domingo, 25 de agosto de 2019

EM DEFESA DA AMAZÔNIA




Manifestantes vão à Praça do Papa em BH

Eugênio Magno
(Texto e fotos)


Hoje (domingo, 25/08/19), homens, mulheres e crianças, de todas as idades, foram à Praça do Papa, em Belo Horizonte, manifestarem em defesa da Amazônia.




A partir das 10:00h da manhã foi iniciada a concentração na Praça Israel Pinheiro - apelidada de Praça do Papa, desde a primeira vinda do pontífice João Paulo II a BH -, onde Karol Wojtyla celebrou missa campal. Hoje, muitos dos que ali compareceram, atendiam ao apelo do atual Papa, Francisco, que tem exortado os cristãos a proteger e cuidar da nossa casa comum, a Terra.





Num clima pacífico, mas que não faltaram palavras de ordem, cartazes, faixas e intervenções, cerca de duas mil pessoas compareceram à praça, localizada na base da Serra do Curral, no Mangabeiras, bairro luxuoso da capital de Minas, para participar do ato em defesa da Amazônia.




































Ambientalistas, parlamentares, educadores, sindicalistas, estudantes, líderes de movimentos sociais e representantes de partidos políticos, fizeram uso da palavra, denunciando a devastação acelerada do grande pulmão do planeta.




















Essa foi apenas uma das muitas manifestações que vêm ocorrendo em várias cidades brasileiras e em outras tantas pelo mundo afora, desde o último dia 19, a segunda-feira cinzenta, em que a Amazônia ardeu em chamas.






terça-feira, 20 de agosto de 2019

GUERRA COMERCIAL À VISTA


Governos e bancos centrais preparam estímulos ante o risco de nova crise econômica

Jens Weidmann, presidente do Bundesbank
(Foto: Picture Alliance/Getty Images)

Riscos de guerra comercial e de Brexit sem acordo deterioram o cenário. Alemanha avalia injetar cerca de 50 bilhões de euros em sua economia. BCE, EUA e China também já planejam medidas.

Os tambores da crise começaram a ressoar. Os investidores tentam decifrar se o tam tam tam é apenas uma ameaça passageira ou o prelúdio de algo pior. O Bundesbank admitiu nesta segunda-feira que a Alemanha pode entrar em recessão a partir do terceiro trimestre. A anemia da primeira economia europeia ameaça infectar o restante do continente. Ao mesmo tempo, o comércio mundial se deteriora por causa dos riscos da guerra comercial e do Brexit. Nesse cenário, a Alemanha admite que está preparada para injetar 50 bilhões de euros (226 bilhões de reais) em sua economia e assessores do Banco Central Europeu (BCE) discutem um novo pacote de estímulo para setembro. Enquanto isso, a China e os EUA também planejam medidas para contornar a desaceleração.
Os riscos estão se materializando. O Banco Central alemão, o Bundesbank, admitiu nesta segunda-feira que o país está caminhando para uma recessão técnica — quando a economia recua por pelo menos dois trimestres consecutivos. "O desempenho da economia poderia voltar a cair levemente", admitiu a instituição presidida por Jens Weidmann em seu último boletim mensal. Nuvens escuras pairam sobre o país, cujo setor manufatureiro, especialmente a indústria automobilística, sofre uma forte ressaca. As novas restrições sobre o uso de motores a diesel, a crise de reputação nesse setor, o impacto da tensão comercial entre os EUA e a China no comércio e o medo do Brexit enfraqueceram a outrora poderosa indústria alemã, muito dependente das exportações. No último trimestre, a economia alemã já caiu um décimo (-0,1%).
Para enfrentar o risco de recessão, os países e os bancos centrais estão preparando planos de estímulo fiscal. O Governo de coalizão de Angela Merkel planeja uma injeção de até 50 bilhões de euros para combater a perda de dinamismo da economia. Isso foi confirmado no domingo pelo ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, que admitiu que o Executivo poderia lançar um pacote de estímulo semelhante ao adotado durante a crise financeira de 2008. Scholz lembrou que a Alemanha tem margem fiscal para esse plano, já que sua dívida pública é de 58%, abaixo do limite de 60% fixado nas metas de estabilidade da União Europeia.
Para ler na íntegra a matéria de Jesús-sérvulo González Moreno (de Madri) e Ana Carbajosa Vicente (de Berlim), para o El País, clique aqui.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

A MALDITA REFORMA DA PREVIDÊNCIA



Relator da Previdência no Senado deve apresentar versão inicial de parecer no dia 23, diz presidente da CCJ

Maria Carolina Marcello

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), deve apresentar uma primeira versão de seu parecer na sexta-feira da próxima semana à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), afirmou nesta quinta-feira a presidente do colegiado, Simone Tebet (MDB-MS).
A ideia é que o parecer seja lido na comissão no dia 28, data a partir da qual será concedida vista. A votação da proposta deve ocorrer no dia 4 de setembro.
“O senador já vai estar trabalhando no seu relatório para entregar para mim, a princípio, na sexta-feira à tarde”, disse a presidente da CCJ a jornalistas.
“Ele me entregando, eu já posso fazer a pauta de quarta-feira, dia 28, para a leitura do parecer e concedo vista automática”, acrescentou.
Segundo a senadora, Tasso poderá fazer alterações neste texto até o momento da votação. Simone disse ainda que conversará com líderes para definir se reserva dois dias para a discussão da proposta.
A senadora negou ainda que a tramitação das propostas do chamado pacto federativo interfira ou atrapalhe a votação da reforma da Previdência, negou que haja uma “barganha” de senadores e afirmou que a reforma da Previdência é tão prioritária quanto as questões envolvendo os entes da Federação.
“Não vai atrasar e acho saudável que ande junto naquilo que tem consenso”, avaliou.
(Fonte: Reuters)

domingo, 11 de agosto de 2019

DESMONTE DA (E NA) EDUCAÇÃO


Ciências Humanas e Sociais e a Política: a oferta da palavra

Uma das formas de ataque do governo Bolsonaro à universidade tem sido sua particular aversão às ciências humanas e sociais. Se a virulência e a violência deste ataque são específicas desse governo, não se pode dizer, no entanto, que ele tenha inaugurado um menosprezo por essas áreas do conhecimento e por seus profissionais.
Nunca é demais lembrar que, há poucos anos, o governo petista excluiu as Ciências Humanas e Sociais de importantes iniciativas no campo da ciência e tecnologia e educação superior, como o Ciências Sem Fronteiras, por exemplo, e que há muito tempo no interior da comunidade acadêmica e científica – o que vale dizer, no interior das universidades – as ciências humanas e sociais não são de grande prestígio ou, mesmo, de suficiente respeito dos pesquisadores das demais áreas.
Há muitas razões para que tal situação tenha sido produzida e reproduzida no país e, num certo sentido, em boa parte do mundo. Como sabemos,as múltiplas metodologias científicas das ciências e humanas e sociais jamais se adequaram ao figurino, por demais limitado, das concepções de ciências cultivadas nas ciências exatas, da saúde ou da terra, por exemplo.
Mas, é também importante dizer que os profissionais formados nos cursos das áreas de ciências humanas – ou que com elas dialogam mais fortemente, como os cursos de licenciaturas os mais diversos – são aqueles que trabalham com as populações mais pobres, notadamente como profissionais das políticas públicas estabelecidas e levadas a cabo pelos órgãos de Estado. Assim, o desprestígio do púbico atendido acaba, por sua vez, fazendo com que os cursos recrutem seus alunos justamente nas parcelas mais pobres da população.
No que se refere, especificamente, ao governo Bolsonaro e aos grupos que o apoiam, não se pode esquecer que eles são explicitamente contra as ciências humanas e sociais porque, segundo eles, estas estariam mais voltadas para a doutrinação das crianças e jovens do que para o ensino de conhecimentos úteis para o trabalho e para a vida familiar.
Retirada a obtusa ideia de doutrinação que os grupos bolsonaristas cultivam quando se referem aos outros – pois a doutrinação religiosa e política que fazem, essa sim, é legítima – pode-se dizer que o campo das ciências humanas e sociais é muito mais afeito às discussões, aos debates e às disputas pelos sentidos das coisas do que as demais áreas. E é aqui, talvez, que reside o perigo dessas áreas para os governos autoritários como este que hoje comanda a República brasileira.
Os regimes e grupos autoritários não gostam da disputa pelos sentidos múltiplos que presidem a organização de nossas sociedades. Querem impor seu entendimento de que há sempre um único sentido correto das coisas – seja essa “coisa” uma família, um livro, um filme, um mapa…. ou seja, qualquer coisa. Do mesmo modo, incomoda aos regimes e aos grupos autoritários que em lugar da violência com que querem impor suas doutrinas, as ciências humanas e sociais ofereçam a palavra e as linguagens, condições fundamentais da política, único antídoto à violência contra os adversários.
É porque é contra a política e a favor da violência como modo de solução dos inevitáveis conflitos sociais, que o governo Bolsonaro e seus apoiadores são contra as ciências humanas e sociais. É porque não têm apreço pela disputa pelos sentidos das coisas por meio da linguagem e é, também, porque desprezam as palavras que estes sujeitos odeiam aqueles que as cultivam.
É por ofertar a palavra e as linguagens à política (e às ciências!), que as ciências humanas e sociais são fundamentais para a democracia. Jamais teremos uma democracia forte, participativa e legitimada politicamente pela maioria da população sem o cultivo das ciências humanas e sociais; jamais teremos políticas púbicas que diminuam as desigualdades e que reforcem a justiça social sem os profissionais e as pesquisas das ciências humanas e sociais. Resta saber se queremos caminhar nessa direção ou continuar no sentido imposto pelo governo do ignóbil Bolsonaro.
(Fonte: Pensar a Educação em Pauta)

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

"O PETRÓLEO É NOSSO", A PETROBRAS TAMBÉM TEM QUE SER NOSSA


Após lucro recorde puxado por venda de gasodutos, o que mais está na fila de privatização na Petrobras

(Foto: Gabriel Lordêllo / Petrobras)

Após a privatização de uma rede de gasodutos, a Petrobras registrou lucro recorde de R$ 18,9 bilhões de abril a junho de 2019, o maior resultado trimestral da companhia.
Ao divulgar o resultado, a Petrobras informou que ele se deve "principalmente" à conclusão da venda, em junho, da Transportadora Associada de Gás (TAG), que atua no transporte e na armazenagem de gás natural.
A operação faz parte do processo de privatização de "braços" da Petrobras, prometido pelo comando da companhia e pela equipe econômica do governo Jair Bolsonaro.
O governo e a Petrobras têm se empenhado para promover a venda de outros ativos da companhia e concentrar esforços na área de exploração e produção de petróleo. O plano é vender para a iniciativa privada ativos em áreas, como o refino e o transporte e distribuição de gás.
Agora, a dúvida é qual será a velocidade - e as condições - em que esses ativos serão privatizados. E a decisão de vendas para a iniciativa privada, claro, continua a dividir opiniões: se o mercado aprova a iniciativa, representantes dos funcionários são contrários ao plano.
Para ler, na íntegra, a matéria de Laís Alegretti para a BBC News Brasil, clique aqui.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A QUEDA DE BRAÇO ENTRE BOLSONARO E O PARLAMENTO


Apesar de ruídos gerados por declarações de Bolsonaro, Congresso promete blindar pauta econômica

SÃO PAULO (Reuters) - A onda recente de declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro tem criado ruído no ambiente político, mas parlamentares garantem que não será capaz de impactar na aprovação da pauta econômica, como a reforma da Previdência, tomada para si pelo Parlamento.
Por outro lado, as falas do presidente —criticadas por parlamentares alinhados à agenda econômica como inadequadas e desnecessárias— devem atrapalhar a aprovação de algumas pautas mais caras a Bolsonaro, como as da área comportamental, a partir da volta do Legislativo do recesso na semana que vem.
Para ler na íntegra a matéria de Eduardo Simões para a agência de Notícias Reuters, clique aqui.