quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

INCÊNDIO COMO PROTESTO



Foto e reportagem de Cley Medeiros

O prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Humaitá, municipio do Sul do Amazonas, foi incendiado na noite de quarta-feira (25) em protesto à demora de respostas das autoridades policiais e governamentais sobre o desaparecimento de três homens há mais de uma semana. Familiares acreditam que eles tenham sido apanhados por índios da reserva Thenharim, localizada na BR-230 (Transamazônica), onde foram vistos pela última vez dia 16 de dezembro, e a situação continua tensa na região.
A Polícia Federal se reuniu com as lideranças indígenas na segunda feira (23), onde os índios negaram que tenham feito algo  com os homens, e que estariam dispostos a cooperar na busca. Revoltada, a população ameaça ater fogo em outros prédios públicos de Humaitá.
Luciano Ferreira Freire, Stef Pinheiro, e Aldeney Ribeiro Salvador, funcionários da Eletrobrás Amazonas Energia seguiam de Humaitá para o quilômetro 180, onde fica a comunidade Santo Antônio do Matupi, no município de Manicoré (a 390 quilômetros de Manaus). A população de Humaitá acredita que o suposto sequestro dos homens pelos indígenas seria uma retaliação à morte, até o momento não explicada, do cacique Ivan Tenharin, encontrado agonizando na estrada, após de ter supostamente caído de uma motocicleta no trecho da estrada entre a aldeia do ‘Campinhu’ e o distrito de Matupí.
Estimativas de moradores dão conta de que, pelo menos, cinco mil pessoas participem dos protestos. Indígenas que estavam em Humaitá se refugiaram no prédio do 54º Batalhão de Infantaria de Selva, sob a proteção do Exército.
A reportagem tentou contato com as autoridades policiais locais, mas, devido ao tumulto na cidade e ao feriado de Natal, não obteve sucesso.
(Fonte: Site do Brasil de Fato)

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