domingo, 15 de agosto de 2021

IPCC: JÁ NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA UMA ECOLOGIA SUTIL


Relatório da ONU aponta: frear a crise climática exigirá novo paradigma ecológico e de bem-estar, que se sobreponha ao cálculo econômico. Um dos entraves será a indústria do cimento, altamente poluidora, que prepara novo boom da construção

Projeto “+1,5ºC Muda Tudo” , entre o Museu do Prado e a WWF, que atualiza obras clássicas sob a catástrofe climática

Nada indica que os mais importantes tomadores de decisão do planeta estejam preparados para enfrentar o horizonte traçado nesta semana pelo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que analisa a evolução e as perspectivas da relação entre as sociedades humanas e o sistema climático do qual a vida na Terra depende. Uma das mais importantes e promissoras conclusões do relatório é que ainda existe uma estreita janela de oportunidades para que a temperatura global média não suba além de 1,5ºC até o final do século.

Mas esta janela converte-se numa quase invisível fresta quando o mais importante jornal de economia do mundo, o Financial Times, retrata o entusiasmo de Jan Jenisch, presidente do maior grupo produtor global de cimento (Holcin), com o que ele chama de boom da construção, em função das necessidades de infraestrutura dos países em desenvolvimento. Sua alegria é compartilhada por Fernando Gonzales, o CEO da Cemex mexicana que fala em superciclo da construção.

Para ler a íntegra da matéria de Ricardo Abramovay, na coluna Terra e Antropoceno, do site Outras Palavras, clique aqui.

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