Foto e reportagem de Cley Medeiros
O prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Humaitá, municipio
do Sul do Amazonas, foi incendiado na noite de quarta-feira (25) em
protesto à demora de respostas das autoridades policiais e
governamentais sobre o desaparecimento de três homens há mais de uma
semana. Familiares acreditam que eles tenham sido apanhados por índios
da reserva Thenharim, localizada na BR-230 (Transamazônica), onde foram
vistos pela última vez dia 16 de dezembro, e a situação continua tensa
na região.
A Polícia Federal se reuniu com as lideranças
indígenas na segunda feira (23), onde os índios negaram que tenham feito
algo com os homens, e que estariam dispostos a cooperar na busca.
Revoltada, a população ameaça ater fogo em outros prédios públicos de
Humaitá.
Luciano Ferreira Freire, Stef Pinheiro, e Aldeney
Ribeiro Salvador, funcionários da Eletrobrás Amazonas Energia seguiam de
Humaitá para o quilômetro 180, onde fica a comunidade Santo Antônio do
Matupi, no município de Manicoré (a 390 quilômetros de Manaus). A
população de Humaitá acredita que o suposto sequestro dos homens pelos
indígenas seria uma retaliação à morte, até o momento não explicada, do
cacique Ivan Tenharin, encontrado agonizando na estrada, após
de ter supostamente caído de uma motocicleta no trecho da estrada entre a
aldeia do ‘Campinhu’ e o distrito de Matupí.
Estimativas de
moradores dão conta de que, pelo menos, cinco mil pessoas participem dos
protestos. Indígenas que estavam em Humaitá se refugiaram no prédio do
54º Batalhão de Infantaria de Selva, sob a proteção do Exército.
A
reportagem tentou contato com as autoridades policiais locais, mas,
devido ao tumulto na cidade e ao feriado de Natal, não obteve sucesso.
(Fonte: Site do Brasil de Fato)
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