quinta-feira, 24 de abril de 2025

UMA VIDA DEDICADA À POESIA

Rogério Salgado 


Bodas de Poesia  

O poeta Rogério Salgado, completa neste ano de 2025 meio século de dedicação à poesia.

Vida de poeta não é fácil, mas Salgado não esmorece. Simplicidade, persistência e fidelidade aos seus ideais e aos amigos é marca registrada desse poeta, natural de Campos dos Goytacazes – RJ, que há mais de 40 anos adotou Belo Horizonte como residência e sua pátria poética.

Alguns dos livros lançados por Rogério Salgado

Depois de escrever seu primeiro poema em 1975, ainda em Campos, onde passou toda a sua infância, Rogério Salgado nunca mais parou de escrever. Sua primeira publicação aconteceu no ano de 1982, em Belo Horizonte, com o lançamento do conto, Tontinho, que dá título ao livro. Nessa mesma década de 1980, juntamente com Virgínia Reis e Wagner Torres, editou a saudosa revista de cultura Arte Quintal. Na década seguinte, em 1994, o escritor teve seu conto O Falso autor adaptado para o programa Você Decide, da Rede Globo de Televisão.

Rogério Salgado é um guerrilheiro da poesia. Há 50 anos milita na divulgação e no fazer poético. Lançou mais de 30 livros, realizou importantes projetos poéticos como In/sacando a poesia, Belô Poético e Poesia na Praça Sete, dentre outros. Sua atividade como editor e divulgador de poesia permitiu que muita gente tirasse seus poemas da gaveta e participasse dos saraus, exposições, concursos de poesia e das coletâneas organizadas por Rogério Salgado e pela sua companheira, Virgilene Araújo.

Rogério Salgado, ladeado por Biláh Bernardes e Irineu Baroni

No início deste mês de abril, a Confraria de Poetas Belo Horizonte, para homenagear o poeta e comemorar suas bodas de poesia, realizou um evento no auditório da Biblioteca Estadual de Minas Gerais, onde compareceram vários poetas e amigos de Rogério que recitaram poemas dele e de suas autorias, em homenagem a Salgado. Este escrevinhador, Eugênio Magno, esteve presente no evento. Abriu as participações dos convidados com a leitura dos poemas Oiteto amoroso e Lamento em Sol Maior, de Rogério Salgado e, na sequência, Bardo, de sua autoria, em saudação ao amigo poeta, à poesia e aos poetas que lá compareceram.

Eugênio Magno declama em homenagem a Rogério Salgado


O livro mais recente de Rogério Salgado


(As fotos são de Ricardo Girundi)

domingo, 20 de abril de 2025

FELIZ PÁSCOA!

Tradição centenária em celebração religiosa milenar


Texto e fotos de Eugênio Magno



A antiga tradição dos tapetes que decoram o piso das ruas na festa da páscoa ainda se mantém em muitas localidades brasileiras.
Em Pinhões, comunidade quilombola, localizada a 10 km do centro histórico de Santa Luzia, município integrante da Grande BH, essa tradição centenária continua viva. Vem sendo passada de geração para geração e se faz presente em várias celebrações religiosas. Nesta páscoa de 2025 não foi diferente, a principal via de acesso à capela de Nossa Senhora do Rosário foi toda tapetada para a passagem da procissão do Santíssimo Sacramento - Jesus ressuscitado.




O tema da Campanha da Fraternidade 2025 mereceu destaque





Os tapetes são feitos sobre a pavimentação das ruas com serragem seca colorida, areia, borra de café, farinha de trigo vencida, folhas e flores secas, por voluntários, moradores das comunidades que mantêm o rito. A inspiração para a decoração das ruas vem da festa que o povo fez para Jesus Cristo quando de sua entrada em Jerusalém no chamado Domingo de Ramos. Esta tradição é uma herança dos portugueses e data do século XVIII.  




O verdadeiro sentido da Páscoa

Para muito além de ovos de chocolate e manifestações exteriores, páscoa é passagem, renascimento.

Para reflexão e meditação leia abaixo o texto de Jean-Ives Leloup, teólogo e escritor francês, batizado como ortodoxo na República Monástica do Monte Athos: 

Este tema da passagem é o tema da Páscoa.

Pessach em hebraico, quer dizer passagem.

A passagem, no rio, de uma margem à outra margem, a passagem de um pensamento a outro pensamento, a passagem de um estado de consciência a outro estado de consciência. A passagem de um modo de vida a um outro modo de vida.

Somos passageiros.

A vida é uma ponte e, como diziam os antigos, não se constrói sua casa sobre uma ponte. Temos que manter, ao mesmo tempo, as duas margens do rio, a matéria e o espírito, o céu e a terra, o masculino e o feminino e fazer a ponte entre estas nossas partes, sabendo que estamos de passagem.

É importante lembrar-se do carácter passageiro de nossa existência, da impermanência de todas as coisas, pois o sofrimento geralmente é de querermos fazer durar o que não foi feito para durar.

A grande páscoa é a passagem desta vida mortal para a vida eterna, é a abertura do coração humano ao coração divino. É a passagem da escravidão para a liberdade, passagem que é simbolizada pela migração dos hebreus, do Egito para a Terra Prometida.

Mas não é preciso temer o Mar Vermelho. O mar de nossas memórias, de nossos medos, de nossas reações. Temos que atravessar todas as ondas, todas estas tempestades, para tocar a terra da liberdade, o espaço da liberdade que existe dentro de nós.

Sede passantes.

Creio que esta palavra é verdadeiramente um convite para continuarmos nosso caminho a partir do lugar onde algumas vezes paramos.

Observemos o que para a vida em nós, o que impede o amor e o perdão, onde localiza o medo dentro de nós. É por lá que é preciso passar, é lá o nosso Mar Vermelho.

Mas, ao mesmo tempo, não esqueçamos a luz, não esqueçamos a liberdade, a terra que nos foi prometida.

domingo, 13 de abril de 2025

CRIMES DIGITAIS



 (Imagem: Preechar Bowonkitwanchai/Shutterstock)

Como se proteger de golpes e conteúdos suspeitos

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), através do Projeto Comprova, que congrega 42 veículos de comunicação brasileiros, lançou um guia com informações sobre os golpes digitais mais comuns em nosso país.

Para saber detalhes sobre como agem os golpistas e se inteirar das formas recomendadas para se proteger das fraudes leia a íntegra da matéria publicada na Newsletter da ABRAJI, clicando aqui.

(Fonte: Newsletter Abraji)