quinta-feira, 14 de abril de 2016

NUNCA SE SABE...


Incerto amanhecer


Eugênio Magno


A estrela, na vidraça, estava, ao alcance, da mão. Mais, um, dedo, de prosa, e pegaria, também, a lua, cheia, de fumaça, do cigarro, que alimentava, o cinzeiro, sobre, a janela, de muitas, noites. Não encostei em nada. Tive medo que o amanhecer queimasse o meu toque e recolhi apenas impressões.

(Do Livro Minas em mim, 2005: 28)

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