terça-feira, 5 de outubro de 2010

CARISMÁTICO APÓIA DILMA

Chalita ajudará PT a avançar entre religiosos


Eleito deputado federal com a segunda maior votação do Estado, Gabriel Chalita (PSB), ex-secretário de Educação de Geraldo Alckmin (PSDB), tornou-se aliado de primeira hora da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Ex-tucano, diz que não admira José Serra (PSDB).
Com 560 mil votos e forte ligação com a ala carismática da Igreja Católica, será uma das armas do PT para avançar entre os religiosos. "Vou me empenhar pessoalmente nisso", afirmou.

A entrevista de Daniela Lima foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 05-10-2010.



O sr. ganhou espaço na campanha de Dilma Rousseff. Como é a sua relação com ela?
Eu respeito muito a Dilma e outros nomes do PT. Dei a ela o que pude de sugestões, principalmente na área da educação. Por outro lado, tenho amizades no PSDB. Torci pela vitória do Antonio Anastasia, em Minas, e creio que o Geraldo Alckmin fará grande governo. Política é construir pontes, e eu fiz isso.


O sr. não falou de José Serra. Qual a sua opinião sobre ele?
O Serra tem qualidades. Mas, pessoalmente, não é um político que eu admire.


Como o sr. avalia a polêmica em torno da posição de Dilma Rousseff sobre o aborto?
A crítica é boa quando baseada em fatos. Mas essa tentativa de desconstruir pessoas com boatos é muito ruim. Dilma nunca disse ser a favor do aborto. Ela se posicionou, abordando o tema como uma questão de saúde pública. Eu particularmente sou contra. Mas a questão central nesse caso é a boataria. Isso aconteceu com o Lula, em 2002. Diziam que ele ia mudar as cores da bandeira e fechar igrejas.


O sr. tem uma relação muito forte com a ala carismática da Igreja Católica. Vai se empenhar para desmentir esses boatos entre os religiosos?
Me empenharei pessoalmente nisso. Não é só uma defesa da Dilma, mas da maturidade no debate político.


O sr. acha que a Igreja contribui para o debate político?
Contribui, mas quando não usa a instituição para influenciar o voto. É importante que a igreja promova o debate, para que os fiéis saibam como pensam os candidatos. Mas o Estado é laico e acho que ele tem que ser laico. Ninguém ouviu o cardeal de São Paulo [dom Odilo Scherer] ou o arcebispo do Rio de Janeiro [dom Orani João Tempesta], declarando votos. Eles foram prudentes.


O sr. é candidato a assumir o Ministério da Educação?
Sou candidato a fazer a lei de responsabilidade da educação, que é uma lei que estabelece sanções a quem não cumpre metas. O que falta no Brasil é continuidade. Temos bons projetos.


Mas o sr. sonha em assumir a pasta?
Não. Não penso nisso. E acho que nem ela [Dilma Rousseff] pensa nisso. Seria indelicado começar a pensar no governo sem estar eleita.
(Fonte: IHU - Instituo Humanitas Unisinos)

4 comentários:

  1. Salve a Democracia e a Vitória de um Povo Livre e Soberano

    “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons” (Martin Luther King)
    Com esse pensamento desse grande líder americano podemos fazer uma reflexão como deve ser atitude do cristão diante de tanta injustiça, de proposta de leis que contrariam a Lei Natural de Deus. Cada cristão deve ser coerente na fé e na atitude, pois não podemos ficar calados diante de ações más das pessoas que não permitem que a vida e a justiça aconteçam.
    Muitos jovens estão marginalizados e sem rumo devido ao consumismo, ao materialismo e à cultura do prazer e das coisas fáceis. Eles precisam de uma educação de qualidade e trabalho bem remunerado, Que eles possam ver coerências no agir das pessoas e que a ética e a moralidade sejam a bandeira sublime de uma nação que quer ser prospera e desenvolvida.
    O individualismo tem demonstrado na sua ação que produz na sociedade o indiferentismo pela causa dos pobres e oprimidos. A política é arte de fazer o bem para todos e que a busca da justiça seja para os que não tem vez e nem voz no mundo.
    A democracia é a chance de cada cidadão busque o interesse coletivo e não individual, escolhendo pessoas que sejam coerentes no bem, no amor ao próximo, na defesa da vida e da justiça para todos. O ato de votar é sagrado e ele deve ser livre e consciente. Tudo deve concorrer para que cada pessoa seja bem informada e que ela faça o bom juízo de tudo para que o seu voto seja um bem para todos.
    Que cada pleito possamos aprender e medir as conseqüências de cada eleição e aprender com os acertos e erros da ação política e que nunca desanimemos para que haja desenvolvimento e respeito a vida humana e planetária no mundo e na nossa sociedade.
    Salve a democracia e a vitória de um povo livre e soberano.
    Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 01-10-2010

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  2. Caro Jose Benedito,

    Agradeço o seu comentário.

    E salve a democracia, a soberania e a liberdade (mas diga-se de passagem, em todas as suas instâncias, inclusive e, principalmente, econômica e social)!

    Abraço,

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