Gustavo Conde: É tentador dizer que FHC estava certo sobre o Judiciário
Quando essa geração de magistrados prestou concurso público, eles já sonhavam com os auxílios-moradias que lhes recheiam, agora, os bolsos e as contas bancárias.
Era o objetivo: cargo vitalício, imunidade, bônus variados, super salários e, acima de tudo, poder.
O judiciário brasileiro é essa bolha de privilégios.
É um judiciário que aceita o mais violento e desumano sistema carcerário do mundo.
De quem é a responsabilidade conceitual pelo nosso sistema carcerário, afinal? Não é do poder judiciário?
O judiciário brasileiro é um judiciário que é conivente com um sem-número de violências.
Com genocídios de índios — em curso neste exato momento.
Com massacres em presídios.
Com o país que mais mata homossexuais no mundo, com o maior volume de casos de feminicídios no planeta, com os altíssimos índices de casos de racismo, com o trânsito veicular mais violento do história, enfim, com tudo de pior que se puder imaginar no cenário estatístico dos horrores.
Não bastasse a lista acima ainda há mais: doenças do século 19 aflorando em plenas zonas urbanas, ausência total de competência para gerenciamento de crises humanitárias, corrupção escancarada em nomeações absurdas para ministérios.
Como levar a sério um judiciário de um país assim?
Como levar a sério um judiciário que, com toda esse cenário de guerra, ainda goza dos salários mais altos do mundo, mais altos até mesmo que o salários dos juízes americanos?
O judiciário é, por assim dizer, o grande nó da nossa sociedade.
Afinal, não eram os políticos a nossa chaga endêmica e atávica: eram os magistrados, a elite da elite da elite.
Políticos ainda se submetem ao voto popular.
Magistrado praticamente compra sua vaga no ministério público, decorando leis e regras gramaticais como um robô destituído de alma para ser aprovado no concurso — e se não for aprovado, entra com recurso.
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