quinta-feira, 26 de maio de 2016

AS CRISES DA (E NA) CRISE


" O neoliberalismo enfrenta uma profunda crise intelectual" 
(entrevista com Frédéric Lebaron)

Nesta entrevista Frédéric Lebaron analisa a “crise de confiança” que as propostas neoliberais atravessam depois das experiências progressistas na América Latina e da crise financeira global, mas adverte que as elites que as promovem seguem em posições de poder.
“O neoliberalismo já não é mais capaz de impor-se como antes”, disse Lebaron, mas as elites que as promovem “seguem em posições de poder”. Sociólogo francês, Lebaron foi auxiliar de Pierre Bourdieu no Collège de France e está na Argentina a convite do Centro Franco Argentino em Altos Estudos da UBA, para um seminário sobre “As políticas neoliberais contemporâneas”.
Nesta entrevista concedida ao Página/12, assinala que as ideias e as promessas associadas à suposta “eficiência natural do mercado” – as mesmas que buscam sua reconstituição na América Latina – atravessam “uma verdadeira crise de confiança” e produziram na Europa “um crescimento das desigualdades nas condições de vida”.
A entrevista é de Javier Lorca e publicada por Página/12, 23-05-2016, com tradução de André Langer. Para ler a entrevista, clique aqui.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

ATÉ GENTE QUE FOI DA TURMA DE FHC SE INDIGNA COM O "GOVERNO PROVISÓRIO"


"Torço para que as manifestações contra o governo não parem", 
afirma ex-ministro de FHC


Não reconheço um governo ilegítimo originário de um golpe de Estado comandado por um delinquente. A crítica contundente parte do cientista político e professor da USP, Paulo Pinheiro, que esteve à frente da pasta de Direitos Humanos no governo FHC.
Ele não poupa adjetivos à gestão do presidente interino, Michel Temer. “É um governo irresponsável e o principal deles é o interino. É um governo reacionário, retrógrado e gagá. Não tem mulheres, não tem negros. Com uma canetada acabou com a Cultura, com os Direitos Humanos, colocou criacionistas nos ministérios da Saúde e Indústria e Comércio. Isso é uma agressão”, alfineta.
Paulo Sérgio, que está em Genebra, na Suíça, liderando uma missão da ONU sobre a crise na Síria, conversou com a reportagem de Caros Amigos por telefone. O comissário das Nações Unidas demonstrou bastante preocupação com a imagem que Temer está passando do país no exterior.
“Até o governo Dilma, o Brasil era levado a sério, mas com Temer estamos caminhando para nos tornarmos uma República de Bananas. Temo pela ruptura da política externa brasileira.”
Retrocesso
A logomarca do governo baseada na frase “Ordem e Progresso” também é duramente criticada pelo professor da USP. “Um governo que escolhe Ordem e Progresso como sua logomarca revela ilegitimidade e irresponsabilidade. Faz o Brasil retroagir ao positivsimo de 1889… É um escândalo.”
Paulo Sérgio afirma que o golpe o deixa deprimido. “Substituiram um governo legítimo por um de extrema-direita baseado na bancada BBB (Boi, Bíblia e Bala). É muito depressivo. Não acredito que esteja passando por isso. É um acinte.  É vexaminoso.”
“Estou envergonhado do Brasil. Torço para que as manifestações contra o governo não parem. Adorei o protesto contra o ministro da Educação (Mendonça Filho)”, enfatiza.
(Fonte: Caros Amigos / DCM)

domingo, 15 de maio de 2016

NO MEIO DA NOITE




                     Trilhas de Minas

Eugênio Magno
                  
                   faróis de lua
                   estrada de estrelas
                   caminhos do céu

                   picada do tempo
                   luz de lamparina
                   e moinhos de vento

                   sinais de mato
                   poeira de terra
                   motor de explosão

                   vagalumes perdidos
                   noite
                   escuridão
(Do livro Minas em mim, 2005: 29)

quarta-feira, 11 de maio de 2016

REPERCUSSÕES DA CRISE POLÍTICA BRASILEIRA


Papa recebe Letícia Sabatella para falar de golpe no Brasil



O Papa Francisco se reuniu nesta segunda-feira (9) com a atriz Letícia Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian Felippe, do Tribunal de Justiça paulista, para tratar da crise política brasileira. Letícia e Kenarik têm se posicionado contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, classificado como golpe. “Ele nos ouviu atentamente, nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preocupa com o Brasil. E perguntando a ele sobre a postura de diálogo necessário sobre o nosso ponto de vista, ele reiterou que o diálogo é uma necessidade para a construção de um mundo melhor para todos”, afirmou a magistrada em entrevista à Rádio França Internacional (RFI). Segundo a Kenarik – que é co-fundadora da Associação de Juízes para a Democracia - , a intenção do encontro privado foi levar ao papa a perspectiva dos movimentos populares sobre o atual cenário político. Para ler o texto completo, clique aqui.
(Fonte: site Brasil de Fato)

sábado, 7 de maio de 2016

PESQUISA CIENTÍFICA


Financiamento à pesquisa em educação no Brasil


É impossível saber, ao certo, qual o montante de recursos aplicado no financiamento à pesquisa realizada pela Área de Educação no país. Isso ocorre devido a vários fatores. Em primeiro lugar, como já se abordou anteriormente, a Área de Educação da CAPES não tem relação direta com a área de mesmo nome no CNPq. Nesse órgão, a área de educação abrange, além da área de educação da CAPES, a Área de Ensino. Em segundo lugar, boa parte do financiamento à pesquisa ocorre via bolsas de formação de novos pesquisadores – Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado – cujo montante é praticamente impossível de precisar. Em terceiro lugar, porque, sobretudo no âmbito do MEC, há variadas formas de financiamento à pesquisa, seja por meio de Editais seja por meio de chamadas públicas às universidades, sobre as quais se tem muito poucas informações acessíveis no que se refere ao montante financiado. Não se pode esquecer, ainda, que saindo do âmbito Federal, há o financiamento realizado pelas Fundações de Amparo à Pesquisa dos diversos estados e, o que não é menos importante, a encomenda de pesquisas feiras pelas Secretarias de Estado da Educação diretamente às universidades e centros de pesquisa. 
Observa-se que, além da existência de um conjunto de modalidades de financiamento – de forma direta por meio do fomento à pesquisa e, de forma indireta, por meio da formação de novos pesquisadores – é preciso considerar que nem toda a pesquisa sobre educação ocorre nos departamentos, programas ou grupos que se auto-identificam como sendo dessa área. Sabemos que há muita pesquisa sobre educação sendo realizada, por exemplo, por grupos da área de economia e saúde. Dessa forma, o certo é que há uma razoável soma de recursos aplicados na produção de conhecimentos sobre educação no Brasil, ainda que nem sempre financiando pesquisas realizadas pela nossa área. Para continuar lendo o texto, clique aqui.

(Fonte: Boletim Pensar a Educação, Pensar o Brasil)

domingo, 1 de maio de 2016

SÉRIE "LAVAJATO"


A Operação Lavajato é mesmo como uma série televisiva. 

Constantemente tenho me perguntado: Por quê? Para quê dá nome a operações de investigação? Trata-se de algo realmente investigativo ou a investigação é um pacto de orquestração para o foguetório midiático? Até porque não tem sido a justiça ou a polícia que, nesta série de TV - talvez a mais famosa e de mais audiência de todos os tempos no Brasil - pauta a mídia. Pelo contrário, a mídia é que tem pautado a justiça e suas investigações. Mais sério do que isso tem sido o papel de juiz que a grande mídia assumiu, promovendo a espetacularização de investigações, condenando investigados, antes de se provar sua culpa, fabricando heróis e contribuindo de forma indecente com o seqüestro da democracia, a judiciarização da política e com um golpismo cínico e vil.
À propósito dessa situação, que seria cômica se não fosse trágica, o humorista Bemvindo Sequeira está publicando vários vídeos no youtube criticando a mídia nesses tempos de Lavajato, impeachment e outros espetáculos policialescos e midiáticos, patrocinados pelo capital, pelas elites, pela direita golpista e pela classe média desinformada (que alguns já estão chamando também de "burra"), porque, certamente vai pagar um preço altíssimo (perda de seus privilégios) pela irresponsabilidade com que vem tratando essa questão. Pois, se a coisa está ruim, pior vai ficar - tanto no campo político, quanto econômico e judicial - com um eventual Governo (peemedebizado) Temer-Cunha.


Bemvindo, nesse seu personagem-cidadão-brasileiro, diz: "...estou perdido, desamparado porque parou a série da Lavajato. Estou tomando quatro rivotris por hora, para vencer a ansiedade. Quero continuar acompanhando a série que tiraram do ar. Por que parou, parou porque? Será que faltou patrocínio ou SOBROU PATROCÍNIO?"
Para assistir o vídeo Nóia, O paranóico, clique aqui.


RETROCESSO NA AMÉRICA LATINA


Políticas de Estado, fuera de servicio


La decisión de achicar el Estado tomada por el gobierno de Macri ya eliminó, desarticuló o descentralizó programas con fuerte inserción territorial que venían funcionando en las áreas de Salud, Educación, Agricultura, Migraciones y Justicia, entre otras. 
Para ler, na íntegra, a matéria de Matías Ferrari para o El País, clique aqui.