segunda-feira, 29 de março de 2010

RIO DE JANEIRO LIVRE DAS SACOLAS PLÁSTICAS

Rio ganha lei que bane sacola plástica
"Para reforçar a luta pela redução no consumo de sacolas, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, distribuiu ontem três mil sacos retornáveis a quem passava pela Praia de Ipanema. 'O meio ambiente não aguenta. Ano passado conseguimos reduzir 600 milhões de sacolas plásticas. A meta pra esse ano é de 1,5 bilhão', afirmou o ministro.
No Rio, os supermercados serão obrigados a oferecer alternativas, como caixas de papelão, além de dar desconto de três centavos a cada cinco produtos que o consumidor comprar sem usar a embalagem do local. Segundo a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, até 2012 todos os estabelecimentos deverão estar adaptados.
Cada sacola, feita a partir do petróleo ou do gás natural, demora cerca de quatro séculos para se dissolver na natureza. E, no Brasil, o consumo é alto: são 12 bilhões de sacolas por ano. Um milhão e meio a cada hora. Pelo menos 20% delas, segundo cálculo do Ministério do Meio Ambiente, acabam descartadas e ajudam a entupir bueiros, poluir rios e infestar o fundo do mar.

Arroz e feijão
A lei determina também que o supermercado é obrigado a dar um quilo de feijão ou arroz ao consumidor que devolver 50 sacolas. Elas terão de ser encaminhadas para reciclagem. 'O estímulo econômico é capaz de mudar hábitos', define Marilene.
Resta saber se o consumidor vai aderir à lei. Hoje, cerca de 80% das sacolas são usadas para colocar o lixo doméstico - e, sem as sacolas, muitas pessoas não sabem o que fazer com os resíduos domésticos. "Para o lixo úmido não há nada melhor do que o plástico, mas é preciso usar com mais critério", defende Fernanda Daltro, coordenadora da campanha Saco é um Saco, do Ministério do Meio Ambiente.
Algumas redes já se anteciparam à lei. O Carrefour planeja banir até 2014 as sacolas plásticas nas suas lojas no Brasil. "Fizemos isso na Espanha, França, Bélgica, Polônia, Itália e China. Os brasileiros já têm maturidade para ter uma nova forma de se relacionar com a sacola plástica", defende Paulo Pianez, diretor do grupo.
O Walmart também já aderiu à campanha. Há um ano, a rede dá desconto a quem dispensa a sacola plástica nas 300 lojas nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste do País. Segundo cálculos da rede americana, o programa tirou de circulação 16,6 milhões de sacolas no período. Nas filiais cariocas, o projeto entra em vigor em 60 dias.
O grupo Pão de Açúcar ainda estuda mudanças para cumprir a lei. "Temos grande interesse nesta questão. Fomos a primeira empresa do varejo a adotar medidas para reduzir embalagens", diz Paulo Pompilio, diretor de relações institucionais do grupo.

Ícone
Agora só falta o consumidor se acostumar. "A sacola é o ícone do desperdício. Leis como esta tiram a gente da zona de conforto", defende Fernanda Daltro. Ela resume o hábito de muitos consumidores atuais: pegamos a sacola de graça, jogamos fora, não nos preocupamos em separar o lixo. "Vai dar trabalho mudar, mas não dá para fugir desta questão por muito tempo."

DICAS
Quantidade
Sempre que for possível, prefira embalagens que tragam maior volume de produto (5kg de açúcar ou arroz em vez de 1kg, por exemplo) ou compre a granel;

Excesso
Procure comprar produtos que usem uma menor quantidade de embalagens: biscoitos que usam uma grande embalagem para todos em vez daqueles que trazem cada um embalado individualmente, por exemplo;
Lixo
Em casa, prefira um lixo maior, para usar um saco grande em vez de várias sacolinhas;

Ecobag
No mercado, leve sua própria sacola de compras."
(Fonte: Site do IHU - Instituto Humanitas Unisinos)

quinta-feira, 25 de março de 2010

CEFEP REÚNE ASSESSORES EM BRASÍLIA PARA ANUNCIAR LANÇAMENTO DE NOVAS PUBLICAÇÕES

Centro de Fé e Política prepara novas publicações
Para ajudar os cristãos nas próximas eleições, o Centro Nacional Fé e Política Dom Helder Câmara (Cefep) lançará, em abril, uma cartilha contendo os critérios para a escolha dos candidatos e o contexto em que acontecem as eleições. “A cartilha terá dois fios condutores: mostrar que há sinais de esperança e que os pobres são juízes da democracia”, comenta o secretário executivo do Centro, padre José Ernanne Pinheiro.
Para ler a notícia completa, acesse: http://www.cefep.org.br/news/seminario_cefep_marco_2010

Os assessores do Centro Nacional de Fé e Política Dom Dom Helder Câmara - CEFEP-DF, reunidos em Brasília

segunda-feira, 22 de março de 2010

CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA DE 2010

Economia e vida
Eugênio Magno
Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (Mateus 6,24, Bíblia Sagrada).
Está em curso no país a 45ª Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2010 enfrenta o desafio de discutir a economia, um tema dos mais importantes para a nossa organização enquanto sociedade.
Se a economia é o conjunto de ações realizadas para suprir as necessidades das pessoas e dos grupamentos humanos e socais, ela é algo nobre, pois que está a serviço da vida. Mas a economia da maneira como está organizada hoje, através do sistema capitalista está a serviço da vida, ou estamos vivenciando uma total inversão desses valores, onde a vida serve a economia?
E mais, teríamos esse enorme contingente de pessoas vivendo na rua, haveria tanta prostituição, inclusive infantil, se a economia estivesse a serviço da vida? Por que há tantos desempregados, sem terra, sem teto? Qual é a razão de tantas doenças? O objetivo geral da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, cujo tema é Economia e Vida, segundo informa seu texto base é “colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura de paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”.
Viver hoje a Boa Nova de Jesus e servir a Deus e não ao dinheiro, exige mudanças pessoais e sociais. A economia é uma construção humana e, como tal, pode ser pensada e organizada a partir de outros valores. Já existem sinais de que uma nova gestão da economia é possível. A Economia Solidária, embora ainda muito tímida, se comparada aos patamares que precisa atingir para fazer a diferença, é um bom exemplo da experiência de um novo modelo econômico possível. Sustentada por princípios e valores como justiça, cooperação, igualdade, respeito pelos trabalhadores e recursos naturais, solidariedade e sustentabilidade, esse novo conceito de economia é uma estratégia política que será capaz de promover um desenvolvimento integral e sustentável para o nosso país.
Mas para que as transformações aconteçam, é necessário que a sociedade se mobilize para mostrar aos governantes que ela quer uma economia responsável e – verdadeiramente –, a serviço da vida. Além disso, deve também fazer o seu dever de casa, consumindo com responsabilidade, trabalhando para a aprovação da Lei Nacional de Iniciativa Popular para a Economia Solidária, através da coleta de assinaturas; participando da organização da sua comunidade, diagnosticando problemas, realizando assembléias populares e tirando ações concretas para resolvê-los, e ainda, pressionando os poderes públicos para o fortalecimento dos direitos e das políticas públicas.
Jesus Cristo disse que veio ao mundo para que todos tenham vida e vida em abundância. Façamos então a nossa parte para que a palavra do filho de Deus, não seja apenas uma mera profecia e possa se cumprir aqui na terra.

Este artigo também foi publicado na edição impressa e online do jornal O Tempo (http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/IdEdicao=1610&IdCanal=2&IdSubCanal=&IdNoticia=136905&IdTipoNoticia=1), de 25.03.2010 e também nas versões impressa e online do jornal O Norte de Minas (http://www.onorte.net/noticias.php?id=26750), de 18.03.2010.

quarta-feira, 17 de março de 2010

UMA RELAÇÃO DE AMOR E ÓDIO

Por que participo da Igreja?
"Recentemente, lembramos a figura de Carlo Carretto, Irmãozinho de Charles de Foucauld, no centenário do seu nascimento. Nada melhor, então, que dar a palavra diretamente a ele, neste tempo de Quaresma.
O texto abaixo foi publicaddo por Christian Albini, teólogo leigo, italiano, em seu blog Sperare per Tutti, 04-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto:
Quanto tu és contestável, Igreja, porém, quanto te amo! Quanto me fizeste sofrer, porém, quanto devo a ti! Gostaria de te ver destruída, porém, tenho necessidade da tua presença. Deste-me tantos escândalos, porém, me fizeste entender a santidade! Nada vi no mundo de mais obscurantista, mais comprometido, mais falso, e nada toquei de mais duro, de mais generoso, de mais belo.
Quantas vezes tive vontade de bater na tua face a porta da minha alma e quantas vezes rezei para poder morrer entre os teus braços seguros.
Não, não posso me livrar de ti, porque eu sou tu, mesmo não sendo completamente tu.
E depois aonde iria? Construir uma outra Igreja?
Mas não poderei construí-la senão com os mesmos defeitos, porque são os meus que trago dentro. E se a construir, será a Minha Igreja, não mais aquela de Cristo.
Anteontem, um amigo escreveu uma carta a um jornal: "Deixo a Igreja porque, com o seu comprometimento com os ricos, ela não é mais confiável". Me dá pena!
Ou é um sentimental que não tem experiência, e o desculpo; ou é um orgulhoso que acredita ser melhor do que os outros.
Nenhum de nós é confiável enquanto estiver sobre esta terra. São Francisco gritava: "Tu acreditas que sou santo e não sabes que ainda posso ter filhos com uma prostituta, se Cristo não me sustentar".
A credibilidade não é dos homens, é só de Deus e do Cristo. Dos homens é a fraqueza e talvez a boa vontade de fazer alguma coisa de bom com a ajuda da graça que brota das veias invisíveis da Igreja visível.
Talvez a Igreja de ontem era melhor do que a de hoje? Talvez a Igreja de Jerusalém era mais confiável do que a de Roma?
(…)
Quando eu era jovem, não entendia por que Jesus, apesar da negação de Pedro, quis que ele fosse chefe, seu sucessor, primeiro Papa. Agora, não me admiro mais e compreendo sempre melhor que ter fundado a Igreja sobre o túmulo de um traidor, de um homem que se assusta por causa da conversa fiada de uma serva, era uma advertência contínua para manter cada um de nós na humildade e na consciência de sua própria fragilidade.
Não, não vou sair desta Igreja fundada sobre uma pedra tão frágil, porque fundaria uma outra sobre uma outra pedra ainda mais frágil, que sou eu.
(…)
Mas depois há ainda uma outra coisa que é talvez mais bela. O Espírito Santo, que é o Amor, é capaz de nos ver santos, imaculados, belos, mesmo se vestidos como canalhas e adúlteros.
O perdão de Deus, quando nos toca, faz com que Zaqueu, o publicano, se torne transparente, e a pecadora Madalena, imaculada.
É como se o mal não pudesse tocar a profundidade metafísica do homem. É como se o Amor impedisse que a alma distante do Amor apodrecesse. "Eu coloquei os teus pecados atrás das minhas costas", diz Deus a qualquer um de nós, e continua: "Amei-te com amor eterno, por isso te reservei a minha bondade. Edificar-te-ei de novo, e tu serás reedificada, virgem Israel" (Ger 31,3-4).
Eis, ele nos chama "virgens" mesmo quando estamos retornando da enésima prostituição no corpo e no espírito e no coração.
Nisso, Deus é verdadeiramente Deus, isto é, o único capaz de fazer as "coisas novas".
Porque não me importa que Ele faça os céus e a terra novos, é mais necessário que ele faça "novos" os nossos corações.
E esse é o trabalho de Cristo.
E esse é o trabalho divino da Igreja.
Vocês gostariam de impedir esse "fazer novos os corações", expulsando alguém da assembleia do povo de Deus?
Ou vocês gostariam, procurando outro lugar mais seguro, de se colocar em perigo de perder o seu Espírito?"

Frei Carlo Carretto
(Fonte: Site do IHU - Instituto Humanitas Unisinos)

sábado, 13 de março de 2010

O ETERNO DRAMA DA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA

Classe média num país injusto
Frei Beto
Teólogo e escritor
"A população brasileira é, hoje, de 190 milhões de pessoas, divididas em classes segundo o poder aquisitivo. Pertencem às classes A e B as de renda mensal superior a R$ 4.807,00 – os ricos do Brasil.
R$ 4.807,00 não é salário de dar tranqüilidade financeira a ninguém. O aluguel de um apartamento de dois quartos na capital paulista consome metade desse valor. Mas, dentre os ricos, muitos recebem remunerações astronômicas, além de possuírem patrimônio invejável. Nas grandes empresas de São Paulo, o salário mensal de um diretor varia de R$ 40 mil a R$ 60 mil.
Análise recente da Fundação Getúlio Vargas, divulgada em fevereiro de 2010, revela que integram esse segmento privilegiado apenas 10,42% da população, ou seja, 19,4 milhões de pessoas. Elas concentram em mãos 44% da renda nacional. Muita riqueza para pouca gente.
A classe C, conhecida como média, possui renda mensal de R$ 1.115,00 a R$ 4.807,00. Tem crescido nos últimos anos, graças à política econômica do governo Lula. Em 2003 abrangia 37,56% da população, num total de 64,1 milhões de brasileiros. Hoje, inclui 91 milhões – quase metade da população do país (49,22%) – que detêm 46% da renda nacional.
Na classe D – os pobres – estão 43 milhões de pessoas, com renda mensal de R$ 768 a R$ 1.115, obrigadas a dividir apenas 8% da riqueza nacional. E na classe E – os miseráveis, com renda até R$ 768/mês – se encontram 29,9 milhões de brasileiros (16,02% da população), condenados a repartir entre si apenas 2% da renda nacional.
Embora a distribuição de renda no Brasil continue escandalosamente desigual, constata-se que o brasileiro, como diria La Fontaine, começa a ser mais formiga que cigarra. Graças às políticas sociais do governo, como Bolsa Família, aposentadorias e crédito consignado, há um nítido aumento de consumo. Porém, falta ao Bolsa Família encontrar, como frisa o economista Marcelo Néri, a porta de entrada no mercado formal de trabalho.
Dos 91 milhões de brasileiros de classe média, 58,87% têm computador em casa; 57,04% freqüentam escolas particulares; 46,25% fazem curso superior; 58,47% habitam casa própria. E um dado interessante: o aumento da renda familiar se deve ao ingresso de maior número de mulheres no mercado de trabalho.
Já foi o tempo em que o homem trabalhava (patrimônio) e a mulher cuidava da casa (matrimônio). De 2003 a 2008, os salários das mulheres cresceram 37%. O dos homens, 24,6%, embora eles continuem a ser melhor remunerados do que elas.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o governo Lula tirou da pobreza 19,3 milhões de brasileiros e alavancou outros 32 milhões para degraus superiores da escala social, inserindo-as nas classes A, B e C. Desde 2003, foram criados 8,5 milhões de novos empregos formais. É verdade que, a maioria, de baixa remuneração.
No início dos anos 90, de nossas crianças de 7 a 14 anos, 15% estavam fora da escola. Hoje, são menos de 2,5%. O aumento da escolaridade facilita a inserção no mercado de trabalho, apesar de o Brasil padecer de ensino público de má qualidade e particular de alto custo.
Quanto à educação, estão insatisfeitas com a sua qualidade 40% das pessoas com curso superior; 59% daquelas com ensino médio; 63% das com ensino fundamental; e 69% dos semiescolarizados (cf. “A classe média brasileira”, Amaury de Souza e Bolívar Lamounier, SP, Campus, 2010).
A escola faz de conta que ensina, o aluno finge que aprende, os níveis de capacitação profissional e cultural são vergonhosos comparados aos de outros países emergentes. Quem dera que, no Brasil, houvesse tantas livrarias quanto farmácias!
Hoje há mais consumo no país, o que os economistas chamam de forte demanda por bens e serviços. Processo, contudo, ameaçado pela instabilidade no emprego e o crescimento da inadimplência – a classe média tende a gastar mais do que ganha, atraída fortemente pela aquisição de produtos supérfluos que simbolizam ascensão social.
A classe média ascendente aspira a ter seu próprio negócio. Porém, o empreendedorismo no Brasil é travado pela falta de crédito, conhecimento técnico e capacidade de gestão. E demasiadas exigências legais e trabalhistas, somadas à pesada carga tributária, multiplicam as falências de pequenas e médias empresas e dilatam o mercado informal de trabalho.
Embora a classe média detenha em mãos poderoso capital político, ela tem dificuldade de se organizar, de criar redes sociais, estabelecer vínculos de solidariedade. Praticamente só se associa quando se trata de religião. E revela aversão à política, sobretudo devido à corrupção.
Descrente na capacidade de o governo e o Judiciário combaterem a criminalidade e a corrupção, a classe média torna-se vulnerável aos “salvadores da pátria” - figuras caudilhescas que lhe prometam ação enérgica e punições impiedosas. Foi esse o caldo de cultura capaz de fomentar a ascensão de Hitler e Mussolini.
Reduzir a desigualdade social, assegurar educação de qualidade a todos e aumentar o poder de organização e mobilização da sociedade civil, eis os maiores desafios do Brasil atual."

HERESIAS DA GUERRA

O capitão e padre Carl Subler, capelão do Exército norte-americano no Afeganistão, celebra a missa. Seu altar é montado sobre caixas de alimento.


Uma cápsula de granada de fumaça serve como
recipiente para conservar as hóstias a serem consagradas.

(Foto: John Moore - Time/Getty Images)

terça-feira, 9 de março de 2010

NO MÊS DO GOLPE, UM POEMA POLÍTICO

A. I. Nº 5
Eugênio Magno

Comportamento, ação
vida, “contravenção”
Atitude, gesto
humanização
Detrimento
passa-tempo
Sistemática, tática
corrupção
Medo, desespero, perseguição
Solidão
sofrimento, clausura
Cana
tortura

(do livro IN GÊ NU(A) IDA DE - versos e prosa, 2005)

5ª FEIRA DE TURISMO MINEIRA TERÁ DIMENSÃO INTERNACIONAL

Mais da metade dos estados brasileiros
estará representado na 5ª edição do Minas Tur
A 5ª edição da Minas Tur – Feira de Eventos Turísticos que acontece nesta quinta-feira, dia 11 de março, no Minascentro, em Belo Horizonte, terá mais da metade dos estados brasileiros representada no evento, além de cerca de 1.200 agentes de viagem, público-alvo desta feira. Este ano o Minas Tur ganha dimensão internacional, com as presenças da Argentina e de Israel. A feira tem como objetivo gerar negócios, movimentar o trade turístico e colocar Minas e a capital em posições privilegiadas nas prateleiras das principais operadoras de turismo do Brasil e do mundo
"Em apenas cinco anos, a feira registrou números espetaculares: cresceu 100% em número de stands (60 para 120), 300% em participação de agentes de viagem (400 para 1200) e 290% em empresas expositoras (102 para 392)", comemora Cláudia Miranda, diretora da Promove Eventos Especiais, organizadora do evento. Segundo a empresária, este desempenho fantástico se deve ao momento atual pelo qual passa o turismo mineiro, ao incentivo e à participação efetiva da iniciativa pública e privada.
Operadoras, rede hoteleira, companhias aéreas, agentes de viagem e demais players do trade turístico nacional virão a Minas fazer negócio e conhecer o potencial turístico do Estado. Estarão presentes representantes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Sergipe, Maranhão, Paraíba e Ceará.
A feira está sendo organizada pela Promove Eventos Especiais. A Multitexto Comunicação Empresarial, pilotada pelo jornalista Shubert Araújo é a responsável pela assessoria de imprensa e o cerimonial de abertura estará sob a responsabilidade da Factual Comunicação e Marketing.

sexta-feira, 5 de março de 2010

HIERARQUIA DA IGREJA OFUSCA JESUS CRISTO

"O teólogo e biblista José Antonio Pagola, autor do best-seller Jesús, aproximación histórica (Ed. PPC), concedeu uma entrevista exclusiva para a Revista 21 sobre Cristo e seu radical desafio aos fiéis. A tarefa urgente da Igreja atual é voltar a Jesus, afirma Pagola. Segundo o biblista, talvez o traço mais generalizado dos cristãos que ainda não abandonaram a Igreja é a passividade. A reportagem é do sítio Religión Digital (26-02-2010) com tradução de Moisés Sbardelotto.

'Durante muitos séculos, educamos os fiéis para a submissão e a obediência. A responsabilidade dos leigos e leigas ficou muito anulada'. Para Pagola, 'a tentação mais grave da Igreja atual é fortalecer a instituição, endurecer a disciplina, conservar de maneira rígida a tradição, levantar barreiras... É difícil para mim reconhecer em tudo isso o Espírito de Jesus'. Por isso, considera que o restauracionismo pode nos levar a fazer uma religião do passado, cada vez mais anacrônica e menos significativa para o homem e a mulher de hoje.Em plena Quaresma e a um passo de celebrar a Paixão e a Glória de Jesus de Nazaré, o teólogo confessa que lhe surpreende a nossa perspicácia para ver o pecado na sociedade moderna e a nossa cegueira para vê-lo em nossa Igreja.

(Fonte: Site do IHU - Instituto Humanitas Unisinos)

LITERATURA E POLÍTICA NA OBRA DE HATOUM

Quando o mito vira história,
e a história vira literatura

Em entrevista à repórter Livia Almendary para o jornal Brasil de Fato, Milton Hatoum, um dos escritores contemporâneos mais reconhecidos pela crítica literária, expõe as bases de sua obra e sua visão sobre um país de narrativa política esquizofrênica. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.
(Fonte: Site / jornal Brasil de Fato)

segunda-feira, 1 de março de 2010

DE TREM PELO MUNDO


CRH2 - China:
THSR - Cingapura:

KTX - Coréia do Sul:
SHINKANZEN - Japão:
AVE - Espanha:
EUROSTAR - Inglaterra:
TGV - França:
METRÔ - Dubai:
CENTRAL DO BRASIL - Rio de Janeiro, Brasil:
India:
Paquistão:

OS HOMENS ESTÃO PEDINDO SOCORRO


A revolução alemã. ''Amparemos os homens, o novo sexo frágil''
Andrea Tarquini
Jornal La Repubblica, de 25.02.10,
com tradução de Alessandra Gussatto

"Pobre macho, estás em maus lençóis. Perdeu a guerra dos sexos, pelo menos nas sociedades mais avançadas. As mulheres, na verdade modernas como as alemãs, mas não somente, te ultrapassaram ou estão te tirando do trono em todas as áreas. Aprenderam a conciliar carreira e filhos, estudam mais e melhor, tem uma relação mais flexível com as novas tecnologias. Fumam e bebem menos, são mais saudáveis, tem uma vida mais longa, e muito raramente escolhem o crime. A situação dos homens hoje, na Alemanha e nas outras sociedades pós-industriais, é tão dramática e desesperadora que se faz necessária uma nova instituição, uma nova figura: um encarregado do governo ou um defensor público, que se encarregue de oportunidades iguais para os homens. Os quais já, não há nada a fazer, se tornaram o novo sexo frágil.
A proposta do defensor para as oportunidades iguais masculinas parece uma provocação, e é isso mesmo. Parte da conferência sobre a condição masculina, 'Novos homens. Mas é realmente necessário? Debate sobre a relação dos homens com sentimentos e emoções', que ocorreu na Universidade Heinrich Heine de Duesseldof na Alemanha, por ironia do destino, essa também já um baluarte do poder feminino: sessenta de cem estudantes são mulheres. Como os 57% dos alunos que acabam o ginásio, que são as escolas de qualidade. Resumindo, é preciso criar um novo homem, adaptá-lo ao mundo novo, mas sem tirar a sua virilidade. Não é uma piada, os sociólogos e psicólogos chamaram a atenção na conferência sobre a crise do homem. 'A promoção das oportunidades iguais nos anos 60 e 70 foi um sucesso', disse o sociólogo Klaus Hurrelmann, mas inevitavelmente as mulheres venceram à custa dos homens. 'Esquecemos-nos deles, nos associando à luta do feminismo e das mulheres'. Resultado disso é, entre outros, a dificuldade sempre maior das mulheres para encontrar o “homem certo”. Mulheres vencedoras, mas sem companhairos.
É culpa também dos homens, obviamente. Através das tempestades da revolução feminista, da queda dos Muros, da Internet, continuaram firmes nos seu papel tradicional de chefes de família que trabalha, chama a atenção Hurrelmann. Não entenderam de todo que as mulheres, especialmente as jovens de hoje, querem e sabem conciliar uma carreira e sucesso com uma família e o papel de mãe. O quadro geral descrito pelo professor Matthias Franz deixa poucas esperanças. Vejamos: bem mais homens que mulheres (60%) interrompem os estudos. As mulheres vivem em média cinco anos a mais. Sabem levar uma vida mais saudável, sucumbem menos do que os homens aos prazeres nocivos do fumo, álcool e drogas, sofrem raramente um infarto ou outras doenças cardiovasculares. Na escola e na universidade são melhores alunas, se aplicam mais, e tem idéias mais claras sobre o que querem fazer quando crescerem. “Em resumo, na educação, na saúde, mas também no que diz respeito ao autoconhecimento, os homens apresentam um quadro desesperador”. E sem uma ajudinha, institucional e política, arriscam não conseguir ter sucesso.
Até com relação ao futuro do casal não são mais eles, os tradicionais chefes de família há séculos, que decidem. Mais de uma vez é a mulher que quer o divórcio ou o fim da relação, observa o sociólogo Gerhard Amendt. E ainda: o homem que deve aceitar o divórcio ou o fim de um amor, na maior parte das vezes não reage de forma a fazer um reinício, mas sim se ensimesmando. Por anos ou para sempre. Assim como na escola ou na universidade, os machinhos que se vêem e se sentem ultrapassados pelas meninas reagem fechando-se em si mesmos, deixando-se levar pela quase dependência química dos jogos de videogame, explodindo em desesperados acessos de agressividade. Ou buscando refúgio na família, no colo da mãe e do pai, cômodo, mas sem futuro. O homem forte é, portanto, uma lenda masculina de ontem, do passado, observa o suíço Walter Hollstein, estudioso da psique masculina. O homem de hoje não soube adaptar-se a um mundo que se tornou mais feminino, no poder, mas também na cultura e nos costumes. 'Aos homens se pedem sempre mais qualidades femininas: mais comunicação, mais capacidade de demonstrar sentimentos e emoções'. Menos decisionismo, menos poder. E o homem entra em parafuso.
'Deve aprender mais empatia, entender melhor a si mesmo'. Sendo assim, talvez pareça até necessária uma política de cotas para os homens. Com cotas, com o defensor público, com os novos esforços para entenderem a si mesmos, é hora de inventar o homem novo. Capaz de adaptar-se ao novo poder das mulheres. Talvez também pronto a procurar uma carreira ou vocação de vida em campos tradicionalmente femininos, da educação aos asilos. Pobres homens, dizem os deputados de Duesseldorf, perderam a guerra dos sexos e devem ser ajudados. Senão, devagar nascerá um homem novo, ou melhor, um macho novo, também as novas mulheres têm a perder: vão faltar homens confiáveis."
(Fonte: Site do IHU - Instituto Humanitas Unisinos)