sexta-feira, 28 de agosto de 2015

NOTAS DA CNBB SOBRE CORRUPÇÃO E DROGAS


Nota da CNBB a favor do Brasil

Os que querem enriquecer caem em muitas tentações e laços, em desejos insensatos e nocivos, que mergulham as pessoas na ruína e perdição. Na verdade, a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro (1Tm 6,9-10).

A população brasileira acompanha, apreensiva, a grave crise que atinge o país, procurando conhecer suas origens, resistir às suas consequências e, sobretudo, vislumbrar as soluções. A realidade é dura e traz de volta situações que, por algum tempo, haviam diminuído significativamente como o desemprego, a inflação e a pobreza.
Pagamos um alto preço pela falta de vontade política de fazer as reformas urgentes e necessárias, capazes de colocar o Brasil na rota do desenvolvimento com justiça social quais sejam as reformas política, tributária, agrária, urbana, previdenciária e do judiciário. O gasto com a dívida pública, o ajuste fiscal e outras medidas para retomada do crescimento colocam a saúde pública na UTI, comprometem a qualidade da educação, inviabilizam a segurança pública e inibem importantes conquistas sociais. 
A corrupção, metástase que atinge de morte não só os poderes constituídos, mas também o mundo
empresarial e o tecido social, desafia a política a seguir o caminho da ética e do bem comum. Combatê-la de forma intransigente supõe assegurar uma justa investigação de todas as denúncias que vêm à tona com a consequente punição de corruptos e corruptores. A corrupção, gerada pela falta de ética e incentivada pela impunidade, não pode ser tolerada.
É urgente resgatar a credibilidade da atividade política em que seja fortalecida a cultura inclusiva e 
democrática, pois um “método que não dá liberdade às pessoas para assumir responsavelmente sua tarefa de construção da sociedade é uma chantagem”, e “nenhum político pode cumprir o seu papel, seu trabalho, se se encontra chantageado por atitudes de corrupção” (Papa Francisco aos representantes da sociedade civil, no Paraguai, 11 de julho de 2015). A chantagem “é sempre corrupção”. Lamentavelmente, o cenário político brasileiro não está isento desta condenável prática.
É inaceitável que os interesses públicos e coletivos se submetam aos interesses individuais, corporativos e partidários. As disputas políticas exacerbadas podem comprometer a ordem democrática e a estabilidade das instituições. Garantir o estado de direito democrático é imperativo ético e político dos brasileiros, mormente dos que não viveram nem testemunharam as arbitrariedades dos tempos de exceção. O bem do Brasil exige uma radical mudança da prática política.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através do Conselho Episcopal Pastoral-Consep, reunido em Brasília, nos dias 25 e 26 de agosto, reafirma o diálogo e a luta contra a corrupção como meios para preservar e promover a democracia. Nesse diálogo, devem tomar parte os poderes constituídos e a sociedade civil organizada. Com o Papa Francisco, lembramos que “o futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites. Está fundamentalmente nas mãos dos povos; na sua capacidade de se organizarem e também nas suas mãos que regem, com humildade e convicção, este processo de mudança” (Discurso aos participantes do II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, Bolívia, 9 de julho de 2015).

O Espírito Santo nos ajude a dar a razão de nossa esperança e nos anime no compromisso de agir juntos pelo bem comum do povo brasileiro.


Nota da CNBB sobre a descriminalização do uso de drogas

Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes (Dt 30,19).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, através do Conselho Episcopal de Pastoral, reunido nos dias 25 e 26 de agosto, declara-se contrária à descriminalização do uso de drogas. É importante a sociedade inteirar-se desta temática, pois a dependência química representa um dos grandes problemas de saúde pública e de segurança no Brasil.
O uso indevido de drogas interfere gravemente na estrutura familiar e social. Está entre as causas de 
inúmeras doenças, de invalidez física e mental, de afastamento da vida social. A dependência que atinge, especialmente, os adolescentes e os jovens, é fator gerador da violência social, provoca no usuário alteração de consciência e de comportamento. O consumo e o tráfico de drogas são apontados como causa da maioria dos atentados contra a vida. 
A não punibilidade do porte de drogas, tendo como argumento a preservação da liberdade da pessoa, poderá agravar o problema da dependência química, escravidão que hoje alcança números alarmantes. 
A liberação do consumo de drogas facilitará a circulação dos entorpecentes. Haverá mais produtos à disposição, legalizando uma cadeia de tráfico e de comércio, sem estrutura jurídica para controlá-la. O artigo 28 da Lei 11.343, ao tratar do tema, não prevê reclusão, mas a penalização com adoção de medidas de reinserção social. Constata-se que o encarceramento em massa não tem sido eficaz. É preciso desenvolver a prática da justiça restaurativa. Isso não significa menor rigor para aqueles que lucram com as drogas.
O caminho mais exigente e eficaz, a longo prazo, é a intensificação de campanhas de prevenção e combate ao uso das drogas, acompanhado de políticas públicas nos campos da educação, do emprego, da cultura, do esporte e do lazer para a juventude e a família. O Estado seja mais eficaz nas ações de combate ao tráfico de drogas.
Com a descriminalização das drogas, a crescente demanda de tratamento da parte de incontáveis dependentes aumentaria muito. A Igreja Católica, outras instituições religiosas e particulares, por meio de casas terapêuticas, demonstram o compromisso com a superação da dependência química e recuperação dos vínculos familiares e sociais ao acolher, cuidar e dar oportunidade de vida nova a milhares de adolescentes, jovens e adultos através da espiritualidade, do trabalho e da vida de comunidade. 
Confiantes na graça misericordiosa de Deus e na materna proteção da Virgem de Aparecida,conclamamos o Estado e o povo brasileiro à necessária lucidez no trato deste tema tão grave para a sociedade.

Brasília, 26 de agosto de 2015. 

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília-DF
Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário - Geral da CNBB

 Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia- BA
Vice-presidente da CNBB

(Documentos da Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A MORTE ESTÁ EM NOSSO PRATO DE COMIDA



Estudos epidemológicos apontam 
relação entre consumo de agrotóxicos e cancer


"Dependendo do tipo de intoxicação que ocorre, o tratamento é apenas sintomático, e dificilmente se reverte uma intoxicação, porque são poucos os agrotóxicos que têm um 'antídoto'. Muitas vezes esses danos podem continuar se manifestando de forma silenciosa até o fim da vida, tendo como resultado, por exemplo, o aparecimento de um câncer", destaca a toxicologista Karen Friedrich, em entrevista para IHU on-line. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

OS HERBICIDAS MENTAIS DE NOSSO TEMPO


Para ler em 2050
Boaventura de Sousa Santos*
Quando um dia se puder caracterizar a época em que vivemos, o espanto maior será que se viveu tudo sem antes nem depois, substituindo a causalidade pela simultaneidade, a história pela notícia, a memória pelo silêncio, o futuro pelo passado, o problema pela solução. Assim, as atrocidades puderam ser atribuídas às vítimas, os agressores foram condecorados pela sua coragem na luta contra as agressões, os ladrões foram juízes, os grandes decisores políticos puderam ter uma qualidade moral minúscula quando comparada com a enormidade das consequências das suas decisões.
Foi uma época de excessos vividos como carências; a velocidade foi sempre menor do que devia ser; a destruição foi sempre justificada pela urgência em construir. O ouro foi o fundamento de tudo, mas estava fundado numa nuvem. Todos foram empreendedores até prova em contrário, mas a prova em contrário foi proibida pelas provas a favor. Houve inadaptados, mas a inadaptação mal se distinguia da adaptação, tantos foram os campos de concentração da heterodoxia dispersos pela cidade, pelos bares, pelas discotecas, pelo facebook. A opinião pública passou a ser igual à privada de quem tinha poder para a publicitar. O insulto tornou-se o meio mais eficaz de um ignorante ser intelectualmente igual a um sábio. Desenvolveu-se o modo de as embalagens inventarem os seus próprios produtos e de não haver produtos para além delas. Por isso, as paisagens converteram-se em pacotes turísticos e as fontes e nascentes tomaram a forma de garrafa. Mudaram os nomes às coisas para as coisas se esquecerem do que eram. Assim, desigualdade passou a chamar-se mérito; miséria, austeridade; hipocrisia, direitos humanos; guerra civil descontrolada, intervenção humanitária; guerra civil mitigada, democracia. A própria guerra passou a chamar-se paz para poder ser infinita. Também a Guernika passou a ser apenas um quadro de Picasso para não estorvar o futuro do eterno presente. Foi uma época que começou com uma catástrofe mas que em breve conseguiu transformar catástrofes em entretenimento. Quando uma catástrofe a sério sobreveio, parecia apenas uma nova série.
Todas as épocas vivem com tensões, mas esta época passou a funcionar em permanente desequilíbrio, quer ao nível colectivo, quer ao nível individual. As virtudes foram cultivadas como vícios e os vícios como virtudes. O enaltecimento das virtudes ou da qualidade moral de alguém deixou de residir em qualquer critério de mérito próprio para passar a ser o simples reflexo do aviltamento, da degradação ou da negação das qualidades ou virtudes de outrem. Acreditava-se que a escuridão iluminava a luz, e não o contrário. Operavam três poderes em simultâneo, nenhum deles democrático: capitalismo, colonialismo e patriarcado; servidos por vários sub-poderes, religiosos, mediáticos, geracionais, étnico-culturais, regionais. Curiosamente, não sendo nenhum democrático, eram o sustentáculo da democracia-realmente-existente. Eram tão fortes que era difícil falar de qualquer deles sem incorrer na ira da censura, na diabolização da heterodoxia, na estigmatização da diferença. O capitalismo, que assentava nas trocas desiguais entre seres humanos supostamente iguais, disfarçava-se tão bem de realidade que o próprio nome caiu em desuso. Os direitos dos trabalhadores eram considerados pouco mais que pretextos para não trabalhar. O colonialismo, que assentava na discriminação contra seres humanos que apenas eram iguais de modo diferente, tinha de ser aceite como algo tão natural como a preferência estética. As supostas vítimas de racismo e de xenofobia eram sempre provocadores antes de serem vítimas. Por sua vez, o patriarcado, que assentava na dominação das mulheres e na estigmatização das orientações não heterossexuais, tinha de ser aceite como algo tão natural como uma preferência moral sufragada por quase todos. Às mulheres, homossexuais e transsexuais, haveria que impor limites se elas e eles não soubessem manter-se nos seus limites. Nunca as leis gerais e universais foram tão impunemente violadas e selectivamente aplicadas, com tanto respeito aparente pela legalidade. O primado do direito vivia em ameno convívio com o primado da ilegalidade. Era normal desconstituir as Constituições em nome delas.
O extremismo mais radical foi o imobilismo e a estagnação. A voracidade das imagens e dos sons criava turbilhões estáticos. Viveram obcecados pelo tempo e pela falta de tempo. Foi uma época que conheceu a esperança mas a certa altura achou-a muito exigente e cansativa. Preferiu, em geral, a resignação. Os inconformados com tal desistência tiveram de emigrar. Foram três os destinos que tomaram: iam para fora, onde a remuneração económica da resignação era melhor e por isso se confundia com a esperança; iam para dentro, onde a esperança vivia nas ruas da indignação ou morria na violência doméstica, na raiva silenciada das casas, das salas de espera das urgências, das prisões, e dos ansiolíticos e anti-depressivos; o terceiro grupo ficava entre dentro e fora, em espera, onde a esperança e a falta dela alternavam como as luzes nos semáforos. Pareceu estar tudo à beira da explosão, mas nunca explodiu porque foi explodindo, e quem sofria com a explosões ou estava morto, ou era pobre, subdesenvolvido, velho, atrasado, ignorante, preguiçoso, inútil, louco — em qualquer caso, descartável. Era a grande maioria, mas uma insidiosa ilusão de óptica tornava-a invisível. Foi tão grande o medo da esperança que a esperança acabou por ter medo de si própria e entregou os seus adeptos à confusão. Com o tempo, o povo transformou-se no maior problema, pelo simples facto de haver gente a mais. A grande questão passou a ser o que fazer de tanta gente que em nada contribuía para o bem estar dos que o mereciam. A racionalidade foi tão levada a sério que se preparou meticulosamente uma solução final para os que menos produziam, ou seja, os velhos. Para não violar os códigos ambientais, sempre que não foi possível eliminá-los, foram biodegradados. O êxito desta solução fez com que depois fosse aplicada a outras populações descartáveis, tais como os imigrantes.
A simultaneidade dos deuses com os humanos foi uma das conquistas mais fáceis da época. Para tal bastou comercializá-los e vendê-los nos três mercados celestiais existentes, o do futuro para além da morte, o da caridade, e o da guerra. Surgiram muitas religiões, cada uma delas parecida com os defeitos atribuídos às religiões rivais, mas todas coincidiam em serem o que mais diziam não ser: mercado de emoções. As religiões eram mercados e os mercados eram religiões.
É estranho que uma época que começou como só tendo futuro (todas as catástrofes e atrocidades anteriores eram a prova da possibilidade de um novo futuro sem catástrofes nem atrocidades) tenha terminado como só tendo passado. Quando começou a ser excessivamente doloroso pensar o futuro, o único tempo disponível era tempo passado. Como nunca nenhum grande acontecimento histórico foi previsto, também esta época terminou de modo que colheu todos de surpresa. Apesar de ser geralmente aceite que o bem comum não podia deixar de assentar no luxuoso bem estar de poucos e no miserável mal-estar das grandes maiorias, havia quem não estivesse de acordo com tal normalidade e se rebelasse. Os inconformados dividiam-se em três estratégias: tentar melhorar o que havia, tentar romper com o que havia, tentar não depender do que havia. Visto hoje, a tanta distância, era óbvio que as três estratégias deviam ser utilizadas articuladamente, ao modo da divisão de tarefas em qualquer trabalho complexo, uma espécie de divisão do trabalho do inconformismo. Mas, na época, tal não foi possível, porque os rebeldes não viam que, sendo produto da sociedade contra a qual lutavam, teriam de começar por se rebelar contra si próprios, transformando-se eles próprios antes de quererem transformar a sociedade. A sua cegueira fazia-os dividir-se a respeito do que os deveria unir e unir-se a respeito do que os devia dividir. Por isso, aconteceu o que aconteceu. O quão terrível foi está bem inscrito no modo como vamos tentando curar as feridas da carne e do espirito ao mesmo tempo que reinventamos uma e outro. Porque teimamos, depois de tudo? Porque estamos a reaprender a alimentar-nos da erva daninha que a época passada mais radicalmente tentou erradicar, recorrendo para isso aos mais potentes e destrutivos herbicidas mentais  a utopia.
* Director do Centro de Estudos Sociais, Laboratório Associado, da Universidade de Coimbra

sábado, 15 de agosto de 2015

RITO DE PASSAGEM


Ficção sertaneja


Eugênio Magno


O sol inda tava era quente quando eu plantei ali de junto do morão da cancela. De vez em quando vinha um ventinho e balançava as fôia do pasto de bengo misturado com colonhão que ficava do outro lado, de frente da estrada.
Eu alembro bem, era num sábado, véspera de domingo; o segundo dia de aragem depois das águas de março. E eu lá, plantado, amuado, qui nem burro brabo quando impaca.
Coitada de Sá Rufina, passô, deu bastarde, e eu lá, igual estaca, nem banei o rabo. Também, o sol já tava bachano e era d’oje qui eu tava alí...
Num há de sê nada, quem espera sempre alcança, e óia qu’eu esperei... viu essa menina! Suóro? Hum... escorria por tudo enquanto era lado.
Daí a pouco, começo a ouvir um trac-a-troac... trac-a-troac... trac-a-troac, de galope compassado vindo do lado da Mutuca. Êta coração que bateu ligeiro! Lá vinha ele, deichano p’a trás a puêra, o bafo da pinga da venda de Sô Candim e os trocado que tinha levado no bolso, no comérço de Dona Calú.
Apeou, tirô o bornal de riba da cela e mandô qu’eu fosse banhá o corpo.
Quando voltei, já sem suadeira, só cum batimento forte no coração, tava lá a danada, toda vincada in riba da mesa.
Fiquei muito besta... viu essa menina; igual jacú do mato quando vê gente. Também, já tava era passando de hora, viu!? Eu tinha somado naquele dia quinze ano e era a primeira calça cumprida (dessas de loja), qui eu ia vistir...

( Do livro IN GÊ NU(A) IDA DE - Versos e prosa, 2005)

INVESTIGAÇÕES NÃO DEVEM ATINGIR E MANCHAR AS INSTITUIÇÕES QUE SÃO ESSENCIAIS PARA O PAÍS


A quem interessa a desmoralização do BNDES?



Em 1996, a Embraer participou de sua primeira grande concorrência internacional.
Tratava-se do fornecimento de 150 aeronaves para as empresas americanas de aviação regional ASA e Comer. A Embraer entrou na concorrência com o seu ERJ-145, um jato regional moderno e eficiente. Era o melhor avião e ainda tinha a grande vantagem de ser o mais barato.
Contudo, a Embraer perdeu. Perdeu para a Bombardier, que oferecia melhores condições de financiamento para os compradores, pois contava com forte apoio governamental para a comercialização de suas exportações.
Pouco tempo depois, a gigante American Airlines lançou concorrência de US$ 1 bilhão para a compra de jatos regionais. Era a grande oportunidade que a Embraer tinha de pagar o custoso desenvolvimento do ERJ-145 e de se lançar no promissor mercado internacional de aviação regional, que crescia exponencialmente.
Mas a Embraer sabia que não tinha a menor condição de ganhar a concorrência, mesmo tendo o melhor avião, se não contasse com condições de financiamento semelhantes às que dispunham as suas concorrentes.
Resolveu, então, bater na porta do BNDES. A Embraer tinha de oferecer um financiamento à American Airlines que contemplasse não apenas taxas de juros baixas e amortização de longo prazo, mas também a garantia da devolução das aeronaves, caso houvesse algum problema com os equipamentos.
Para o BNDES, era uma aposta de risco considerável. A Embraer era novata nesse mercado e, caso ocorresse algum problema com as suas aeronaves, o banco ficaria em maus lençóis. Nenhum banco privado, nacional ou internacional, queria assumir esse risco.
O BNDES, entretanto, resolveu confiar na Embraer e ofereceu o financiamento com todas as garantias exigidas pela American Airlines.
Resultado: a Embraer ganhou a concorrência e, com isso, iniciou uma carreira vitoriosa no mercado internacional de aviação regional e executiva.
Hoje, a Embraer oscila entre a terceira e a quarta maior empresa mundial do setor. Apenas em 2013, entregou 90 aeronaves comerciais e 119 de aviação executiva, obtendo uma receita líquida de R$ 13, 64 bilhões. É, de longe, a empresa brasileira que mais exporta produtos de alto valor agregado, gerando altos rendimentos e empregos muito qualificados no Brasil.
Assim, a Embraer e o Brasil aprenderam a lição. Não se faz exportações volumosas de bens e serviços, no concorridíssimo mercado internacional, sem apoio financeiro governamental e bancos públicos de investimento.
A Embraer da qual tanto nos orgulhamos simplesmente não existiria, caso não tivesse contado com o apoio do BNDES.
(Fonte: Site Carta Maior)

terça-feira, 11 de agosto de 2015

DEMOCRATIZAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES


"Governos tiveram pouco ou nenhum êxito 
em democratizar comunicação", 
diz relator da OEA em evento da ONU

Em evento promovido pela ONU, Coletivo Intervozes e IESP/UERJ, o relator especial para a Liberdade de Expressão da OEA, Edson Lanza, ao participar de mesa-redonda no Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, falou de experiências globais que buscam regular a mídia e, ao mesmo tempo, ampliar a liberdade de expressão. Tomando como exemplo as tentativas recentes de regulação das comunicações na Argentina e no Uruguai, onde vários movimentos sociais se mobilizaram para abordar a questão, o relator apontou a necessidade de a sociedade civil se organizar para impulsionar a democratização das comunicações no continente. Para maiores detalhes sobre essa discussão, clique aqui.

sábado, 8 de agosto de 2015

PENSAR A EDUCAÇÃO, PENSAR O BRASIL


ENEM: os números da Educação 
Foram divulgadas nesta quarta feira, dia 05 de agosto, as notas das escolas cujos alunos participaram da última edição do ENEM. São mais de 15.500 escolas de todo o país. Chamou a atenção, na apresentação dos resultados, a exposição mais detalhada e fundamentada dos dados pelo Ministro da Educação e pelo Presidente do INEP. Ultrapassando a mera apresentação das notas, eles contribuíram para o maior e melhor entendimento do significado dos resultados alcançados pelas escolas.
 
Nas ondas da Educação
O programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil está de volta! Começamos o segundo semestre conversando com a historiadora Gabriela Galvão sobre sua dissertação de mestrado "A Ditadura Militar Brasileira e a Telenovela: abordagem política, influências e censura nas obras Irmãos Coragem e Fogo sobre Terra". Segunda também tem Reportagem Especial, Educação em Pauta com o Professor Marcus Taborda, Agenda da Educação e Cinema Falado com o Professor Eugênio Magno, às 21:30 horas, com dica de filmes, música tema de filme e entrevista com uma cine-educadora.

Todas as segundas-feiras, das 20h00 às 22h00, o programa Pensar a Educação Pensar o Brasil vai ao ar pela rádio UFMG Educativa 104,5FM.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

ALERTA AOS CHEFES DE ESTADO PARA CÚPULA DA ONU QUE VAI DISCUTIR MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Uma economia de baixo carbono pode promover a justiça social

Seis meses antes da reunião de cúpula sobre mudanças climáticas que a ONU organiza para Paris, deve estar claro para os chefes de estado que a transição para uma economia de baixo carbono pode criar um modelo melhor, mais sustentável e que pode reavivar o crescimento global e desenvolver um futuro mais justo e mais limpo. Esta transição pode, também, evitar os custos associados ao atual modelo baseado em combustíveis fósseis como os da poluição do ar, dos congestionamentos, da degradação de terras agrícolas produtivas e da deterioração da infraestrutura, custos que, no mais das vezes, afetam principalmente os mais pobres. 
Para se inteirar da proposta, clique aqui.

sábado, 1 de agosto de 2015

OS PRINCÍPIOS USADOS POR HITLER


11 princípios da propaganda nazista



Esta foto é de Joseph Goebbels, 
o violento ministro da propaganda Nazista. 

Esse homem usou sua inteligência para criar para Hitler 11 princípios que levaram nazistas e simpatizantes a tentar exterminar à humanidade. 

Abaixo os princípios de Goebbels:

1.- Princípio da simplificação e do inimigo único
Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem concentre-se em um até acabar com ele.


2.-Princípio do contágio
Divulgue a capacidade de contágio que este inimigo tem.  Colocar um antes perfeito e mostrar como o presente e o futuro estão sendo contaminados por este inimigo.
3.-Princípio da Transposição
Transladar todos os males sociais a este inimigo.
4.-Princípio da Exageração e desfiguração
Exagerar as más noticias até desfigurá-las transformando um delito em mil delitos criando assim um clima de profunda insegurança e temor. “O que nos acontecerá?”
5.-Princípio da Vulgarização
Transforma tudo numa coisa torpe e de má índole. As ações do inimigo são vulgares, ordinárias, fáceis de descobrir.
6.-Princípio da Orquestração
Fazer ressonar os boatos até se transformarem em notícias sendo estas replicadas pela “imprensa oficial’.
7.-Princípio da Renovação
Sempre há que bombardear com novas notícias (sobre o inimigo escolhido) para que o receptor não tenha tempo de pensar, pois está sufocado por elas.
8.-Princípio do Verossímil
Discutir a informação com diversas interpretações de especialistas, mas todas em contra do inimigo escolhido. O objetivo deste debate é que o receptor, não perceba que o assunto interpretado não é verdadeiro.
9.-Princípio do Silêncio.
Ocultar toda a informação que não seja conveniente.
10.-Princípio da Transferência
Potencializar um fato presente com um fato passado. Sempre que se noticia um fato se acresce com um fato que tenha acontecido antes
11.-Princípio de Unanimidade
Buscar convergência em assuntos de interesse geral  apoderando-se do sentimento produzido por estes e colocá-los em contra do inimigo escolhido.

(Fonte: Site Carta Maior)

POMPEIA É TEMA DE PALESTRA




OS IMPACTOS DA TERCEIRIZAÇÃO


Para advogado, "terceirização é uma piscina cheia de ratos"
Terceirização, o risco de perda de direitos que tem tirado o sono dos trabalhadores brasileiros, foi o tema do primeiro painel da 17ª Conferência Nacional dos Bancários, iniciada ontem, sexta-feira (31) e que vai até domingo dia 2, no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, na cidade de São Paulo. A abertura oficial do evento, que reúne mais de 600 delegados eleitos em todo o Brasil, será realizada na noite de ontem.
Quem abordou o tema “As consequências dos processos de terceirização no México” foi o advogado Eugênio Tovar, assessor de diversas entidades sindicais em seu país, e Maximiliano Garcez, da Associação Latino-Americana dos Advogados Laboralistas.
Acesse a matéria completa, de Rodrigo Zevzikovas e Maria Ester Costa, da Rede Nacional de Comunicação dos Bancários e publicada por Rede Brasil Atual, 31-07-2015, clicando aqui.