quinta-feira, 30 de abril de 2009

JOVINO MACHADO LANÇA “COR DE CADÁVER”



O poeta Jovino Machado lança o seu décimo primeiro trabalho poético no próximo dia 5 de maio, a partir das 18:30 hs, no projeto Terças Poéticas, nos jardins internos do Palácio das Artes.
Cor de Cadáver apresenta uma seleção de poemas de Jovino Machado, escritos no período de 1998 a 2008.Trata-se de uma coletânea-síntese do que de mais significativo o poeta produziu nos últimos dez anos. Este o resultado da intensa atividade poética espaço-tempo que sua voz hesitou entre diversos lados, do mais romântico ao mais sarcástico, do mais prolixo ao mais sintético, da agitação dos bares ao silêncio de sua biblioteca, enfim do mais literário ao mais existencial, como o próprio poeta define o novo trabalho.
Jovino Machado nasceu no dia 03 de agosto de 1963, em Formiga, MG, foi criado em Montes Claros e vive em Belo Horizonte. Machado já publicou os seguintes livros: Só Poesias, 1981; Em Cantos e Versos, 1982; Uma mordida para cada língua, 1985; Deselegância Discreta, 1993; Trint'anos Proust"anos, 1995; Disco, 1998; Samba, 1999; Balacobaco, 2002; Fratura Exposta, 2005 e Meu Bar Meu Lar, 2009.
Para se ter um gostinho do que é Cor de Cadáver, saboreie o poema abaixo:

amo o que me ameaça
e depois da trapaça
só o poema traça
o início e o fim da desgraça


segunda-feira, 27 de abril de 2009

OCUPAÇÃO DANDARA

A comunidade da Ocupação Dandara, no bairro Céu Azul, em Belo Horizonte, recebe a solidariedade da população, mas precisa de muito mais apoio. Os interessados em colaborar podem procurar as lideranças no acampamento.


Na primeira foto, frei Gilvander, pastor Lúcio e padre Júlio César
em visita à Ocupação Dandara, no último domingo, dia 26.04.09.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

LIBERDADE AINDA QUE TARDIA


21 de abril, dia de Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira

Frases do alferes:


"O papel mais arriscado, quero-o para mim."

"Dez vidas daria se as tivesse, para salvar as deles!"

"Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la."

domingo, 19 de abril de 2009

ANTIGAMENTE TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO

... mas agora só restou o dia 19 de abril.

terça-feira, 14 de abril de 2009

FILME SOBRE IRMÃ DOROTHY ESTRÉIA NESTA SEXTA-FEIRA

A partir do próximo dia 17 de abril, nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belém, estreia o documentário “Mataram Irmã Dorothy”. O filme trata do brutal assassinato da freira americana Dorothy Stang, 73 anos, morta com seis tiros, em 2005, em Anapu, no interior do Pará.
Narrado pelo ator Wagner Moura, o filme revela bastidores do controvertido julgamento dos assassinos da missionária americana, que teve novos desdobramentos na última terça-feira, quando a justiça anulou o caso e pediu a prisão de Vitalmiro Bastos, o Bida, apontado como suposto mandante do crime.
O longa-metragem, de 94 minutos, também investiga as razões da morte da freira, bem como sobre os verdadeiros mandantes do crime. Ano passado, “Mataram Irmã Dorothy” venceu o Prêmio do Público e Grande Prêmio do Júri no Festival South by Southwest; recebeu menção honrosa do júri no FIC Brasília; e participou das seleções oficiais do Festival do Rio e Mostra Internacional de São Paulo.
O documentário é dirigido pelo americano Daniel Junge.


Matéria publicada no site: http://www.cefep.org.br/ por Sidney Sabino (fonte: CNBB)

DOAÇÕES & DOAÇÕE$

Eugênio Magno

Essa coisa de pedir donativo à população para depois promover a sua redistribuição a entidades ou pessoas carentes é uma questão controversa. Não pelo ato em si, que é dos mais nobres e merece todo o respeito, mas pela forma e falta de critérios como são gerenciados alguns dos procedimentos para tais fins.
Recentemente tomei conhecimento de duas ações dessa natureza que têm contrariado cidadãos de bem. Uma delas envolve uma instituição financeira que, na tentativa de angariar fundos para os desabrigados de Santa Catarina, colocou em seu sistema eletrônico a opção de doação. Acontece que, segundo os clientes da instituição bancária, a opção de doação que deveria aparecer na tela inicial do caixa eletrônico, antes do início da operação pretendida pelo cliente, surge no momento em que o cliente vai finalizar a operação. Ele é confundido e em vez de encerrar, faz uma doação, contra a sua vontade, e de um valor além das suas possibilidades. Isso acontece quando a agência bancária já está fechada para atendimento presencial e o cliente não pode registrar a sua reclamação com os funcionários. A outra é de uma farmácia de Belo Horizonte que recebe donativos para um hospital da capital mineira. Nesse caso, o cliente que depois de dar preferência àquele estabelecimento comercial, é constrangido na fila, quando abordado pelas funcionárias do caixa que perguntam: “gostaria de doar o seu troco para o Hospital X ?” Na maioria das vezes os clientes doam constrangidos e coagidos, com vergonha de dizerem não diante de outras pessoas e serem tidos como avaros e insensíveis.
Ora, doação é algo que deve ser feito de forma espontânea, de acordo com as posses de quem doa e livre de todo e qualquer constrangimento ou coação. Não pensem que eu esteja sugerindo que ações dessa natureza não devam ser promovidas. Muito pelo contrário, eu não só acredito nesse tipo de ação, como a recomendo. Entretanto, entendo que tais programas exigem planejamento, gerenciamento e expertise. Se ainda não fui claro insisto em dizer que existe uma categoria profissional com formação especializada para realizar esse tipo de programa de marketing social ou de relações públicas beneficentes de forma eficiente e ética. Digo isso e assim dessa forma, porque uma boa idéia, quando mal realizada ou promovida sem o devido cuidado pode ser um tiro no pé. Tenho ouvido pessoas descontentes nas filas dessa farmácia, respondendo rispidamente às suas funcionárias quando abordadas. Guardei inclusive a frase de uma delas: “não é com o meu dinheiro que a sua farmácia vai fazer média com a opinião pública e conseguir desconto no imposto de renda”.
No que diz respeito à farmácia, ainda que pese o constrangimento, o cliente ainda tem a possibilidade de dizer não. Quanto ao banco, apertou a tecla, dançou...
Antes de fechar este artigo e enviá-lo para publicação, as pessoas que conheço e que foram vítimas dessa apropriação financeira bancária, ainda não haviam recebido o seu dinheiro de volta.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O CUSTO DO JEJUM E DA ABSTINÊNCIA

Imagine os preços dos produtos anunciados, caso não estivessem em oferta...

terça-feira, 7 de abril de 2009

LULA ESTEVE EM MONTES CLAROS NO INÍCIO DA SEMANA

Lula inaugurou em Montes Claros, MG, usina de biodiesel e presidiu reunião da Sudene que aprovou dois grandes projetos.
(Na foto de Xu Medeiros, Lula ao lado do governador Aécio Neves, do prefeito Tadeu Leite e do gerente da empresa Alan Kardec. Mais detalhes no portal do jornal O Norte de Minas: http://www.onorte.net/)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

ESCOLA DE FÉ, POLÍTICA E CIDADANIA EM GESTAÇÃO

Políticos, religiosos, ativistas e lideranças de movimentos e pastorais de fé e política se reuniram no início desta semana na Igreja do Carmo com o propósito de criar a primeira Escola de Fé, Política e Cidadania de Belo Horizonte.
A reunião preparatória contou com a participação do educador, Antônio Geraldo Aguiar (primeira foto, abaixo, à esquerda), Assessor da CNBB e Coordenador Pedagógico do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara - CEFEP-DF.
Além de Aguiar, os organizadores do encontro, frei Gilvander Moreira, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo e coordenador da CPT e Eugênio Magno, ex-aluno e atualmente assessor do CEFEP, contaram com a presença do vereador de Belo Horizonte, ex-aluno e assessor do CEFEP, Adriano Ventura e seus assessores Aelton Aleixo Fernandes e Henrique Siqueira do Carmo, da secretária municipal adjunta de direito e cidadania de BH, Sílvia Helena, do vice-prefeito de Itajubá, Laudelino Augusto dos Santos, do ex-vereador Antônio Pinheiro, do presidente do Psol-MG, Carlos Roberto Campos, da economista e ativista, Dirlene Marques, do coordenador de Ceb’s, Carlindo José Fernandes, do assessor parlamentar, Genésio Lima, da presidente da Associação Comunitária Santo Antônio, Maria da Penha Cabral, do filósofo e educador, Cristian José da Silva, do relações públicas e militante, Rodrigo Castelo e dos ex-alunos do CEFEP, Carlos José, Maria Aparecida de Jesus e Rodrigo Marzano.

DEMOCRACIA E COMUNICAÇÃO

Eugênio Magno
Na qualidade de assessor do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara – CEFEP-DF, participei recentemente de um seminário em Brasília. Um dos temas mais quentes da discussão foi o da democracia como ideal normativo. O filósofo e professor da Universidade Federal do Ceará, Manfredo Araújo de Oliveira, citando o pensador alemão Jürgen Habermas, disse que a linguagem é o grande ponto de partida para se entender este ideal, uma vez que tudo se inicia com o discurso argumentativo a partir da ética e do direito. O professor afirmou que essas áreas – embora possuam dimensões distintas, cada uma com sua lógica própria – são complementares, e fez uma bela exposição sobre a sua tese que aqui tento reproduzir.
Segundo Manfredo, os direitos humanos, por exemplo, são outorgados para que as discussões sejam possíveis, tendo a dimensão material humana como base, levando-se em conta que o ser humano questiona, ou deveria questionar, tudo, sem limites, pois é livre para se descolar do fático e/ou até dele mesmo. Kant dizia que a grandeza do homem está em agir a partir de sua autodeterminação e não do poder de conquistar o mundo. Mas a liberdade humana está presa a questões institucionais e às esferas políticas, econômicas, sociais, culturais, etc., que naturalmente envolvem uma dimensão ética.
Diferentemente do que, na maioria das vezes, pensamos, a ética não é um código de deveres pesado. Trata-se de uma decisão pessoal, e caracteriza um ser que não apenas vive, mas que se pergunta pelo sentido de tudo e, portanto, pelo sentido de sua vida, pela razão de suas ações. A ética nasceu na polis grega como a pergunta pelos critérios que pudessem tornar possível o enfrentamento da vida com dignidade. Isto significa dizer que o ponto de partida da ética é a vida, a realidade humana, que, em nosso caso, é uma realidade de fome e miséria, de exploração e exclusão, de desespero e desencanto frente a um sentido para a vida. É neste ponto que somos remetidos diretamente à questão da democracia, um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana. E a luta do ser humano é pela liberdade, em todos os sentidos, na perspectiva histórica, uma vez que ele não será plenamente humano enquanto for oprimido e não tiver garantido os seus plenos direitos sem nenhum tipo de coerção. O mundo político só tem razão de ser se estiver a serviço da efetivação do ser humano livre. Assim é que deve se configurar a democracia.
Tendo em vista este horizonte, uma sociedade só poderá ser ética na medida em que for democrática e, conseqüentemente, igualitária. Portanto, a construção de uma sociedade igualitária é o nosso grande projeto enquanto seres humanos que almejam a liberdade. Como dizia Betinho: uma sociedade é igualitária quando respeita as diferenças, e não fere a igualdade.
Não esqueçamos, porém que a democracia tem no conflito a sua essência e que toda solução encontrada é relativa, temporal, histórica. Trata-se de um projeto de construção que só será possível se efetivar através de uma sociabilidade solidária que acontece através da linguagem, das trocas simbólicas. E o ser humano enquanto ser simbólico manifesta de forma privilegiada a sociabilidade como dimensão essencial do seu existir. Podemos até falar de uma corrente pré-lingüística do mundo das vivências humanas, mas até as necessidades mais íntimas e os sentimentos mais profundos do ser humano se diferenciam de acordo com suas articulações lingüísticas, e é fenômeno conhecido pelos cientistas sociais que uma linguagem comum exerce uma influência determinante de unificação sobre o mundo dos sentimentos humanos.
Todavia a nossa sociedade é uma sociedade da excitação, do espetáculo que vive a lógica da mercadoria, onde o ser se tornou sinônimo de aparecer. Nessa conjuntura, a questão comunicacional hoje é antropológica. Com os sistemas sofisticados de comunicação, o mais profundo de nossas convicções, emoções e sentimentos estão sendo atingidos. As pessoas não pensam mais, estão sendo pensadas e assim, as comunicações vão configurando as pessoas. Comunicação esta que é ainda mais poderosa enquanto implícita do que quando explícita. Para darmos uma dimensão ética à comunicação, é preciso que se articule balizas fundamentais de humanização da sociedade. Os veículos de comunicação devem promover e difundir a cultura do direito. Inclusive do direito de se educar o ser humano para a mídia, considerando que por trás de todo projeto educacional deve existir o pressuposto ético da emancipação humana. É fundamental que haja uma reeducação dos sentidos. Só com a transformação de nossas matrizes simbólicas poderemos construir o tão sonhado mundo novo.

ARTE, CONSUMO E ABANDONO

Na Feira de Arte e Artesanato da Av. Afonso Pena, em Belo Horizonte, arte, consumo e abandono.