terça-feira, 15 de dezembro de 2015

PELOS CABARÉS DO SERTÃO...



 Randez-vous brejeiro


Eugênio Magno


Eu as olhei, de perto, rijo, quase a tocá-las. Estavam à mesa, como capim seco, dobradas.
Mesmo melancólicas, insinuavam que ainda eram bom pasto.
Entre um chiado e outro, do bolero, na radiola, ouvi vozes. Uma dizia que elas velavam alimentadas por aguardente. A outra, que foram incendiadas pelo rubor da luz.
Desmaiei de fome.

(Do livro IN GÊ NU(A) IDA DE - Versos e prosa, 2005)

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