quinta-feira, 28 de julho de 2016

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO


Lula: "Nem a Coca-Cola subestima a comunicação"


O prefeito Fernando Haddad cortou em 50% os gastos com a divulgação do seu governo nos quatro anos em que dirigiu a prefeitura da maior cidade do país.
Foi repreendido por Lula na convenção que homologou seu nome à reeleição de São Paulo, no último domingo.
O povo brasileiro não tem obrigação de saber’, disse Lula e sapecou: ‘O prefeito cometeu um pecado ao não  investir em   divulgar a gestão; achando que é obrigação do povo saber; achando que já é conhecido; ledo engano; fosse assim’, concluiu, ' a Coca-Cola, que todo mundo já conhece, não faria propaganda. E ela faz’. Para ler na íntegra o texto de Saul Leblon para Carta Maior, clique aqui.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

CRISES: POLÍTICA, MORAL, ÉTICA ...



Sinceramente, o Brasil atual tem jeito?


Leonardo Boff

Quem olha a cena político-social-econômica atual se pergunta sinceramente:o Brasil tem jeito? Um bando de ladrões, travestidos de senadores-juízes tenta, contra todos os argumentos em contrário, condenar uma mulher inocente, a Presidenta Dilma Rousseff, contra a qual não se acusa de nenhuma apropriação de bem público e de corrupção pessoal.
Com as recentes delações premiadas, ficou claro que o problema não é a Presidenta, É a Lava Jato que, para além das acusações seletivas contra o PT, está chegando à maioria dos líderes da oposição. Todos, de uma forma ou outra, se beneficiaram das propinas da Petrobrás para garantir a sua vitória eleitoral. “Precisamos estancar essa sangria” diz um dos notórios corruptos; “do contrário seremos todos comidos; há que afastar a Dilma”.
Ninguém aliena nada de seus bens para financiar sua campanha. Nem precisa: existe a mina do caixa 2 abastecida pelas empresas corruptoras que criam corruptos a troco de vantagens posteriores em termos de grandes projetos, geralmente superfaturados, donde adquirem grande parte de suas fortunas.
Chegamos a um ponto ridículo, aos olhos do mundo: dois presidentes, um usurpador, fraco e sem nenhuma liderança e outro legítimo mas afastado e feito prisioneiro em seu palácio; dois ministros do planejamento, um retirado e outro substituto: um governo monstruoso, antipopular e reacionário.    Estamos efetivamente num voo cego. Ninguém sabe para onde vai esta nação, a sétima economia do mundo, com jazidas de petróleo e gás das maiores do mundo e com uma riqueza ecológica sem comparação, base da futura economia. Assim como se delineia a correlação de forças, não vamos a lugar nenhum, senão a um eventual conflito social.


O pobre, a maioria da população, se acostumou a sofrer e a encontrar saídas como pode. Mas chega a um ponto em que o sofrimento se torna insuportável. Ninguém aguenta, indiferente, vendo um filho morrer de fome ou de absoluta falta de assistência médica. E diz: assim não pode ser; temos que rebelar-nos.
Isso me faz lembrar um bispo franciscano do século XIII da Escócia que recusando os altos impostos cobrados pelo Papa, respondeu: non accepto, recuso et rebello” (“não aceito, me recuso e me rebelo”). E o Papa retrocedeu. Não poderá ocorrer algo semelhante entre nós?
Quando, nas palestras, fazendo um esforço imenso para deixar um laivo de esperança, me dizem: ”mas você é pessimista”! Respondo com Saramago: “não sou pessimista; a realidade é que é péssima”. Efetivamente, a realidade está sendo péssima para todos, menos para aquelas elites endinheiradas, acostumadas à rapinagem, ganhando com a desgraça de todo um povo. Elas têm o seu templo de profanação na Avenida Paulista em São Paulo, onde se concentra grande parte do PIB brasileiro.
O grave é que estamos faltos de lideranças. Abstraindo o ex-presidente Lula, cujo carisma é inconteste, apontam dois, Ciro Gomes e Roberto Requião, para mim, os únicas lideranças fortes, que têm a coragem de dizer a verdade e pensam no Brasil mais que nas disputas partidárias.
Essa crise tem um pano de fundo nunca resolvido em nossa história, desmascarado recentemente por Jessé Souza. (A tolice da inteligência brasileira, 2015). Somos herdeiros de séculos de colonialismo que nos deixaram a marca  de “vira-latas” sempre dependendo dos outros de fora. Pior ainda é a herança secular do escravismo que fez com que os herdeiros da Casa Grande se sintam senhores da vida e da morte dos negros e pobres. Não basta lançá-los nas periferias; há que desprezá-los e humilhá-los. E a classe média que imita os de cima, tolamente se deixa manipular por eles e inocentemente se fazem cúmplices da horrorosa desigualdade social.
Essas elites de super-endinheirados (71.440 pessoas lucram 600 mil dólares por mês nos diz o IPEA) conquistaram os meios de comunicação de massa, golpistas e reacionários, que funcionam como azeite para a sua maquinaria de dominação. Essas elites nunca quiseram a democracia, apenas aquela de baixíssima intensidade, que a podem comprar e manipular; preferem os golpes e a ditadura.
Hoje já não é mais possível pelas baionetas. Excogitou-se outro expediente: o golpe vem por uma artificiosa articulação entre  políticos corruptos, o judiciário politizado e a repressão policial. Três tipos de golpe, portanto: o político, o jurídico e o policial.
Termino com as palavras pertinentes de Jessé Souza: “encontramo-nos num mundo comandado por um sindicato de ladrões na política, uma justiça de "justiceiros" que os protege, uma elite de vampiros e uma sociedade condenada à miséria material e à pobreza espiritual. Esse golpe precisa ser compreendido por todos. Ele é o espelho do que nos tornamos”. Direi como Martin Heidegger:“só um Deus nos poderá salvar”? Marx talvez seja mais modesto e verdadeiro:”para cada problema há sempre uma solução”. Deverá surgir uma para nós.
(Fonte: site Carta Maior)

quarta-feira, 20 de julho de 2016

CIDADÃOS OU (DES)EMPREGADOS DAS CORPORAÇÕES: O QUE SOBRA PARA OS MORTAIS COMUNS?


A captura do poder pelo sistema corporativo

Segundo Octávio Ianni, "a política mudou de lugar: a globalização desafia radicalmente os quadros de referência da política como prática e teoria".


A expansão dos lobbies, a compra dos políticos, a invasão do judiciário, o controle dos sistemas de informação da sociedade e a manipulação do ensino acadêmico representam alguns dos instrumentos mais importantes da captura do poder político geral pelas grandes corporações. Mas o conjunto destes instrumentos leva em última instância a um mecanismo mais poderoso que os articula e lhe confere caráter sistêmico: a apropriação dos próprios resultados da atividade econômica, por meio do controle financeiro em pouquíssimas mãos. As dinâmicas de poder político, econômico e cultural estão sendo reorientadas, gerando uma nova configuração que se trata de estudar. É o pano de fundo de uma sociedade em busca de novos caminhos de gestão. 
Olhar o século 21 pelas lentes do século passado não ajuda. Quando pensamos o mundo da economia, pensamos ainda em interesses econômicos e mecanismos de mercado. A política, o poder formal, os impostos, o setor público em geral representariam outra dimensão. Não é nova a ruptura destas fronteiras, a penetração dos interesses de grupos econômicos privados na esfera pública. O que é novo, é a escala, a profundidade e o grau de organização do processo. O que já foram deformações fragmentadas, penetrações pontuais através de lobbies, de corrupção e de “portas-giratórias” entre o setor privado e o setor público se avolumaram, e por osmose estão se transformando em poder político articulado em que o interesse público é que aflora apenas por momentos e segundo esforços prodigiosos de manifestações populares, de frágeis artigos na mídia alternativa, de um ou outro político independente. O poder corporativo se tornou sistêmico, capturando uma a uma as diversas dimensões de expressão e exercício de poder, e gerando uma nova dinâmica, ou uma nova arquitetura do poder realmente existente.
Para continuar lendo a reflexão do articulista do Portal Carta Maior, Ladislau Dowbor, clique aqui.
  

sexta-feira, 15 de julho de 2016

PLANTÃO DE BILTRES



Rapinagem


Eugênio Magno



Tudo é palha. A fome é o milho não colhido

Somos todos aves de rapina


Nossa visão só alcança o que nos alimenta

(Do livro Minas em mim, 2005: 31)

domingo, 10 de julho de 2016

VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA E DA DESIGUALDADE

Sete estados mineradores concentram 31,2% dos casos de violência contra a mulher



Foto: Amaralina Fernandes / Fórum Mulheres Vale Jequitinhonha
Com salários mais baixos que o dos homens, a atuação feminina nas minas cresceu 28% em 2013. Os cargos preenchidos pelas mulheres vão de funções operacionais a ocupações gerenciais.
Uma pesquisa do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) revela que 18% das mulheres que trabalham na mineração não tem remuneração. Conforme o estudo, essas mulheres vão para minas, principalmente de garimpo, para ajudar os maridos.
A esse trabalho, muitas vezes considerado análogo à escravidão, soma-se a presença dos filhos, geralmente crianças, que compõe a ajuda da mão de obra familiar na mineração. 
“Muitos desses casos são recorrentes em garimpos de pedra preciosas e pedreiras sem contar com nenhuma fiscalização dos órgãos responsáveis”, observa Lourival Araújo Andrade, do Instituto Brasileiro de Educação, Integração e Desenvolvimento Social (Ibeids). 

Para ler na íntegra a matéria de Márcio Zonta, clique aqui.

terça-feira, 5 de julho de 2016

CARTA DE NITA FREIRE AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Carta a Michel Temer

Exmo. Sr. Presidente Interino do Brasil
Prof. Dr. Michel Temer
 
ASSUNTO: PAULO FREIRE: Wikipidia e SERPRO
 
Na qualidade de viúva, estudiosa e sucessora legal da obra do Educador PAULO FREIRE, quero, através dessa carta, estabelecer um diálogo cordial e franco com V.Exa., mesmo estando nós dois, em termos ideológicos, em posições diferentes, no sentido de esclarecer assunto que vem sendo divulgado pela imprensa nacional, de que partiu de dentro do governo através da rede do SERPRO, uma entidade pública, portanto sob a responsabilidade do Estado Brasileiro, a alteração no conteúdo da biografia de meu marido na enciclopédia livre Wikipedia, colocando-o como envolvido com um projeto de educação atrasado e fraco de caráter doutrinário marxista e manipulador.
 
Se não o tivesse conhecido na festividade de formatura de uma de suas filhas, creio que do curso de Psicologia/PUC-SP, ocorrida nos gramados do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, quando sentados lado a lado na Mesa Diretora, ouvi de V.Exa. o enorme respeito e admiração que tinha pela obra e pela pessoa de Paulo Freire, não teria a ousadia de Vos escrever.
 
Como V. Exa. sabe, enquanto intelectual e jurista, o meu marido jamais praticou nenhum ato e nunca escreveu nenhuma palavra dos quais se pudesse, em sã consciência, outorgar-lhe a pecha de doutrinador marxista e homem de princípios filosóficos e educacionais fracos e débeis, acusações contidas na nova biografia agora publicada pela Wikipedia.
 
Para a construção de um país verdadeiramente democrático é da mais alta importância, que, órgãos do Estado ou que prestam serviços a ele, como o SERPRO, não estejam compactuando com interpretações de espíritos liberais inescrupulosos, que, intencionalmente maculam a honra de um homem que deu sua vida para que a educação, sobretudo a do Brasil, possibilitasse a libertação e a autonomia dos homens e das mulheres de nosso querido país. Nunca sob o bastão da intolerância, do fascismo ou do comunismo.
 
Acredito que o atual Ministro da Educação, natural do estado de Pernambuco, Mendonça Filho, como Paulo Freire o foi, teria o prazer (pessoalmente considero que o dever) de esclarecer e inibir que inverdades sejam ditas de seu conterrâneo, homem ético, probo e honrado, Patrono da Educação Brasileira. Acredito que o referido ministro se colocará e agirá, positivamente, a favor, no momento em que for instigado a isso por V. Exa., contra a manipulação da máquina do Estado a serviço do amesquinhamento de um dos mais importantes homens desta Nação
 
É claro que Paulo Freire não é unanimidade, ninguém o é. Ele pode ser lido, analisado e contestado, isso faz parte da liberdade de expressão necessária e desejável à construção da cultura letrada de alto nível de qualquer país. Entretanto, o local dos contraditórios deve ser aberto, responsável, no seio da sociedade civil __ na rua, na universidade e nas escolas, através da mídia, nos sindicatos e fóruns etc __ e nunca dentro, exaltado por fato tendenciosamente ideológico-inverídico, acobertado pelo anonimato, por qualquer órgão da sociedade política.
 
É inconcebível que numa sociedade democrática se divulgue frases carregadas de ódio e de preconceito como: “Paulo Freire e o Assassinato do Conhecimento” __ absurda e ironicamente, no ano em que Paulo Freire está sendo considerado nos EEUU como o terceiro intelectual do mundo, de toda a história da humanidade, mais citado, portanto mais estudado nas universidade norte-americanas, que, a princípio são contra o marxismo.
 
Contando com Vossa compreensão e interferência para que se restabeleça a Justiça e a Verdade.
 
Cordialmente
São Paulo, 30 de junho de 2016.
 
ANA MARIA ARAÚJO FREIRE

sexta-feira, 1 de julho de 2016

GOVERNO TEMER É DESAPROVADO PELA POPULAÇÃO


Temer: 39% de desaprovação



Com pouco mais de um mês de gestão, o governo do presidente interino Michel Temer foi considerado ruim ou péssimo por 39% da população, regular por 36%, bom por 13% e 12% dos entrevistados não se manifestaram. Os dados são referentes ao mês de em junho de 2016, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira, 1º de julho pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).