domingo, 25 de julho de 2021

POVO MAIS UMA VEZ NAS RUAS



(Foto: Carl de Souza / AFP)


"Seguiremos nas ruas pelas vítimas de Bolsonaro"

Pela quarta vez em menos de dois meses, a população foi às ruas em centenas de cidades no Brasil e no mundo em protesto contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido), pela aceleração do programa de vacinação e em defesa da democracia.

Para além da importância das reivindicações feitas por meio de manifestações pacíficas, justas e democráticas, o que se viu nas ruas neste sábado (24) por todo o país e também em cidades espalhadas pelo mundo foi a maneira forte, digna e inspiradora com que a população levou sua mensagem a público. Foram cerca de 600 mil pessoas nas ruas de mais de 500 cidades.

Brasil de Fato tentou condensar em pouco mais de dois minutos de imagens e vídeos qual o recado que os brasileiros levaram às ruas. "Vamos continuar nas ruas em nome das vítimas de Bolsonaro", disse uma das centenas de milhares de pessoas que participou dos protestos. Suas palavras ecoam em todo país. Confira o vídeo abaixo, clicando aqui.


(Fonte: Portal Brasil de Fato)



terça-feira, 20 de julho de 2021

CRISE CIVILIZATÓRIA



Mbembe, necropolítica e crise da democracia


É sempre interessante quando as escritas acadêmicas passam a atingir o grande público. Nem toda pesquisa, é claro precisa ter esse objetivo, mas é excelente quando grandes obras cumprem este papel. Com os desastres anunciados do governo Bolsonaro, por exemplo, a obra do camaronês Achille Mbembe tem sido cada vez mais citada nas redes sociais, principalmente seu conceito de “necropolítica”. Como todo conceito amplamente difundido (ou, talvez, como tudo aquilo que cai nas redes), porém, há sempre o risco de esvaziamento de conteúdo.

Afinal, o que seria, então, a necropolítica? Uma primeira citação do próprio Mbembe dá o pontapé inicial para seu entendimento:

“A ideia segundo a qual a vida em democracia é, no seu fundamento, pacífica, policiada e desprovida de violência (nomeadamente sob a forma da guerra e da devastação) não nos convence. (…) a brutalidade das democracias nunca foi senão abafada. Desde as suas origens, as democracias modernas mostraram tolerância perante uma certa violência política, inclusive ilegal. Integraram na sua cultura formas de brutalidade levadas a cabo por uma série de instituições privadas agindo como mais-valia do Estado, sejam elas corpos francos, milícias ou outras formações militares corporativistas”.

A citação acima é recheada de sentidos. Percebe-se, por exemplo, que, para Mbembe, as democracias modernas não devem ser enxergadas como sistemas teoricamente perfeitos que, vez ou outra, são atingidos por violências e falhas externas. Para o autor, seja ela estatal, seja ela privada (ainda que igualmente ligada aos mesmos interesses do Estado), a violência é parte integrante da própria democracia. E isto não é fruto de alguma degeneração ou crise dos Estados democráticos, mas característica original e fundante dos mesmos.

Para continuar lendo a matéria de Almir Felitte para Outras Palavras, clique aqui.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

ATÉ AONDE VAI A TOLERÂNCIA?

 

No Brasil, uma questão incômoda é a constatação de que Bolsonaro e seu séquito, além de todos os malefícios que vêm causando ao país, ao povo brasileiro e à nossa inteligência, de forma direta, parecem ter aberto as portas da insensatez e do descompromisso com a ética, a verdade e a dignidade. O bolsonarismo produziu não somente bolsomínions de raiz. Cresceu assustadoramente a desonestidade intelectual e o número de pessoas que passou a desconsiderar a materialidade dos fatos e que apostam repetida e estupidamente em narrativas distorcidas, arrebanhando seguidores tão maldosos ou incautos quanto eles próprios. 

Uma frase de Dostoiévski foi o leitmotiv para a reflexão, do novo episódio do podcast Política com Fé que já está circulando na internet. Diante de tantos fatos e acontecimentos que nos atropelam a todo instante, em várias situações, abordo a questão da tolerância: seus limites e possibilidades. Ouça o podcast clicando aqui.

sábado, 10 de julho de 2021

"CAGUEI PARA A CPI"

 

(Foto: Evaristo Sa / AFP)

Bolsonaro fez para a CPI aquilo que ele já tem feito para o Brasil há anos

Na noite da última quinta-feira, Jair Bolsonaro realizou uma transmissão ao vivo em rede social para toda a população brasileira, a fim de responder a um questionamento da CPI da Covid. O questionamento era sobre denúncias de corrupção envolvendo o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). "Sabe qual a minha resposta? Caguei. Caguei para a CPI, não vou responder nada!",, disse.

Para ler a matéria de Maira Gomes, para o site Brasil de Fato, clique aqui.


segunda-feira, 5 de julho de 2021

PODCAST "POLÍTICA COM FÉ" EM PARCERIA COM O CEFEP




O podcast “Política com Fé”, a partir do episódio #16 - Tolerância: novo nome para a paz, passa a oferecer mensalmente - no dia primeiro de cada mês - o quadro "CEFEP Informa", um espaço para a divulgação das principais manchetes do Boletim Informativo do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A iniciativa é parte de acordo firmado entre a produção do podcast e o CEFEP. Com a parceria, tanto o podcast quanto o CEFEP ganham novos canais de distribuição de conteúdos para as suas comunidades cujos interesses giram em torno do tema Fé e Política. 

Para conhecer melhor o CEFEP, acesse o seu site, clicando aqui. E, para ouvir todos os episódios do podcast "Política com Fé", aqui está o link: https://anchor.fm/eugenio-magno.


quinta-feira, 1 de julho de 2021

CPI, SUPER IMPEACHMENT E POVO NA RUA


Quem sustenta Bolsonaro no poder(?)


É difícil entender como um dos governos mais desastrosos da nossa história republicana conseguiu completar 2 anos e meio no poder com tantos escândalos, dentre eles a forma como vem tratando a maior tragédia brasileira de todos os tempos: a pandemia do coronavírus que já matou mais de 500 mil pessoas.

Outros presidentes, como Collor e Dilma, caíram por muito menos. Mas quem e o que sustenta Bolsonaro? As revelações da CPI da Covid-19 são estarrecedoras e se as denúncias das testemunhas se confirmarem, só mágica pode livrar o governo não só do impeachment do presidente, como do indiciamento criminal de vários integrantes do governo federal.

No último dia 30 de junho, foi protocolado na Secretaria-Geral da Câmara dos deputados um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. O documento foi entregue na Câmara com 45 assinaturas e vem recebendo novas adesões. Esse que está sendo chamado de "superpedido" unifica argumentos constantes dos demais 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara. O mais recente dos argumentos e que ganha destaque nesse pedido é o de que o presidente teria prevaricado no caso da suspeita de corrupção na compra da vacina Covaxin.

As manifestações "Fora Bolsonaro", estão se multiplicando em todo o país. Além dos vários atos pontuais, a população foi às ruas, recentemente, em dezenas de cidades do Brasil e do mundo, nos dias 29 de maio e 19 de junho. No próximo sábado, 3 de julho, o povo estará de volta às ruas para protestar contra o governo.