quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A FICÇÃO IMITA A REALIDADE OU É O CONTRÁRIO ... ?


Dilma no Senado: um filme de Frank Capra


Aproxima-se a semana decisiva do golpe. A democracia está no colo de 81 senadores e senadoras que, transformados em tribunal do impeachment sob presidência do análogo Supremo Federal, julgarão a acusação sem fundamento jurídico de crime de responsabilidade, introduzindo, mais uma vez, o perigoso voto de desconfiança parlamentarista em pleno regime presidencialista. Jogarão na vala não somente os 54 milhões de votos que reelegeram a primeira mulher presidenta do Brasil, mas todos os trinta anos de árduo processo histórico de redemocratização e construção de um Estado de Bem-Estar Social voltado para reduzir o inferno que as elites produzem no cotidiano dos trabalhadores, dos pobres, dos pretos, das mulheres e das minorias. No centro do conflito, uma mulher honesta vai enfrentar de cabeça e corpo erguidos a trupe de senadores que, muitos ao traí-la, já copulavam com os esquemas voltados para a retirada de um presidente eleito para executar um plano de governo indefensável nas urnas. No subterrâneo das negociações parlamentares, passam rios de interesses, e suas correntezas permanecerão escondidas aos olhos do cidadão comum.
O paralelo entre Dilma e o filme de Capra é surpreendente. Espero mesmo que essa mensagem possa chegar à presidenta e, nas suas noites de preparação para o dia 29, tenha um tempo para assistir e se inspirar com essa obra-prima, se é que ela já não o tenha feito. 
Para ler, na íntegra, o texto de André Calixtre para o site Carta Maior, clique aqui.


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