"Contos da Lua Vaga"
é cinema puro - tão puro que antecede o próprio cinema
Ao lado de Yasujiro Ozu e Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi é um dos três maiores cineastas japoneses do século passado. Em 58 anos de vida, fez mais de cem filmes. "Contos da Lua Vaga" (Ugetsu Monogatari), de 1953, é seu filme mais conhecido e aplaudido. Premiado no Festival de Veneza, provocou a descoberta do cineasta pelo Ocidente.
Trata-se de uma obra bem característica do cinema japonês, em que a realidade e o fantástico se misturam para construir uma fábula - a de dois homens e seus sonhos insensatos. Um se deixa perder pela glória de guerreiro e o outro pelos prazeres da luxúria. A época é o Japão feudal do século XVI, atravessado pela guerra civil.
À ambição dos homens, o cineasta contrapõe a sensatez e o sacrifício das mulheres. Quando jovem, o cineasta ficou marcado pelo fato de seu pai ter sido obrigado a vender uma de suas irmãs para servir de geisha. Segundo o crítico e depois cineasta Jacques Rivette, trata-se de um filme universal para o qual só é preciso apreender o cinema.
O curta é "Jiboia", de Rafael Lessa, um dos favoritos do público de 2011 do Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo.
Os filmes serão apresentados em DVD, com projeção digital em tela de 75 polegadas, no próximo sábado, dia 10 de março, às 17 horas, na Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, rua Meyer, nº 105, Vila Suzana (Reta), em Mateus Leme, MG. Maiores informações pelo telefone (31) 3535.1721.
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