Marcos Coimbra: Fugir das diretas por medo de Lula é negar a democracia
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
As elites brasileiras estão como baratas tontas por uma razão que tem nome: Luiz Inácio Lula da Silva. Não fosse o medo que têm dele, haveria uma saída natural para a enrascada em que meteram o País e que as deixa baratinadas.
Elas mantinham-se coesas desde o segundo semestre de 2015, quando decidiram pôr de lado suas diferenças e ir juntas derrubar Dilma Rousseff. Sempre concordaram no fundamental, pois nunca esqueceram seus interesses de longo prazo. Mas a unificação de táticas do cotidiano foi cimentada somente quando entraram em acordo para tirar o PT do governo e reassumi-lo na plenitude.
Hoje, aquela coalizão desmoronou e um setor nem imagina o que outro pretende, como estamos vendo no comportamento dos conglomerados de mídia. Depois de um enfadonho período, em que todos diziam as mesmas coisas, até com idênticas palavras, agora é cada um por si.
Não era certo que estouraria um escândalo do tamanho desse das delações da JBS, mas era previsível. Ter na cadeira presidencial um personagem como Michel Temer é um risco permanente.
Ninguém tem o direito de se fingir surpreso com ele. O Temer de maio de 2017 é igual ao de toda a vida. Dar expediente no Palácio do Planalto não lhe mudou a natureza.
Sua turma rapidamente expôs-se, provocando mudanças no primeiro escalão em ritmo quase mensal. Faltava a “bomba do Riocentro”, aquela que explodiu no colo de um sargento do Exército em 1981, deixando óbvio de onde vinham os terroristas que praticavam atentados para perpetuar a ditadura de 1964. As delações da JBS são a bomba no colo de Temer.
Para ler na íntegra o artigo, Medo de Lula, de Marcos Coimbra, clique aqui.
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