhar o Ensino social cristão: católico, mas também o evangélico, etc. Embora a escola tenha um ideal ecumênico, é necessário consolidar os laços com apoiadores tais como NESP, CNBB, Vicariato, Arquidiocese de Belo Horizonte, CONIC e as representações das outras Igrejas e matrizes religiosas. Focar a ética e a espiritualidade, numa perspectiva comunitária, e não individualista. Estudar a luz bíblica e valorizar a religiosidade popular. “Estou sentindo que uma criança está sendo gerada de forma saudável, rica e diversa”, disse Frei Gilvander. Ele encerrou sua participação no seminário elogiando a riqueza de se ter entre os membros da comissão de coordenação e conselhos, competências e representações tão significativas, diversas e complementares, uma atitude louvável para a consolidação de uma Escola no formato que se pretende.
Foi agendada uma reunião para o dia 20 de junho, às 10h, na igreja do Carmo, bairro Sion. Telefone: 3221-3055, da qual deverão participar a comissão de coordenação e os conselhos gestor e educacional e na seqüência, cada um dos presentes, fez uso da palavra, para fazerem as suas considerações finais.
Consolidando a proposta ecumênica da escola, a mística de encerramento, ficou sob a responsabilidade do pastor Lúcio Mendonça, da igreja Metodista, que depois de conduzir um canto, fazer uma leitura e propor a partilha da passagem bíblica escolhida, fez uma analogia entre a época de Moisés e o momento de crise atual, dizendo: “Há momentos da nossa vida que temos que perceber que nós não damos conta por nós mesmos e só conseguiremos alcançar nosso objetivo pelo poder de Deus”, disse. “Diga ao povo de Israel que marche”. “Este é o momento que nós também precisamos marchar para alcançar a vitória”, finalizou o pastor Lúcio.

Nos instantes finais, Eugênio Magno relembrou o que disse no início do dia: que era para todos os presentes se sentirem como pais e mães, fecundando um grande útero para gestar a escola. Com estas palavras e a entrega dos certificados numa dinâmica de confraternização e despedida foi encerrado o encontro, por volta de 17:50 hs num clima de alegria fraterna e com um sentimento de que algo novo estava nascendo.
Na reunião do dia 20 de junho, realizada nas dependências da Igreja do Carmo, a Comissão de Coordenação, juntamente com os conselhos Gestor e Educacional fizeram uma avaliação do seminário, desde o processo de organização até a sua realização e definiram algumas ações necessárias para o encaminhamento do que foi proposto no seminário.
O grupo reunido reiterou o compromisso de ser fiel às proposições tiradas do seminário preparatório e manifestou a necessidade de buscar o apoio da Arquidiocese de Belo Horizonte para a criação da escola, oferecendo a esta um ou dois acentos nas comissões já existentes, com poder de voto igual a cada um dos demais que já integram os conselhos gestor e educacional, que trabalharão alinhados com as orientações da Comissão de Coordenação. Esta parceria com a Arquidiocese de Belo Horizonte deverá se estender também para outras Igrejas e matrizes religiosas, formando um conselho ecumênico do ponto de vista religioso e pluralista, do ponto de vista político e ideológico. Ficou acertado que o frei Gilvander Moreira irá agendar reunião com dom Walmor e/ou dom Joaquim Mol, com a participação de todos os integrantes da Comissão Coordenadora e os conselhos gestor e educacional, para acertar a parceria. Já ficou agendada uma próxima reunião da escola, para o dia 15 de julho.










sexta-feira, 19 de junho de 2009

O DECLÍNIO DA IGUALDADE

Em artigo intitulado Socialismo: a igualdade em declínio, para o jornal La Repubblica, de 16.06.09, Massimo L. Salvadori, autor de livros como A História do marxismo, volume 7, Editora Paz e Terra, Breve Historia del Siglo XX, Editora Alianza, Gramsci e il problema storico della democrazia e L' utopia caduta: storia del pensiero comunista da Lenin a Gorbaciov, pergunta: "chegou a hora hoje de dar o adeus definitivo ao socialismo ou já estamos no "pós-socialismo"? (O artigo foi publicado no IHU Instituto Humanitas Unisinos e a tradução é de Moisés Sbardelotto)
Aqui está o texto na íntegra:

Socialismo: a igualdade em declínio
Massimo L. Salvadori

"Acredito que, para buscar entender m que ponto estamos com relação ao socialismo, é preciso, sobretudo, enfrentar o tema com a prudência necessária. O século XIX e também o início do novo século é toda uma celebração – por parte das forças políticas e das correntes ideológicas que, em um certo momento, se consideraram no comando da História – de funerais daquelas forças consideradas definitivamente expulsas.
Quando vitorioso, o comunismo proclamou mortos o socialismo reformista, a democracia burguesa, o fascismo. O fascismo vitorioso fez o mesmo com o socialismo de todas as correntes, com o comunismo, o liberalismo, o pluralismo político e institucional. O conservadorismo neoliberal, gravemente morto, cantou o De Profundis ao keynesianismo e à social-democracia.
Chegou a hora, hoje, de dar o adeus definitivo ao socialismo, seja tanto democrático quanto reformista, ou estamos repentinamente no "pós-socialismo"? A interrogação é mais do que nunca séria e motivada.
A social-democracia nas suas diversas variantes navega em águas decididamente ruins. Quem afirma isso é o seu absurdo e estupefaciente silêncio político, cultural, programático, frente à crise econômica que estourou no outono de 2008. Quem afirma isso é o estado dos partidos da família, uns em uma ânsia mais ou menos forte, outros destruídos. E quem afirma isso são os resultados muito frustrantes nas eleições para o Parlamento europeu. Tudo isso está pondo a questão: o socialismo está sobrevivendo a si mesmo de forma a induzir que se pense que ele esteja próximo a encerrar a sua história?
Eu, de minha parte, ao responder, considero que se pode pensar assim. O socialismo, enquanto movimento que incluiu, na sua longa história, várias correntes – os chamados utopistas e os chamados realistas, os radicais e os moderados, os revolucionários e os reformistas, os estatais e os antiestatais – foi, ao mesmo tempo, duas coisas: de um lado, uma grave reação às desigualdades entre os homens e um projeto de total ou de maior igualdade; de outro, a elaboração de programas, a indicação de meios até antitéticos entre si para alcançar, de maneira mais ou menos integral, o fim.
A variável mais extrema do socialismo, o comunismo, encerrou a sua história em 1989, com a falência da coletivização em um quadro de estatalismo totalitário. A social-democracia se encontra, atualmente, acertando as contas com o fim do ciclo que, nos séculos XVIII-XIX, havia visto os seus relativos porém importantes sucessos, os quais apoiavam-se em uma realidade das relações econômicas, sociais, políticas e institucionais que está em curso de rápido término. Isto é, o fato de ter como fundamento a grande fábrica e como bases de referência um exército de proletários da indústria e fortes sindicatos, o fato de ser capaz de manter organizações de partido capilarmente distribuídas no território com uma alta taxa de participação ativa dos inscritos, o fato de agir no quadro de Estados nacionais soberanos em uma época de crescente intervencionismo público. Fatores esses, justamente, mais do que em transformação, em via de dissolução.
O ano de 1989 marcou o início do pós-comunismo. O tempo presente indica que estamos também no pós-socialismo do século XVIII-XIX. O mundo das desigualdades com todas as suas consequências e implicações, mais do que nunca, porém, está vivo e, por isso, é preciso desfazer o nó do fato de se um socialismo renovado é capaz de continuar sendo um sujeito capaz de conduzir, em primeira pessoa, a luta ideal e prática contra elas, ou, pelo contrário, se o pós-socialismo do século XVIII-XIX significa pós-socialismo sem adjetivos."

A NATUREZA MORA AO LADO ("e quem não é tolo pode ver")

Muito perto da metrópole, na cidade de Lagoa Santa, distante apenas 34 km de Belo Horizonte, podemos assistir a um bonito espetáculo da natureza: o convívio social de uma família de belas e dóceis capivaras.







segunda-feira, 15 de junho de 2009

CARTA USA NOMES DE CIDADES DE MINAS

Tem uma série de coisas, se não boas, pelo menos interessantes, circulando pela internet. A grande maioria sem identificar a autoria. A carta abaixo é uma delas. Confira:
"CIDADES MINEIRAS"
(nomes das cidades mineiras em forma de carta)

"Prezado amigo TEÓFILO OTONI.
Nesta VIÇOSA manhã de primavera, de onde se contempla um BELO HORIZONTE, um CAMPO BELO e MONTES CLAROS, e, ainda, neste ambiente FORMOSO de nossa terra, quando se pode contemplar também, pela madrugada, a ESTRELA DALVA, escrevo-lhe para colocá-lo a par dos últimos acontecimentos.
No âmbito familiar, a nossa prima LEOPOLDINA, ESPERA FELIZ dar à LUZ a seu primeiro filho que, se for homem, se chamará ASTOLFO DUTRA e JANUÁRIA, se mulher. Para cuidar do rebento, ela contará com abnegação da sua governanta MOEMA. Mas, enquanto ela aguarda seu bebê, lava roupa tranqüilamente nas BICAS existentes em um RIO NOVO, afluente do RIO ACIMA, que passa pelas terras de DONA EUZÉBIA, naquele LARANJAL, perto da CAPELA NOVA, onde, na hora do RECREIO, a meninada sobe na PONTE NOVA, para pescar LAMBARI e PIAU e soltar PAPAGAIOS.
A prima NATÉRCIA comprou uma casa na rua ANTONIO DIAS, perto da casa do ANTÔNIO CARLOS. Você já sabia? Orou a Jesus de NAZARENO em agradecimento, ajoelhada aos pés da SANTA CRUZ DO ESCALVADO no alto do MONTE SIÃO, que fica lá para as bandas da GALILEIA, às margens do MAR DE ESPANHA.
Lembra-se daquelas pedras da tia MARIA DA CRUZ que você queria comprar? Ela resolveu vendê-las, menos a PEDRA AZUL, porque ela diz ser a mais bonita e valiosa.
Quanto aos aspectos sociais e religiosos, temos novidades.
Na próxima semana, o CÔNEGO MARINHO, da diocese de VOLTA GRANDE, vai fazer a Festa de SÃO TOMAS DE AQUINO. Se você quiser aparecer será um grande prazer. A nossa prima VIRGINIA é quem será a responsável pelo evento. Vai ter missa celebrada pelo reverendo local, CÔNEGO JOÃO PIO, em honra ao Santíssimo SACRAMENTO. De manhã, o bispo DOM SILVÉRIO irá crismar as crianças.
Depois haverá um show com o Agnaldo TIMOTEO e também com as TRÊS MARIAS. Em seguida, a Banda Musical SANTA BÁRBARA, sob a regência do maestro BUENO BRANDÃO, executará o GUARANI, de Carlos Gomes. Depois o Barão de COROMANDEL fará a saudação ao aniversariante. A festa era para ser no mês que vem, mas todas as datas do cantor estavam preenchidas. As primas SERICITA e AZURITA vão fazer a comida. Como prato principal teremos PERDIGÃO e PERDIZES à milanesa e PATOS DE MINAS ao molho pardo. De sobremesa teremos compota de MANGA, tendo sido escolhida a UBÁ, por ser mais saborosa, pêssego em CALDAS e, ainda, licor de PEQUI.
À noite, haverá um baile no OLIVEIRA Country Clube, ao som da orquestra do maestro MATIPÓ, tendo como principais solistas os renomados músicos IBIRACI ao saxofone e NEPOMUCENO ao trompete. Será uma boa ocasião para os convidados exercitarem os seus PASSOS ao ritmo de boleros e rumbas.
Mudando de assunto, na fazenda, fizemos algumas reformas.
O CURRAL DE DENTRO estava com o telhado estragado, com problemas no madeirame e tivemos que trocar as vigas. Desta vez colocamos CANDEIAS, por ser madeira de muita durabilidade, todas compradas do CORONEL XAVIER CHAVES. Com a sobra da madeira ainda reformei a PORTEIRINHA que dá entrada para o quintal. Estou também reformando a CAPELINHA de SENHORA DE OLIVEIRA, para comemorar o aniversário de LIMA DUARTE. Na festa estarão presentes o CORONEL MURTA, o PRESIDENTE WENCESLAU, o JOÃO MONLEVADE, o CORONEL FABRICIANO, o CAPITÃO ENÉAS, o BARÃO DE COCAIS, o Barão de BARBACENA, e várias outras personalidades. Dizem que até o TIRADENTES pretende comparecer. Mas ele ficou meio aborrecido, porque queria que a festa fosse em SÃO JOÃO DEL REI. Só não poderá comparecer o VISCONDE DO RIO BRANCO porque ele está em CAMPANHA política. Iremos cobrar um valor simbólico como entrada, para reverter em benefício dos desabrigados da chuva, mas apenas uma MOEDA de PRATA.
Vou lhe dar outra grande notícia.
Perto do ENGENHO NOVO, naqueles barrancos cheios de FORMIGA, um empregado nosso descobriu MINAS NOVAS de OURO BRANCO, OURO PRETO, ESMERALDAS e TOPAZIO, portanto será uma NOVA ERA e uma BOA ESPERANÇA para todos nós. Infelizmente, por causa dessa riqueza, a violência já começou a aparecer na região. Um homem de TRÊS CORAÇÕES foi morto por um garimpeiro, usando uma faca de TRÊS PONTAS, porque ele havia descoberto uma enorme TURMALINA e também uma pedra de RUBIM, de menor tamanho, mas muito valiosa.
Na área do desenvolvimento, a dona CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, proprietária da usina açucareira de URUCÂNIA, quer aumentar a fábrica e incrementar a produção de açúcar, mas para isso precisará de mais energia elétrica. Assim, tem um projeto de construir uma usina hidroelétrica aproveitando as quedas dágua da CACHOEIRA DO CAMPO, formada pelo rio PIRANGA, mas o senhor RESENDE COSTA, que é o chefe do IBAMA na região, quer embargar a obra, alegando impacto ambiental.
Falarei agora da nossa justiça.
Chegou um JUIZ DE FORA, chamado EWBANK DA CÂMARA, para ocupar o lugar de BIAS FORTES, que terminou o seu mandato. Mas o CONSELHEIRO LAFAYETE, acompanhado de RAUL SOARES, pediu ao GOVERNADOR VALADARES para interceder junto ao PRESIDENTE BERNARDES para efetivar naquele cargo o SENADOR FIRMINO, que muito fez por nós. Ele foi DESCOBERTO ainda novo, tanto que sequer usava sapatos, usava ALPERCATAS, quando estava na companhia do CORONEL PACHECO, na famosa LAGOA DA PRATA, depois daquela GOIABEIRA e daquela árvore de JANAÚBA da fazenda POUSO ALEGRE, onde tem aquela VARGINHA, às margens do RIBEIRÃO VERMELHO.
Ele se tornou um homem sério e honesto, sendo de muito valor para a nossa causa.
Quanto à lagoa a que me referi, dizem que ela contém ÁGUA BOA, tanto que o Aleijadinho teria se curado dos seus males tomando banho nela, por isso passou a ser chamada de LAGOA SANTA. Dizem que um cego também lavou os olhos naquelas águas e voltou a enxergar, mas ele atribuiu esse milagre a SANTA LUZIA.
Outro dia encontrei o BETIM, a MARIA DA FÉ e a ALMENARA nadando nas ÁGUAS FORMOSAS da LAGOA DOURADA, e lhe mandaram lembranças. A lagoa fica nas terras de PEDRO LEOPOLDO, onde ainda tem mais SETE LAGOAS.
Avisam que estarão viajando para ALÉM PARAÍBA no próximo feriado de SANTOS DUMONT.
Também lhe mandam um grande abraço o DIOGO VASCONCELOS e o JACINTO.
Agora, vou lhe contar as fofocas.
O FRANCISCO SÁ teve um desentendimento com o JOÃO PINHEIRO por causa daquela LAJINHA que faz o SALTO DA DIVISA das terras dos dois fazendeiros com as terras da MARIANA, às margens do Rio PARACATU, porque dizem que ali tem muita MALACACHETA.
A coisa andou quente. Um deles, não sei qual, queria agredir o outro com um MACHADO. Ainda bem que o coronel MATEUS LEME chegou na hora e evitou o PATROCÍNIO de uma morte desnecessária, e, ainda, promoveu uma NOVA UNIÃO dos dois.
Os índios AIMORÉS tentaram invadir a reserva dos índios MAXACALIS, armados de ARCOS e flechas, por causa daquela reserva de JEQUITIBÁ existente no PÂNTANO DE SANTA CRUZ, mas, felizmente, foram contidos pelas tropas da Polícia FLORESTAL comandadas pelo MAJOR EZEQUIEL, evitando um massacre sem precedentes. Os presos foram levados para o QUARTEL GERAL.
E tem mais.
O ELOI MENDES me contou, confidencialmente, que o Dr. CARLOS CHAGAS está de caso com a CONCEIÇÃO DAS ALAGOAS. A CÁSSIA, que é muito linguaruda, contou para a mulher dele, dona CRISTINA, que, imediatamente queria a separação e iria mudar-se para DIAMANTINA. Mas a dona MERCÊS, que é muito benquista por todos, conseguiu convencê-la a não tomar essa medida EXTREMA, e lhe propôs que aguardasse a chegada do seu primo, MARTINHO CAMPOS, que é um homem de mãos de FERROS, para ouvir o seu conselho. Ele achou que seria uma missão muito ESPINOSA, mas, ainda assim, aceitou o desafio. Sendo ele também um homem ponderado, sugeriu ao marido que pedisse PERDÕES à sua esposa, na presença do PADRE PARAÍSO, e assim foi feito e tudo teve um BONFIM.
Depois desta CONTAGEM dos fatos, damos graças a SENHORA DOS REMÉDIOS, SANTO ANTÔNIO DO AMPARO, SANTO ANTÔNIO DO GRAMA e SÃO TIAGO, que têm sempre protegido a nossa família, para que nossas lutas tenham sempre um BOM SUCESSO.
Terminando, receba um forte abraço do seu primo,
MATIAS BARBOSA."

quinta-feira, 11 de junho de 2009

"FRASE DO ANO"

Em um concurso realizado num congresso sobre vida sustentável, a frase abaixo foi a vencedora:


"Todo mundo 'pensando' em deixar
um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que 'pensarão' em deixar
filhos melhores para o nosso planeta?"
Infelizmente o autor da frase não foi possível de ser identificado. Caso alguém saiba, favor informar.

ADEUS, GM

Michael Moore
cineasta e escritor

"Escrevi isso na manhã do fim da antes poderosa General Motors. Por volta do meio-dia, o presidente dos Estados Unidos tornaria oficial: a GM, tal como a conhecemos, teve perda total.
Enquanto estou aqui sentado no berço da GM, em Flint, Estado de Michigan, estou cercado de amigos e famílias cheios de ansiedade pelo que acontecerá com eles e com sua cidade. Quarenta por cento das casas e negócios da cidade foram abandonados. Imaginem como seria viver numa cidade em que quase metade das casas está vazia. Qual seria seu estado de espírito? É uma triste ironia que a companhia que inventou a "obsolescência planejada" - a decisão de construir carros que se desmantelariam após alguns anos para que o consumidor tivesse de comprar um novo - agora se tornou obsoleta.
Ela se recusou a fabricar automóveis que o público queria, carros mais econômicos, que fossem tão seguros quando poderiam, e fossem expressivamente confortáveis de dirigir. Oh... e que não começariam a se desmanchar depois de dois anos. A GM teimosamente combateu regulamentos ambientais de segurança. Seus executivos arrogantemente ignoraram os carros japoneses e alemães "inferiores", carros que se tornariam o padrão ouro para compradores de automóveis. E ela foi determinada em punir sua força de trabalho sindicalizada, cortando milhares de empregos por nenhuma boa razão além de "melhorar" os resultados financeiros de curto prazo da corporação.
A partir dos anos 80, quando a GM registrou lucros recordes, ela deslocou incontáveis empregos para o México e outros lugares, destruindo assim as vidas de dezenas de milhares de americanos que trabalhavam duro. A flagrante estupidez dessa política foi que, quando eles eliminaram a renda de tantas famílias de classe média, quem vocês acham que seria capaz de comprar seus carros? A história registrará essa trapalhada da mesma maneira como escreve hoje sobre a construção francesa da Linha Maginot ou de como os romanos envenenaram inadvertidamente seu próprio sistema de água com chumbo letal em seus canos.
Então, aqui estamos ao pé do leito de morte da GM. O corpo da companhia ainda não esfriou, e eu me vejo cheio de - ousaria dizê-lo - alegria. Não é a alegria da vingança contra uma corporação que arruinou minha cidade natal e trouxe miséria, divórcio, alcoolismo, sem-teto, debilitação física e mental, e vício em drogas para as pessoas com as quais cresci. Eu não tenho, obviamente, nenhuma alegria em saber que mais 21 mil trabalhadores da GM serão informados de que também eles estão sem trabalho.
Mas os Estados Unidos agora possuem uma empresa automobilística! Eu sei, eu sei... quem, na terra, quer gerir uma montadora de carros? Quem de nós quer 50 bilhões de nossos dólares atirados no buraco sem fundo para tentar ainda salvar a GM? Salvar a nossa preciosa infraestrutura industrial, porém, é outra questão e deve ser uma alta prioridade. Se permitirmos o fechamento e desmantelamento de nossas plantas automotivas, nós dolorosamente desejaremos ainda as possuir quando percebermos que essas fábricas poderiam ter construído os sistemas de energia alternativa de que hoje desesperadamente precisamos. E quando percebermos que a melhor maneira de nos fazer transportar é em trens-bala e de superfície e ônibus mais limpos, como faremos isso se tivermos permitido que nossa capacidade industrial e sua força de trabalho especializada desapareçam?
Tal como fez o presidente Roosevelt após o ataque a Pearl Harbor, o presidente Obama precisa dizer à nação que estamos em guerra e precisamos imediatamente converter nossas fábricas de automóveis em fábricas que produzam veículos de transporte de massa e dispositivos de energia alternativa. Em poucos meses de 1942, em Flint, a GM paralisou toda a produção de carros e usou imediatamente as linhas de montagem para construir aviões, tanques e metralhadoras. A conversão não tomou nenhum tempo. Todos se empenharam. Os fascistas foram destruídos.
Estamos agora num tipo diferente de guerra - uma guerra que foi conduzida contra os ecossistemas e foi movida por nossos líderes corporativos. Essa guerra atual tem duas frentes. Uma tem seu quartel-general em Detroit. Os produtos construídos nas fábricas de GM, Ford e Chrysler estão entre as maiores armas de destruição em massa responsáveis pelo aquecimento global e o derretimento de nossas calotas polares. As coisas a que chamamos "carros" podiam ser divertidas de guiar, mas são como um milhão de adagas no coração da mãe natureza".
Persistir na sua fabricação só levará à ruína de nossa espécie e de boa parte do planeta.
A outra frente nessa guerra está sendo travada pelas companhias de petróleo contra você e eu. Elas estão empenhadas em nos depenar sempre que puderem, e têm sido as gerentes implacáveis da quantidade finita de petróleo que está localizado sob a superfície da terra. Elas sabem que o estão sugando até o bagaço. E como os magnatas da madeira no início do século 20, que não davam a mínima para futuras gerações quando derrubaram as florestas, esses barões do petróleo não estão dizendo ao público o que eles sabem que é verdade - que existem apenas algumas poucas décadas de petróleo aproveitável. E à medida que os últimos dias do petróleo se aproximam, nos preparar para algumas pessoas muito desesperadas dispostas a matar e ser mortas apenas para pôr as mãos num galão de gasolina.
Há 100 anos, os fundadores da GM convenceram o mundo a desistir de seus cavalos, selas e carruagens para tentar uma nova forma de transporte. Agora chegou a hora de nós dizermos adeus ao motor de combustão interna. Ele pareceu nos servir tão bem por tanto tempo. Nós gostávamos de fazer malabarismos com os carros, tanto sentados no banco da frente como no de trás. Assistíamos filmes em grandes telas ao ar livre, íamos as corridas da Nascar por todo o país. E víamos o Oceano Pacífico pela primeira vez através da janela na Highway 1. E agora isso acabou. Este é um novo dia e um novo século." (Fonte: IHU - Instituto Humanitas Unisinos)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

TEXTO APÓCRIFO CONVIDA À REFLEXÃO

Está circulando pela internet, um texto curto, mas bastante interessante, de autor não identificado. Confira você mesmo:

As voltas que o mundo dá

"1. Em 1949 a maioria dos intelectuais acreditava que o Comunismo salvaria a China.
2. Em 1969 esses mesmos intelectuais acreditavam que a China (com sua Revolução Cultural) salvaria o Comunismo (o que, após Stalin e a Primavera de Praga, finalmente começou a ser desacreditado).
3. Em 1979 o primeiro-ministro Deng Xiao Ping percebeu que somente o Capitalismo salvaria a China.
4. Em 2009 o mundo inteiro acredita que somente a China pode salvar o Capitalismo!"

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O LEGADO DE DOM OSCAR ROMERO

"Ao passar sua mensagem de paz e justiça ao povo salvadorenho, Dom Romero nos deixou um legado importante de amor e luta. Um exemplo desse legado foi vivido por Anne Marie Crosville. A francesa conheceu Dom Romero numa favela no México e, neste momento, recebeu um convite para lutar junto com os salvadorenhos e levar a mensagem de que este povo lutava por paz e justiça à Europa. Anne Marie conta essa história e tudo o que aprendeu com Dom Romero nesta entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line. 'O exemplo de Dom Oscar Romero me ajudou a melhorar e fortalecer meu compromisso ao lado dos mais pobres', disse ela".

terça-feira, 2 de junho de 2009

UM SEMINÁRIO PARA A CRIAÇÃO DA PRIMEIRA ESCOLA DE FÉ E POLÍTICA DE BH



Acontece no próximo sábado, dia 06 de junho, um seminário preparatório para a criação da Escola de Fé, Política e Cidadania Oscar Romero, a primeira escola do gênero de Belo Horizonte.
O evento é destinado a convidados especiais: representantes da Igreja Católica, grupos inter-religiosos, partidos políticos, movimentos sociais, pastorais e educadores que passarão todo o dia no Instituto Santo Tomás de Aquino, participando de uma exposição sobre a proposta da escola e formulando políticas, princípios e uma filosofia norteadora para este centro de formação que está sendo gestado.
A inciativa é inspirada no Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara - CEFEP-DF, instituição ligada à CNBB.
Os organizadores do seminário, Carlos José, Dirlene Marques, Eugênio Magno, frei Gilvander Moreira, Rodrigo Castelo e Rodrigo Marzano, esperam receber cerca de 50 convidados no ISTA, para participarem das discussões.