sexta-feira, 20 de abril de 2012

MAIS BUSINESS DO QUE SHOW



Bob Dylan, apesar da idade e de demonstrar um grande cansaço vocal, só não decepcionou por ser quem é. Todos os fãs que compareceram ao Chevrolet Hall, em Belo Horizonte, na última quinta-feira, dia 19, foram cordiais, e trataram bem o grande ícone da música folk, apesar dele ter apresentado um repertório quase que totalmente desconhecido.
Se alguém tem que ser responsabilizado pelo desrespeito ao público, são os produtores dos shows dele no Brasil que, deveriam exigir - em contrato - um repertório que contemplasse seus principais hits.
Um artista que pela primeira vez pisa o solo de uma cidade não pode apresentar um repertório desconhecido. E Dylan não tem culpa disso. Vai ele saber que nossas rádios não tocam mais nem mesmo os clássicos nacionais e que só tem espaço para axé, sertanejo, pagode, funk e outros modismos...
Isso sem contar a grande exploração na comercialização dos ingressos, com os famigerados lotes (primeiro lote, segundo lote, terceiro lote, quarto lote), um astuto jogo inflacionário promovido e gestado pelos próprios produtores, cujo único objetivo é estorquir o público.
Gostei de VER Bob Dylan. Nunca o tinha visto ao vivo, cantando e tocando e, por isso, valeu. A banda também era muito boa. Mas pelos comentários que se ouviam na saída do evento, a sensação que ficou é de que teve muito mais business do que show.

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