segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

CHOVE SEM PARAR

BR-040: Transbordamento de barragem de sedimentos Lisa, 
da mina de Pau Branco da empresa Vallourec
(Imagens: Site do Projeto Manuelzão - UFMG)

A natureza não perdoa

Eugênio Magno

Dia desses ouvi o papa Francisco dizer o seguinte: "Deus, perdoa sempre, o homem, às vezes perdoa. Mas a natureza não perdoa nunca".

Pois é, a mãe terra, a cada dia cobra, com juros mais altos, o que temos feito a ela.

Barragem da Vallourec
(Imagem: Gabinete de Crise da Sociedade Civil) 

A situação é dramática em Minas Gerais, estado rico em reservatórios subterrâneos, nascentes e rios que, dolorosamente, sangram os rejeitos minerados irresponsavelmente, fruto do esquartejamento progressivo de suas áreas mineráveis.

Rua do Comércio, Ponte sobre o Rio das Velhas e entorno - Centro de Santa Luzia, MG
(Imagens divulgadas pela Prefeitura Municipal de Santa Luzia)

Nos últimos dias, não só assistimos como alguns de nós estamos testemunhando in loco várias situações calamitosas em muitas localidades.


Eugênio Magno visita o Trevo de Pinhões: MG-020 - trecho interditado, 
em razão de transbordamento do Rio das Velhas

Para destacar apenas o que está mais próximo ao local onde resido - e no momento que escrevo essa matéria, ilhado -, seguem imagens de Pinhões, comunidade rural remanescente quilombola, próxima ao Convento de Macaúbas, a 10 quilômetros de distância do centro histórico de Santa Luzia, cidade pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte.





Enquanto os políticos acreditarem que obra subterrânea não dá voto, teremos problemas de saneamento básico e inundação nas cidades.


Há muito que as cidades, grandes ou pequenas, dão sinais de saturação. Há que se repensar o modelo. Enquanto isso é necessário que sejam feitas obras de recuperação e prevenção urgentemente em nossas cidades. E a população também deve ser educada para o exercício da cidadania.


O texto e as imagens sem crédito são de Eugênio Magno.

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