terça-feira, 25 de dezembro de 2018

OS QUADROS DO NOVO GOVERNO


Ministros de Bolsonaro: quem são os nomes que irão compor o gabinete do novo presidente


No dia da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, 1º de janeiro, começam a trabalhar também os novos ministros e altos funcionários que farão parte de sua equipe de governo. Atualmente, o desenho da Esplanada divulgado pela equipe de transição conta com 22 ministérios.
Entre eles, há três generais da reserva do Exército e um almirante. Outros três ministros, Luiz Henrique Mandetta, Marcos Pontes e Wagner de Campos Rosário, passaram pelas Forças Armadas durante sua formação ou ocupando postos menores.
A esplanada de Bolsonaro também terá duas mulheres: Damares Alves, à frente do novo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e Tereza Cristina, comandando o Ministério da Agricultura.
Para saber mais sobre cada um deles, clique aqui.
(Fonte: BBC News Brasil)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

EM VEZ DE MAIS, MENOS MÉDICOS


Enfrentar a cheia sem médico, 
um drama no Amazonas sem os cubanos

Postos de saúde fluviais que atendem populações ribeirinhas na Amazônia
  (aGÊNCIA BRASIL)

Com só um quarto das vagas do Mais Médicos ocupadas por brasileiros, municípios do Estado temem pico de doenças comuns no período. Profissionais condicionaram ida a benefícios como TV a cabo.

Isolada no extremo oeste do Amazonas, a cidade de Japurá leva um mês sem nenhum médico trabalhando nos quatro postos de saúde mantidos pela prefeitura. A rede de atenção básica do município, onde só é possível chegar de barco ou avião, dependia integralmente dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, que deixaram o país após o Governo de Cuba discordar das condições do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para a continuidade do programa. Há semanas a prefeitura espera repor essas vagas, mas não conseguiu atrair o interesse dos médicos brasileiros, os únicos aptos a participar da primeira fase do edital lançado pelo Governo federal no dia 20 de novembro. Como o prazo de apresentação dos médicos formados no Brasil terminou na última terça-feira, a esperança agora é que a cidade consiga atrair os profissionais graduados no exterior. Em todo o país, 31% das 8.517 vagas deixadas pelos cubanos não foram substituídas por brasileiros, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, mesmo com todos os esforços da pasta em prorrogar os prazos de apresentação e contatar os milhares de profissionais inscritos para incentivá-los a efetivar a ocupação das vagas.
Para continuar lendo a matéria de Beatriz Jucá para o El País, clique aqui.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

CINEMA PARA TODOS


Filmes para todos os gostos



O cineclube da Casa de Cássia vai apresentar neste sábado, 15.12, às 17h, o filme "O  Caso dos Irmãos Naves" (Brasil, 1967, 1h32), de Luís Sérgio Person, com Juca de Oliveira, Raul Cortez e Anselmo Duarte. Durante a ditadura Vargas, na cidade mineira de Araguari, dois irmãos são acusados, torturados e condenados por um crime que não cometeram. Domingo, 16.12, às 17h, o cineclube exibe, em comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o filme "A Grande Ilusão" (La Grande Illusion) (França, 1937, 1h54), de Jean Renoir, com Jean Gabin, Pierre Fresnay e Erich von Stroheim. Soldados franceses tentam escapar de um campo de prisioneiros alemão na Primeira Guerra Mundial.
O cineclube Casa de Cássia funciona na Associação Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, na rua Meyer, 105. Vila Suzana, em Mateus Leme, M.G. Mais informações pelo telefone (31)99247-6574.


Já o Centro de Estudos Cinematográficos,na esteira da memória dos 50 Anos do AI-5 está com a seguinte programação:






segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

ESQUERDA, DIREITA, VOLVER!


México e Brasil 2018: a vitória da alegria 
e a tristeza dos ressentidos

Luciano Mendes de Faria Filho
Professor da Faculdade de Educação (FaE/UFMG) e
Coordenador do Projeto Pensar a Educação, pensar o Brasil


  Jair Messias Bolsonaro                    Andrés Manuel López Obrador

Tenho comentado com amig@s e colegas o quanto o México e o Brasil se parecem, tanto em suas qualidades quanto em seus defeitos. Em ambos os países a violência grassa, as desigualdades são imensas*, a presença do narcotráfico é ostensiva em várias regiões do país, a corrupção é enorme, a religiosidade é profunda, a alegria é contagiante, as belezas são imensas, as diversidades estão presentes em todas as partes, etc, etc, etc.
No entanto, hoje, 1o. de dezembro de 2018, Brasil e México, são países muitos diferentes. No México, no dia de hoje, dia da posse do Presidente Andrés Manuel Lopes Obrador, as ruas da capital do país estavam coloridas de rostos felizes e em festa. É grande a expectativa de que seja o início de um novo tempo para o país. E para melhor!
Não se trata apenas da vitória e, hoje, da posse de um governo de “esquerda” depois de décadas de domínio do PRI ou, eventualmente, muito eventualmente, do PAM. Trata-se um enorme voto de confiança no novo Presidente para enfrentar os grandes problemas do país. Algo que é compartilhado por boa parte da população, das crianças e jovens aos/às idos@s. Ao meu lado, na praça central da cidade do México, um homem gritava que, diferentemente dos putos presidentes anteriores, ele reconhecia a Lopes Obrador como seu “chefe”.
Na festa cívica na praça pública enquanto a multidão esperava a presença do Presidente, houve apresentação cultural de todos os estados da República. Neste momento a festa era dirigida por vári@s “apresentador@s”, uma das quais sempre falava “todos, todas e todxs”.
Quando o Presidente chegou à praça, quem tomou o comando da festa foram @s lideranças dos povos originários. Foi uma linda cerimônia em que 68 povos originários e representantes afromexicanos entregaram o Bastão de Mando a Lopes Obrador, uma cerimônia que não ocorrida há muito tempo. Foi uma grande reverência à ancestralidade e às suas crenças e modos de vida.
Num certo momento, muito emocionada, uma liderança, de joelho, tentava fazer um discurso, ao mesmo tempo em que tentava entregar um presente para o Presidente. Vendo a emoção da pessoa, Lopes Obrador se ajoelhou na frente dela e recebeu o que ela queria lhe entregar.
Esse gesto do Presidente Mexicano é parte do imenso contraste que existe hoje entre nossos países. No caso brasileiro, o Presidente eleito e sua “família” batem continência para os “americanos” e espezinham os povos originários. E isto é apenas uma das inúmeras mostras de como, no Brasil, a vitória dos ressentidos e do ressentimento joga o Brasil numa tristeza profunda e num cada vez mais profundo abismo.
Os ressentidos ganharam roubando, mentindo, enganando e querendo, é claro, se vingar. Por isso também não há alegria, nunca houve, na campanha e na vitória de Bolsonaro. E nisso também e, talvez, sobretudo, há um profundo contraste com a vitória “morenista” no México”.
Certamente Lopes Obrador terá grandes dificuldades de cumprir o que prometeu na campanha, e que foi reafirmado nos discursos de hoje. Os seus adversários, os adversários da democracia e de um país menos violento e menos desigual são muitos. Os problemas estruturais, imensos. No entanto, na dia de hoje, e oxalá isso se repita nos dias, meses e anos vindouros, boa parte da população mexicana acompanhou com muita alegra e positiva expectativa a posso de seu novo presidente. Duvido muito que isso venha ocorrer, no Brasil, no dia 01 de janeiro!

* Também no México, como no Brasil, as desigualdades têm cor: uma coisa que notei, na praça, é que havia uma nítida diferença entre a cor da pele das poucas pessoas que estavam sentadas no espaço reservados aos/às convidad@s – branc@s, quase tod@s – e a imensa maioria que estava de pé.
(Fonte: Boletim Pensar a Educação, Pensar o Brasil)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

"CENÁRIOS ECONÔMICOS: BRASIL 2019 - 2020"




O Conselho de Presidentes promoveu, no último dia 4 de dezembro, o evento "Cenários Econômicos: Brasil 2019 - 2020".
Compareceram ao auditório da Localiza, empresários e diretores de importantes empresas mineiras, para ouvir a economista da Icatu Seguros e professora da PUC-SP, Victoria Werneck. A palestrante, convidada de Júlio Miranda e Paulo de Vasconcellos Filho traçou um panorama dos últimos 12 anos da economia brasileira, destacando aspectos da política econômica dos Governos Lula (2º mandato), Dilma e Temer e fez projeções para o Governo que se inicia em 2019, com o capitão reformado, Jair Bolsonaro. Segundo a economista, a confiança do empresariado no novo governo é grande. 
Embora a fala de Victoria Werneck e de grande parte do empresariado ser de grande expectativa positiva em torno do futuro governo, os próprios números apresentados por ela, nem sempre coincidiam com a sua fala entusiasta. Um exemplo disso é a projeção extremamente tímida de crescimento do PIB, de apenas 2,5%  para os anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.
Outros dados que me chamaram a atenção foram os da Previdência. A palestrante apresentou números que apontam um déficit de R$90 mil/ano para cada militar e R$70 mil para cada funcionário público dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário). Já na iniciativa privada, o déficit da Previdência para cada trabalhador é de apenas R$7 mil por ano. 
As contas públicas do país devem fechar 2018 com um rombo bem próximo de R$150 bilhões e o Bolsa Família, programa que atende cerca de 15 milhões de famílias, tão criticado por alguns setores, não consome nem R$2,5 bilhões das despesas da União.
Senti falta, na fala da economista, de uma discussão das questões sociais, uma vez que, em se tratando de um país de grandes desigualdades e de IDH tão baixo como o Brasil, falar de economia sem preocupação com a agenda social, não faz o menor sentido.
Ainda no que diz respeito à Economia, um aspecto preocupante do Governo Bolsonaro que vem sendo tão celebrado pelo setor empresarial, é a falta de sinalização por parte de sua equipe e do próprio presidente eleito, da participação/interlocução de economistas com trabalhadores. Afinal, a campanha eleitoral já acabou e um presidente deve governar para todos. 
E mais, desenvolvimento econômico só se faz com a parceria empresa/trabalhadores e, nessa onda de euforia bolsonarista, não tenho visto nem ouvido por parte de empresários e do futuro governo, nenhuma intenção de promover um diálogo franco e producente entre os empresários e a classe trabalhadora, além da incômoda falta de representantes do mundo do trabalhado na equipe do novo governo.



sábado, 1 de dezembro de 2018

ANCINE DESVINCULADA DE AGENDA IDEOLÓGICA


Uma nova agenda para o audiovisual

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A indústria do cinema e do audiovisual no Brasil movimenta mais de 25 bilhões de reais por ano e emprega hoje cerca de 100.000 profissionais. Sua cadeia econômica é complexa e atravessa um processo de acelerada transformação, com o surgimento de novos modelos de negócios e oportunidades inéditas de geração de valor, criadas pela tecnologia digital. O próprio comportamento dos espectadores está mudando, à medida que se multiplicam os canais de distribuição e consumo de conteúdos audiovisuais.
O papel do Estado nesse processo também precisa ser constantemente aprimorado, principalmente como indutor do desenvolvimento. Como principal responsável pela execução das políticas públicas para o setor e como gestora do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), a Ancine (Agência Nacional do Cinema) enfrenta o desafio de criar as condições para o crescimento real e sustentado do mercado, com ênfase na tecnologia, na criação de propriedade intelectual e na atração de investimentos privados — sem prejuízo daqueles mecanismos de fomento direto e indireto de eficácia comprovada no uso responsável e estratégico de recursos públicos.
Para continuar lendo o texto de Christian de Castro para o El País, clique aqui.

PROGRAMAÇÃO DE CINEMA


Cinema de graça em Mateus Leme



O cineclube da Casa de Cássia vai apresentar neste sábado, 1º de dezembro, às 17h, o filme "Notícias de uma Guerra Particular", de Kátia Lund e João Moreira Salles. Premiado no festival de documentários É Tudo Verdade, o filme é um retrato da violência no Rio de Janeiro. Datado de 1999, ele mostra que até hoje aquela guerra não teve fim nem vencedores. Domingo, dia 2, às 17h, o cineclube homenageia o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, falecido nesta semana, com a exibição de seu filme "Assédio" (Besieged), com Thandie Newton e David Thewlis. Produção de 1999, o filme se fixa na vida de uma jovem mulher africana que se exila, por motivos políticos, em Roma, onde estuda medicina e trabalha como doméstica para um excêntrico pianista inglês.

A Associação Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, fica na Rua Meyer, 105. Vila Suzana, em Mateus Leme, M.G. Maiores informações pelos telefones: (31)3535-1721 e (31)99247-6574.

Cinema Falado e Curta Degustação


Em memória de Geraldo Veloso, o Cinema Falado - um encontro com críticos e cineastas para ver um filme e conversar sobre cinema, poesia, política e outros assuntos da cultura brasileira - prossegue suas atividades no mês de dezembro com a exibição do filme "Ganga Bruta", de Humberto Mauro, com  Durval Belline e Déa Selva. Produzido em 1933, o filme é considerado um marco do cinema brasileiro e será apresentado pelo crítico e cineasta Paulo Augusto Gomes, um dos estudiosos que melhor conhece a obra de Humberto Mauro.
O filme será exibido na próxima terça-feira, dia 4, às 19h30, na Sala Geraldo Veloso do MIS Cine Santa Tereza (praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza).


O Curta Degustação de dezembro apresenta uma programação constituída de meia-hora de filmes de curta-metragem antigos e modernos, brasileiros e estrangeiros, de ficção, documentários, de animação e experimentais, destinados à recreação e reflexão do público. Destaques na programação para os filmes "Metrópoles", sobre os cinemas de rua de Belo Horizonte, a animação "Meow" e o surrealista
"Um Cão Andaluz", de Luis Buñuel e Salvador Dali.
Os filmes serão exibidos nos dias 4, 11 e 18 de dezembro, às 13 horas, na sala da antiga Imprensa Oficial, na avenida Augusto de Lima, 270, no centro.

Cinema Falado e Curta Degustação são projetos do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais (CEC-MG) e do Instituto Humberto Mauro, com o apoio da Prodemge, do Museu da Imagem e do Som (MIS), do jornal O TEMPO, da rádio SUPER FM e da Contorno Áudio e Vídeo.
CEC-MG 67 Anos. Ajude a manter o CEC.