segunda-feira, 24 de novembro de 2014
O CAPITAL NO SÉCULO XXI
O economista autor do influente livro "O capital no século XXI" reflete
sobre o auge da extrema direita em seu país. "França e Alemanha
demonstraram ser egoisticamente míopes em relação à Espanha e à Itália
ao renunciar a compartilhar seus tipos de interesse". "É preciso se
acostumar a viver com um crescimento fraco". "A ideia segundo a qual é
preciso insistir em secar os orçamentos com base em mais austeridade
para curar o doente me parece completamente insensata".
sábado, 15 de novembro de 2014
TEM ÁGUA NA FONTE
Bíblico
Eugênio Magno
Do barro fez-se
o homem
e o homem
barro se fez.
(Do Livro IN GÊ NU(A) IDA DE - versos e prosa, 2005)
CIDADÃOS DE BEM PEDEM BOM SENSO AOS EXTREMISTAS
Comissão de Anistia avalia pedido de intervenção
como desconhecimento do passado
A diretora da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Amarílis Tavares, lamentou a ocorrência de manifestações que pedem intervenção militar no país. “Falta conhecimento mais profundo sobre nosso passado autoritário, sobre como os direitos das pessoas, de uma sociedade inteira, foram violados”, avaliou, durante participação em congresso internacional no Teatro da Universidade Católica de São Paulo (Tuca), que ocorreu na última semana, com o tema Memória: Alicerce da Justiça de Transição e Direitos Humanos.
A avaliação é referente aos protestos que têm acontecido, especialmente em São Paulo. Além da intervenção militar, os manifestantes pedem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, reeleita para mais um mandato. Embora considere um equívoco qualquer pedido de retorno ao período autoritário, Amarílis reconhece que esse tipo de expressão ocorre porque o país vive um ambiente democrático.
(Fonte: Agência Brasil)
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
A FORÇA DO CINEMA NA CASA DE CÁSSIA
Animações, Candeias e a Boca do Lixo,
Consciência Negra, Olinda e Recife
A programação do cineclube da Casa de Cássia deste sábado, dia 8, exibe às 17 horas, o programa internacional do 11º Dia Internacional da Animação, composto de dez filmes, feitos também conforme diferentes técnicas, provenientes da Estônia, Finlândia, Coreia do Sul, Estados Unidos, Espanha, Rússia, Itália, Polônia, Canadá e Argentina.
A
programação prossegue no outro sábado, 15, às 17 horas, com o
documentário "Ozualdo Candeias e o Cinema" (2013), dirigido por Eugênio
Puppo, sobre o ex-caminhoneiro que se tornou um dos realizadores mais
originais do cinema brasileiro. Quem narra o filme é o próprio Candeias,
que mostra alguns de seus filmes, como o cultuado "A Margem", de 1967,
tendo como pano de fundo a Boca do Lixo paulista, onde teve início, nos
anos 1970, o cinema marginal, do qual o cineasta foi o precursor. O
curta é "Quimera" (2013), de Tarcísio Lara Pulati, com Andressa Silva e
Juraci Júnior, que junta algumas histórias de amor contadas à beira do
rio Madeira.
No dia 22, sábado, às 17 horas, será apresentado o
longa "Em Quadro - A História de 4 Negros nas Telas" (2009), de Luiz
Antonio Pilar, sobre a participação dos atores Ruth de Souza, Zezé
Motta, Léa Garcia e Milton Gonçalves no cinema brasileiro, com destaque
para os filmes "Assalto ao Trem Pagador", "Xica da Silva", "Filhas do
Vento" e "Rainha Diaba". Com esse filme, o cineclube comemora o Dia
Nacional da Consciência Negra, que transcorre no dia 20. O curta é "Dona
Sônia Pediu uma Arma para seu Vizinho Alcides" (2010), de Gabriel
Martins, com Rute Jeremias e Delardino Martins. Produzido pela Filmes de
Plástico, de Contagem, o filme conta uma história de vingança.
No
dia 29, sábado, às 17 horas, o cineclube apresenta o documentário "Rio
Doce/CDU", de Adelina Pontual, que faz uma viagem cinematográfica pelos
subúrbios de Olinda e Recife, seguindo o itinerário da linha de ônibus
Rio Doce/CDU. O curta é "Julie, Agosto, Setembro" (2011), de Jarleo
Barbosa, com Carolina Provázio e Allan Santana. Nele, Julie é uma moça
suíça que se muda para Goiânia e que acaba por se transformar em parte
da cidade.
Aos
domingos, às 17 horas (menos no último domingo do mês), prossegue o
projeto Cinepreciosidades, curado pelo escritor e cinéfilo Matheus
Matheus, apresentando a cada sessão uma surpresa, entre filmes raros,
"cults", "undergrounds" e modernos.
Os
filmes são exibidos em sala dotada de projeção e som digital e tela de
70 polegadas. O lugar tem 23 lugares. Os ingressos são distribuídos 30
minutos antes da sessão.
O Cineclube da Casa de Cássia fica na rua Meyer, 105. Vila Suzana (Reta), em Mateus Leme, M.G.Maiores informações: (31) 3535-1721, 9247-6574 e 9786-4465 ou nos endereços eletrônicos: casaculturamateusleme@gmail.co m, www.casadecassia.blogspot.com,
sábado, 1 de novembro de 2014
ENCONTRO DO PAPA COM MOVIMENTOS POPULARES DO MUNDO INTEIRO
Para os
movimentos, pastorais sociais e grupos de trabalho, o discurso do
Papa deve ser um roteiro de reflexão, mística e
ação
Caci Amaral
Coordenadora da Pastoral Fé e Política
da Arquidiocese de
São Paulo
Em seu discurso durante o Encontro
Mundial dos Movimentos Populares, organizado pelo Pontifício Conselho
Justiça e Paz em colaboração com a Pontifícia Academia das Ciências Sociais e
com os líderes de vários movimentos sociais, o Papa Francisco defendeu a Reforma
Agrária e fez duras críticas ao modelo do agronegócio.
Ao citar o Compêndio da Doutrina Social da
Igreja, Francisco lembrou que "a reforma agrária é, além de uma
necessidade política, uma obrigação moral".
Disse ainda se preocupar com a erradicação
de tantos camponeses que deixam suas terras, “não por guerras ou
desastres naturais”, mas pela “apropriação de terras, o
desmatamento, a apropriação da água, os agrotóxicos inadequados são alguns dos
males que arrancam o homem da sua terra natal”. Para ele, “essa dolorosa separação, que não é só física,
mas também existencial e espiritual, porque há uma relação com a terra que está
pondo a comunidade rural e seu modo de vida peculiar em notória decadência e até
em risco de extinção”.
Como conseqüência a essa perversidade, o
Papa trouxe a dimensão da fome ao se referir a outra prática recorrente do
agronegócio. “Quando a especulação financeira condiciona o preço dos
alimentos, tratando-os como qualquer mercadoria, milhões de pessoas sofrem e
morrem de fome".