terça-feira, 24 de dezembro de 2019

PARA QUE TENHAMOS UM FELIZ NATAL


O que Jesus pensaria de Greta Thumberg neste Natal?

A menina sueca com síndrome de Asperger, Greta Thumberg, que com somente 16 anos está provocando os grandes da Terra por sua falta de compromisso com a defesa do planeta, está sendo insultada pelos poderosos até com expressões grosseiras. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro a chamou de “pirralha”. O presidente americano, Donald Trump, aconselhou com tosca ironia que vá ver um filme antigo com uma amiga e fez uma brincadeira de péssimo gosto com sua síndrome psíquica para dizer que a vê “com um rosto muito feliz”. Em minha Espanha não foram mais respeitosos com a menina que curiosamente desperta tanto medo e ódio. Foi chamada de “falsa”, “puta” e “arrogante”. Por que Greta, sempre séria e segura de sua missão, desperta os instintos mais baixos do machismo? Houve até quem a aconselhasse a “usar sua sexualidade” para se acalmar.
Estamos em mais um Natal da História e cada vez mais cristãos sérios estão convencidos de que essa festa, que anuncia o nascimento de uma criança, também difícil, que veio ao mundo provocar os hipócritas e exaltar os puros de coração, está perdendo seu significado e força originais.
Seria preciso perguntar, na análise dos símbolos e dos presságios do mundo cada vez mais dividido e insatisfeito, o que significa a chegada dessa garota sueca, que não sei se é cristã, mas que certamente se entenderia com o profeta judeu de Nazaré, que, como ela, foi um inconformista e um inimigo da hipocrisia.
O Natal vai além, com seus símbolos e história, de seu simples significado do nascimento de Jesus, que veio anunciar um novo Reino não somente de paz e amor, de esperança e de perdão. Não é, de fato, somente a festa universal que ultrapassa o mundo cristão, em que todos cabem, porque Jesus foi um judeu agregador e o mataram justamente porque pregava um amor universal, sem distinções. Possivelmente com a preferência para tudo o que o mundo descarta, como os diferentes física e espiritualmente.

Para ler na íntegra a matéria de Juan Arias para o El país, clique aqui.

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