sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

EM VEZ DE MAIS, MENOS MÉDICOS


Enfrentar a cheia sem médico, 
um drama no Amazonas sem os cubanos

Postos de saúde fluviais que atendem populações ribeirinhas na Amazônia
  (aGÊNCIA BRASIL)

Com só um quarto das vagas do Mais Médicos ocupadas por brasileiros, municípios do Estado temem pico de doenças comuns no período. Profissionais condicionaram ida a benefícios como TV a cabo.

Isolada no extremo oeste do Amazonas, a cidade de Japurá leva um mês sem nenhum médico trabalhando nos quatro postos de saúde mantidos pela prefeitura. A rede de atenção básica do município, onde só é possível chegar de barco ou avião, dependia integralmente dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, que deixaram o país após o Governo de Cuba discordar das condições do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para a continuidade do programa. Há semanas a prefeitura espera repor essas vagas, mas não conseguiu atrair o interesse dos médicos brasileiros, os únicos aptos a participar da primeira fase do edital lançado pelo Governo federal no dia 20 de novembro. Como o prazo de apresentação dos médicos formados no Brasil terminou na última terça-feira, a esperança agora é que a cidade consiga atrair os profissionais graduados no exterior. Em todo o país, 31% das 8.517 vagas deixadas pelos cubanos não foram substituídas por brasileiros, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, mesmo com todos os esforços da pasta em prorrogar os prazos de apresentação e contatar os milhares de profissionais inscritos para incentivá-los a efetivar a ocupação das vagas.
Para continuar lendo a matéria de Beatriz Jucá para o El País, clique aqui.

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