quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

DESMONTE DO ESTADO SOCIAL DE DIREITO NA AMÉRICA LATINA


Chega de autoflagelação, 
lute como um cidadão do mundo!



Na manhã desta terça-feira (19/12) os deputados da Argentina aprovaram a reforma da Previdência por 128 votos a favor e 116 contrários.
Para obter maioria o presidente Mauricio Macri contou inclusive com votos de peronistas, cujo Partido Justicialista não possui um claro direcionamento político, congregando desde setores de esquerda a setores de direita dentro do mesmo movimento.
Esta aprovação ocorreu mesmo sob forte resistência dos sindicatos e da classe trabalhadora argentina, que promoveram manifestações massivas nos últimos dias e uma greve geral.
A brutal repressão policial resultou em pelo menos 162 feridos, entre manifestantes e policiais.
Nos últimos dias vimos no Brasil uma falsa polêmica a respeito disto. Segundo a Revista Fórum e outros veículos, supostamente um dos gritos que estaria sendo dito pelos argentinos ao afirmarem que barrariam a reforma seria “isso aqui não é o Brasil”.
A informação é questionada por muitos militantes que estiveram presentes aos atos.
O fato é que, sendo verdadeira ou não, a informação se espalhou rapidamente pelas redes sociais brasileiras.
A repercussão não poderia ter sido pior.
Boa parte da esquerda brasileira se lançou em uma catarse de autoflagelação cuja mensagem equivocada era que os argentinos sim sabem resistir, enquanto o povo brasileiro, como sempre, estaria passivo e inerte.
Esta visão depreciativa do povo brasileiro nada mais é do que o velho complexo de vira-latas, que sempre serviu às elites nacionais que se identificam muito mais com tudo o que não é brasileiro.
Tentam apagar nossas lutas ao longo dos séculos, apresentam nossas vitórias como meras benesses gentilmente cedidas pelos governos ao mesmo tempo em que difamam as nossas mobilizações e organizações.
O objetivo é claro: oprimir subjetivamente a mentalidade popular, para que o brasileiro acredite que é realmente um povo inferior, incapaz de lutar, de se organizar, de se construir enquanto alternativa de poder e de sociedade.
Atacam nossa cultura, nossa estética, nossas origens e nossa história.
Melhor seria termos nascido em qualquer outro lugar, mas infelizmente fomos amaldiçoados ao nascer nestes tristes trópicos não é mesmo?
A esta mensagem devemos dar um sonoro NÃO!
Lute como um argentino e lute como um brasileiro, como um uruguaio, como um boliviano, como um venezuelano e como um cubano!
Para ler a matéria completa de Yuri soares, clique aqui.
(Fonte: Site Vi o Mundo)

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