terça-feira, 29 de janeiro de 2013

FESTIVAL DE MÚSICA É ADIADO


Planeta Atlântida tem novas datas



O grupo RBS já marcou as novas datas da edição 2013 do Planeta Atlântida, um dos seus principais eventos do ano. O festival de música acontecerá nos próximos dias 15 e 16 de fevereiro, na cidade de Atlântida, no Rio Grande do Sul.
A 18ª edição do evento estava previamente marcada para os dias 1 e 2 de fevereiro, mas o planejamento foi alterado por conta da tragédia ocorrida na cidade de Santa Maria, no último domingo, 27, na qual mais de 230 pessoas morreram após um incêndio na boate Kiss. Em respeito aos familiares e amigos das vítimas e também pela comoção que tomou conta do Estado e de todo o País, o Grupo RBS informou o adiamento do Planeta Atlântida no mesmo dia do ocorrido.
De acordo com o Grupo, os ingressos para os dias do evento voltaram a ser vendidos normalmente.
(Fonte: Site Meio & Mensagem)

sábado, 26 de janeiro de 2013

MEU CONTERRÂNEO ILUSTRE SABIA O QUE DIZIA


Darcy Ribeiro e a consciência de quem somos

Eric Nepomuceno
 jornalista e escritor


Já faz um bom tempo – em fevereiro completam-se 16 anos – que Darcy Ribeiro cometeu a suprema indelicadeza de nos deixar. Tinha 75 anos. Foi antropólogo (dizia que seus melhores tempos foram aqueles passados entre indígenas na Amazônia), professor, autor de ensaios polêmicos, novelista, militante, vice-governador do Rio de Janeiro, onde criou um sistema de educação pública universal em regime de tempo integral. Antes do golpe militar de 1964 que instaurou a ditadura que o prendeu e depois o exilou, foi chefe de Gabinete, criou – junto com uma equipe especialmente brilhante de sua geração – a Universidade de Brasília e foi seu reitor. Durante seu longo exílio, peregrinou pelo Uruguai, Chile, Venezuela, Peru, Costa Rica, México. Assessorou Salvador Allende em Santiago e Velasco Alvarado em Lima, foi consultor da ONU. Morreu sendo senador da República. Dizia que era, em primeiro lugar, educador. Creio que 75 anos é um tempo muito curto para tanta vida.
Tratou de entender o Brasil e revelá-lo. Parte desse esforço descomunal ficou registrada em seu último livro, O Povo Brasileiro, que originou uma esplêndida série de dez documentários exibidos pela televisão brasileira, Os brasileiros, dirigidos pela Isa Grinspum. É, talvez, o resumo mais completo dessa tentativa de entender os mecanismos que por séculos impediram o meu país de ser o que poderia ser.
Também procurou entender a América Latina. Era um perguntador insaciável, que disparava dúvidas aos seus contemporâneos, à história e a si mesmo. Sua obra sobre o continente – As Américas e a Civilização e O Dilema da América Latina são referências há décadas – ajudou a formar gerações em nossos países.
Foi o mais latino-americano dos intelectuais brasileiros, sempre tão distantes e afastados de seus vizinhos. Em outubro do ano passado, para celebrar os 90 anos que ele não chegou a completar, publicou-se no Brasil uma nova edição do seu livro América Latina: a Pátria Grande. São textos escritos entre meados dos anos 70 e princípios dos anos 80 do século passado. Tempos de torvelinhos, quando a imensa maioria dos nossos países se sufocava sob ditaduras de maior ou menor ferocidade, outros padeciam o tormento de guerras civis genocidas e alguns poucos, como ilhas isoladas, viviam tempos de pressionada democracia.
O mais impressionante desse pequeno volume é que, após décadas e apesar da natural defasagem de alguns dados, segue sendo o testemunho visionário desse ardoroso defensor da inexistência do impossível. Em vários aspectos é como se Darcy, ao perseguir respostas, antecipasse em suas perguntas o que ocorreria em nossas comarcas e ao mesmo tempo exigisse as mudanças que não chegou a ver. A essência do seu conteúdo permanece inalterada, como inalterada segue sendo a urgência de suas demandas.
Defendeu com tenacidade juvenil que o futuro de nossas gentes está inevitavelmente vinculado à necessidade de assumir a nossa identidade ao mesmo tempo una e diversa. Que fazemos parte de uma determinada realidade, e que são muito mais os nossos pontos de convergência que de divergências. Que, separados, não seremos nada.
Hoje, são palavras que integram a solenidade dos discursos oficiais. Nos tempos de Darcy Ribeiro eram palavras peregrinas de quem não acreditava no impossível.
No Brasil, foi quem melhor incorporou a visão da Pátria Grande. Assim viveu seus anos de exílio: atuando em países que lhe deram guarida, participando do cotidiano, dos processos políticos, culturais e sociais. Sua maneira de ver o mundo e viver a vida rechaçava a contemplação distante e estéril, a serenidade dos conformados, o silêncio dos omissos.
Queria entrar a fundo na realidade, entendê-la, para poder mudá-la. De cada país em que viveu trouxe marcas definitivas. E em cada um deles deixou suas pegadas.
Quis entender os processos de formação da América Latina a partir de um prisma nosso, latino-americano. Negou-se a renunciar ao direito de ter um olhar próprio, interno, sobre o continente.
Insistiu, até o final, em acreditar na necessidade urgente e perene de mudanças profundas na região, para que alguma vez nos seja possível ser o que podemos ser, e não o que querem que sejamos. Algo parecido com os processos que alguns dos nossos países vivem, atendendo às suas demandas iracundas.
O legado de Darcy Ribeiro tem um preço, que é nosso compromisso: saber merecer o que preconizou, defendeu, sonhou e acreditou.
Pela primeira vez vivemos uma etapa de rechaço à negação e de aposta na reivindicação. Povos submetidos a humilhações infames tomam, por fim, seus destinos nas mãos para construir o futuro.
Darcy foi um homem de paixões incendiadas, e o sonho da Pátria Grande foi paixão permanente.
Certa vez me disse: “Na América Latina seremos todos resignados ou indignados. E não me resignarei nunca”.
Cumpriu. Devemos merecer essa indignação, essa memória.

(Fonte: Artigo publicado em jornal argentino, com tradução do CEPAT)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ABRAHAN LINCOLN


O que o filme "Lincoln", de Spielberg, não diz sobre Lincoln


O filme “Lincoln”, de Steven Spielberg, que acaba de estrear no Brasil, narra como esse presidente de forte lembrança popular lutou contra a escravidão e pela transformação dos escravos em trabalhadores. O que a obra cinematográfica não conta, porém, é que Lincoln também lutou por outra emancipação: que os escravos e os trabalhadores em geral fossem senhores não apenas de sua atividade em si, mas também do produto resultante de seu trabalho. Para ler na íntegra o texto do professor e cientista social espanhol, Vicenç Navarro, clique aqui.

sábado, 19 de janeiro de 2013

GREVE DOS PROFESSORRES JÁ ESTÁ MARCADA


Professores marcam greve nacional para o mês de abril
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que agrega 44 entidades de todo o país, realizará uma greve entre os dias 23 e 25 de abril, durante a Semana Nacional de Educação. O encontro e a paralisação têm como objetivo defender a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública e discutir uma alteração na Medida Provisória (MP) 592, para que os royalties do petróleo sejam destinados para o setor.
Frente à pressão de diversos movimentos sociais e educacionais, o Plano Nacional de Educação (PNE) - que prevê a aplicação em até dez anos de 10% do PIB na área da educação - foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no dia 16 de outubro do ano passado e encaminhado para votação no Senado. Se aprovado pelos senadores sem alterações, o texto vai para sanção presidencial. Atualmente, União, estados e municípios aplicam juntos cerca de 5% do PIB no setor por ano.
O texto do PNE diz que serão utilizados 50% dos recursos do pré-sal, incluídos os royalties, diretamente em educação. Hoje, os recursos que vão para a área não chegam a 20%. A CNTE, no entanto, exige que o total dos royalties do pré-sal sejam destinados apenas à educação.
(Fonte: Matéria de Mikchelle para o Site Brasil de Fato)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

É SÓ UM POEMA (MAS JÁ FOI ASSIM)...


Sina

Eugênio Magno




Fico normalmente

à sua esquerda


Ela se deita

[à minha direita]


Sou destro

mas levanto

sempre com o pé esquerdo

[ela também]

 
(Do livro IN GÊ NU(A) IDA DE - versos e prosa, 2005)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

CATOLICISMO FILIPINO


Um momento da procissão popular do Nazareno Negro da igreja de Quiapo, que reuniu milhões de fiéis nas estradas do coração de Manila, nas Filipinas. As celebrações são o evento religioso mais importante de única nação com maioria católica da Ásia. Aproximadamente 9 milhões de pessoas de todo o país participaram deste ritual de devoção que, no decorrer da jornada, acompanham pelas ruas a estátua do Nazareno Negro, em madeira e em tamanho natural, a qual se atribuem numerosos milagres.


(Foto: Francis R. Malasig - EPA)

ELEIÇÕES DE 2014 PODE TER NOVIDADES


Marina Silva poderá fundar um novo partido



No início de fevereiro, possivelmente em Brasília, jovens, empresários, intelectuais políticos, líderes religiosos e ambientalistas se reunirão para decidir o desdobramento institucional do Movimento por uma Nova Política, a frente suprapartidária lançada em 2011 pela ex-ministra de Meio Ambiente do governo Lula e ex-senadora Marina Silva. Trata-se do coroamento de dois anos de discussões deste grupo. A maioria é a favor de uma nova sigla, mas há resistência à ideia, principalmente entre os jovens. Se a decisão for por um partido puro-sangue, que dispute as eleições em 2014, terá que ser diferente.
É esta ideia que fez Marina Silva mudar de opinião. Quando saiu do Partido Verde, ela se opôs à criação de algo feito às pressas, para disputar as eleições em 2012. Agora diz que viu o movimento amadurecer, decantar, estar em sintonia com um ativismo moderno e espontâneo, que reconhece no mundo todo e batiza de "ativismo autoral". É formado por pessoas descontentes com a estagnação política, econômica e de valores e que não consegue fazer frente à profunda e complexa "crise civilizatória" atual.
Este novo partido, se confirmado, pode ter novidades em seu estatuto e a sustentabilidade como vértice. Poderá abrigar candidaturas livres, ter presidência de curto prazo e rotatória e, até um pacto de não agressão a rivais nas disputas eleitorais.
(Fonte: Jornal Valor, de 11.01.13)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


O Bolsa Família e a revolução feminista no sertão
  
Uma revolução está em curso. Silencioso e lento - 52 anos depois da criação da pílula anticoncepcional - o feminismo começa a tomar forma nos rincões mais pobres e, possivelmente, mais machistas do Brasil. O interior do Piauí, o litoral de Alagoas, o Vale do Jequitinhonha, em Minas, o interior do Maranhão e a periferia de São Luís são o cenário desse movimento. Quem o descreve é a antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nos últimos cinco anos, Walquiria acompanhou, ano a ano, as mudanças na vida de mais de cem mulheres, todas beneficiárias do Bolsa Família. Foi às áreas mais isoladas, contando apenas com os próprios recursos, para fazer um exercício raro: ouvir da boca dessas mulheres como a vida delas havia (ou não) mudado depois da criação do programa. Adiantamos parte das conclusões de Walquiria que será publicada em livro. Clique aqui e leia na íntegra a  reportagem da jornalista Mariana Sanches.
(Fonte: Site do Instituto Humanitas Unisinos - IHU)
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

10 TENDÊNCIAS PARA O VAREJO NO FUTURO


Feliz 2020!

Andréa Dietrich
Gerente de Digital do Grupo Pão de Açúcar

Já estamos no finalzinho de 2012 e sempre temos a mesma sensação de que o tempo está passando mais rápido do que nunca. Acho que é isso mesmo, estamos girando mais rápidos do que nunca.
Nossa mente processa muito mais coisas ao mesmo tempo, estamos lidando com muito mais assuntos ao mesmo tempo, lidando com mudanças a todo momento, consumidores mais exigentes do que nunca. Ufa, imagina nos próximos anos? E nessa loucura ainda temos que nos preparar para estarmos preparados pro futuro.
Lidar com mudanças, inclusive, é a primeira tendência listada no report do Planet Retail para 2020. Achei uma ótima leitura para quem está fechando o planejamento dos próximos anos. Segue um breve resumo das 10 tendências pro varejo para 2020:

1 – Flexibilidade: de formatos, canais, modelos de abastecimento para crescer num mercado cada vez mais desafiador, onde grandes formatos de lojas já não trazem tanto retorno, o ecommerce avançando e tirando mercado do varejo físico, novos formatos de lojas surgindo e a demanda por uma oferta cross canal.
2 – Internacionalização dos mercados emergentes: varejistas internacionais cada vez mais expandindo e entrando nos mercados emergentes e, os players locais, também investindo em outros mercados, fora da sua região.
3 – Mycommerce: a força que os consumidores terão nas relações com os varejistas cada vez maior. A busca por conveniência, melhores ofertas e serviços em alta com apoio da tecnologia.
4 – Polarização do mercado: a crise econômica e as mudanças demográficas impactando no comportamento dos consumidores. Os modelos que melhor devem performar nesse novo cenário são os focados em desconto/preço baixo e no outro extremo os especializados/diferenciados.
5 – Direto pro Consumidor: as marcas construíndo seus próprios canais de venda direta pro consumidor. Novos canais estão surgindo (como pop up stores, venda direta pela fanpage ou marketplace de venda direta pro cliente) demandando uma mudança de modelo para os varejistas.
6 – Nostalgia: instabilidade econômica e a globalização impulsionando as marcas e varejistas a resgatar a história, o simples, através do uso de logomarcas e embalagens antigas, trazendo mais segurança e um contato mais emocional com o consumidor.
7 - Mercado Local: consumidores demandando conteúdo mais relevante, mais próximo, e interação maior com varejistas. Uma das grandes tendências é a abertura de páginas de lojas nas redes sociais sendo atualizadas pelas próprias lojas e não por uma central.
8 – Varejo da Comunidade: também relacionado a tendência de fortalecer o conteúdo local, ou seja, deixar de pensar como uma corporação e dar autonomia as regionais inclusive mudando nome das lojas e adaptando logomarcas. Outra questão é a valorização da atitude mais transparente e interativa, e do pensamento coletivo, no bem para o próximo e para o mundo.
9 – Engajamento Digital: outra frente fortíssima impulsionada pela tecnologia. Nesse tópico entram as questões de promover ações diferenciadas e interativas aproximando a marca das pessoas dentro ou fora das lojas. Integração e convergência dos canais on e off-line.
10 – Logística como diferenciador: e para concluir a última tendência reforça a necessidade de construir uma infraestrutura robusta para suportar todas essas mudanças e integrações de canais. A logística como elemento essencial para entregar com qualidade, velocidade e garantir sortimento.
É isso aí. Muita coisa pra fazer, pra viver e aprender.
Feliz 2020 para todos nós!

(Fonte: Site Meio & Mensagem)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

LIBERDADE DE IMPRENSA OU DIREITO A OLIGOPÓLIOS?


Comunicação 2012, um balanço:
não foi fácil, e nunca será


Como fazer que uma população majoritariamente feliz se dê conta de que seu direito fundamental à liberdade de expressão está sendo exercido apenas por uns poucos oligopólios que defendem os seus (deles) interesses como se fossem o interesse publico? Mais ainda: como esperar que um governo em lua-de-mel com a “opinião pública” corra o risco de enfrentar o enorme poder simbólico de oligopólios de mídia, capaz de destruir reputações públicas construídas ao longo de uma vida inteira em apenas alguns segundos? O artigo é de Venício Lima (jornalista e sociólogo, pesquisador visitante no Departamento de Ciência Política da UFMG (2012-2013), professor de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), Editora Publisher Brasil, 2012, entre outros livros). Para ler o artigo clique aqui.
(Fonte: Site Carta Maior)