quinta-feira, 10 de março de 2011

NOITES INSONES

Incerto amanhecer

Eugênio Magno


A estrela, na vidraça, estava, ao alcance, da
mão. Mais, um, dedo, de prosa, e pegaria,
também, a lua, cheia, de fumaça, do cigarro,
que alimentava, o cinzeiro, sobre, a janela, de
muitas, noites. Não encostei em nada. Tive
medo que o amanhecer queimasse o meu
toque e recolhi apenas impressões

(do livro "Minas em mim", 2005)

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